A futura Srª. Potter
Capítulo 06 – A futura Srª. Potter
Madruguei no domingo(bom, pra mim, oito horas é madrugada), sem nenhum motivo por que não tem nada especial marcado pra hoje, então vamos todos nos reunir mais tarde para arrumar o que fazer. Eu bem que tentei dormir mais um pouco, mas não consegui, raramente consigo voltar a dormir depois que acordo. Então, depois de tomar banho e tudo mais, desci as escadas esperando encontrar uma mesa cheia da maravilhosa comida da minha mãe, mas o que eu encontro? Um bilhete.
Petúnia e Lily,
Seu pai e eu fomos às compras e provavelmente só voltaremos na hora do almoço. Por favor, deixem a casa em ordem, preparem o almoço e tentem não brigar tanto.
Beijos, mamãe.
Que ótimo! Pensei ironicamente. Vou ter que me virar no pão com ovo, já que é a única coisa que eu sei fazer sem causar uma catástrofe e que fica comestível. Bem, fazer o quê né? É isso ou nada... Pra falar a verdade, a Petúnia bem que podia preparar o nosso café da manhã, tenho que admitir que aquela cavala metida cozinha muito bem. Só que isso é impossível, já que nós parecemos mais inimigas mortais do que irmãs. Bem Lily, agora é você e a cozinha, vamos lá.
Fui até a cozinha e estava remexendo nas panelas à procura de uma frigideira quando Alice e Alex entraram com cara de sono e robe na cozinha. Alice se sentou numa cadeira e Alex veio até mim.
- Bom dia Lils! – disse ela animada me dando um abraço. – O que está fazendo?
- Café da manhã. – respondi alegremente enquanto pegava os ovos na geladeira. Eu não sei cozinhar, mas eu gosto. As duas trocaram olhares assustados (elas já conhecem meus dotes culinários).
- Por quê? – perguntou Alice.
- Mamãe saiu. Então eu fiquei responsável pelo desjejum de vocês. – respondi olhando em volta à procura do saleiro.
- Nós te ajudamos! – disse Alex correndo até mim e tirando os ovos da minha mão.
- Exatamente. – Alice se levantou e tirou a panela da minha outra mão. Eu as olhei desconfiada.
- Estão com medo da minha comida? – perguntei cerrando os olhos.
- Não! – responderam as duas juntas. – É que a gente não acha justo que você faça tudo sozinha. – completou Alex.
- É Lil, deixa a gente te ajudar. – Alice sempre foi a mais convincente quando mente.
- Tá legal. – respondi conformada.
- Onde sua mãe guarda o livro de receitas? – perguntou Alice.
- Naquela gaveta. – respondi apontando para uma gaveta à esquerda dela.
Alice foi até a gaveta, pegou o livro e começou a olhar o índice deslizando lentamente o dedo pela página, depois abriu a geladeira e deu uma olhada rápida no que tinha.
- Quem quer wafer? – perguntou ela se virando para nós.
- EU! – respondemos juntas.
- É uma receita simples. – comentou Alice enquanto lia o livro. – Nós só precisamos de ovos, óleo, farinha, maisena, açúcar, sal, fermento, leite e essência de baunilha. Tem tudo isso aí?
- Tem sim. – respondi conferindo os ingredientes.
- Então vamos começar logo que eu já estou com fome. – falou Alex.
Pegamos todos os ingredientes, a batedeira, a máquina de fazer wafer que eu me esqueci o nome e começamos.
- Então... – disse Alice lendo o livro. – Lily, você bate as claras enquanto eu e Alex misturamos a farinha, a maisena, o sal e o açúcar.
- Ok. – respondi já indo fazer o que ela disse enquanto elas mediam a farinha.
Quando terminei de bater as claras vi que elas ainda estavam medindo. Provavelmente elas estavam tendo esse cuidado todo porque pensam que receitas trouxas são como poções, que se errar qualquer coisinha põe tudo a perder. Não pude deixar de rir.
- O que foi Lil? – perguntou Alice.
- Vocês não precisam ter tanto cuidado com as medidas, não vai explodir. – falei ainda rindo. Elas ficaram um pouco vermelhas. – Deixa eu ajudar vocês. – completei indo até elas, mas quando ía começar o telefone tocou. – Esperem um minutinho tá. – falei e saí correndo pra tender. Eu não precisava correr, mas tenho essa mania desde pequena.
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Enquanto Lily atende o telefone, na cozinha, Alex e Alice ignoram o pedido de que a esperassem e continuam com a receita...
- Pronto, já tá tudinho certo aqui, agora só falta bater. – falou Alex. – Onde tem uma colher?
- Eu não sei. – respondeu Alice. – Nem sei se trouxas usam colheres, até hoje só vi pequenas.
- É... – disse Alex. – Ah! Viu aquilo que a Lily usou pra mexer as claras? Eles devem usar aquilo ao invés de colheres.
- É! Traz aqui. – pediu Alice. Alex atendeu o pedido da amiga e foi buscar a batedeira.
