Voltando à Hogwarts
Capítulo 21 – Voltado àHogwarts
(N/A: Narração de Lily)
A cena de Liz beijando um desconhecido que estava vestido de príncipe (Que clichê!) deixou todos nós chocados. Alice largou o copo, Alex cobriu a boca com as mãos, James e Remo olhavam abobalhados, Peter pareia não entender o que estava acontecendo e Sirius estava com uma expressão meio séria, meio de quem acabara de levar um tapa. Eu estava exatamente me perguntando o que ela faria quando acabasse o beijo quando ela empurrou o “príncipe” e saiu correndo. Imagino que nem em seus piores pesadelos ela pensasse que o cara iria atrás dela, mas foi o que aconteceu. Os dois sumiram no meio das pessoas e eu voltei minha atenção para os marotos que não haviam se mexido ainda.
- Mas o que foi aquilo? – perguntou James quando me aproximei com Alex e Alice.
Eu ia responder que não tinha a mínima idéia quando ficou tudo escuro e a música parou. Ouvi “craques” por todos os lados e as pessoas começaram a entrar em pânico correndo em todas as direções.
- O que está acontecendo? – reconheci a voz de Alice meio afetada. Provavelmente no esforço de se manter parada devido a grande quantidade de empurrões que estávamos recebendo.
- Não tenho idéia. – respondi gritando para que ela pudesse me ouvir.
- COMENSAIS DA MORTE!!! – alguém gritou.
- O quê!? – reconheci a voz de James que parecia tremer de raiva.
- Será que é verdade? – perguntou Alex assustada.
- Não sei, mas é melhor ficarmos juntos e sair daqui. – falou Remo.
- E a Liz? – perguntou Sirius – Temos que encontrá-la.
- Nesse meio? Só se tropeçarmos nela! – falou Peter – Está difícil até de se manter parado. – ele estava certo, mas não podemos deixá-la aqui.
- Mas temos que tentar! – insistiu Sirius – Ela foi para lá. – falou apontado na direção em que Liz sumiu pouco tempo atrás – Vamos logo.
E sem esperar nem mais um segundo, Sirius seguiu na direção que havia apontado, nós o seguimos.
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(N/A: Narração de Liz)
- Oh Merlin! O que vamos fazer?? – perguntei a mim mesma meio que entrando em pânico.
- Calma, temos que sair daqui. – falou o tal garoto que ainda estava segurando meu braço.
- Nããããão, jura? – falei irônica. Sei que não é hora, mas não deu pra segurar.
- Eu acho que não é hora para gracinhas. – respondeu. Caramba, ele beija bem e ainda tem nível para me responder!
- Ok, ok, será que são mesmo comensais? – perguntei encarando o escuro.
Como se respondesse minha pergunta, um lampejo verde irrompeu de algum lugar à esquerda e poucos segundos depois, pairava a marca negra sobre o local. Foi aí que a coisa se complicou, pois feitiços começaram a ser lançados para todos os lados e o pânico foi geral. Não sei bem como aconteceu, mas num segundo eu estava ao lado do cara que acabei de beijar e no outro, Sirius (reconheci pela voz) me balançava pelos ombros aparentemente preocupado.
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(N/A: Narração de Sirius) (N/A²: E pela primeira vez nesta fic, teremos o ponto de vista do nosso amado ♥Sirius♥ XD Espero que gostem
Estava à procura de Liz há pouco tempo, a preocupação era grande, no fundo, eu sabia que a culpa dela não estar conosco era minha. Não tinha a mínima idéia de como a encontraria naquela multidão desesperada, mas eu tinha que dar um jeito, nunca me perdoarei se ela se machucar aqui.
Aconteceu tudo muito rápido, alguém, não muito longe de nós, gritou morsmordre e a marca de Voldemort surgiu sobre o salão. Neste mesmo instante, eu tentava enxergar alguma coisa à frente e a vi no exato e breve momento em que o local se iluminou. Havia um homem segurando seu braço e ela parecia assustada, corri para perto e empurrei o cara para longe sem querer saber se ele era bom ou mau.
