Aquele sem nome



Capítulo 3 – Aquele sem nome

O resto da semana não teve nada de muito, basicamente estávamos na rotina de: acordar, tomar café, ir pros jardins, almoçar, voltar pros jardins, jantar, ir pra a torre fazer qualquer coisa e dormir. Por incrível que pareça, essa rotina não tinha nada de cansativa, talvez pela novidade dos marotos em nossa turma. Devo confessar que eles são muito legais e também que sem eles, provavelmente, estaríamos todas entediadas. Mas ao invés disso, passávamos dias agradáveis juntos, normalmente assim: Alex e Remo conversavam sobre os mais variados assuntos (ela estava muito feliz com isso). Sirius, Jam... quer dizer, Potter e Liz brincavam de qualquer coisa ou relembravam suas façanhas enquanto Peter comia e ria até do que não tinha graça. Alice e Frank, hora namoravam, hora se juntavam a nós. E eu, bem, eu era constantemente chamada às conversas de Alex e Remo, mas raramente aceitava pra não estragar um possível clima, Liz e Sirius também me chamavam para as brincadeiras, mas eu não gostava da maioria delas, então apenas me sentava e observava (os vigaristas) Sirius e Liz enrolarem o pobre Potter e sempre ganhar o que estivessem jogando... Mas ainda eu estando sem fazer nada, era agradável. E eu também devo mencionar que estou sentido fal... quer dizer, estranhando o Potter estar anormalmente quieto desde daquela tarde que me chamou pra sair nas férias, mas quem se importa não é mesmo?

Recebemos nossos resultados no sábado de manhã, todos (até Peter) passamos e uma hora depois estávamos todos a bordo do Expresso de Hogwarts. Dividimos uma cabine e fomos até Londres jogando baralho, dominó, snap explosivo... Não aconteceu nada que valha ressaltar aqui...

Chegamos à estação King Cross por volta de cinco horas. Meus pais já estavam lá me esperando (e os de todos também, tirando, é claro, o de Liz). Falei com eles e fui me despedir do pessoal.

- Meninas, terça feira acertamos os últimos detalhes então? – perguntei
- Certo. – responderam
- E sexta já estaremos reunidas outra vez. – disse Alex
- Com certeza! – respondi – Bem, tenho que ir gente. Tchau garotas. – falei abraçando cada uma delas. – E tchau pra vocês também rapazes. Remo, Sirius, Potter... – completei. Potter parece ter se surpreendido ao ouvir seu nome incluído na despedida.
- Tchau Lily. – disseram juntos. Dei um abraço em cada um (até no Potter) e me virei para ir com meus pais ao meu novo lar. Ainda pude ouvir Sirius e Potter oferecendo carona para Liz e as meninas se despedindo também.

Pude perceber que papai comprou um carro novo quando chegamos ao estacionamento. Não sei dizer o modelo pois não entendo nada de carros, mas era muito bonito e espaçoso. Petúnia nos esperava no carro e fechou a cara ao me ver (provavelmente mamãe a obrigou), eu ainda não disse que adoro provocar a Petúnia?

- Oi irmãzinha querida!! – falei abrindo um falso sorriso. Mamãe ficou feliz com isso, mal sabe ela que estou fingindo... – Como foi o seu ano? Eu estava com saudades...
- Não me dirija a palavra aberração. – foi o que ela respondeu fechando ainda mais a cara.
- Petúnia! Não fale assim com a sua irmã! Ela está sendo gentil com você. – eu amo ver minha mãe repreender a “Petty”, é tão bom ser caçula...
Petúnia não respondeu, eu poderia irritá-la beeeeeeem mais, porém, tinha coisas mais importantes pra fazer.
- E então mãe, como foi a mudança?
- Tudo tranqüilo, Lily, seu pai estava certo, a casa é linda. Mas não vou te contar detalhes, não vou estragar a surpresa. – respondeu ela sorrindo de orelha a orelha. – E como foi o seu ano Lil, muito trabalho?
- Normal, foi bem tranqüilo e até mais fácil que o ano passado, pelo menos não tinham examinadores carrascos pra nos aterrorizar este ano... – respondi distraidamente olhando pela janela. – Fica muito longe?
- Um pouco querida, vai levar mais ou menos uma hora e meia, por isso, vamos jantar aqui em Londres. – respondeu mamãe se olhando no retrovisor.
- Sei...
Paramos em um restaurante muito bom (e que tinha lindos garçons), jantamos e seguimos viajem, eu fui dormindo até lá. Acordei (sem abrir os olhos) quando o carro parou, imaginei que fosse apenas um sinal, mas logo depois minha mãe abriu a porta do meu lado e tapando meus olhos pediu que eu me levantasse e a acompanhasse. Percebi que estávamos dando a volta no carro.