- Prontinho! Agora vamos mostrar a Lil que entendemos de culinária trouxa! – falou Alex animada.
- Hey, num tá funcionando. – Alice dizia revoltada esperando que a batedeira se ligasse magicamente quando fosse colocada dentro da comida. – Qual o problema dessa coisa?
- Talvez a gente deva mesmo esperar a Lily. – sugeriu Alex.
- Não. – respondeu Alice. – Olha só esse botão. – completou apontando o botão com as velocidades. – Deve ser aqui que liga. – ela girou o botão, mas nada aconteceu.
- Será que tá quebrado? – perguntou Alex dando tapinhas na batedeira. – Hey, isso não é uma daquelas... Como é o nome disso? – perguntou apontando para o fio do aparelho.
- Não me lembro. – respondeu Alice. – Lily já me disse uma vez, mas não me lembro... É isso! Lily me disse que tem que pôr essa coisa em buracos na parede pra fazer funcionar algumas coisas dos trouxas.
- Buracos na parede? – perguntou Alex olhando para Alice como se duvidasse de sua sanidade mental.
- É. – respondeu – Como aqueles ali! – completou animada apontando para uma tomada numa parede próxima.
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Lily volta para a cozinha e encontra as duas amigas de costas para ela...
- E aí, vamos terminar... – falei enquanto me aproximava, mas interrompi a frase ao ver o que as duas estavam prestes a fazer – Hey! Não façam... – tarde de mais.
Alice e Alex haviam girado o botão de ligar para a maior velocidade antes e assim que ligaram a batedeira na tomada, uma enorme nuvem de farinha tomou conta da cozinha cobrindo nós três da cabeça aos pés, isso sem contar a sujeira que ficou espalhada por toda a cozinha quando eu finalmente consegui desligar a batedeira. Tirei a farinha dos meus olhos e as encarei emburrada. Elas me olharam com cara de culpa e começamos a rir. Caímos na gargalhada mesmo sabe, estávamos muito engraçadas, todas brancas, com o cabelo cheio de farinha. Meu Merlin, vai demorar horas pra eu conseguir livrar meu cabelo dessa farinha toda.
- Mas o que houve aqui!? – perguntou Petúnia enquanto nós ainda ríamos, já caídas no chão e com a barriga doendo.
- Um pequeno acidente Petty. – respondi tentando parar de rir. – Estávamos tentando fazer wafer, mas essas duas aqui não sabem muito bem usar uma batedeira e... Bem, você está vendo o resultado. – completei recomeçando a gargalhar logo depois.
- E qual é a graça de tudo isso? – perguntou ela. Azeda que nem essa minha irmã, nem limão. Fala sério, que garota chata. Nós não respondemos então ela continuou. – Ah claro, é isso que acontece quando três aberrações tentam fazer coisas de gente normal. Saiam já da cozinha! - ¬¬ estressada. Paramos de rir com a ofensa e ficamos olhando-a boquiabertas. Tudo bem que ela me chame de aberração, mas chamar minhas amigas!
- SUA CALAVA MAL EDUCADA!! – pode falar o que quiser de mim, mas nunca, NUNCA, fale das minhas amigas na minha frente. – QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR COM ELAS DESSE JEITO!!! – eu estava gritando com todas as minhas forças, ou seja, todo o condomínio deve estar escutando.
- ABERRAÇÕES É O QUE VOCÊS SÃO! EU SOU NORMAL E FALO COM VOCÊS DO JEITO QUE EU QUISER!! – Petúnia até tenta me superar no grito, ela chega perto, mas ninguém grita comigo e sai impune. Então, eu pulei em cima de Petúnia derrubando ela no chão e agarrei os cabelos dela. No que ela agarrou os meus também enquanto as meninas nos olhavam sem acreditar no que estavam vendo.
- SAIA DE CIMA DE MIM SUA ABERRAÇÃO NOJENTA! – gritava Petúnia tentando me empurrar.
- SÓ DEPOIS QUE VOCÊ TIVER O QUE MERECE! – respondi quase chorando de raiva.
Ficamos rolando pelo chão da cozinha. Alice e Alex não sabiam o que fazer, então se resumiram a nos dizer pra parar, mas, vendo que não fazia efeito, sentaram no balcão e começaram a torcer por mim. Petúnia soltou meus cabelos e agarrou meus braços com as unhas enormes que ela tem, como eu não tenho unhas pra revidar, usei os dentes. É isso aí, comecei a morder o braço dela (que estava cheio da farinha do chão, eca!) com toda a força, e já que pra fazer isso eu não precisava soltar os cabelos dela, eu estava ganhando. Até que ela me deu um belo chute na barriga que me empurrou pra longe. Bem, nessa parte, Alice e Alex acharam que se não nos parassem, íamos acabar nos matando, então elas ficaram entre nós levando alguns tapas e arranhões até que conseguiram me levar para a sala e Alice ficou segurando a porta da cozinha para que Petúnia não viesse atrás de nós.
