Acertando as Contas
Novembro começou muito bem, na opinião dos alunos. Minerva adiara os exames que seriam antes do Natal (e Hermione achara isso um absurdo) para depois da Páscoa. O céu daquela quinta-feira estava um tanto nublado, pingos grossos de chuva molhavam os jardins e as correntes de vento violentavam as janelas. Jully e Blaise finalmente tinham se entendido, apesar de Jully ainda estar um pouquinho desconfiada das atitudes do namorado. É claro que não estavam como era antes, toda aquela melação de começo de namoro. E no momento isso não importava, a meia reconciliação passava por cima de alguns detalhes quase imperceptíveis.
Outra coisa que todos tinham notado, era que Draco e Mione estavam cada dia mais próximos e, conseqüentemente mais íntimos. Não eram mais apenas namorados, eram grandes amigos. As pessoas não sabiam se apoiavam ou iam contra os dois, e, na maioria das vezes, escolhiam a segunda opção. A visão de Draco Malfoy e Hermione Granger andando juntos já se tornara normal, mas sempre tinha alguém que tentava afastar os dois, tanto as garotas apaixonadas por ele, quanto os garotos doidos por ela. Mesmo com toda essa confusão, estavam felizes. Isso era o que mais os deixava confiantes de que aquela relação poderia durar muitos meses, talvez anos, ou, quem sabe, até para sempre. E se dependesse deles, com certeza ficariam juntos até se cansarem, e isso era algo meio impossível.
Harry e Rony continuavam dando apoio à amiga em parte. A inimizade entre Draco e eles ainda prevalecia, só que os amigos não gostavam nada de contrariar Hermione. O Loiro quase conseguira levar uma conversa civilizada com Harry sobre quadribol. Quanto à Rony, este mais difícil de se entender, não conseguira nem dar um “bom-dia” menos seco que o normal. Luna repreendia o namorado, dizendo que ele teria que aprender a conviver em paz com Draco, já que Hermione não iria se separar dele, não tão cedo.
Os minutos da manhã de quinta se arrastaram, parecendo uma eternidade até o almoço. As aulas de Herbologia no período matinal tinham sido um alívio, comparado aos horários em que tinham aulas de Poções, Transfiguração e DCAT no ano anterior. A Profª Sprout trabalhava com eles agora, um conteúdo que não poderia ser menos prático possível - os livros. As plantas venenosas e letais que estavam aprendendo, não eram nenhum pouco aconselhável estudar em aulas práticas. Apenas algumas plantas menos letais e venenosas que podiam analisar bem de perto. O sinal que anunciou o início do almoço soou.
- Tédio - disse Rony quando saíram da estufa quatro, os livros sujos embaixo do braço - É isso que essa aula é, um tédio.
- Claro que é um tédio, você não presta atenção na aula, Ronald - respondeu Hermione o olhando feio - Herbologia é um ramo muito útil no mundo bruxo, sabia?
- Hermione, qualquer matéria é um ramo útil para você - replicou o Ruivo - Você é a mais inteligente da escola, nada parece ser difícil de você entender.
Hermione corou ao elogio do amigo e continuou caminhando sem dizer mais nada. Prometera almoçar com Draco na quinta, já que faziam alguns dias que não passavam juntos. A ventania brincou com seus cabelos ondulados, o que resultou em apressar os passos para não pegar a chuva forte que começaria em um segundo. Hermione pisou no salão principal, a chuva começou a cair fortemente, açoitando as janelas. Draco chegou minutos mais tarde, ensopado.
- Meu Deus! - exclamou ela, olhando-o espantada - Você ‘tá encharcado, Draco!
- Jura? - perguntou debochado - Ah, me seca, vai!
- Não senhor, você sabe o feitiço que se usa para... - e não pôde terminar a frase. Draco lascou um beijo nela de tirar o fôlego, embora não prolongasse muito -... se secar.
Draco sorriu, apontou a varinha para si mesmo e murmurou alguma coisa. No mesmo instante, sentiu-se mais aquecido e surpreendentemente seco. Hermione foi conduzida até a mesa da Sonserina, onde Blaise almoçava sozinho.