- Liz, você está bem? – perguntei balançando-a pelos ombros.
- Estou sim. – respondeu parecendo atordoada.
- Pára de balançar ela Sirius! – falou James chegando com os outros.
- Ah, claro... – desconversei – Vamos sair daqui então?
- Como? – perguntou Lily.
- De qualquer jeito. – respondeu Frank – Estamos no meio de fogo cruzado.
- A saída é para aquele lado. – falou Alice.
- Pela quantidade de gente que ainda tem aqui, eu suponho que ela esteja bloqueada. – falou Remo.
- Sairemos pelos bastidores então. – falou Liz.
- Como assim? – perguntou Peter.
- Se conseguirmos chegar até o palco, podemos sair por trás. – respondi entendendo a idéia dela.
Seguimos na direção do palco com grande dificuldade, afinal, estavam todos tentando ir para o lado oposto. Nos manter juntos foi ainda mais difícil, mas estávamos conseguindo.
- Ops... – falou Liz segurando meu braço para que eu parasse de andar. Eu a olhei sem entender e ela me indicou um comensal à frente.
- Qual o problema? – perguntei.
- Você tem uma varinha aí? – perguntou impaciente.
- Tenho, é claro... Você não!? – exclamei incrédulo.
- Quando eu ia adivinhar que sofreríamos um ataque no meio do festival?
- Tá, depois discutimos isso, vamos logo ou nos perderemos.
- Mas e se ele nos vir?
- Relaxa Liz, você está comigo.
- Suponho que o seu enorme ego seja um ótimo escudo... – falou baixo.
- Eu ouvi isso. – retruquei sem parar de andar.
- E quem disse q... Ah!
Olhei para trás, Liz, que agora estava no chão, desviou por pouco de um feitiço lançado pelo comensal que estava a nossa frente, e este se preparava para mais um ataque. Um lampejo vermelho saiu da varinha do comensal, mas eu tomei sua frente lançando um protego que fez o feitiço do comensal ricochetear numa parede próxima. O comensal começou a se aproximar. Espero que não demorem a dar por nossa falta.
- Quanto cavalheirismo desperdiçado com uma sangue-ruim... – falou a comensal. Sei que conheço esta voz – Uma vergonha para a família, com certeza.
- Belatriz. – falei com desprezo – Vejo que conseguiu ficar mais suja do que já era.
- Eu me sujei Sirius? – perguntou com desdém – Fui eu quem traiu o próprio sangue? – perguntou se aproximando – Se juntando com ralé e sangues-ruins... Você envergonha o nome Black. – falou com o máximo de desprezo que conseguiu e lançou outro feitiço que eu facilmente repeli.
- Tem que fazer melhor que isso Bela. – ironizei a última parte – Como pode uma comensal não conseguir enfeitiçar um... “Traidor do próprio sangue”? – perguntei debochando – Ou Voldemort lhe ensinou bem?
- Não se atreva a pronunciar o nome do Lord das Trevas com sua boca indigna! – gritou e brandiu a varinha.
Eu lancei outro feitiço escudo, mas ele não é suficientemente forte para repelir uma maldição imperdoável e, no momento seguinte, uma dor alucinante tomou meu corpo e eu me contorcia no chão. A sensação de ser atingido por uma cruciatus é quase indescritível, o corpo inteiro dói loucamente e não é possível pensar em nada. Depois do que pareceu uma eternidade, a dor cessou. Levantei-me rápido para ver o que tinha acontecido e ao meu lado Liz estava ajoelhada com minha varinha apontada para Belatriz caída no chão ao mesmo tempo em que mais dois comensais chegavam para ajudá-la e os outros reapareciam, James, Peter e Frank com as varinhas em punho.
- Vocês estão bem? – perguntou James ao se aproximar.
- O que é que você acha? – “respondeu” Liz ainda ajoelhada ao meu lado.
- Expelliarmus! – um dos comensais se aproveitou da distração e as varinhas de James, Peter, Frank e minha voaram para longe.