- Pronto, pode abrir. – disse ela tirando as mãos dos meus olhos.

Eu simplesmente fiquei sem voz na hora. Era uma casa umas três vezes maior do que a minha anterior. A casa era de um tom discreto de amarelo, com grandes janelas, dois andares superiores, com varandas enormes no primeiro andar e um belo jardim gigante e lindo cheio de flores e tinha uma árvore bem grande no meio com um balanço muito fofo.

- Então Lily, o que achou? - perguntava mamãe muito animada
- Uau... - murmurei - É linda! – eu ainda estava pasma. As outras casas da rua também eram grandes (se não maiores) e lindas, parecia ser um bairro nobre.
- Vamos Lil, – chamou mamãe ainda mais animada ao ver que gostei da casa – espere só até ver o seu quarto.

E eu que achava que a casa era linda por fora, imagine como eu fiquei quando vi o interior. Era simplesmente perfeita. Não tem outra palavra melhor, perfeita. A casa devia ter uns quinze cômodos e todos gigantes. Meu quarto era no final do corredor do primeiro andar. Entrei lá e fiquei extasiada com o que vi. Era perfeito também, nem preciso comentar que era grande né? Verde claro (adoro verde), com uma cama de casal no meio (eba!! Ganhei uma cama de casal!!). Do lado esquerdo tinha uma escrivaninha e algumas prateleiras (uma delas com uma tv (eba!! Ganhei uma tv também!!). Do lado direito havia duas portas, uma delas eu sabia que era o armário, mas e a outra? Ái meu Deus!!! É um banheiro só pra mim!!! SÓ PRA MIM!!! Agora nunca mais vou ter que escutar Petty gritando pra me apressar... Voltando a descrição, em frente a cama tinham cortinas longas, brancas e finas junto com outras igualmente longas, só que grossas e bege. Estava fechadas e por trás, só poderias estar a varanda.
Deitei na minha cama sorrindo e percebi que minha mãe tinha colado daquelas estrelinhas de plástico que brilham no escuro no teto do quarto, infantil né? Mas eu acho tão bonitinho... Aff, nem tinha percebido que ainda tá tudo pra arrumar. Mas tudo bem...
Levou umas três horas pra eu pôr tudo em ordem. Quando eu finalmente terminei, fui até a varanda olhar a noite. As nuvens estavam cobrindo a lua e por isso estava um pouco escuro, mas ainda assim uma linda noite. Pude ver quando um carro de luxo parou na casa em frente, mesmo no escuro deu pra distinguir dois rapazes descendo e entrando na casa enquanto o carro ía para a garagem subterrânea.Humm... garotos... Pensei me lembrando do que Alex me disse no dia que recebi a carta (Quem sabe você não acaba vizinha de um super gatinho!!).

- Ái que sono me deu agora... – falei pra mim mesma bocejando.

Fui dar boa noite a meus pais e logo depois fui dormir. Espera só até eu contar pra as garotas

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

Lily dormia profundamente e não ouviu quando um carro parou cantando os pneus na casa ao lado. Liz desceu do carro segurando um filhote de gato persa cinza de olhos amarelos, seu sonho de consumo, e sorrindo muito, abriu a casa, pôs gato no sofá e correu para ajudar o pai com as malas. Já com as malas no quarto (que estava uma bagunça só desde que foi para Hogwarts em setembro), desceu as escadas correndo mais uma vez, só que agora para o quintal.