- Oi, Blaise - cumprimentou timidamente - Como vocês estão?
- Ah, Mi... ‘tamo bem, sim - respondeu o Moreno sem tirar os olhos do próprio prato, que, no momento parecia ser bastante interessante - Não tão quanto antes, mas... não brigamos.
- Certo - Hermione sentou no banco ao lado de Draco e se serviu de rosbife.
O almoço correu normalmente, e mesmo que algumas pessoas ainda não engolissem seu namoro com o Loiro na mesa da Sonserina, sentiu-se mais à vontade do que costumava ficar na presença deles.
Draco quase não conversou com Blaise, pois simplesmente não sabia o que dizer. “Então, Blaise, a Jully já te perdoou?”, seria extremamente ridículo.
Mas mesmo que ele não estivesse perguntando nada, as coisas pareciam não poder ficar melhores. Pelo menos, ao seu ver. Hermione não desgrudava do seu pé, o ciúmes que quase sempre sentia quando alguma garota se aproximava dele, era impossível de conter, e, visivelmente, a garota não gostava nada quando Draco não lhe dava tanta atenção para conversar com os amigos.
As aulas da tarde daquela quinta foram extremamente entediantes. Poções, o último tempo do dia, foi de longe a pior aula. Snape provavelmente acordara de muito mau humor, mais do que o normal, e procurava tantas desculpas para descontar pontos da Grifinória, que Neville acabou por explodir o seu caldeirão de tanto nervosismo, e espalhar o seu conteúdo na mesa do professor.
Harry e Rony observavam tudo incrédulos, e durante toda a hora que passaram nas masmorras frias, não deram um pio. Até Hermione, que sempre respondia as perguntas de Snape, ficara tão quieta que parecia não existir. E, para compensar o silêncio dos Grifinórios, os alunos da Sonserina faziam piadinhas totalmente sem graça, porque sabiam que Snape não tiraria pontos de sua própria casa, nem que Crabbe também tivesse explodido um caldeirão.
O jantar foi servido no Salão como de costume, os alunos famintos e um tanto estressados. Lá fora, a chuva caía fortemente, as janelas rangiam. Gina chegou alguns minutos mais tarde na mesa, e, segundo Harry, ela deveria estar sempre no horário certo. Ninguém ousou dizer uma palavra, de tanto que a cena era cômica. Hermione fingiu ter um acesso de tosse fortíssimo, e Rony encheu a boca com frango assado. Felizmente, Harry não percebeu, mas Gina sabia exatamente o que acontecia com o irmão e Hermione.
Hermione se servia de suco de abóbora, quando algo chamou sua atenção - Draco não estava lá. Geralmente, o Loiro sempre se encontrava com ela no almoço e no jantar, mas hoje, fora apenas vê-la no almoço. Ficou pensativa alguns minutos, e depois acabou concluindo que ele poderia estar sem fome, ou teria se atrasado também como Gina.
- Mione, onde você vai passar o Natal? - perguntou a Ruiva subitamente, saindo de uma conversa sem fundamento (na opinião da Castanha) sobre quadribol - Mamãe disse para convidar você e o Harry. Claro, se você não for ficar com o Malfoy.
- Não, Gina. Eu vou com vocês - respondeu ela, sorrindo. Gostava muito de passar o Natal n’A Toca, era sempre bastante animado - Acho que o Draco não vai achar ruim, até porque ele não é muito fã dessas datas, sabe.
- Ela vai ficar realmente feliz - Gina sorriu contente - Ei, você vai fazer alguma coisa agora? É que a gente podia combinar de fazer coisas de meninas, sabe. Eu, você e a Jully, claro.
- Por mim tudo bem - Hermione disse vagamente - Eu acho legal, ‘tô bem precisada de algo desse estilo - Gina gargalhou com a amiga - Falando nisso, cadê a Ju?
- Ah, ela me disse que ia conversar com o Blaise hoje... você sabe do quê, né?
- Aham - Hermione sabia muito bem o por quê daquela conversa. Eles precisavam esclarecer algumas coisas antes de mais nada, de continuarem o namoro. A garota deu um gole no seu suco, e voltou a jantar tranqüilamente.
