Capitulo 1
Literalmente Acorrentados
Sabe aqueles dias que você acorda com a sensação de que o dia vai ser daqueles? Pois foi com essa sensação que eu acordei hoje.
Desculpe-me não me apresentei. Meu nome é Hermione Granger e estudo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Acordei bem cedo para me arrumar, pois hoje tem visita para Hogsmeade. Finalmente, um pouco de descanso após uma semana de provas muito estressantes –pensava eu enquanto me encaminhava ao banheiro. Mas como estava enganada, muito enganada...
Como sempre, a primeira coisa que fiz ao entrar no banheiro foi me olhar no espelho, o dia já começou mal por aí, minha cara estava muito amassada e o meu cabelo estava totalmente em pé. Eu sei que ele não é o cabelo mais lindo do mundo, mas também não é tão horrível como estava hoje.
Liguei o chuveiro e entrei debaixo da água quente para já começar o dia relaxando. Devo ter demorado uns 15 minutos e Gina já estava impaciente lá fora falando para eu sair para tomar seu banho.
Troquei-me, sequei meu cabelo com magia (ele ficou muito melhor depois disso) e desci para me encontrar com o Harry e Rony no Grande Salão para tomarmos café.
No meio do caminho tive o desprazer de topa com uma pessoa que não tinha a menor vontade de olhar a cara logo de manha em um sábado. Draco Malfoy. Eu sei que muitas garotas adorariam ficar olhando para ele durante horas, afinal, ele é um loiro de olhos azuis muito bonito, tenho que admitir, mas conhecendo o Malfoy do jeito que eu conheço sei muito bem que ele é só um rostinho bonito. Tem um ego maior que dez campos de quadribol, é chato, irritante e não perde uma oportunidade de fazer uma de suas piadinhas sem-graça principalmente se tratando da minha pessoa.
-Ora, ora. Se não é a sangue-ruim Granger. Já se recuperou da nota baixa que tirou no teste de feitiços? (N/A:sei que a Grifinoria não tem essa aula junto com a Sonserina, mas não queria colocar as que eles tem juntos) Quanto foi mesmo?Ah! Nove e meio.
Não disse? Ele sempre tem que soltar uma das suas. Ele não podia simplesmente continuar andando em direção ao Salão e me ignorar como eu estava pretendendo fazer com ele? E o mais engraçado de tudo, é que ele tem sempre que torrar a minha paciência. Pode estar passando qualquer pessoa ao mesmo tempo que eu, mas ele tem que encher o saco de quem? Da castanha aqui.
-Já me recuperei sim, se quer saber. – disse o mais cínica possível - E você? Já se recuperou da felicidade de tirar uma nota tão alta? Quanto foi mesmo? Ah! Quatro e meio. Uma das mais altas, não?
-Pelo menos não fui eu quem foi reclamar da nota com o professor falando que ele tinha me dado uma nota mais baixa do que merecia.- ele rebateu. Mas eu não estava pra brincadeira e rebati de vota.
-Eu pelo menos tenho cérebro pra perceber que ele tinha corrigido uma questão errada no meu teste. E você não teve cérebro nem para fazer o teste.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas logo a fechou. Ótimo! Tinha o deixado sem resposta.
-Que coisa feia!-Ouvimos uma voz dizer acima de nossas cabeças – Tão cedo já brigando? – Pirraça falava para nós com uma cara de riso –Não devem fazer isso.Já é a terceira vez que os vejo brigando-Soltou uma grade gargalhada – Acho que desta vez a castanha lhe deixou sem resposta. Vou começar a marcar os pontos. Castanha 1 X Loiro 0.
-Não enche - Malfoy gritou para Pirraça e em seguida nos deu as costas e foi para o Salão. Pirraça saiu as gargalhadas e eu fui tomar meu café.
-Como você demorou Mione –Rony disse quando me sentei à mesa
-Tive uma pequena discussão com a doninha loira.
-Então foi por isso que ele entrou com uma cara de limão azedo?-Harry perguntou
-Deve ter sido.-respondi me servindo de suco de abóbora, já estava bem estressada de ter que discutir com o Malfoy logo de manha.
-Vocês estão brigando muito ultimamente – Rony disse colocando alguns bacons na boca.
Estávamos todos na fila para entregar os formulários assinados pelos pais para podermos ir ao povoado quando me dei conta de um pequeno detalhe. Não, não esqueci de entregar para os meus pais assinarem como vocês devem estar pensando, sou um pouco esquecida mais nem tanto.
-Pessoal, deixei meu formulário lá no dormitório. Vou ter que ir buscar e já volto.
-Ta legal. Nos te esperamos.Mas não demora.
Fui correndo em direção o quadro da Mulher Gorda para chega ao dormitório.
-Ótimo! Meu dia já tinha começado bem: -estava dizendo a mim mesma - meu cabelo acordou uma droga, tive que discutir com o Malfoy e agora tenho que subir varias escadas correndo porque esqueci uma porcaria de formulário. O que mais me falta acontecer?- No futuro não tão distante eu ia descobrir que às vezes e melhor eu manter a minha enorme boca fechada
Entrei no dormitório peguei rapidamente meu formulário e fui correndo em direção a entrada. “Pelo menos descer escada é mais fácil” eu pensei quando já estava quase no final delas.
