Venhamos e Convenhamos

Disclaimer: Minha versão dos Marotos, mas com a adição de alguns personagens de autoria própria. O resto é da J.K. Rowling. Amém.

Tentativas

Capítulo 1 - Venhamos e convenhamos.

Venhamos e convenhamos, eu não sou exatamente um cara feio. Certo?! Afinal eu sou Sirius Black, o cara que tem um fã clube. Não é pra qualquer um.

E apesar de já ter dado fora em várias (e acredite são várias mesmo) garotas e, em alguns casos, ter terminado namoros de jeitos pouco agradáveis, eu devo admitir que é a primeira vez que uma ex-namorada chega a esse ponto.

Primeira noite de volta em Hogwarts para o meu último ano. No momento em que sento-me a mesa cumprimentando educadamente meus colegas (em sua grande parte as meninas bonitas da minha casa, por assim dizer) ouço berros.

“Eu não acredito nisso”, grita Lucy Mayer uma grifinória bonita com quem sai por duas semanas.

Eu olho em volta procurando o objeto de suas atenções. Sorte grande: sou eu. Ótimo. Simplesmente ótimo. Acabo de chegar e já vou ter que agüentar escândalos.

“Você já me trocou por outra apesar de tudo que tivemos juntos? De todos os momentos que passamos? Sentimentos que nos proporcionamos?”, ela diz ainda raivosa, mas as lágrimas em seu rosto denunciam sua tristeza.

“Err...”, eu digo incerto. Oratória sempre foi uma das minhas habilidades, mas em minha defesa, devo dizer que não estava de forma alguma preparado para isso.

“Você disse que me amava, Sirius.”, e com isso desata a chorar.

Eu permaneço parado em pé olhando para ela que chora no meio do Salão Comunal. Ela parece não se importar muito com os olhares que todos os alunos dirigem a ela e a mim. Ok, atenção é legal, concordo, mas não quando você acaba de ser denunciado como insensível.

“Lucy...”, eu digo em voz baixa de modo que apenas ela me ouça. Há. O silêncio era tamanho que aposto que até o último lufa-lufa podia escutar-me. “Eu...eu deixei bem claro pra você desde o início que nosso “relacionamento” não era sério.”

Isso parece que não foi a coisa mais inteligente de se dizer a uma menina chorando. Na verdade, eu não sei o que seria algo inteligente e calmante a se dizer numa situação como essa. Não tenho muita prática com esse lado das mulheres. Caralho, cadê o Moony quando se precisa dele?

“Você mentiu!”, ela grita com uma voz desafinada.

“Não. Veja bem, eu apenas omiti uma parte da verdade.”

Ela deu uma risada nervosa. “Qual? A parte que você não me disse que só me amava para que eu transasse com você?!”

Silêncio sepulcral. Agora sim fudeu.

Eu vejo uns poucos sorrisos debochados na mesa da Sonserina, da minha prima e de seu grupinho. Algumas lufa-lufas por sua vez parecem surpresa e arrasadas.

“Lucy, por favor.”, eu suplico, “Vamos parar com isso.”

“Vamos, né?”, ela suspira e se aproxima de mim. “Não queremos estragar sua imagem ainda mais, certo?!”, ela replica sarcástica e taca o conteúdo de um copo, possivelmente suco de abóbora no meu rosto e cabelos. Ótimo. Simplesmente divino.

º º º

“Desisto. Ouviram?”, eu digo bem alto pros meus amigos, no nosso dormitório, algumas horas mais tarde.

“Faça me rir, Sirius”, Moony diz enquanto se dirige ao banheiro para escovar seus dentes ou coisa do tipo.

“O dia que você desistir da população feminina eu caso com o Snivellus.”, James fala e depois faz o sinal da cruz como para afastar qualquer outro pensamento do tipo.

“Por que vocês não acreditam em mim?”, eu pergunto ofendido.

“Porque você é obcecado por mulheres. Desde o primeiro ano, quando garotos ainda achavam meninas nojentas, você já era apaixonado por elas. Quanto mais agora que você sabe que pode pegar qualquer uma, eu duvido que você vá desistir delas.”, Moony explica sua teoria falando calmamente e de maneira superior como se soubesse que estava certo.

“Eu desisti de mulheres, juro.”, eu falo claramente.

Assim que termino de dizer isso, ouço uma risada. Viro e vejo na porta de meu dormitório Charlie, Dave e Katie, a autora da risada.

“Ah a população feminina vai ficar arrasada quando souber disso.”, ela diz ainda rindo muito. Senta-se na cama de Charlie e pega uma de suas revistas e começa a folhá-la. É alguma revista pornográfica (a única leitura de Charlie), tenho certeza, mas ela parece não se importar muito.

“Não apenas a população feminina, acredite.”, Dave diz com sua voz suave e pisca em minha direção.

“Ei!”, Charlie bate na cabeça de Dave irritado.

“Não se preocupe, Charlie, eu sei de um jeito que você pode me ajudar a me recuperar deste trauma. Um jeito muito divertido.”, ele diz levantando sua sobrancelha.

Dave Boleyn e Charlie Lewis são grifinórios e meus amigos, mas juro às vezes me canso de todos esses momentos gays entre eles. Eles são assumidérrimos, como qualquer um pode perceber, mas não são um casal, apesar de todos saberem que Charlie é apaixonado por Dave.

Uma tossida leve mas impertinente quebra o clima entre os dois, graças ao bom Merlin. Katie folha a revista com impaciência.

“Será que vocês podem parar com isso?!”, ela pede revirando os olhos.

“Você só está com inveja, Katie.”, Dave diz dando-lhe um peteleco no nariz.

“Não, eu estou com pressa. Dê-me logo os meus livros e as minhas saias que ficaram no seu malão.”, ela diz para Dave. Eles são irmãos gêmeos, coisa que você só perceberia se observasse seus olhos, que são da mesma tonalidade de azul-esverdeado.

“Aqui, aqui. Toma.”, ele diz jogando algumas coisas em sua direção.

“Obrigada.”, ela diz secamente assim que consegue equilibrar tudo em suas mãos. “Podem voltar a sua pegação.”

“Voltaremos, pode acreditar.”, Charlie diz e dá um risinho.

“Até amanhã, meninos. E, Sirius, acho que metade das meninas já estará de luto amanhã devido a sua promessa.”, ela pisca em minha direção e sai do quarto.

“Isso é, se ela durar.”, James diz fazendo com que o restante dos garotos riem.

º º º

A/N: Uhm, minha primeira fanfic de verdade. E com isso eu quero dizer que ela vai ter mais de um capítulo. Será que eu consigo?! Veremos...

A versão original está no site fanfiction.net, com o mesmo nome e mesma autora, com a úncia diferença de sobrenome do Dave. Boleyn era uma família da corte inglesa muito poderosa.

Review, por favor! Eu não sei se estou fazendo isso direito. Dicas, elogios, críticas e sugestões serão mais que bem vindas, acredite.

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