Minutos depois, quando quase todos tinham terminado o jantar, Jully apareceu no salão acompanhada por Blaise. Muitos olhares os acompanharam até a mesa, já que quase o Castelo inteiro estava sabendo de toda a coisa. Eles pareceram não dar a mínima aos olhares, e continuaram rumando cada um para sua respectiva mesa. Jully não estava nada mal, pelo o contrário. Parecia estar muito feliz, sorria para tudo e todos. Quando Gina lhe contou o que planejava fazer, a garota se animou. A Ruiva pensou muito antes de convidá-la para passar o Natal com eles, receosa de que a amiga destruísse sua casa, embora isso lhe parecesse estranho demais. Enquanto isso, Hermione continuava encucada com o fato de Draco não ter aparecido no jantar.
A “reunião” de meninas ia ser no dormitório de Hermione mesmo, que aparentava ser o maior. Elas combinaram de fazer o costumeiro brigadeiro, e não foi nada fácil para Gina convencer Harry de deixá-la ir.
- Não, você não vai, é perigoso! - insistia Harry, um tanto irritado.
- Perigoso? Harry, vai só meninas! - retrucava Gina, olhando-o desafiadoramente - Eu vou e ponto, não sou propriedade sua, ok?
- OK, mas eu tenho CIÚMES, Gina! - resumiu Harry, mas nem com isso a garota amoleceu - Certo, e se aparece algum tarado por lá?
- HAHAHAHA, CLARO QUE VAI! - gritou ela para meio que estourar os tímpanos do namorado - Nós chamamos vários tarados, Harry, ah, faça-me o favor!
- Estão brigando por uma reuniãozinha de meninas? - interveio Jully sorridente - Harry, se for o caso, você pode ir também, ok? Se o problema é...
- CALA A BOCA! - mandou o Moreno muito “educado” - Gina, escuta. Eu não gosto de você ir sozinha a esses locais e...
- HARRY POTTER, É UM QUARTO, MERLIN! É seguro, por favor, vai!
- Ok, vai então. Mas depois eu quero que... - Gina o interrompeu com os seus beijos desentupidores de pia.
- Obrigada, amorzinho - agradeceu, beijando-lhe o rosto - Depois acertamos as contas, ok?
- Acho bom - resmungou Harry ainda insatisfeito.
Jully se contorcia de tanto rir no caminho para o dormitório de Hermione.
- Ai, ele... HAHAHAHA, o ci-ciúmes da G... HAHAHAHA! - Hermione rolou os olhos, a expressão engraçada.
- Nossa reunião vai ser o máximo! - enstusiasmou-se Gina, sorrindo, feliz - Vamos finalmente poder conversar das nossas coisas sem garotos interferindo.
- A não ser que... - Hermione girou a maçaneta do dormitório e empurrou a porta, deparando-se com uma cena que não esperava. Draco estava sentado na sua escrivaninha, aparentemente escrevia uma carta - Draco?!
O Loiro virou-se imediatamente, enfiando a pena na gaveta de qualquer jeito, e o pergaminho no bolso da capa.
- Oi amor, eu ia te fazer uma surpresa - disse sorrindo e lhe beijou de leve. Finalmente reparou nas outras duas - E vocês?
O queixo de Gina caiu.
- Como OUSA dizer “E vocês” desse jeito tão... repugnante? - protestou a Ruiva, no que Draco arqueou as sobrancelhas - Pode ir saindo, isso é uma reunião de GA-RO-TAS!
Draco as olhou desconfiado, puxou Hermione para dentro e fechou a porta.
- AH, SEU IDIOTA! - ouviram Gina berrar do outro lado da parede, batendo na porta e Jully tentando fazê-la parar, a todo custo - VOCÊ VAI SE VER COMIGO, LOIRO AGUAD...
- CALA A BOCA, GINEVRA! - Jully berrou por fim, levando a amiga para a sala comunal.
Hermione trancou a porta e sentou na cama desolada.
- Então, por que não foi jantar? - perguntou, chateada, sem olhar nos seus olhos. Draco respirou pesadamente.