Estava quase chegando na porta que da para o jardim quando esbarrei em alguém que aparecera do nada de um corredor.
-Olha para onde anda Granger!
Não foi surpresa nenhuma ver que essa delicadeza toda era do Malfoy.
-Você é que não olha por onde anda! –disse a ele - Onde já se viu aparecer do nada
-Você é que anda correndo por ai e eu e que sou o culpado?
Abri minha boca para responder, mas minha resposta ele não chegou a saber, pois tinha sido interrompida por uma voz familiar.
-Brigando de novo? –era Pirraça outra vez -Mas assim não dá! Vou ter que dar uma lição em vocês.
Um segundo depois senti algo gelado envolvendo meu pulso, e tomei um susto quando vi que era uma algema, sabe aquelas que os policiais trouxas usam para prender os bandidos, mas o pior não era isso, e sim, em que o outro lado da algema estava preso, ou melhor, em quem.
-Tira isso agora! –ordenei para Pirraça
-Agora vocês vão ter que aprender a conviver juntinhos - ele dizia dando varias gargalhadas – Só vão se livrar um do outro quando se derem bem.
-Não vou ficar presa com essa sangue-ruim - Como ele me irrita quando me chama de sangue-ruim! - Pode ir tratando de tirar isso!
-Na-na-ni-na-não!- Ele disse balançando o dedo indicador no ar em sinal de negação – Vão passar um tempo juntos para pararem de brigar.
-Eu achava que o Malfoy era a pessoa mais irritante que eu já conheci, mas acho que estava enganada, é você Pirraça! Ou pensando melhor, ele continua sendo a pessoa mais irritante, você é só um poltergeist (N/A:não sei se é assim que escreve). Então TRATE DE TIRAR ESSA PORCARIA DE MIM!!! –já tinha perdido a paciência.
-Não vou tirar - ele disse com uma cara de riso - E ponto - e essa foi a ultima coisa que disse antes de sair flutuando para outra parte do castelo
-Ei! Volte aqui!!!-eu tentei o chamar de volta, mas ele já tinha desaparecido.
-Relaxa Granger, somos bruxos, não somos?! Então, vamos tirar logo essa porcaria dos nossos braços que eu tenho que ir para Hogsmeade –e dizendo isso tirou a varinha do bolso e apontou para a fechadura da algema –Alorromora! – a fechadura nem se mexeu
- Muito inteligente Malfoy. Deixa que eu faço isso –Tirei minha própria varinha e apontei para a corrente da algema – Bombar...
-Nem pense em fazer isso –Ele me interrompeu –Vai que você me acerta ao invés dessa algema. Eu faço!
-Nunca! Não confio em você, e mais fácil eu acertar a mira do que você.
-Nem começa! Deixa eu acabar logo com isso e vamos embora.
-Não! -Eu falei - Já sei, vamos procurar algum professor e pedir para ele tirar logo essa coisa.
-Boa idéia, Granger. Só tem um pequeno e básico problema: todos os professores a essa hora a devem estar a caminho de Hogsmeade.
É, tive que infelizmente concordar com ele. Pensei por alguns segundos e falei:
-Dumbledore!
-Que tem ele? –Malfoy perguntou de cara fechada
-Nunca o vi em Hogsmeade, talvez ele esteja aqui –e dizendo isso comecei a correr em direção a sala do diretor.
-Vai com calma ai –Malfoy resmungava atrás de mim – Não sei se lembra, mas ainda estou preso em você.
Aff! Realmente hoje não era o meu dia.
Chegamos em frente a gárgula que é aporta da sala do diretor e disse a senha.
-Balinhas saborosas (N/A:sei que é ridículo, mas foi o melhor que saiu)-essa é uma das vantagens de ser amiga do Harry, sei sempre a senha da sala do professor Dumbledore.
Entramos e o professor olhou com seus óculos de meia lua para nós.
-Não deveriam estar em Hogsmeade?- o diretor nos perguntou com sua voz calma
-Deveríamos professor, se não fosse o Pirraça – fui logo dizendo e contei tudo, desde nossa pequena discussão (minha e do Malfoy) ate a parte em que resolvemos ir procurar algum professor.
Dumbledore nos escutou com toda calma e paciência e quando terminei falou calmamente:
-Não é a primeira vez que ele faz isso. Felizmente sei como desfazer o feitiço.
-Então faça isso logo professor - Malfoy começou a falar - Porque acho que todos já saíram sem nós.
-Sinto ter que lhes informar que só poderei desfazer isso mais tarde, pois a única poção para destruir essa algema demora um pouco para ser preparada, mas assim que voltarem do povoado ela estará pronta.
-Vou ter que passar o dia inteiro grudado nessa sangue-ruim? –Malfoy disse arregalando os olhos
-Sr. Malfoy, tenha mais respeito pela srta. Granger. E sim os dois terão de passar o dia juntos –disse com a mesma calma.
-Não tem nenhum outro jeito de tirar isso mais rápido? –perguntei como minha ultima esperança de me livrar logo do Malfoy para poder ir para Hogsmead me encontrar com Harry e Rony para ter meu dia de descanso.