- Alfredooo!!! – chamava ela – vem cá pra a mamãe te ver, vem... – falava Liz com o seu cachorro, um Rusk Siberiano (n/a:não sei escrever isso) preto e branco, com jeito e voz de bebê – mamãe morreu de saudades de você sabia... – continuou ela enquanto abraçava o cão e este lhe dava lambidas no rosto – vovô cuidou direito de você, cuidou? – perguntava ela enquanto o cachorro latia e pulava, fazendo aquela festinha básica que cachorro faz.
- Liz – chamou o pai da garota.
- Sim papai – respondeu ela se virando
- Eu já vou me deitar, não vá dormir muito tarde heim.
- Ok, papito. Boa noite – respondeu com um sorriso
- Boa noite filha. – disse o homem sorrindo e entrando em casa.

Liz se vira para Alfredo.

- E aí Alfredo, - perguntou ela olhando para trás e se certificando de que o pai já fora embora – o que você acha de dormir com a mamãe hoje? – perguntou em voz baixa e sorrindo.

Ela entrou e olhou se o pai já estava mesmo deitado (sutilmente fingindo que estava apenas levando Fred, o gato, para o quarto) e depois desceu para buscar o cachorro que foi até seu quarto silenciosamente como se entendesse que não devia estar ali. Uma vez dentro de seu quarto, Liz se jogou na cama ao lado de Fred e foi seguida por Alfredo que subiu do outro lado. Alfredo rosnou ao ver o gato.

- Não, não, não Alfredo! Não brigue com o seu irmão! – disse a garota com um tom severo. O cão logo se acalmou.

Ela se levantou da cama e caminhou até a varanda de seu quarto. Estava uma linda noite. Ela estava com saudades de casa, do seu país de origem, e sua mente foi tomada por recordações até que foi acordada por um assovio que vinha do lado oposto da rua. Dois garotos acenaram quando ela olhou, ela acenou de volta e depois entrou e se deitou mais uma vez. Eles eram seus amigos desde que chegou à Inglaterra. Havia muitos adolescentes naquele condomínio, mas tirando aqueles dois, Liz não gostava de mais nenhum, a maioria eram meninas metidas... Seu pai lhe disse mais cedo naquele dia que eles tinham novos vizinhos. Talvez fossem pessoas legais... E ela dormiu com esse pensamento, ainda com as roupas que veio no Expresso de Hogwarts e alisando seus bichinhos...

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

No dia seguinte, Lily acorda com o sol batendo em seu rosto...

Droga, esqueci de fechar as cortinas... Pensei enquanto levantava da cama e ía até o corredor... Espera! Eu não preciso ir até o corredor! E sabe por quê?? Por que eu tenho MEU PRÓPRIO BANHEIROOOO!!! IUPIII!!! Saí correndo de volta pro meu quarto e fui tomar um bom banho... Espera só até eu contar pra as meninas, as nossas férias vão ter que ser aqui! Pensava quando saí do banho. Troquei de roupa e fui tomar café. Mamãe tinha preparado uma mesa no quintal (que eu não tinha olhado ontem, mas parecia uma continuação do jardim... Pena, faltou uma piscina...) pra o nosso café de domingo.

- Bom dia família! – falei sorrindo quando me sentei ao lado do papai.
- Bom dia querida. – respondeu minha mãe sorrindo também. – Dormiu bem? Vejo que acordou de bom humor...
- Ótimo... Petúnia ainda está dormindo? – perguntei sem realmente me importar com isso
- Está. – papai respondeu por trás do jornal
- Humm... Papai, mamãe, será que eu posso chamar Liz, Alex e Alice pra passar as férias aqui comigo? – perguntei logo pra poder mandar a carta o mais rápido possível.
- Quem são essas? – perguntou meu pai
- São minhas amigas na escola, sabe, essas são nossas últimas férias então a gente queria passar juntas...
- Claro que pode Lil – minha mãe que respondeu
- Obrigada – que máximoooo!!! Vou comer logo pra mandar as cartas.

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

Enquanto isso...

Liz está em seu quarto terminando de escrever uma carta para Lily, ela havia falado com seu pai esta manhã, e ele permitiu que as amigas fossem para lá. Ela escreveria primeiro para Lily por que queria saber como era a casa nova.

Lily,

E aí, como é a casa? Legal? Vizinhos gatos?Espero que tenha gostado. Papai já liberou a casa. E você, novidades?

Beijos, Liz


Ela prendeu a carta na perna de sua coruja (Mel) e foi trocar de roupa, ainda estava de pijamas...

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

Na casa ao lado...