- Eu fiquei aqui o tempo todo - disse, ainda de pé - Não estava com fome... achei que você viria para cá depois, então...
- E não me avisou? - tornou Hermione ainda mirando os joelhos.
- Não, não, não é isso, eu só queria te fazer uma surpresa - justificou o Loiro.
- Que tipo de surpresa? - ela continuou, sem dar trégua. Percebeu que Draco começava a ficar impaciente ao seu lado - Você quase me matou de preocupação, Draco! Eu fiquei horas te esperando para jantar, e você NÃO APARECEU!
- EU JÁ DISSE QUE EU QUERIA TE FAZER UMA SURPRESA, CARAMBA! PENSEI QUE NÓS DOIS PUDÉSSEMOS FICAR UM TEMPO JUNTOS, SEM INTERFERÊNCIA DE NINGUÉM, OK? - Draco explodiu, Hermione ficou de pé, agora olhando seus olhos cinzas - EU NÃO SEI O QUE VOCÊ PENSA DE MIM, A IMAGEM QUE FAZ DE MIM, HERMIONE! VOCÊ DESCONFIA DE UM SUSPIRO DIFERENTE MEU, QUAL É A SUA?
- NÃO É QUESTÃO DE NÃO ACREDITAR, DRACO, MAS VOCÊ ME CONHECE E SABE O QUANTO EU GOSTO DE VOCÊ! - Hermione respondeu - EU DETESTO QUANDO VOCÊ NÃO ME AVISA ONDE VAI, OU POR QUE NÃO ESTÁ COMIGO, MAS VOCÊ PARECE QUE NÃO QUER ME EXPLICAR ISSO, ASSIM FICA REALMENTE DIFÍCIL! CUSTAVA ME AVISAR QUE NÃO IA JANTAR, AO MENOS?
- NÃO PASSOU ISSO PELA MINHA CABEÇA, OU VOCÊ ESPERAVA QUE EU FOSSE TÃO INTELIGENTE QUANTO VOCÊ PARA PENSAR EM TODAS AS OPÇÕES QUE EXISTEM? NÃO, EU NÃO SOU COMO VOCÊ!
- O QUE QUER DIZER, AHN? - Hermione mordeu o lábio inferior, os olhos marejados, mas não perdeu a pose - DRACO, VOCÊ SABE COMO EU SOU, OK? ME CONHECE O SUFICIENTE PARA SABER QUE... QUE EU NÃO GOSTO DE FICAR LONGE DE VOCÊ, MAS TENHO A IMPRESSÃO DE QUE QUER QUE ISSO ACONTEÇA, NÃO É?
- CLARO QUE NÃO, HERMIONE! O DIA QUE EU QUISER FICAR LONGE DE VOCÊ, ME INTERNA NO ST. MUNGUS! - Draco retrucou, arremessando um copo na parede - EU NÃO ACHEI QUE VOCÊ FOSSE FICAR TÃO MORDIDA POR CAUSA DE QUE EU NÃO AVISEI QUE NÃO IA JANTAR!
Hermione engoliu em seco. Virou de costas e enxugou uma lágrima que não pôde reprimir. Draco mirou a garota alguns minutos antes de sair do quarto batendo a porta. Hermione fechou os olhos, jogou-se na cama, abraçando um travesseiro. Odiava brigar com Draco por aquelas coisas ridículas, era horrível. Respirou fundo e resolveu ir atrás dele. Enxugou os olhos, decidida a entrar no quarto ao lado, pular no pescoço do namorado e... mas não podia fazer isso. Deveriam conversar antes.
Bateu na porta. Não houve resposta, então, entrou. Draco estava jogado na cama, ela sorriu. Sentou ao lado dele, afastou uma mecha dos olhos fechados. Draco imediatamente acordou, mirando-a como sempre fazia.
- Draco... - chamou, a voz fraca - Eu fui uma idiota, não fui? Me desculpe, você não teve culpa.
Draco piscou. Hermione era tão orgulhosa... não esperava que ela fosse dizer aquilo para ele. A garota tinha a mesma expressão de quando ficava arrependida, a carinha que o deixava derretido.