- O que foi aquilo? – perguntou Alex com a cara entre a preocupação e o riso.
- Não sei, fiquei fora de mim quando ela chamou vocês de aberrações. – respondi sorrindo amarelo.
- Ái que lindo! – falou Alice ainda segurando a porta com força, pois Petúnia continuava batendo e gritando para que ela abrisse. – Alex, ela bateu na irmã malvada pra nos defender! – completou fingindo chorar emocionada. Recomeçamos a rir.
- E então, como eu me saí brigando? – perguntei já animada me esquecendo que estava coberta de farinha e sentando no sofá preto da sala.
- Muito bem, até a parte em que levou um chute. – respondeu Alice. Nessa hora a campainha tocou.
Me levantei pra atender esquecendo da minha aparência bizarra.
- James! Bom dia! Entra aí. – falei sorrindo e me afastando para ele passar, mas ele permaneceu parado na porta com a boca aberta e uma cara muito engraçada de confusão, provavelmente causada pela minha aparência (descabelada, coberta de farinha e com os braços sangrando de leve por causa das garras de Petúnia). – Entra! – puxei o braço dele porque percebi que ele não ía se mexer.
- O que aconteceu com você? – perguntou ele ainda confuso enquanto eu o levava até a sala.
- Uma longa história, depois eu conto. – respondi. – Senta aí. – indiquei o sofá com a cabeça.
- James! O que faz aqui essa hora? – perguntou Alice sentando ao lado dele (ela ainda estava cheia de farinha). Eu a olhei questionadora, ela deveria estar segurando a Petúnia. E James ficou com a cara mais curiosa ainda. – Não se preocupe Lily, ela se aquietou quando ouviu a campainha. – acrescentou ao ver meu olhar.
- Mas o que aconteceu aqui? – perguntou ele nos olhando com preocupado, mas achando graça.
- Bem, tudo começou quando eu acordei hoje e vi que... – comecei.
- VOCÊ VAI ME PAGAR LÍLIAN, EU VOU CONTAR TU... – Petúnia entrou na sala gritando, mas parou quando viu que James estava lá, fez uma cara de terror e saiu correndo subindo as escadas.
- Ok. – disse James. – Agora eu realmente quero saber o que aconteceu aqui.
Nós contamos tudo a ele com direito a encenação e tudo mais. Ele riu muito, quase chorou.
- E você James, o que faz aqui? Alguma idéia do que vamos fazer hoje? – perguntei quando terminamos a história.
- Exatamente. Na verdade, tenho um convite a fazer pra vocês e pro seus pais. – respondeu ele. – É que hoje é aniversário do meu pai e nós vamos fazer uma festa surpresa, nada de mais sabe, só um churrasco com a família e os amigos mais íntimos.
- Estamos dentro. – respondi sem antes mesmo consultar as meninas. – Mas antes tenho que arrumar isso aqui, ou minha mãe terá um enfarte quando chegar...
- Nós te ajudamos Lil. – falou Alice. – Afinal, fomos nós que começamos toda essa confusão.
- Será que dá pra a gente arrumar isso depois de tomar café? Eu tô morrendo de fome. – falou Alex pondo a mão na barriga.
- É, eu também, mas vamos ter que nos virar com pão e ovo mesmo... – respondi.
- Eu tenho uma idéia melhor. – falou James.
- E qual é a sua idéia brilhante Sr. Potter? – perguntou Alice de um jeito divertido.
- Que tal se eu fizesse o café da manhã enquanto vocês arrumam tudo? – sugeriu ele dando um daqueles sorrisos metidos.
- Você? Cozinhar? Desde quando você sabe?- perguntei duvidando.
- Desde que meu mãe me ensinou a viver sem varinha quando eu era pequeno, eu acampava com meus pais e eles me ensinaram um monte de coisas que os trouxas fazem pra se virar sem magia. – ele respondeu – E minha mãe sempre adorou comida trouxa. – completou. – E aí, topa? – perguntou estendendo a mão.
- Só se for agora! – respondi animada apertando a mão dele.
Depois de acordo fechado, eu fiquei de limpar a sala, Alex e Alice com a cozinha e James fazer nossos wafers (eu o ensinei a usar a maquininha que ainda não lembro o nome). Enquanto eu pensava se o James sabia mesmo cozinhar e passava o aspirador no sofá pra que ele voltasse a ser totalmente preto, Liz entrou na sala.
- Desculpa Lil, mas você num tava atendendo e a porta ta... – ela parou de falar e me encarou com uma expressão confusa (parecida com a de James) que logo depois mudou para divertida. – Vocês fizeram guerra de farinha e nem me chamaram! – falou pondo as mãos na cintura como se quisesse demonstrar irritação.
- Não foi bem uma guerra de farinha, mas foi parecido. – respondi sorrindo.
- Então me conta logo! – falou se sentando no sofá.
- Espera um pouco, deixa eu terminar isso antes que mamãe chegue ou vai ser uma confusão danada.
- Tá bom, mas vai logo.