-Infelizmente não. E agora vão logo curtir o dia de vocês que tenho que começar a preparar sua poção -dizendo isso abriu aporta e nos retiramos de sua sala.
-Vai ser um ótimo dia - Malfoy disse irônico
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-Por que não lhes disse logo a verdade Alvo? –era um dos quadros da sala do diretor falando com o mesmo
-Porque assim seria mais difícil deles conseguirem abrir a fechadura da algema.
-E como tem anta certeza que vão conseguir tirar aquilo do braço antes de voltarem aqui procurando a poção?-o homem do quadro insistiu
-Não tenho.
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-Vamos? Ou vai ficar parado ai com essa cara de limão azedo? –Disse muito estressada
-Se não tem outro jeito.
Caminhamos ate o portão onde tudo isso tinha começado e entregamos nossos formulários para o Filch que fez um pequeno comentário:
-Agora!? Sinto lhes informar que terão que ir andando para o povoado. As carruagens já saíram –sei o quanto ele sentia, estava mais é se divertindo em ter que ver alunos fazerem uma longa caminhada –Que é isso? Se acorrentaram é? Os namorados amam-se tanto que não querem ficar um segundo longe um do outro? Juro que nunca tinha visto um sonserino e uma grifinoria juntos, só dois que eram amigos, mas faz muitos anos.
-NÃO SOMOS NAMORADOS! –eu e Malfoy gritamos em coro e demos as cosas para o zelador indo em direção ao portão
Caminhamos muito, muito mesmo. Nunca tinha percebido como Hogsmeade era tão longe. E fica mais longe quando se tem um Malfoy como companheiro de caminhada. Não tínhamos aberto a boca para falar um com o outro desde o nosso grito com Filch, e isso na minha opinião era muito bom, isto é, não ter que aturar as gracinhas do loiro.
-É culpa sua!- tava demorando ele reclamar de alguma coisa. Olhei com uma cara para ele que tenho certeza que deveria estar muito feia
-Como se você não tivesse nada a ver com isso! Sabe, eu não discuti sozinha.
-Se você não tivesse correndo e esbarrado em mim não teríamos discutido e nada disso teria acontecido.
-Olha aqui! Sempre é você que vem implicando comigo desde o nosso primeiro ano aqui em Hogwarts! Então não me venha com essa de que a culpa é minha porque ela também é sua!
-Ta bom Granger. Não vou mais discutir com você porque não adianta nada mesmo. E se vamos ter que passar o dia juntos é melhor que não seja brigando.
-Concordo!
Chegamos, finalmente, em Hogsmeade. Todos já estavam se divertindo com seus amigos. Logo avistei Harry e Rony vindo em nossa direção.
-Que aconteceu Mione? Você demorou tanto que tivemos que vir sem você. –Harry me perguntou sem reparar quem estava comigo
-Uma longa historia.
-O que ele esta fazendo com você? –Rony me perguntou com uma cara de nojo – E ainda por cima de mãos dadas com você?
-Não estou de mãos dadas com ele! – me apressei em dizer. E reparado bem nas nossas mãos, quem nos visse juntos pensaria que estávamos de mãos dadas devido ao comprimento de nossas capas que cobriam nossas mãos.
Levantei meu braço puxando o do Malfoy também mostrando o que realmente estava acontecendo. Harry e Rony soltaram uma exclamação de pergunta quando nos viu acorrentados.
-O que aconteceu? –os dois perguntaram juntos
-Vamos ate o Três Vassouras tomar algo e eu conto tudo a vocês lá.
-Nem pensar!- Malfoy que até agora estava de cara virada sem falar nada se pronunciou – Eu estou acorrentado a você, e se você for andar com esses idiotas vou ter que ir também. E eu não vou!
-Claro que vai! Eu sempre andei com Harry e Rony.
-Então hoje isso vai mudar. Porque eu não ando com eles de jeito nenhum. –ele disse me encarando mostrando seus lindos olhos azuis. Eu disse lindos? Devo estar ficando maluca.
-Olha aqui...
-Nem vem Granger! Já vou ter que aturar você, isso não tenho como impedir, mas não vou andar com o Potter e nem com o Weasley. –e dizendo isso foi me puxando para longe dos dois
-Encontramos com você mais tarde, Hermione – escutei Harry gritando enquanto era puxada por Malfoy
Depois de algum tempo Malfoy parou de me puxar e começamos a andar normalmente sem rumo ate sermos parados por uma garota.
-Drakinho! Você demorou –era Pansy Parkson com sua voz melosa de dar enjôo –Eu estava preocupada e ... – mas parou de falar quando me viu parada ao lado ”do seu Drakinho” ECA! –O que você está fazendo com essa daí?- ela perguntou mudando o tom de voz meloso por um normal que mesmo assim era totalmente enjoado.
-Nada! –ele exclamou sem emoção nenhuma
-Como assim “nada”? Você não estava me traindo com essa grifinoria ridícula, não é?
-Olha como fala! Sonserina nojenta! – não estava a fim de ouvir insultos, principalmente de uma garota que namora com o Malfoy.
-Fique quieta garota! Que até agora não falei com você.
-Mas falou sobre mim e isso não tolero!
-Chega! – Malfoy nos interrompeu – Já não basta estar acorrentado a Granger. Ter que ficar agüentando duas garotas discutirem ao meu lado eu não agüento!