- RICTUSEMPRA!! – gritaram vozes vindas da direita.
Olhei na direção das vozes e vi que dezenas de aurores haviam acabado de aparatar no lugar. Os comensais agarraram Belatriz pelo braço e desaparataram. Com a chegada dos aurores, aos poucos, os comensais começaram a desaparatar e as pessoas foram ficando mais calmas, no final de toda a confusão, todos os comensais conseguiram escapar. James estava furioso com isso.
- Foi muita coragem de vocês enfrentarem aqueles malditos. – Alastor Moody conversava com James.
- Não conseguiram pegar nenhum? – perguntou James.
- Não, escaparam todos. Os covardes fugiram assim que chegamos. – respondeu Moody irritado.
- Onde estão meus pais? – perguntou James.
- Ajudando as pessoas que se machucaram. – respondeu Moody – Eles ficaram orgulhos em saber da sua coragem jovem Potter. Pretende seguir a profissão deles, suponho.
- Não me imagino fazendo outra coisa. – respondeu James cheio de si.
- Aconselho que vão para casa agora, seus pais vão ter trabalho extra depois disso... estarão mais seguros em Hogwarts de qualquer jeito. – falou Moody.
- Então estamos indo, até a próxima Moddy. – James se despediu.
- Até Potter e lembre-se: Vigilância constante! – brandiu Moody.
- É, vou me lembrar. – falou James e veio se juntar a nós – Suponho que basta de festa por hoje, não?
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(N/A: Narração de Lily)
Oh Merlin, não quero levantar. Pensava enquanto procurava o despertador que estava tocando sem abrir os olhos.
- Lily, levante-se logo, não quero ter que te arrancar da cama. – falou do outro lado da porta.
É, mamãe realmente me conhece. Levantei e fui ao banheiro me preparar para mais um ano. Depois de pronta (mais ou menos uma hora depois), fui conferir minha mala ver se Arquimedes estava bem preso na gaiola... Essas coisas. Só após conferir tudo desci para tomar café da manhã. A mesa estava estranhamente barulhenta, mas não precisei descer completamente as escadas para descobrir o que estava acontecendo, mamãe convocou a comunidade bruxa local para um café da manhã de despedida.
Estavam discutindo sobre o ataque de ontem, os Potter pareciam cansados, deve ter a ver com o trabalho extra que o tal Moody falou ontem, mas estavam bem animados, todos estavam animados. Menos a Petúnia, claro, mas ela não importa muito.
Demorou um pouco para Sirius se livrar de Lucy Baker (que estava quase às lágrimas por ele ir passar o ano todo longe), mas às nove e meia estávamos entrando nos carros para ir à King Cross, chegamos relativamente cedo, já que se leva cerca de uma hora e meia para chegar até lá. Os pais de Alice, Alex, Peter, Remo e Frank estavam lá para se despedirem deles antes do início do ano letivo. Demoramos um pouco por causa disso, mas às dez e quarenta e cinco estávamos à bordo do Expresso de Hogwarts e eu, como monitora, tenho que ir para o vagão dos monitores. Depois de nos acomodarmos em uma cabine (que ficou cheia, afinal, somos nove), segui com Remo para a tediosa reunião da monitoria.
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(N/A: Narração de Sirius)
Definitivamente, de hoje não passa. Essa cabecinha dura vai me escutar hoje de um jeito ou de outro por que eu finalmente tomei coragem para dizê-la tudo o que eu quero e ela não poderá mais me chamar de indeciso e tudo mais. Na verdade, eu só não disse antes por medo da reação. Não que eu tenha feito aquilo no show propositalmente, nunca, nunca quis fazer aquilo, eu não tinha a mínima consciência do que estava acontecendo aquela noite... Eu tentei pó tudo me desculpar, mas acho que mereci todo o gelo, eles estavam certos o tempo todo, eu tinha que descobrir primeiro o que eu queria.
Eu só preciso de uma pequena ajudinha do acaso... E do James também.