Terminei de limpar o sofá pouco tempo depois e estava na metade da história quando James apareceu dizendo que o café estava pronto. Ele estava cheio de farinha no cabelo.
- James? – disse Liz olhando de mim pra ele com o rosto confuso que logo se transformou num sorriso pervertido daqueles que ela dá quando está pensando besteiras.
- Oi Liz, vai comer também? – perguntou James.
- Não, acabei de comer, o que está fazendo aqui?
- Salvando essas três desastradas da fome. – respondeu ele passando a mão nos cabelos. – Acredita que nenhuma delas sabe cozinhar?
- Realmente, é inacreditável. – respondeu Liz olhando para o lado e rindo.
- Hey! Você também não sabe! – protestei.
- É. Mas não precisa espalhar. – respondeu Liz fazendo James rir.
- Isso foi obra daquelas duas né? – perguntei apontando para o cabelo dele.
- É. Elas disseram que se estava todo mundo sujo, eu tinha que combinar. – falou ele.
Fomos até a sala de jantar e encontramos Alex e Alice já comendo.
- E aí, é seguro? – perguntei ao me sentar ao lado de Alice.
- Não, é péssimo! Lily, isso tem gosto de esgoto, não coma. – respondeu Alex mordendo um enorme pedaço do wafer com leite condensado que estava comendo (N/A: Vocês já comeram isso? É uma delícia).
- Tá, sei. – falei pegando um wafer e passando geléia de amora nele. Sempre que ela fala isso, é por que a comida está ótima. Ela diz isso de brincadeira pra ver se eu não como e sobra mais, entende?
- Alguém já tem uma idéia para o programa de hoje? – perguntou Liz.
- Festa na minha casa. – respondeu James. Liz ficou olhando para ele por um tempo e logo depois sorriu.
- Caramba! É mesmo, hoje é níver do tio!! – falou se animando. A Liz nunca esquece do aniversário de ninguém. Ela lembra até do aniversário do cachorro de Merlin, mas pra lembrar de outras coisas... – Vai ser de que horas?
- Umas doze. E levem roupa de banho.
- Só se for pra assustar os convidados. – falou Petúnia (que já estava limpinha e exageradamente perfumada) entrando no cômodo e nos olhando feio, menos para James, ela deu um sorrisinho pra ele e ele retribuiu. Idiota... – Olá James.
- Oi, como está você Petúnia? – perguntou o cachorro sorrindo pra ela. Eu apertava um guardanapo com tanta força que ele estava prestes a entrar pela minha pele.
- Sabe Petúnia, ninguém te chamou na conversa, mas acho que você não se incomoda de ser inconveniente já que é uma cavala mal-educada. – respondi.
- Oh, muito bem. – respondeu dando uma risadinha fresca. – E você? Espero que a minha “querida” irmãzinha tenha se comportado bem. – completou me ignorando completamente.
Eu poderia ter pulado em cima dela de novo e arrancado cada dente daquele sorriso desdenhoso que ela me lançou com as mãos naquele instante, mas contive a minha raiva apertando o acento da cadeira (o guardanapo não estava mais dando conta do recado). James olhou para o meu rosto como quem olha para uma bomba prestes a explodir, eu estava muito vermelha (vi pelas costas da minha colher) e respirando fundo para me controlar.
- Hahaha. – ele fingiu rir para tentar descontrair o clima que tinha se formado. – Também estou ótimo, você quer wafers? Eu que fiz.
- Claro! – respondeu se sentado ao lado dele e se jogando pra cima dele pra se servir dos wafers (sua *!#¨$, §©¨@&%$, ¥®#$% e %$#¨). – Então, você estava dizendo que vai haver uma festa?
- É, o aniversário do meu pai hoje, nós vamos fazer um almoço, coisa bem simples, só para família e amigos mais próximos.
- Então os Geller vão? Ouvi dizer que os pais de você são bem amigos. - perguntou a cavala.
- É, são sim. Mas eles não vão, é complicado dar uma festa lá em casa convidando trouxas, principalmente quando o pessoal da família vai. - respondeu James.
- Entendo. - disse Petúnia finalmente se calando. É impressão minha ou ela sabe que James é um bruxo?
- Bom, eu tenho que ir agora. - falou James olhando o relógio. - Apareçam ok?
- Com certeza. – respondeu a cavala.
- Já estamos lá. – respondi sorrindo para James. As garotas confirmaram com a cabeça, menos Liz, que acabei de perceber, está fazendo um esforço tremendo para não rir de alguma coisa que eu suspeito ser a minha cara. – EU te levo até a porta James. – Petúnia me fuzilou com os olhos e as garotas se olharam ente risinhos.
Assim que saí da cozinha, ouvi que Liz não conseguiu mais conter o riso. Ela VAI TER que me contar o que estava tão engraçado. Chegamos à porta e eu me despedi de James.
- Nos vemos mais tarde então. – falei estendendo a mão pra ele apertar.