-Acorrentado a ela? –dizia Parkson com uma voz chorosa –Quer dizer que você esta gostando dela e esta preso a ela pelo seu coração? E está ate de mãos dadas com ela! COMO VOCE PODE ME TROCAR POR UMA GRIFINORIA E AINDA POR CIMA SANGUE-RUIM??? – cara, como essa garota pode ser tão burra e viajar tanto na maionese? De onde ela tirou isso do Malfoy acorrentado a mim pelo coração? Acho que ela esta lendo muita historia de amor.
-NÃO ME CHAME DE SANGUE-RUIM!!! –a essa altura todos que estavam por perto já estavam olhado para nós - E DE ONDE TIROU ISSO DO MALFOY ESTAR ACORRENTADO A MIM PELO CORAÇAO?!?!?!EU E O MALFOY NOS ODIAMOS! SABE O QUE É ISSO? NOS ODIAMOS! QUER QUE EU SOLETRE? O-D-I-A-M-O-S! ENTENDEU?
-É Pansy. Nem vem com seus ataques de ciúme porque não temos nada.-ele disse com a mesma voz sem emoção - E quando eu disse acorrentado é isso – ele levantou o braço e mostrou a algema
-Ah! É isso? – Parkinson tinha abaixado a voz –Só podia ser mesmo. Quem é que iria gostar de uma garota como a Granger? –dizendo isso segurou no braço do Malfoy que não estava com a algema e o puxou para andarem –Você vai realizar seu sonho de andar com os legais e populares hoje, Granger.
Como é que os meus pais fazem quando estão nervosos? 1,2,3,4...
Ela estava nos levando em direção a alguns alunos sonserinos que entre eles eu reconheci Crabbe e Goyle .
-Você não vai andar com eles! –não pude deixar de dizer ao loiro
-E por que não? –ele me encarou com seus olhos azuis
-Se eu não posso andar com meus amigos você também não pode andar com os seus.
-Só que tem uma grande diferença. Meus amigos são legais, não tem uma testa rasgada e nem são pobretões. –ele disse dando aquele sorrisinho de lado que só ele sabe dar.
-Mas meus amigos não são idiotas e nem burros iguais aos seus.- eu estava olhando nos olhos dele e me perguntando de como eu podia o achar bonito
-O Draco não vai deixar de andar comigo só porque você quer – Parkinson se intrometia fazendo eu acordar de alguns segundos de transe olhando para o loiro
-Não vou ser obrigada a andar com sua namoradinha, Malfoy!
-Ta legal – Malfoy disse revirando os olhos –Vai andar com os outros Pansy. Avisa para eles que hoje não vou poder ficar com vocês.
-C-como assim?-Parkinson fazia uma cara de indignada – Você prefere andar com essazinha a andar comigo?
-Não é que eu prefira andar com ela, sabe, é porque não tenho escolha – Malfoy respondeu
Fiz uma cara de vencedora para ela e ela nos deu as costas e foi se juntar aos seus amiguinhos.
-E ai? Aonde vamos?
-Ãh? –olhei para ele com uma cara de quem não tinha entendido
-Não vai querer ficar parada aqui o dia todo.
-Não.- respondi entendendo –Que tal o Três Vassouras?
-Nem pensar. Seus amiguinhos vão estar lá e você vai querer conversar com eles. Que tal ... sei lá, a Dedosdemel? –acho que ele disse o primeiro lugar que veio na mente
-Pode ser.- e dizendo isso fomos nos encaminhando para a enorme loja de doces
-Ela não é minha namorada –ele disse quando estávamos quase chegando na loja
-Que? –não tinha entendido
-A Pansy. Ela não é minha namorada. –ele me respondeu ainda sem emoção andando e olhando para frente –Você tinha dito que ela era minha namorada, mas ela não é.
-A ta. Pensei que era. Do jeito que ela estava falando com você parece.- respondi entrando na loja seguida por ele.
Notei vários olhares em cima de nos. Sabe, não é muito comum ver uma grifinoria andando com um sonserino, ainda mais se tratando de mim e do Malfoy. E por culpa das algemas estávamos um pouco próximos demais, como já disse, parecendo que estamos de mãos dadas. Reparei que ele também tinha notado os olhares em cima de nós e nos cochichos também.
-Não sei como você agüenta – continuei tentando não escutar os cochichos
-O que?
-A Parkinson. Quero dizer, sei que ela é sua amiga, mas ela é meio chata –Sei que disse meio chata, mas queria dizer totalmente.
-Nem sei. Às vezes ela me enche a paciência como agora, mas tem vezes que ela é legal –respondeu mexendo em alguns bombons que estavam arrumados em fileiras.
-Tipo quando estão ficando? –Me diz.Como tive coragem de dizer uma coisa dessas? Devo realmente estar meio maluca.
Ele estava me olhando com uma cara de tipo “como você sabe que já ficamos”.
-Bem, se vocês não namoram ficam, não é? Eu já vi vocês dando uns amaços. –não estava acreditando em mim mesma, acho que minha boca esta falando sozinha.