Lily subia as escadas correndo para mandar as cartas. Chega em seu quarto e se depara com uma coruja cor de mel, que ela sabia pertencer a Liz, com uma carta presa na perna. Ela imediatamente escreve uma resposta.


Oi Liz,

A casa é linda e perfeita, eu amei. Meus pais também liberaram. Não sei se são gatos mas tem dois garotos morando em frente... Tomara que sejam!

Beijos,
Lily.


Ela prende a carta e manda de volta.

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

Liz saia do banheiro do seu quarto quando vê uma carta em sua cama. Era de Alice.

Liz,

Não vai dar pra ser aqui em casa, meus pais estão fazendo uma reforma. Tem notícias da Lil? Avisa a ela pra mim ok?

Beijos,
Alice


- Se você tivesse mandado um pouquinho mais cedo Alice... – disse para si mesma. Ela ouviu um pio a um canto e reparou que Mel estava na escrivaninha. – Mel! Não disse pra você levar a carta da Lil? – perguntou a garota enquanto se aproximava da coruja que lhe estendia a perna. – O que é isso? – se perguntou enquanto pegava a resposta da carta que tinha mandado a cinco minutos atrás. – Hey! Como você fez isso? Está aparatando é? – perguntou rindo – Não, deve ser só conhecidência...

Ela escreve de volta para Lily e vai pra a cozinha procurar a comida do cachorro.

Ok Lil, então vai ser na sua casa. Alice disse que os pais dela estão fazendo reforma. Espero que sejam gatos mesmo.

Até sexta,
Liz



\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

E na casa de Lily

Ela estava no seu quarto quando a coruja de Liz chegou mais uma vez. Como pode ser tão rápido? Pensou enquanto lia a carta.

- Show! – falou pra si mesma pulando na cama. Vai ser de mais. Será que Petúnia não tem nenhuma amiga pra ir visitar nas férias não? Ía ser muito melhor sem ela aqui...

Então... o que eu vou fazer hoje de manhã? Pensou deitada na minha cama. Caramba, ainda não respondi a carta de Liz.

Tudo certo Liz, fale com as garotas, depois te envio o endereço daqui por que não sei.
Beijinhos,
Lily.

Então voltando ao assunto... O que eu vou fazer esta manhã? Talvez eu dê uma volta pelo condomínio... É, é uma boa idéia, acho que vou fazer isso sim.
Estava no banheiro dar uma última olhada no visual antes de sair quando ouvi um latinos fortes vindo da rua e fui até a janela olhar o que era.

- Alfredo, espera aí!! Menino mal, Alfredo! SENTA!! – gritava uma garota de costas para minha janela enquanto corria atrás de um cachorro enorme.

E meu passeio foi pelos ares... Morro de medo de cachorros, ainda mais quando são grandes e estão descontrolados correndo pelo meio da rua. Vou escrever para Alice e Alex e depois penso em algo melhor pra fazer. Talvez eu dê uma volta quando estiver certa que já conseguiram dominar a fera...

Escrevi para as garotas, explorei melhor a casa, ajudei minha mãe a decorar melhor a sala, fui até um mercado próximo procurar sementes de lírios (não achei), voltei pra casa frustrada, almocei umas três horas atrás e agora estou deitada na minha cama totalmente entediada pois não está passando nada que preste na tv... É, acho que o cachorro louco já está preso... Acho que já é seguro sair pra dar uma volta agora.

Era um condomínio de casas nobres, todas do mesmo tamanho ou maiores do que a minha, descobri que lá final tem uma linda praça que tem todo tipo de flor, inclusive lírios, será que alguém vai se importar se pegar alguns? Dei uma volta na praça, me sentei num banco na sombra e fiquei olhando as crianças brincarem, havia vários adolescentes passeando por lá, os garotos parecem ser todos bobos e as garotas todas patricinhas... Aff, detesto gente metida. Petúnia vai adorar elas... E falou no diabo, aparece o rabo. Não deu dois minutos pra a Petty aparecer cumprimentando as meninas de um jeito muito fresco que me deu vontade de vomitar. Elas estão falando de mim? Sim, estou vendo aqueles projetos de perua apontando indiscretamente na minha direção e rindo. Elas estão falando de mim! Mas que absurdo! Será que tem alguma coisa errada na minha aparência? Eu chequei tudo antes de sair, não pode ser. Gentinha antipática... Humf! Deixa pra lá, não preciso de amizades desse tipo. Pensei. Acabaram de passar por aqui dois garotos (gatinhos) que me olharam de um jeito que me lembrou o Potter, não gostei deles. Será que aqui só tem gente chata? Olha lá, foram se juntar com as patricinhas. Acho que vou pra casa, não tá muito melhor aqui fora não...