- Claro. – respondeu. Ele pegou minha mão, me puxou pra perto, me deu um beijo na bochecha, picou pra mim, acenou e finalmente foi embora. E eu fiquei parada na porta com cara de idiota olhando ele voltar pra casa.
Voltei pra cozinha e não era apenas Liz que ria agora. Petúnia estava com maior cara amarrada enquanto todo mundo ria abertamente de alguma coisa que ainda suspeito que seja eu.
- Qual é a graça? – perguntei.
- Depois a gente te conta Lils, termina de comer e toma um banho que você fica sabendo. – respondeu Alex.
- Sei... – olhei para as três desconfiada.
Por causa da fofoca, me apressei a terminar o café da manhã e saí correndo pra tomar banho, até mesmo por quê já eram dez e meia e minha mãe podia chegar a qualquer momento. Depois do banho, eu procurava uma roupa enquanto as meninas estavam deitadas na minha cama lendo o semanário das bruxas, eu sempre achei essa revista idiota, mas elas adoram...
- Então, contem logo qual era a graça. – falei já vestida pulando em cima delas.
- A sua cara e da petúnia. – respondeu Liz. ¬¬ Num falei.
- Por quê?
- Bom. – começou Alice. – Você por que estava com muita raiva da Petúnia, estava com uma cara super engraçada, toda vermelha e fazendo careta. – completou começando a rir de novo.
- E você precisava ter visto a cara da Petúnia quando você foi levar o James até a porta. – falou Alex. Todas caíram no riso outra vez.
- Cara, a gente queria ter uma câmera. – falou Liz. – Tava muito hilária, ela tava com a cara toda contorcida, parecia que tinha comido alguma coisa muuuuuuuuito ruim.
- Imagino. – falei começando a rir também. Eu já vi Petúnia assim antes. – Vocês acham que ela sabe que o James é bruxo?
- Não, o James inventou uma história pra ela, eu não me lembro bem como é a história que ele inventou, mas era muito tosca, fala sério, não sei como a Petúnia acreditou... – respondeu Liz. – Bem, de qualquer jeito ela vai acabar descobrindo hoje.
- E como ela entendeu a história dos trouxas? – perguntei confusa.
- Ela deve ter fingido. – respondeu Liz sem tirar os olhos da revista.
- É, faz bem o tipo dela... – comentei.
- O que vamos fazer com o resto da manhã? – perguntou Alex.
- Não é óbvio? – perguntou Liz. – Temos que comprar presentes para o tio Arnold!
- Então vamos, se arrumem rápido e vamos logo. – falei.
Alice e Alex foram para o quarto se vestir e Liz continuou a ler sua revista. Eu fui até a varanda olhar a casa dos Potter. Está uma ótima manhã, dia perfeito para uma festa... Me lembrei do beijo que James me deu hoje mais cedo, ele está tão diferente...
Uns vinte minutos depois estavam todas prontas e fomos até o centro da cidade. Eu não tinha a mínima idéia do que ía dar ao Sr. Potter, nem o conheço direito.
- Tio Arnold gosta de coisas divertidas. – informou Liz – Ele também gosta de algumas coisas trouxas, acha interessante.
- Então vamos comprar coisas trouxas? – perguntou Alice.
- Não necessariamente. – respondeu Liz – Tem algumas lojas bruxas escondidas por aqui. – falou baixando a voz por causa de um grupo de trouxas que passava perto de nós. – É só saber onde ir, porém, claro que podem dar coisas trouxas se quiserem, como eu já disse antes, ele acha interessantes.
- Por que tem lojas bruxas escondidas por aqui? – perguntou Alex.
- Não parece, mas tem muitos bruxos por essa região, inclusive, tem um vilarejo inteiramente bruxo a uns dez quilômetros daqui. – respondeu Liz prontamente.
- Por que nunca nos disse? – perguntei.
- Não é muito interessante... – respondeu parando em frente a uma grande loja de livros – A não ser, é claro, na época do festival de magia, que acontece no final de agosto. – ela entrou na loja e nós a seguimos.
Era uma loja bastante apertada e com livros (trouxas) por toda parte. Com alguma dificuldade conseguimos chegar ao balcão. Mas não havia ninguém lá.
- Sr. Thomas? – chamou Liz.
- Olá mocinhas. – falou um homem alto e bastante velho que apareceu do nada por trás do balcão, eu levei um baita susto. – O que desejam?
- Magia. – respondeu Liz.
- Então vieram ao lugar certo. – disse o homem abrindo a passagem do balcão pra que nós entrássemos. – Alguma coisa especial?
- Algo divertido.- respondeu Liz.
- Ora, então vamos logo. Tenho as últimas novidades do mundo bruxo bem aqui. – o homem falava enquanto nos conduzia por uma porta que me fez entender porque a loja era tão apertada se parecia tão grande por fora.