-Ficamos algumas vezes – o ouvi dizendo enquanto mexia em uma caixa de feijoezinhos. –E você e o Weasley? - Nunca imaginei que um dia eu e o Malfoy iríamos ter uma conversa em que um não estivesse xingando o outro, ainda mais sobre com quem ficamos, ou melhor, com quem ele fica.
-Eu e o Rony? Não temos nada –isso era a mais pura verdade, apesar de eu querer que isso fosse mentira. –Somos apenas amigos.
-Pensei que tivessem ficando, vocês são tão grudados.
-Vai comprar alguma coisa?- queria acabar com aquela conversa
Acabamos que não compramos nada. Saímos e começamos a andar pela rua, e eu pelo menos percebi mais olhares em cima de nós, principalmente de garotas que tenho certeza que devem ter ficado com raiva de mim porque eu estou andando sozinha com um certo loiro e parecendo namorada dele. Sei disso porque entre as garotas ele faz o maior sucesso pelo que escuto no banheiro feminino, só não faz sucesso, é claro, em garotas com cérebro que nem eu.
Consegui convencer ele a irmos ao Três Vassouras. Meu rosto já devia estar todo rosado por causa do frio e meu nariz estava parecendo uma pedra de gelo.
Quando entramos demos de cara com uns amiguinhos sonserinos do Malfoy.
-Draco, Draco... já esta se rebaixando andando com gente dessa laia?- era Zabini que estava com mais dois garotos que não conhecia –Sabe, vocês fazem um casalzinho bonitinho. Mas não deviam estar no Madame Puddifoot? É lá que casais apaixonados normalmente vão.
-Cala a boca! –Malfoy falou –Não somos um casal apaixonado. E não lhe devo satisfações de com quem eu ando – e foi me puxando para dentro do bar.
Sentamos em uma mesa no fundo e pedimos algo para beber
O silencio tomou conta daquela mesa, não falamos ate meu corpo avisar que precisava fazer uma necessidade.
-Agora não!-exclamei
- Que foi?-ele me perguntou
-Temos um problema
-O que é?
-Eu preciso ir ao banheiro.
-Nem pensar-ele exclamou fazendo uma cara seria
-Eu preciso. O que posso fazer? Esperar voltarmos para a escola? Na calça?
-Pelo menos ia ser bem divertido -ele disse com seu sorriso de lado
-É, muito engraçado. Principalmente se mais alguns amiguinhos seus passar perto de mim eu estiver com a calça molhada andando com você.-sabia que ele não iria ter resposta para isso, ele da muito valor a sua reputação.
-E o que você quer que eu faça? Se você for ao banheiro vou ter que ir junto.
-E você acha que eu quero isso? Pois esta muito enganado! –eu disse seria.
-Então vamos. –ele disse se levantando
-Mas você vai entrar comigo? Prefiro estourar a bexiga!
-Claro que não vou entrar com você! Vou ficar do lado de fora, a única parte de mim que vai entrar vai ser meu braço.
Pensei por alguns instantes. Uma hora teria que ir ao banheiro, e eu estava muito apertada, não tinha nenhuma outra idéia, é, o jeito ia ser esse mesmo.
-Vamos –disse com uma voz amarga.
Agradeci muito a Merlim pelo banheiro ser nos fundos do bar e por não ter ninguém ali.
Os banheiros,tanto masculino quanto feminino, são bem pequenos de uma cabine só, aquele que só tem uma privada e uma pia dentro.
Paramos na porta e eu a abri estava limpa eu dei uma ultima olhada para o Malfoy e disse.
-Sem gracinhas ouviu! Nem sonhe em olhar aqui para dentro ou lhe azaro no mesmo instante!
Ele revirou os olhos e a única coisa que me disse foi:
-Vê se não demora.
Entrei e quase esmaguei o braço dele fechando o máximo que podia a porta, deixando somente o suficiente de espaço para o braço dele entrar.
Tive que fazer um contorcionismo para tirar a calça. Tive um trabalho enorme para não deixar a mão dele encostar em mim, sabe, nos lugares proibidos, mas consegui fazer minhas necessidades.
Saí e lavei minha mão na pia que tinha do lado de fora do banheiro, enxuguei-a e estava pronta para sair dali quando ele disse:
-Espere! Agora sou eu que quero ir ao banheiro –ele disse se dirigindo ao banheiro masculino –Vai ser o mesmo esquema que eu fiz com você
Senti um no na garganta, os homens para irem ao banheiro tem que segurar... bem, vocês sabem o que, e minha mão estava muito perto da dele, por isso antes dele entrar disse rápido:
-Tome cuidado!
-Com o que?
-Sabe, para você fazer suas necessidades você vai ter que segurar no... “Malfoy Junior”, e pra você tomar cuidado com onde minha mão esbarra, não quero ter nenhuma surpresa.
-Pode deixar -ele disse de novo dando seu sorriso de lado –Não vou deixar você sentir o quão grande ele é. -e dizendo isso entrou.
Ai meu Merlim!! Eu estava tremendo, não queria sentir nada encostando na minha mão. E como alguém podia fazer brincadeiras com uma coisa dessas? Tinha que ser garoto. Disse isso só para dizer que é o bonzão!
Ele acabou logo e eu fiquei aliviada por não ter encostado em nada, para dizer a verdade acho que ele só usou a mão que não estava presa a minha.