Depois de combinar tudo com ele, inventei qualquer desculpa e deixei a cabine para procurar outra que estivesse vazia, ou pelo menos quase, eu podia esvaziá-la e, de quebra, me divertir um pouquinho. Merlin queira que ela não venha com a varinha...
- Sirius? – chamou James pelo espelho uns dez minutos depois.
- Fala James.
- Ela acabou de sair daqui, disse que vai ao banheiro. – falou.
- Ok, você viu se ela estava com varinha? – perguntei receoso.
- Acho que não... Mas não tenho certeza.
- Tá, estou ouvindo passos, me deseja sorte.
- Boa sorte almofadas, mas olha lá o que você vai fazer.
- Tchau.
- Tchau.
Menos de um minuto depois, Liz passou pela porta da cabine onde eu estava. Abri a porta silenciosamente, a puxei para dentro e lancei um feitiço imperturbável na porta.
- Mas o que você pensa que está fazendo!? – gritou quando conseguiu ver quem a “atacou”.
- Garantindo que você não sairá. – respondi terminando de lançar todos os feitiços que conhecia para que ninguém pudesse atrapalhar.
- Como é que você se atreve? Me deixa sair daqui agora Black! – gritou o mais alto que pôde.
- Não adianta gritar Liz, você só sai daqui depois que me ouvir.
- Eu não quero te ouvir, aliás, já te ouvi o suficiente, me deixa sair! – ordenou.
- Vai ser difícil... – falei a mim mesmo.
- Me – gritou batendo na porta – Deixa – e depois deu um murro – Sair – de deu um chute – Daqui! – jogou o corpo contra a porta para finalizar.
- Eu já te falei que não adianta, agora, quando você desistir, me avise e eu começo a falar.
Ela me olhou com raiva e se sentou me encarando com uma expressão assassina nos olhos.
- Ótimo. – falei sorrindo – Agora podemos conversar em paz.
- Não precisa, eu já sei o que você dirá. – falou seca olhando para a janela.
- Tenho certeza que não. – contestei.
- Uhum... Tá certo. – concordou sem dar importância.
- Ok Liz, eu estou aqui hoje, te forçando a me escutar, unicamente porque eu sinto sua falta. É verdade. – acrescentei quando ela me encarou fazendo cara de pouco caso – Eu adorava a nossa amizade, você e James são os irmãos que eu pude escolher e eu nunca quis te machucar. Sabe, aquele dia no show, eu estava bêbado e não sabia o que estava fazendo...
- Mas mesmo assim fez. – completou – Olha Sirius, eu entendo que você estava e bêbado e, na moral, o problema não é esse.
- Mas e...
- Era no começo. – respondeu minha pergunta antes mesmo que eu a terminasse – Mas depois, eu... – ela procurava palavras para explicar – Eu não sei... O jeito como você agia, tudo aquilo, faziam parecer que você não queria ser desculpado.
- É, eu soube. – comentei me lembrando das conversas de James e Lily.
- Então, era só isso? Já posso sair? – perguntou se levantando.
- Não, claro que não. – respondi – Ainda nem começou! – ela virou os olhos e sentou outra vez – Olha, eu quero que tudo volte a ser como antes. Eu sei que eu agi de forma deplorável e fui um verdadeiro idiota com você, mas eu não sabia como agir... Eu não sabia o que eu queria e você também não estava ajudando...
- Black, você não está fazendo sentido. – interrompeu. Suspirei.
- Ok, me desculpa por tudo. Por eu ter beijado a Lucy, por eu ter te importunado, gritado com você e até por ter metido entre você e as palavras cruzadas. – falei olhando para o chão – A questão é que eu não sabia o que estava sentindo e eu não podia tomar nenhuma decisão até ter certeza, entende? Eu estava confuso, não queria admitir mas estava e por isso eu agi daquele jeito. – coloquei tudo para fora. Ela me olhava mais calma – Tudo que eu mais quero agora é que as coisas voltem ao normal entre nós porque eu... Eu quero você ao meu lado sempre. – ela agora abriu um grande sorriso – Então, amigos?