A verdadeira loja era a que estava por trás, então, a da frente era desagradável pra que nenhum trouxa quisesse comprar lá, como eu não percebi isso antes? Eu devo mesmo ser muito tapada... Mas voltando ao assunto, entramos em uma loja grande e bastante organizada. Tinha coisas de todos os tipos, revistas, livros, ingredientes para porções, bebidas, alguns instrumentos desconhecidos e é claro, a parte que nos interessava no momento, brincadeiras. Examinamos as prateleiras a procura de um presente que não parecesse muito infantil.
Após uns dez minutos todos os presentes já haviam sido escolhidos (N/A: sou péssima pra escolher presentes, por isso não vou colocar aqui o que as meninas compraram.) e saímos da loja exigindo que Liz nos mostrasse as outras. Ela nos levou a mais umas quatro lojas (uma de artigos esportivos, uma livraria, uma farmácia bruxa e a última de roupas) e por fim disse que nos levaria à sua loja favorita.
- Eu só não trouxe vocês aqui antes por que eu só venho aqui quando estou com bastante dinheiro. – disse ela entrando em um restaurante pequeno e de aspecto sujo. Assim que entramos, uma senhora muito simpática nos recebeu com um sorriso.
- Liz, minha querida, quanto tempo! – falou a mulher abraçando Liz. – Como foi seu ano em Hogwarts?
- Ótimo Sra. Paine. – respondeu Liz sorridente também – Eu trouxe minhas amigas pra provar suas delícias. Essa são Lily Evans, Alice Lendynner e Alex Jhones. – completou indicando cada uma quando falava nossos nomes.
- Que garotas lindas vocês são! – falou a Sra. Paine. – Entrem, entrem. Acabou de sair aquela torta que você ama Liz.
- Uau! Vejo que cheguei na hora certa! – falou Liz.
Como todas as outras lojas, a lanchonete da Sra. Paine era um lugar bastante agradável por trás do disfarce. O cheiro que saia da cozinha era maravilhoso. Não pudemos demorar muito por que já estava perto de meio dia, mas nós comemos alguns doces maravilhosos (bombas de chocolate que explodiam na boca (N/A: nada original, eu sei, podem me matar...) e a tal torta preferida da Liz, torta de leite coberta com calda de caramelo e castanhas.) e Liz comprou tudo o que podia de doces, deixando dinheiro apenas para voltar pra casa. Resolvemos pegar um táxi, ou chegaríamos muito atrasadas.
Chegamos em casa e combinamos de trocar de roupa rápido pra não se atrasar de mais para a festa do Sr. Potter e se encontrar no meu jardim. Percebi que meus pais haviam chegado.
- Oi mãe, oi pai. – falei sem nem olhar pra eles, que estavam na sala, subindo as escadas.
- Lily, onde você foi? - perguntou mamãe.
- Estava no centro com as meninas, comprando presentes para o Sr. Potter. – respondi gritando lá de cima.
Cheguei ao meu quarto, fiz um grande esforço pra tomar um banho rápido, coloquei meu biquíni (aquele amarelo com branco) uma roupinha leve por cima (estou com preguiça de descrever a roupa) e fui bater na porta das meninas pra saber se elas já estavam prontas.
- Já terminaram? – perguntei entrando no quarto.
- Quase. – respondeu Alex. Ela estava ajeitando o cabelo na frente do espelho. Alice já estava pronta e esperava deitada na cama.
- Não precisa ajeitar mais, seu cabelo já está lindo! – falei.
- Obrigada Lily, mas eu quero ele perfeito. – respondeu. As vezes ela exagera com esse cabelo.
- Pra pular na piscina e desmanchar todo o seu esforço? – perguntei.
- Não. Pra chamar a atenção de alguém... – respondeu olhando a parte de trás – Pronto, agora podemos ir.
Descemos as escadas, meus pais, Petúnia, Liz e o pai já estavam nos esperando lá em baixo. Atravessamos a rua e batemos na porta dos Potter, eu e Petúnia brigávamos discretamente pra ver quem ficaria na frente, eu ganhei, mas não adiantou, porque foi Peter quem atendeu a porta.
- Oi Lily, podem entrar. – falou ele nos deixando passar.
- Peter! Não sabia que já estava aqui. – falou Liz.
- Eu cheguei hoje de manhã. – falou Peter enquanto nos conduzia ao quintal da casa – Pessoal, elas chegaram. – anunciou quando entramos no quintal.
O lugar era muito bonito, tinha uma grande piscina no centro e estava cheio de mesas, o churrasco estava se fazendo sozinho (magia, é óbvio) e havia várias plantas mágicas espalhadas por todos os lados. Estava tudo decorado com cores chamativas (tipo verde limão, laranja florescente, roxo berrante...) e também tinham vários elfos servindo outros convidados (que deviam ser os familiares).
- Oi garotas! – falou Sirius. – Demoraram hein? Mas posso ver por quê... – ele olhou para Alex que realmente caprichou no visual, esta ficou vermelha.
- Meninas, enfim vocês chegaram, já estava achando que iam me dar um bolo... – falou James fazendo biquinho. Todos riram.
- Nós nunca faríamos isso. – falou Petúnia de um jeito meloso e sorrindo de mais pra o meu gosto.