Metade do dia já havia se passado e com ele uma serie de brigas e de discussões entre mim e o Malfoy.Em varias dessas brigas me peguei olhando no fundo dos olhos do loiro, que reparei que escondiam muitos mistérios.
Enquanto estávamos caminhando ele começou a falar de novo:
-Vou ter que aturar piadinhas com o pessoal da minha casa durante um bom tempo – ele falou enquanto caminhávamos - Você pelo menos tem a sorte de estar andando comigo, mas eu estou tendo o azar de andar com você.
-Como assim sorte? Você não esta achando que estou gostando de ter a sua companhia durante um dia inteiro?
-Admita que está gostando de ter minha companhia. Muitas garotas gostariam de estar no seu lugar, afinal, sou lindo e popular, e quem não gostaria de andar com um cara como eu? – Me respondam uma coisa. Como o ego de uma pessoa pode ser tão grande? Nunca vi uma pessoa se achar tanto.
-Vou lhe dizer quem não gostaria de andar com você. Eu!
-Tá! Finjo que acredito. Você tem que admitir que sou bonito.
-Te acho lindo, para não dizer ridículo, horroroso, nojento, quer mais adjetivos?- respondi a ele com o tom de sarcástica. Ta bom, sei que tinha dito que o achava um loiro de olhos azuis bonito, mas não vou dizer isso pra ele. O ego dele já é suficientemente grande.
-Você pode não me achar bonito, o que duvido muito, mas as outras garotas acham e você vai poder tirar a maior onda depois.
-Quem disse que vou querer tirar onda? Se eu pudesse faria com que ninguém nos tivesse visto juntos.
Estávamos andando em direção à casa dos Gritos. Não me perguntem o porquê de estarmos indo para lá, só sei que eu estava andando sem rumo.
-Duvido. Para você esta sendo uma honra estar sendo vista ao meu lado - ele disse.
-Como alguém pode ser tão irritante? Você só sabe torrar a minha paciência! –disse isso me sentado em um tronco de arvore. Sabe, andar ate Hogsmeade e depois até aqui me deixou com os pés doloridos.
De onde eu estava dava para ver a casa dos Gritos que estava coberta com neve como tudo em volta, isso estava dando uma bela paisagem.
-É um dos meus passatempos –falou retirando a capa (puxando o meu braço que esta preso a ele junto) colocando-a em cima do tronco de arvore e depois se sentando.
-Para que você tirou a capa e colocou ai? – perguntei a ele imaginando se ele não estava com frio
-Para não sujar a minha calça nova - ele me respondeu
Virei-me para ele, não devia ter feito isso, pois dei de cara com os olhos dele que também fitaram os meus. Eram de um azul bebe lindo, dava quase para ver meu reflexo neles, ele estava com o sorrisinho de lado que só ele sabe dar que eu estava reparando faz algum tempo, que o deixava muito charmoso se juntar com seu cabelo loiro que caia sobre seus olhos. Ele estava mais bonito até que a paisagem. Meu Merlin! O que está dando em mim para pensar essas coisas do Malfoy?
Estávamos muito próximos. Próximos demais se quer saber. Dava para sentir sua respiração que estava soltando fumacinha por causa do frio. Parecia que íamos nos beijar. Eu não sei qual era o motivo, mas meu corpo estava gostando daquela situação, agora começo a acreditar no que li em alguns livros, que nosso corpo às vezes parece que pensa sozinho.
Não sei o que deu em mim no momento seguinte, devo ter retomado o controle do meu corpo, pois pulei para o lado para me afastar dele, só que já estava sentada quase na beirada do tronco e como cheguei mais para o lado acabei me desequilibrando e caindo com força de bunda no chão puxando o Malfoy junto com minha queda. Ele caiu em cima de mim. Serio. E ficamos nos olhando durante uns dois segundos até eu desviar o olhar sem-graça.
Escutei um barulho de alguma coisa rachando e percebi que estávamos em cima de gelo fino que tinha se formado em cima de um pequeno lago que tinha ali. O gelo terminou de rachar e caímos dentro da água que estava muito gelada, senti até o meu sangue congelando, entrei em pânico após alguns segundos de choque, pois me lembrei de um pequeno detalhe: eu não sei nadar.
Comecei a me debater na água tentando alcançar a superfície, só que fica meio difícil quando não se sabe nadar, seu corpo ta todo duro e você esta presa em outra pessoa.
Eu comecei a afundar, mas fui salva, Malfoy tinha passado o braço em volta de mim fazendo com que meu braço fizesse um pequeno contorcionismo, ele estava me puxando para cima junto com ele. Ele me ajudou a sair da água e logo em seguida também saiu.
-O que deu em você para se jogar no chão desse jeito? –ele respirava rápido tentando retomar o fôlego
-E-e-eu não me joguei –– eu também estava respirando rápido -Eu desequilibrei e cai – sei que tinha pulado um pouquinho pro lado, mas ele não precisava ficar sabendo que eu tinha meio que fugido dele.
-Agora estamos todos encharcados! –ele tirou sua blusa de frio (uma parte ficou presa na algema) e torceu-a depois a colocou de volta.