- Ok, mas você foi mesmo uma idiota - Hermione sorriu - Vem cá, agora.
Draco puxou-a para um beijo rápido e sentou ao seu lado, abraçando-a pelos ombros.
- Sabe... eu não achei que você fosse se sentir tão arrependida de vir aqui me pedir desculpas.
- Eu me senti... arrependida demais, foi tão ridículo, não?
- Foi - concordou Draco sorrindo - Mas tudo bem, vamos dar uma volta?
- Não! Eu quero ficar aqui.
- Você anda muito estranha ultimamente - disse Draco marotamente - Cadê a Hermione toda inocente e tímida que eu conheci?
- Draco, não enche! - Hermione jogou uma almofada no meio da cabeça dele, que riu - É que eu estou realmente feliz com você. Ah, uma coisa! Eu vou passar o Natal n’A Toca!
- O QUÊ?! - Draco levantou-se de súbito, assustando a garota - Como assim?
- Eu sempre fiz isso, Draco. Ah, não vamos começar outra discussão besta, certo? A Sra. Weasley sempre me chama, e eu sempre aceito - Hermione disse - Por favor, Draco, é só um dia! Nós vamos voltar no dia seguinte, ok?
- É... mas você sabe que cada minuto longe de você é uma eternidade.
- Você é um fofo!
Informamos que a próxima visita
ao povoado de Hogsmeade terá sua data marcada
para o próximo sábado.
Lembrando que apenas os alunos com autorização
e a partir do terceiro ano podem ter este privilégio.
Atenciosamente,
Profª McGonagall.
- Uau, era pra ser só semana que vem! - exclamou Gina observando o anúncio no quadro de avisos - Hermione, a gente podia...
- Não, o Draco já me chamou e eu vou com ele.
A sexta-feira era o dia livre dos sextanistas. Hermione e Jully tinham ido se encontrar com os garotos, enquanto Gina, Harry, Luna e Rony ficavam nos jardins.
- Sabe... eu achei que não iria voltar com alguém que me traísse, lembra, Mione? - comentou Jully sonhadora, olhando um passarinho (vamos supor que seja verde) voar pelo corredor do Castelo.
- Claro que lembro, você vivia falando pra mim isso - concordou a Castanha, avistando Draco e Blaise encostados na parede fria das masmorras, esperando-as entediados - Eles são sempre assim.
- Arre, achei que tinham sido estuporadas! - resmungou Blaise enlaçando sua mão na de Jully - Estamos esperando há meia hora vocês duas!
- É, verdade - disse Draco vagamente, ocupado em admirar a namorada - Como você consegue?
- Consigo o quê? - perguntou Hermione o olhando curiosa.
- Ficar mais linda do que já é?
- QUE FOFO! - berrou Jully, rindo - Ah, Draco, isso foi fofo mesmo!
Draco rolou os olhos e segurou na mão de Hermione. Os dois estavam mais felizes do que um dia imaginaram ser, e finalmente Hermione podia definir felicidade. Isso também podia ser notado em Jully e Blaise, que agora estavam mesmo como antigamente. Os casais caminharam lentamente pelos corredores, sem rumo, relembrando os momentos que mais marcaram. Draco e Mione se divertiam ao lembrarem das brigas e discussões, e como tinham se apaixonado tão subitamente.
Passaram uma manhã muito agradável, e mesmo que estivesse frio, o sol teimava em aparecer timidamente por entre as nuvens. O Lago Negro continuava espelhado, sem uma perturbação sequer. Hermione tinha um carinho muito grande pelo local - fora ali que Draco a pedira em namoro. Agradecia imensamente pela Lula Gigante não ter incomodado o momento deles, parecia que ela sabia a importância daquilo. Hermione sorriu.
Eles estavam combinando de passarem a tarde juntos também. Jully e Hermione resolveram intervir, já que no dia anterior não puderam fazer a tal reunião de garotas. Os assuntos que elas compartilhavam com certeza não iriam agradar aos namorados, então, resolveram que seria algo bem secreto. Convidaram Gina e, ao verem Luna aos beijos com Rony, acabaram chamando-a também - a Loira era, por incrível que pareça, uma ótima companhia para conversas. Almoçaram as garotas todas juntas, as expressões de crianças travessas. O fim do almoço foi marcado por bagunça e muita agitação dos alunos.