Eu voltava para casa pensando na minha vida e sem realmente prestar atenção no caminho... Oh meu Merlin! Ainda é domingo, as meninas só chegam na sexta, será que eu sobrevivo até lá? Deve ter alguma coisa pra fazer por aqui... Será que não tem nenhuma locadora por perto? Uma lanchonete, sorveteria, boate, bar, shopping, qualquer coisa? Ih caramba, onde é que eu to? Nossa Lily Evans agora você conseguiu ultrapassar todos os limites da burrice. Tava tão distraída com o meu tédio que acabei passando a minha própria casa! Dãããã!! Retardada... Cheguei em casa e minha mãe estava colocando o lixo na porta.


- Já voltou Lil. Sua irmã perguntou por você. Ela está no quarto dela com as novas amigas. – disse mamãe. Que lástima, aquelas garotas estão dentro da minha casa? Obrigada, fico aqui fora mesmo.
- Ok mãe, obrigada por avisar... Eu subo mais tarde... – respondi a ela que já estava entrando.

- Ái que saco. – disse pra mim mesma. É. Eu tenho mania de falar sozinha – O que é que eu vou ficar fazendo aqui fora? – procurei um lugar pra sentar. Será que eu vou parecer muito criança se me virem no balanço? Ah, que se danem, num to nem aí...

Me sentei e comecei a me balançar planejando minhas férias, me empolguei e comecei a balançar beeeeem forte pra o balanço subir beeeeeem alto. Adoro altura. Queria aprender a voar. Eu bem que posso fazer isso nessas férias, só tenho que arrumar uma vassoura. Exatamente a parte difícil, sabe, vassouras mágicas não são nada baratas. Será que alguma das meninas têm? Eu nunca as vi com vassouras mas...

- AHHHHHHHHH!!!!!!!!! AÍ MEU MERLIN!! TIRA ISSO DE PERTO DE MIM! SOCORRO!!! – Gritava feito uma louca. Eu tinha parado de me balançar e o cachorro que vi hoje mais cedo chegou cheirando os meus pés. – ÁI MEU MERLIN! ÁI MEU DEUS! ALÁ, ZEUS, QUALQUER UM...

- Alfredoo! Que é que você tá fazendo aqui? – apareceu do nada uma menina segurando o cachorro pela coleira. Eu, que estava em pânico, só soube que era uma menina pela voz, pois eu estava com as mãos no rosto. – Desculpa, eu deixei o portão da frente aberto e ele escapou... – deu pra perceber que ela estava sem jeito. Acho que já é seguro olhar – Você está bem... Lily?

Meu Merlin! É a Liz! Eu só consegui olhar pra ela surpresa, ainda estava me recuperando do susto.

- Lily! O que faz aqui? - perguntou Liz visivelmente surpresa e soltando a coleira do cachorro.
- SEGURA ESSA COISA! – gritei de novo esquecendo que estava num balanço e tirando as pernas do chão. O que ocasionou em uma queda espetacular de costas na grama.
- Calma Lil. – disse Liz rindo da minha cara. – Ele não faz mau a ninguém. Não é Alfredo? – completou ela alisando o animal. – mas já que você morre de medo dele, eu o levo pra casa. Espera aí. – ela contornou a cerca da minha casa e entrou por um portão na casa vizinha (todas as casa aqui tem só um muro bem baixo ou uma cerca), colocou o cão lá dentro, fechou e voltou pra falar comigo.

- E então. O que faz por aqui? – perguntou outra vez.
- É minha nova casa... - respondi apontando para a enorme casa atrás de mim.
- Não! Jura? - perguntou ela muito feliz - Vamos ser vizinhas!!
- Ahhhh. – começamos a dar gritinhos histéricos no jardim. Nossa, é muito bom mas não precisava isso, a gente começou a gritar e pular no meio da rua. Tinha algumas pessoas passando por lá e ficaram nos olhando como se fossemos loucas.
- Isso vai ser de mais! – falei animada – Nossas férias vão ser simplesmente P-E-R-F-E-I-T-A-S!
- Ah vão, com certeza. – respondeu. – Vamos começar já a planejar cada dia! Tem um monte de coisas legais pra fazer por aqui... A gente pode começar...
- Não é a sua coruja? – interrompi vendo a coruja de Liz se aproximar voando. Estava trazendo alguma coisa.