-Vamos voltar para as carruagens e ir para o castelo - dizia enquanto tirava a água do meu cabelo –Se não iremos congelar.
Nos levantamos e ele pegou a capa que ainda continuava sobre o tronco, era a única roupa dele que estava seca. Bom, pelo menos ele tinha alguma coisa seca, eu estava com todas as minhas roupas molhadas e com muito frio.
-Vamos logo então - ele disse passando a mão no cabelo molhado tirando alguns fios dos olhos –O que foi agora? –disse vendo que eu não saia do lugar
Não precisei dizer nada. Depois de olhar para mim e concluir que eu estava com aboca rocha e tremendo de frio ele fez uma coisa que me deixou surpresa. Ele tinha jogado a capa seca dele em cima de nós dois e nossos copos ficaram grudados nos aquecendo.
-Não vai se acostumando –falou
Começamos a andar de volta para o centro do povoado onde as carruagens estavam paradas. Não tinham se passado nem dois minutos que estávamos andando e começou chover muito, não conseguia ver muito a frente de nós.
Estávamos quase chegando perto das carruagens e eu não estava me sentindo muito bem. Sentia-me meio febril, estava tossindo um bocado e meu nariz estava começando a escorrer. Não consegui dar muitos passos mais a frente. Minha visão ficou embaçada e tudo ficou escuro de repente.
Draco estava deitado em uma cama confortável com as roupas secas admirando uma certa castanha que dormia ao seu lado. Estava se recordando do que tinha acontecido.
FlashBack
Draco estava andando todo molhado e com frio quase chegando nas carruagens quando Hermione perdeu os sentidos desmaiando em cima de dele. Ele olhou para o rosto molhado da castanha em seus braços adormecida por alguns segundos, estava reparando como ela podia ser tão bonita para uma sangue-ruim.
Olhou para os lados, não tinha quase ninguém na rua e as poucas pessoas que tinham estavam correndo em direção as poucas carruagens que haviam sobrado para retornarem ao colégio, então ninguém tinha reparado no que tinha acontecido. Ele não viu outra saída a não ser pegar a garota no colo para levá-la de volta. Isso foi meio difícil devido a algema que atrapalhou muito
Colocou-a em uma carruagem com dificuldade, pois ela era magra mais bem pesadinha. Depois que os dois já estavam dentro da carruagem começaram a ir rumo a escola.
Draco ainda estava admirando a garota adormecida na cama ao lado. Viu ela se mexer um pouco virando na direção dele, agora os cabelos castanhos dela estavam um pouco em cima do rosto, ele levou a mão a face da garota jogando-os para trás da orelha dela.
-O que esta dando em você, Draco –sussurrou para si mesmo retirando logo a mão dela e continuando a lembrar do acontecido.
Enquanto estavam voltando para o castelo Draco estava lembrando de como tinha sido o dia, todas as vezes que brigaram e os olhos castanhos dela se encontraram com os seus azuis e da sensação que tinha quando isso acontecia. De quando eles quase se beijaram quando estavam sentados no tronco, no momento que sentiu seu corpo junto ao dela quando os dois caíram e em quando estavam dividindo a mesma capa para tentarem se aquecer...
Você não pode pensar nessas coisas, ela é uma sangue-ruim amiga do Potter e do Weasley - tentava dizer isso a si mesmo desviando o olhar dela.
Chegaram na porta do castelo e ele teve que pegá-la no colo de novo para levá-la a ala-hospitalar.
Fim do FlashBack
E agora ele estava parado ao lado da garota com quem mais briga no mundo, pensando em como ela era bonita.
Foi tudo um sonho.Foi a primeira coisa que pensei quando despertei, mas sem coragem de abrir os olhos. Eu estava com uma enorme dor de cabeça.
Eu estava com as roupas secas e deitada em uma cama quentinha muito confortável, mas reparei que não tinha sido um sonho quando ainda senti as algemas em volta do meu pulso.
Abri os olhos e vi um loiro desviando o olhar de mim. Levantei-me sentando na cama e fiquei meio sem graça quando percebi que eu e o Malfoy estávamos dividindo a mesma cama, não era exatamente a mesma cama, tinham juntado duas para podermos nos deitar porque ainda estávamos presos um ao outro.
-O que aconteceu? – olhei para ele
-Você desmaiou antes de chegarmos nas carruagens e eu tive que te pegar no colo trazer aqui.-parou de falar por um momento e depois continuou -A Madame Pomfrey disse que você pegou um resfriado, ela já te medicou e disse que em um ou dois dias você já estará curada.
-Dumbledore veio dizer algo sobre a poção para retirar isso – perguntei a ele apontando para a algema.
-Não vi nenhum professor alem da McGonagall que veio ver como estávamos.
-Mas ele disse que quando chegássemos ia estar pronta.
-Disse, só que ate agora ele não veio falar nada.
-É estranho que não tenha vindo dizer nada.
-Não deve ter ficado pronta ainda.
Ficamos alguns segundos em silencio sem olharmos um para o outro ate eu falar:
-Obrigada -disse sem jeito
-Ãh? –ele olhou para mim, mas eu continuei a olhar para frente.
-Obrigada por ter me ajudado. Lá no lago e depois por ter me trago para cá.