Não sei se foi impressão, mas acho que vi aquele sorriso quase se desfazer por um instante. Ela abaixou a cabeça e, por um momento, não pude ver seu rosto. Soltou uma risada pelo nariz e em seguida encarava minha mão como se estivesse decidindo se aceitava a proposta.
- Não. – falou sorrindo – Irmãos. – completou e ia pegar minha mão quando não me contive, levantei-me e a puxei para um abraço.
Quando a soltei, estava com os olhos marejados.
- O que foi? Esqueci de passar desodorante? – perguntei querendo fazer ela rir. Consegui.
- Não, não... Não foi nada... Eu estou feliz, é só. – falou ainda sorrindo docemente – Então... Podemos sair daqui? Estou com fome.
- Só se for agora. – respondi retirando os encantamentos da porta.
Saímos de lá voltamos conversando alegremente para a cabine.
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(N/A: Narração de Liz)
Certo, eu admito que estou triste, mas eu estou feliz ao mesmo tempo. Sério mesmo, não agüentava mais aquele clima chato entre nós, ou seja, embora não tenha acabado exatamente como eu queria, acabou bem. É isso que importa, agora é só deixar rolar.
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(N/A: Narração de Lily)
Algum tempo após o almoço, Remo e eu acabamos a reunião da monitoria e voltamos juntos à cabine onde estavam os outros. Eu estava rezando para que os roncos da minha barriga não estivessem sendo ouvidos.
- E aí galera! – falei entrando na cabine – O que perdemos? – perguntei dando um selinhos em James antes de me sentar ao seu lado.
- Você nem imagina. – respondeu James – Com fome?
- Morrendo. O que aconteceu?
- Tortinhas de caldeirão, suco de abóbora, sapos de chocolate e varinha de alcaçuz. – falou me passando cada coisa que falava – Acertei?
- Na mosca. Mas fala logo o que aconteceu.
- Veja você mesma. – disse indicado o acento da frente com a cabeça.
- Não! Fala sério? – ele confirmou com a cabeça – Como?
- Depois eu explico melhor, eles saíram brigados e voltaram assim, mas não tenho certeza do que aconteceu lá porque eles não disseram nada.
- Ah...
Liz e Sirius estavam sentados no banco em frente a nós brincando de alguma coisa com um papel, estavam calados mas visivelmente felizes de estarem juntos. Ao lado deles, Alice e Frank liam o Profeta Diário juntos, havia uma grande manchete sobre o ataque ao festival de Wizville. Ao nosso lado, Alex e Remo estavam abraçados e conversavam baixo.
- Onde está o Peter? – perguntei dando falta dele na cabine.
- Foi ao banheiro, saiu pouco antes de vocês chegarem. – falou me abraçando pela cintura – Já sabe quando será a primeira visita a Hogsmead?
- Ainda não, são os professores que decidem e depois passam para nós. – respondi enquanto James beijava meu pescoço.
- Será que está acontecendo alguma coisa? – perguntou Alice que, eu não tinha reparado, não estava mais lendo jornal – O corredor está agitado.
Alice estava certa. Geralmente, o pessoal permanece nas cabines contando as novidades, no entanto, havia uma enorme quantidade de estudantes passando lentamente pela porta da cabine.
- Devemos verificar? – perguntei a Remo. Afinal, somos monitores.
- Parem de se fazer de bobos. – falou Liz sem tirar os olhos do papel em que jogava com Sirius.
- Como? – perguntei sem entender do que ela estava falando.
- Eles não aprendem. – Sirius falou a Liz que concordou com a cabeça.
- Querem falar logo? – disse James.
Sirius e Liz se olharam e viraram os olhos.
- Tirando os novatos, qualquer um em Hogwarts sabe que James Potter é apaixonado por Lílian Evans mas ela o odeia. – falou Sirius.
- Muita gente nos viu chegando juntos, mas até aí tudo bem, já que todos também sabe que nós – falou apontando para Alex, Frank, Alice e ela mesma – somos amigos dos marotos.