Ela pegou a carta, acariciou a coruja e a mandou pra casa enquanto lia a carta.

- Alice e Alex vão chegar na sexta. - disse Liz sorrindo de orelha a orelha.
- Sei que eu já disse isso, mas é simplesmente perfeito. – disse me virando e ficando de costas pra a rua – Nós quatro juntas, sem aulas, sem deveres, sem preocupação nenhuma e principalmente... Sem Potter!
- É... – ela concordou com uma cara estranha, mas sorriu pra mim.
- Então, vamos voltar à programação! - disse sorrindo também
- É... Lil, tem uma coisa que você tem que saber... - disse Liz olhando pro outro lado da rua
- Agora não! - interrompi agarrando o braço dela - vamos pro meu quarto! - e saí puxando ela pra dentro de casa.

Ficamos lá um tempão planejando e planejando. Liz né falou de todos os lugares legais que tem lá perto, ela falou também de uma praia que não fica tão longe (mais ou menos uma hora de lá), estamos planejando ir pra lá passar um tempo. Liz jantou lá em casa e voltamos a conversar. Conversamos tanto que já eram nove horas quando Eu fui deixar Liz em casa e depois fui tomar um banho e dormir.

Me acordei bem tarde no outro dia, tomei meu banho sagrado, almocei e fui direto pra a casa da Liz, ela prometeu me levar a alguns dos lugares que me falou ontem. Toquei na campainha e ela apareceu na varanda, me deu um sorriso e disse pra esperar que ela já vai descer. Eu estava de costas para a rua. Liz estava atravessando o jardim e fazendo uma cara estranha, ela está acenando discretamente para alguém, como se não quisesse que eu percebesse...

- Almofadinhas, acho que é uma miragem... É você ruivinha? - eu ouvi a voz do Potter bem atrás de mim? Olhei pra trás e lá estava ele, me olhando com aquela cara de idiota. Me virei de volta para Liz que estava com cara de quem queria sumir dali.
- Liz, me diga que não! - pedi desesperada. Por Merlin não pode ser o que estou pensando.
- Er... Lily... Sabe aquilo que você tinha que saber ontem? - perguntou ela receosa. Merlin, por favor, me diga que não é o que estou pensando.
- Siiiim... - não pode ser, não pode ser, não pode ser... Eu repetia mentalmente.
- É que... ele... mora aqui. - respondeu Liz fazendo cara de quem realmente queria fugir.
- O QUÊ!? – perguntei gritando sem acreditar. – COMO ASSIM? NÃO PODE SER!
- Mas é. – respondeu o intrometido do Potter. Acabei de perceber que ele (e Sirius que também não vi logo de cara) estão um pouco suados, sujos e sem camisa. Nossa que visão! Hey Lílian Evans! Não pense besteiras.
- Ninguém te chamou na conversa Potter. – respondi raivosa e lhe dando as costas – LIZ! Por que não me disse antes?
- Mas o que está acontecendo aqui? – perguntou Sirius sem entender o motivo da minha irritação.
- Eu tentei, você que não... – ela parou de falar de repente olhando para a minha casa onde saiam um bando de patricinhas que Petúnia tinha levado pra lá (graças a Merlin elas almoçaram no quarto da cavala).- Aff... – disse ela virando os olhos. Pelo jeito não sou só eu que não gostei dessas meninas.

Elas vieram rindo de um jeito muito idiota na nossa direção.