- Meus pais já devem estar chegando. Sr. e Sra. Evans, Sr. Costa, por aqui. – disse James chamando nossos pais para se sentarem nas mesas do lado direito do jardim. Nos íamos segui-los quando Remo nos chamou.
- Não, vocês ficam desse lado. – disse Remo apontando para o lado esquerdo, onde, eu só percebi agora, havia apenas jovens.
- Pessoal – Sirius chamou atenção dos jovens que estavam lá – Estas são Lílian e Petúnia Evans, Alice Lendynner, Alex Jhones e Liz Costa. Garotas, essa é a família Potter, é gente de mais pra dizer o nome, então conheçam vocês mesmas. – e dizendo isso, Sirius foi pra dentro da casa atender a um chamado de Peter.
Petúnia era a que parecia mais desconfortável com a situação, ela estava estranhando muita coisa, mas parecia estar aceitando tudo muito bem pra quem não sabia que o James é bruxo.
- Então você é a famosa Lily Evans? – perguntou uma garota que aparentava ter uns quinze anos. Ela tinha cabelos pretos e cacheados até o meio das costas e olhos castanho muito claro. Não gostei do tom de voz dela.
- Não sei quanto ao ‘famosa’, mas sim para o Lily Evans. E você é? – perguntei tentando ser amigável.
- Roberta Potter, prazer. – respondeu a garota com cara de quem não estava gostando da minha presença ali. Ela estava me olhando de cima a baixo, odeio quem faz isso.
- Berta, acho que mamãe está te chamando. – falou outra garota parecida com a primeira, só que mais velha e com cabelos ondulados. A primeira garota saiu sem dizer nada e a outra me olhou com interesse. – Não ligue pra a minha irmã, ela está com ciúmes de você porque ela é louca pelo James, nós somos primos. – ela esperou que eu falasse algo, mas como eu não fiz nada ela continuou – Sou Katie Potter.
- Lílian Evans, é claro que você já sabe. – falei meio sem graça.
- É, James não pára de falar de você. – continuou sorridente – É por isso que ela fica tão irritada. – completou baixando a voz e indicando a irmã com a cabeça. – Mas e aí, já está pronta pra entrar pra a família? Aposto que você vai adorar. Sabe, a família é toda tão animada, tem gente de tudo que é canto e de tudo que é jeito... – ela desatou a falar muito rápido.
- Hey! Espera um pouquinho! – essa garota é louca? – Como assim entrar pra a família?
- Você não é Lily Evans?
- Sou.
- Dãã! Vai entrar pra família oficialmente quando se casar com o James! – falou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo e só eu fosse retardada o suficiente pra não entender.
- Não, não, não. Peraí... Você entendeu tudo errado. Eu e James não temos nada, nós somos apenas colegas de classe, aliás, há dois dias atrás a gente nem se falava, pra falar a verdade eu o odiava e... – mas parei de falar quando ela começou a rir abertamente da minha cara. – Qual é a graça? – perguntei sem entender.
- Você... Você... Você acha que pode... – ela tentava falar mas não conseguia parar de rir, isso estava começando a me irritar, mas o que diabos era tão engraçado?
Vendo que ela não ía parar de rir tão cedo, resolvi olhar o que as meninas estavam fazendo e não pude deixar de rir um pouco. Alice tentava explicar educadamente a um garoto impertinente que ela tinha namorado, Alex conversava com um par de gêmeos e as vezes dava olhadas na direção de Alice pra ver se ela precisava de socorro, Liz fazia palhaçadas para umas cinco crianças que estavam rodeando ela, pelo jeito já se conheciam há tempos e Petúnia conversava com Roberta. Voltei minha atenção para Katie quando ela parou de rir.
- Nossa... desculpa Lily... mas é que... – ela ainda estava ofegante e com lágrimas nos olhos.
- Diz logo qual foi a graça. – falei impaciente.
- Certo. – falou ela se recompondo – É o seguinte Lily, quando um homem da família Potter se apaixona, ele nunca desiste até conseguir. Não tem pra onde você correr, um dia, por mais que demore, vocês dois vão acabar se casando. Simplesmente não tem como escapar, foi assim com todas as mulheres da família, pode perguntar pra qualquer uma aqui. – eu não falei nada, então ela continuou – E do jeito que o meu primuxo baba por você... Não tem como você escapar de ser a futura Sra. Potter. – completou sorrindo. Eu ainda estava sem reação.
- Você só pode tá brincando. – falei sorrindo amarelo.
- Não, isso é sério. – respondeu Katie. Ela não parecia mesmo estar brincando. Eu não sabia mais o que dizer, mas fui salva de continuar a conversa por Peter que veio dizer a todos que os Potter haviam finalmente chegado.