Pela primeira vez em muitas semanas, Hermione, Luna, Gina e Jully puderam se reunir no dormitório da Castanha, e falavam sobre as coisas mais impróprias e improváveis. Luna contava sobre como Rony sabia beijar muito bem, e qual era o “tipo” dele. Gina não gostou muito de saber dessas coisas, afinal, era seu irmão. No entanto, ao falarem de Draco, Blaise e Harry, o clima ficou mais descontraído.
Ninguém nem imaginava, que Blaise e Draco estavam do lado de fora do quarto, usando as Orelhas Extensíveis.
-... sabe, ele é realmente muito bom na hora de beijar - ouvia-se a voz de Gina, aparentemente falando de Harry - Tem algumas horas que ele empolga... dá pra perceber.
Uma onda de risos percorreu o dormitório. Draco fez cara de nojo.
- Isso é verdade - Draco se ajeitou para ouvir melhor a voz de Hermione - Às vezes o Draco também dá umas empolgadas, que Merlin! Dá até medo!
Mais risos. Draco arregala os olhos surpreso, Blaise se contorce de rir e continuam ouvindo.
- Mas é sério - completa Hermione, sob os risos das amigas - Não é, Ju?
- Também acho - Blaise tentou enfiar o fone mais fundo no ouvido - O Blaise ainda é mais discreto, sabe... teve uma vez que ele tentou me persuadir a ir para a cama com ele! Não exatamente na cama, mas no jardim, acho que pensou que a Lula Gigante nos serviria como apoio - as garotas riam escandalosamente. Blaise corou furiosamente, e ouviu-se a voz sonhadora da Luna.
- O Rony me falou disso uma vez, que estava muito fogoso - Gina prendeu a respiração -, e que se eu não parasse de beijá-lo ia acontecer uma catástrofe!
As garotas riram.
- Vocês parecem ser tão quietinhos - comentou Hermione - Eu vivia te encontrando nos corredores toda afobada, descabelada, lembra?
- É, naqueles encontros à noite, sabe, quando ninguém podia nos ver - disse Luna, a voz embargada. Gina riu baixinho - E você e o Malfoy, hein?
Silêncio. Ouviram Jully pigarrear e mais uma vez elas riram.
- Eu já contei para a Jully - disse Hermione, olhando para as amigas - E vocês já sabem, não sabem?
- Já, já sabemos - disse Gina pausadamente - Não foi a única, Mione.
Todas prenderam a respiração. Gina corou.
- É, foi... eu e o Harry, sabe... - Jully soltou um gritinho histério e abraçou Gina.
- Que gracinha! Como foi, Gi?
- Bom... nós tínhamos brigado e tal, ciúmes... mas era eu que tinha encucado com a Chang de novo - Hermione fez cara de descrença - Aí eu fui pro meu quarto, tão emburrada... que ele me seguiu e entrou!
- HUUUUUUUUUUUUUMMMMMMM - fizeram as garotas.
- PAREM! - mandou, rindo - Ele foi conversando, que gostava de mim, e que a Chang tinha sido só uma paixão rápida, mas que eu era pra vida toda... e eu aproveitei que não tinha ninguém lá, passei a chave e... foi! A Mione sabe... - ela deu uma pausada, respirou fundo - no começo é bem desconfortável, mas ele acabou me deixando tranqüila. E antes que me pergunte - acrescentou, quando Jully fez menção de falar -, sim, tomei a poção. Ele foi super fofo, ficou falando que eu era mais linda que ele imaginava, que eu era o amor da vida dele...
- Não é mais? - zombou Luna arrancando risos.
- CLARO que sou, eu estou contando no passado, idiota - replicou Gina, as orelhas pegando fogo - Nós fomos indo, indo, indo, chegamos na minha cama...
- E o que aconteceu? - continuou Luna.