-Não foi nada. –ele me respondeu meio sem jeito
-Me mostrou que você não é só aquele garoto que torra a minha paciência. –tomei coragem e olhei para ele e dei de novo de cara com aqueles lindos olhos azuis –Se você não tivesse me ajudado, de resfriado poderia ter passado para algo mais grave.
-Só te ajudei porque se não fizesse isso teria que ficar naquele frio junto com você –percebi que ele estava tentando voltar a ser o arrogante, mas não estava tendo muito sucesso, pois deu pra ver que estava com um pouco de vergonha. É uma coisa que nunca imaginei em ver, dever ser um momento raro.
-Não mente ta! –disse a ele –Sei que você não me ajudou só por isso –ainda estávamos olhando um nos olhos do outro.
Ele ficou mais sem graça ainda. Uns segundos depois escutamos um “clique” e vimos que a fechadura tinha se aberto. Demoramos um pouco ate tiramos dos nossos braços.
-Por que a algema se abriu? –ele perguntou ainda olhando para a algema –Quero dizer, não que eu esteja reclamando, mas... –respirou e continuou –Será que a Madame Pomfrey colocou alguma poção sem eu ver?
Pensei por um momento e, é claro! Como pude ser tão burra? Estava nas nossas caras o tempo todo. Como não percebi antes.
-O que foi? –ele perguntou
-Estava tudo na nossa cara.
-O que estava na nossa cara?
-É muito simples. Nunca existiu poção nenhuma para retirar a algema.
-Agora que não estendi nada.
-Lembra que o Pirraça disse que só iríamos nos livrar um do outro quando nos déssemos bem? –ele assentiu com a cabeça –Pois foi o que acabou de acontecer. Começamos a nos dar bem, não brigamos desde que eu acordei e tivemos uma conversa franca.
-Então por que Dumbledore disse que era uma poção que retirava a algema?
-Estou deduzindo –comecei –Mas ele deve ter pensado que seria mais difícil de nos darmos bem. Imagina se nós soubéssemos. Tentaríamos ficar nos dando bem, mas seria tudo falsidade, e para a algema abrir teríamos que nos dar bem de verdade que nem agora.
-Bem inteligente –ele disse se aproximando perigosamente ainda com os olhos fixos nos meus
-É sim. –concordei sentindo a respiração dele perto da minha. Estava acontecendo a mesma coisa que aconteceu quando estávamos sentados no tronco, só que desta vez nossas respirações não estavam soltado fumacinha e eu não pulei para o lado, pelo contrario, eu queria, queria sentir a sensação dos lábios dele nos meus. Por isso fechei os olhos e relaxei a boca.
Nossos lábios chegaram a encostar um no outro, só que eu não pude experimentar o beijo de um Malfoy. Tínhamos escutado barulhos de passos vindo do corredor e nos afastamos um pouco sem jeito.
-Hermione! –era Rony que entrou na apressado vindo na minha direção seguido por Harry –Você esta bem? O que aconteceu?
-Ficamos muito preocupados quando soubemos que você estava na ala-hospitalar –agora era Harry que falava
-Acho que vou me retirar – Draco falou se levantando –Só estava aqui até agora porque estava preso a você, mas agora que me livrei vou indo –tinha voltado seu tom de arrogância. Não sei se era tom de arrogância mesmo ou se estava bravo porque eles tinham interrompido nosso beijo, porque eu estava brava.
Na segunda já tínhamos voltado a rotina, aulas e mais aulas. Não estou reclamando, gosto de estudar, só que ainda estava meio cansada do final de semana meio maluco que eu tive.
Eu, Rony e Harry estávamos indo ter nossa aula de Trato-das-Criaturas-Magicas quando eu avistei um certo loiro, não tínhamos nos visto desde aquela noite do nosso quase-beijo. Ele estava com o mesmo charme de sempre, fiquei o admirando até o Rony perguntar o que estava acontecendo.
-Nada -respondi a ele e voltei minha atenção aos meus amigos
O loiro estava conversando com uns amigos sonserinos ate reparar em uma castanha que estava a alguns metros de distancia, não tinha reparado que a mesma estava reparando nele a alguns segundos atrás. Ficou a admirando ate escutar uma voz enjoada falar o seu nome.
-Drakinho! Você escutou?
-Claro! –apressou-se em dizer ainda viajando. – É muito bonita.
-Quem é muito bonita?
-Você. –respondeu voltando a Terra e agora olhando a morena na sua frente
-Obrigada. Mas eu estava falando que não tinha feito o trabalho de Transfiguração. Por que você falou isso agora? Nunca foi muito de falar que eu era bonita.
-Esquece!
Hermione e Draco sabiam que a partir daquele dia tudo mudaria ente eles. Não haviam mais tantas brigas entre os dois, só as vezes, mas ao final de cada uma delas um silencio invadia os dois e estes trocavam profundos olhares que acabavam dizendo muita coisa e desmentindo tudo o que tinham dito um ao outro segundos atrás.
É a primeira fic que posto aqui na Floreios. Sei que é bem pequenininha, mas estou escrevendo outras bem maiores que daqui a pouco também estarei postado.
Espero comentários de todos. Aceito criticas e elogios, tudo para melhorar o que acharem ruim.
Bjoos para todos e ate a próxima!!!
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