- Olha só quem está por aqui! – falou muito escandalosa uma loira de cabelos lisos e olhos azuis. Fiz cara de surpresa, pensei que fosse comigo... – Jaminho e Siriuzinho! – completou ela se empinando toda e dando um sorriso sedutor. Preciso dizer que me deu vontade de vomitar?
- Nathalie! – disseram os dois sorrindo também – Como vocês está? Aliás, todas vocês. Bia, Gaby, Nick, Sam e Lucy. Como estão? - completou Potter, o galinha miserável.
- Triste. – se apressou em dizer Nathalie fazendo beicinho – vocês nos deixaram aqui o ano todo!
- Oh Nath, você sabe que estudamos fora do país. – disse Sirius sorrindo com jeito de conquistador.
- Ah, gente. – não sei quem falou isso, era uma morena de olhos castanhos – Não podemos nos esquecer de apresentar a Petty pra eles! – ela puxou Petúnia pra frente e disse- Petty, esses são James Potter e Sirius Black, vocês são vizinhos!
- Oi - disseram Potter e Sirius sorrindo para Petúnia enquanto eu fervia por dentro, estava a ponto de explodir. Liz também estava com a cara fechada.
- Petúnia Evans – disse a cavala sorrindo maliciosamente. Ela está paquerando o James? Que absurdo! Quer dizer... Ela me chama de aberração e paquera ele... Ah é, ela não sabe que ele é bruxo... – Vizinhos? Onde vocês moram?
- Aqui na frente. – disse Potter indicando a casa beeeeem maior do que a minha do outro lado da rua. – Você disse Evans? – perguntou interessado.
- Sim. Petúnia Evans.
- Mas então... – disse ele olhando de mim pra ela como se fossemos E.T.s – Você é irmã da ruivinha? E moram aqui na frente!? – perguntou empolgado. O exército de patricinhas olhou pra mim de uma forma ameaçadora, deu até medo...
- Infelizmente... – disse Petúnia com desgosto. Potter a olhou como se fosse louca. – Gente, essa aberra... Quer dizer, essa é minha irmã. Lílian. – parecia estar gostando menos da situação a cada palavra.
- Ah... – disse alguma das garotas fazendo descaso, eu tive que me segurar pra não pular no pescoço da desgraçada.
- Liz! Por que não me disse? – perguntou Potter. Todas olharam para Liz acabando de perceber sua presença ali. - Minha ruivinha bem aqui na frente e você não me disse? – ótimo, agora todas olharam pra mim de novo com cara de assassinas.
- Ah James, eu não sabia... – respondeu Liz
- Evans. – falei
- O quê? – perguntou uma das metidas
- Não estava falando com você. – expliquei me controlando – Pela milionésima vez Potter. Pra você, é Evans. – ele apenas riu. As garotas me olharam como se eu fosse louca.
- Olha só quem resolveu voltar do internato! – provocou uma garota com cabelos da mesma cor dos de Liz, só que lisos, falando com Liz que lhe retribuía um olhar assassino.
- O que acontece na minha vida não é da sua conta Geller. – respondeu Liz sem se alterar. – Vamos Lil. – disse ela sorrindo para mim – Temos mais o que fazer do que ficar discutindo com garotas fúteis – ela olhou com desprezo para as amigas de Petúnia. Ela se virou e deu um passo a frente...
- Graças a Deus está indo embora. O ar já estava ficando poluído de mais. – falou Nathalie em deboche. Liz parou de andar, se virou de volta e veio em nossa direção. Eu achei que ela ía bater nelas.
- Até mais James. – disse ela abraçando o Potter e lhe dando um beijo demorado no rosto. - Sirius. – ela fez o mesmo com ele. Percebi pela cara das patricinhas que essa era a pior provocação que ela podia ter feito – Olha só Rossyni! – disse ela apontando para uma morena com mexas rosas e fazendo cara de pânico – Sua unha tá quebrada!

A garota se assustou e começou a olhar as unhas desesperada enquanto eu seguia Liz que gargalhava de costas para o grupo. Saímos do condomínio e começamos a andar por um caminho bonito e cercado de árvores, que eu não vi no dia que cheguei por que estava dormindo, e logo chegamos a uma rua movimentada com lojas dos dois lados onde passamos o resto da tarde conversando besteiras e, claro, paquerando uns gatinhos conhecidos de Liz.

O resto da semana não foi muito interessante, eu saía com Liz, ficava na casa dela, ou ela na minha, as vezes Sirius e Potter saíam com a gente... Esse tipo de coisa. Passou tão rápido que num piscar de olhos chegou o grande dia: sexta feira. Dia do povo chegar!!!


N/A: Comenta aí galera!!!! E eu posto mais pra vcs.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.