O Sr. Potter entrou no quintal com os olhos fechados pelas mãos de sua esposa. Quando ela deixou que ele abrisse os olhos, todo mundo começou a cantar ‘parabéns pra você...’ e tudo mais que acontece numa festa surpresa. Não demorou muito até todo mundo começar a se jogar na piscina. Eu até estava com vontade de entrar, mas eu estava com uma inexplicável vergonha. Parecia que por onde eu passava, todo mundo olhava pra mim, principalmente o pessoal adulto. Estou achando que isso tem alguma relação com o que a katie me disse. Quando eu estava passando pelo Sr. Potter (o pai de James, por que aqui devem ter no mínimo uns quatro Sr. Potter), ele me chamou.
- Mocinha. – chamou o Sr. Potter – Você é Lílian Evans, não é? – eu não agüento mais responder essa pergunta hoje.
- Sou sim. – respondi já meio entediada.
- Veja Jane, é mesmo ela. – ele disse chamando a Sra. Potter que estava conversando com outra pessoa. – A garota que James tanto fala. – a Sra. Potter me olhou sorrindo – Ela não é linda?
- Com certeza Arnold. Agora sei por que James está tão apaixonado. – falou a Sra. Potter. Ok, isso já está constrangedor DE MAIS.
- E então querida, pronta pra ser uma Potter? – perguntou o Sr. Potter. Eu ri sem graça. Ainda bem que não tive que responder.
- Pare com isso Arnold, você deixa a menina sem graça. – falou a Sra. Potter – Mas Lílian Potter ficaria um ótimo nome.
- Ed, venha aqui. – ótimo, o Sr. Potter está chamando mais gente pra olhar pra mim. – Esta é Lily Evans, a futura Sra. Potter.
- A garota que o James fala tanto? Finalmente podemos nos conhecer! – falou o homem chamado Ed me estendendo a mão.
- Este é meu irmão Edward Potter. – falou o Sr. Potter.
- Prazer em conhecê-la Srta. Evans. – disse Ed – Espere aqui, Penélope é louca pra te conhecer. – e ele saiu pra chamar mais alguém. Maravilha! Estou me sentindo a atração nova do zoológico.
E assim eu fui conhecendo mais e mais convidados e cada vez mais encabulada até que Remo veio me salvar, dizendo que todos estavam exigindo minha presença na piscina. Depois dessa vergonha, a de entrar na piscina passou em dois segundos.
Passamos a maior parte da tarde na piscina (fazendo briga de galo, idéia de Sirius e Katie), saímos umas três e meia da tarde pra fazer um lanchinho e ficamos conversando um bom tempo. O pessoal da família de James é realmente legal (tirando a parte de dizer que sou a futura Sra. Potter). A festa foi se prolongando até escurecer e nós começamos a dançar uma músicas animadas que estavam tocando, mas um tempinho depois que começamos a dançar, as músicas foram ficando mais lentas. Eu não gosto muito de dançar músicas lentas, então tratei de ir saindo de fininho da pista de dança. Infelizmente não tive sucesso. James me puxou pela cintura antes que eu desse três passos.
- Onde a senhorita pensa que vai?- perguntou ele sorrindo daquele jeito galã de cinema.
- Eu? – tentei enrolar pra arrumar uma boa desculpa – Eu... Eu ía...
- Fugir da dança? – disse James. Eu revirei os olhos e ri.
- Tá legal. Eu ía fugir da dança.
- Por quê?
- Ah James, eu não sei dançar muito bem...
- Ótima oportunidade pra aprender. – disse James me puxando pra mais perto dele. – É fácil Lily, é só você me acompanhar. – ele começou a dançar comigo. Todo mundo tá olhando pra a gente... SOCORRO!!!!!!!
- James, por favor, você me ensina outro dia. – implorei.
- Relaxa ruivinha, não vai doer. – falou James ignorando meu pedido e piscando pra mim.
- Só se você me prometer que não se importar quando eu pisar no seu pé.
- Prometo.
- Então tá, mas depois não reclama que eu não te avisei.
Até que eu não me saí tão mal assim... Eu só devo ter pisado umas cento e cinqüenta vezes no pé do James... Ele estava descalço e a minha sandália era uma plataforma bastante dura, pobrezinho... Mas foi bem divertido ver as caretas de dor que ele fazia sem poder falar nada porque eu fiz ele prometer que não ía reclamar... Eu sou malvada!
Eu dancei com James a resto da festa (só por que ele dança bem...), Liz começou dançando com Sirius, mas depois os dois ficaram trocando de parceiro (mas acabavam sempre dançando juntos de novo), Remo levou uma eternidade pra chamar Alex pra dançar, Peter estava tentando dançar com Roberta (mas ela não queria aceitar) e até Petúnia estava dançando (com o cara que finalmente desistiu da Alice). Não tenho certeza, mas tive a impressão que tiraram fotos minhas enquanto eu dançava.
A festa foi acabar umas onze horas da noite, todos estavam exaustos e eu fui direto pra cama quando cheguei em casa. Mas não dormi imediatamente, fiquei pensando em algumas coisas...
Pense bem Lily, ele é bonito, divertido, inteligente, rico, sabe cozinhar e dançar muito bem. Por que ainda está relutante em dar uma chance?
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