- Até que Rabicho vai ao banheiro e, de repente, todos começam a passar pela frente da nossa cabine. – Sirius concluiu.
- Onde vocês querem chegar? – perguntei ainda sem entender.
- Santa Ingenuidade... – murmurou Liz – Peter deve ter dado com a língua nos dentes e agora todos querem saber se é verdade que o Potter finalmente conseguiu conquistar a Evans. – completou impaciente.
- Devemos acrescentar que a cena de vocês dois abraçadinhos deve ter tirado as dúvidas de muita gente. – falou Sirius.
- E, caso não tenham reparado, noventa e sete por cento das pessoas que estão passando por aqui são garotas entre o quarto e sétimo ano. – falou Liz votando sua atenção para o papel – elas são as mais interessadas em confirmar se o príncipe James Encantado Potter está mesmo fora do mercado. – abriu um sorriso e fez um risco no papel – Ganhei.
Sirius fechou a cara.
O resto da viagem foi tranqüila, Peter acabou confessando que soltou a língua sem querer. Quando o trem finalmente chegou a Hogwarts, eu e Remo nos separamos do grupo outra vez para orientar os alunos novos, mas não demoramos muito e logo pudemos voltar e ir para as carruagens.
A notícia de que Lílian Evans e James Potter estavam juntos se espalhou mais rápido que fogo em palha seca. Eu estava muito desconfortável com todos aqueles pares de olhos acompanhando todos os meus movimentos quando entramos no salão principal. James parecia estar nas nuvens, acredito que ele ainda goste muito deste tipo de atenção. Ele sorria de orelha à orelha e parecia estar lutando bravamente contra a vontade de me beijar no meio do salão e provar a todos que finalmente tinha conquistado “sua ruivinha”, usando as palavras dele. Tenho certeza que ele não fará uma coisa dessas a não ser que queira, realmente, jogar fora o que levou anos para conseguir.
Sentamos mais ou menos no meio da mesa da Grifinória e começamos a cumprimentar animadamente os outros colegas enquanto Dumbledore não se pronunciava. Eu, James, Liz e Peter de um lado e Sirius, Alex, Remo, Alice e Frank do outro.
- Quem é aquela? – perguntou Sirius arregalando os olhos para a mesa da Corvinal.
- Qual delas? – perguntou Alex que tentava ver a garota.
- À direita do Diggory. – falou Sirius sem tirar os olhos da tal garota. A essa alura, todos nós já estávamos olhando.
- McKinnon. – respondeu Alice.
- McKinnon? – perguntou Sirius – Marlene McKinnon?
- É, definitivamente é ela. – Alex confirmou.
- Peraí, Marlene McKinnon não era aquela quintanista baixinha, cheia de espinhas, meio gordinha e com o cabelo estranho? – perguntou Sirius confuso.
- É, aquela do cartão de natal... – falou Liz começando a rir.
Sirius não falou mais nada, estava olhando abobalhado para Marlene. Ela estava notavelmente diferente, estava magra, mais alta, sem espinhos e os seus cachos só perdiam para os de Alex. Não demorou muito até Liz se mostrar pouco a vontade com a cara de bobo que o Sirius estava fazendo. Ela se debruçou sobre a mesa e bateu forte no queixo dele.
- Pára de babar seu cachorro! – falou e voltou a se sentar. Todos rimos, parece que as coisas voltaram ao normal por aqui.
A conversa parou quando a Profª. McGonagall adentrou o salão seguida pelos muitos alunos novos, mas assim que o pessoal reparou nelas, o salão voltou a se encher de murmúrios.
- Lily... Esses primeiranistas não estão... Grandes de mais? – sussurrou Liz.
- É por que não são primeiranistas. – respondi baixo – Não todos.
- São de uma escola australiana que fechou – falou Remo – Hagrid nos disse.
- Legal! Sangue novo. – falou Sirius com os olhos brilhando de malícia.
- Calem a boca, a cerimônia vai começar. – repreendi.
Óbvio que a cerimônia de seleção demorou bem mais do que o normal já que havia, pelo menos, o triplo de estudantes novos que o normal. Com a demora, a atenção dos alunos antigos começou a se dispersar lenta e silenciosamente, não conversavam, mas os olhos estavam vãos, mexiam distraidamente nos talheres ou faziam qualquer outra coisa, como Liz e Sirius que faziam guerra de dedo. Fora isso, a nossa primeira noite em Hogwarts foi bem normal.
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(N/A: Narração de James)
- Peraí, vocês voltaram ou não? – perguntei a Sirius quando chegamos ao dormitório.
- Não, voltamos a ser amigos como antes. – respondeu parecendo feliz consigo.
- Ela parecia feliz. – comentou Peter pondo o pijama.
- E não estaria por quê? – perguntou Sirius procurando algo em seu malão.
- Esquece. – respondeu Peter.
Se até o Peter percebeu que a Liz gostava do Sirius, ele só podia estar fingindo ou nos escondendo algo.
- Nada melhor que começar o ano letivo num fim de semana, não acham? – falou Remo entrando no dormitório – Querem saber, esses novatos perguntam de mais.
- Eu estou exausto, boa noite para vocês. – falou Sirius.
- Boa noite. – respondemos.
- Bom dia garotas! – cumprimentamos animados ao chegar à mesa da Grifinória na manhã seguinte – Bom dia Lírio. – acrescentei beijando a bochecha de Lily que estava comendo torrada.
- Bom dia James. – respondeu quando acabou e me deu um selinho.
- Viu!? É verdade mesmo! – falou uma garota que passava apontando para nós.
- Francamente! – exclamou Lily – As pessoas não tem mais o que comentar depois de dois meses de férias?
- Calma Lily, você sabe como esse pessoal adora um fofoca. – falou Alice tranqüilamente passando geléia em um waffer.
- Professora, não tinha outro meio de deixar minha segunda mais deplorável? – Liz reclamava com Minerva.
- Se não gosta das aulas Srtª. Costa, que desista delas. – Minerva respondeu seca. Liz deu língua quando ela virou as costas – Bom dia Sr. Potter.
- Bom dia Minnie. – Ops, escapou. Ela estreitou os olhos, mas fingiu não escutar.
- Seu horário – falou ainda me olhando feio.
- Obrigada Professora.
- Hey! Hoje é dia dois! – falou Liz de repente.
- Excelente dedução. – zombou Sirius.
- Vocês não se lembram? – perguntou a Alex e Remo.
Os dois devolveram um olhar intrigado esperando por uma explicação.
- Estão fazendo um mês de namoro hoje e eu é que tenho que lembrar!? – falou Liz tendo um acesso de risos logo em seguida. Os dois coraram.
É verdade, o tempo passou tão rápido que nem percebemos. Um mês já...
- Er... – Remo começou, mas não tinha o que falar.
Esperaí!! Se Alex e Remo fazem um mês hoje, significa que eu e Lily fazemos um mês na segunda! Eu não me lembrava disso... Tô encrencado.
- Alex, nos encontramos à tarde. – falou Remo se levantando de repente da mesa animado. Beijou brevemente os lábios da namorada e virou as costas para sair.
- Espera Remo, nos encontramos onde? Que hor... – começou Alex, mas Remo a interrompeu.
- Eu te encontro, não se preocupe. – e saiu apressado.
Se bem conheço o Aluado, ele acabou de ter uma de suas idéias genialmente românticas (já peguei muitas delas emprestadas) e foi colocá-la em prática. Falando nisso, preciso pensar em alguma coisa para Lily também, algo que minha princesa jamais esqueça. Pena que tenha aulas para atrapalhar, mas eu dou um jeito.
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N/A: Bom, aki está o capítulo. A partes dos comensais não ficouextamente como eu keria, mas eu não sou mt boa com ação, espero que vocês gostem e muito obrigada pela paciência. Leitores novos sejam bem-vindos e boa leitura!!
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