- Pára, Luna, deixa eu contar, foi emocionante, ok? - Gina falou séria, mas ninguém agüentou a cara dela e começou a rir novamente - Grr, esse foi o momento mais lindo da minha vida e vocês aí me zoando? Ok, pararam? Certo! Então... aí ele nem percebeu o que estava fazendo até ver que eu estava sem blusa!
- OOOOOOOOOOOOOOOH - fizeram as meninas. Gina sorriu.
- E então eu dei um risinho e ele entendeu, certo? O Harry não é burro nem idiota. Aí ele continuou, tirou minha saia, e...
- Tá, o resto a gente sabe, não empolga - advertiu Hermione - Ou pelo o menos eu sei.
- É, Mione, eu e a Jully ainda somos duas crianças! - disse Luna com cara de inocente.
Jully deu uma risadinha.
- Então quer dizer que somos só eu e a Luninha que estamos inocentes? - brincou, rindo abertamente - Precisamos nos adiantar, Lu.
- Não acho que seja a hora - respondeu Luna com toda sua dignidade.
- Pois é, o Blaise ultimamente tem ficado tão fofo comigo que eu estou levando muito a sério essa possibilidade - contou Jully um pouco corada - Ele já disse que não quer me forçar a nada, sabe... isso me deixa feliz.
Hermione baixou os olhos. De relance, viu uns dois fiozinhos finos cor de carne por baixo da porta. Cutucou Gina e mostrou. Gina deixou o queixo cair, e quando todas viram os fios, os garotos do outro lado perceberam o repentino silêncio...
- HEY! - gritou Jully de dentro do quarto, fez sinal para que elas continuassem a conversa, para que eles não desconfiassem e...
PAM!
Chutou a porta com o pé e se deparou com Blaise e Draco com cara de panacas, as Orelhas Extensíveis ainda penduradas.
- AHÁ! Eu sabia! - berrou Hermione lá do fundo, olhando reprovadora para o namorado - Draco, o que exatamente você ouviu? Se você ouviu a parte que eu falei do seu abdôme definido e dos seus braços fortes, eu juro que te...- Então a garota percebeu. Seu rosto ficou mais escarlate do que nunca jamais ficara em toda sua vida.
Draco e Blaise caíram na risada e correram para longe das garotas furiosas. Hermione recolheu as Orelhas Extensíveis, ainda vermelha.
- Será que elas não marcam o que a gente acabou de ouvir? - indagou Luna esperançosa.
- Não - respondeu Gina tristemente, conhecia muito bem os gêmeos e sabia que eles não fariam uma coisa que mostrasse a última audição.
Hermione arremessou as Orelhas na parede e sentou na cama.
- Ah, mas nós não falamos nada demais, falamos? - perguntou a Castanha incerta - Aposto como o Blaise vai tentar conversar sobre aquilo com você de novo, Jully.
- É, eu tenho certeza - concordou a amiga suspirando - Acho melhor nós lançarmos um Feitiço da Imperturbabilidade da próxima vez.
- Também acho - disse Gina, balançando a cascata de cabelos vermelhos - Ao menos o Harry não ouviu, e o Malfoy com certeza não vai correndo contar para ele sobre a nossa conversa. Eles mal se falam!
- Nem o Blaise, acho que vocês duas - Jully apontou para Luna e Gina - se salvaram.
As garotas riram. Ficaram mais alguns minutos conversando sobre coisas menos... impróprias e desceram para os jardins para aproveitar o fim de tarde. Não chovera, estava o mesmo tempo gostoso que durante a manhã. Mas a alegria de estarem sozinhas sem os namorados não durou muito. Antes que entrassem de volta para o castelo, às sete horas para o jantar, Harry apareceu.
- Gina! - chamou o Moreno avistando a namorada. Gina rolou os olhos, fingiu uma cara feliz e se virou para encarar ele - Oi, amor, como foi a conversa de vocês?
- Muuuuito boa - murmurou Jully, de modo que apenas Hermione a ouvisse. A garota riu.
- Foi legal, Harry - contou Gina sorridente. No fundo as outras sabiam o quanto ela prezava ficar o mais tempo possível com as amigas, sem deixar de amar Harry incondicionalmente (N/A: isso foi tão lindo, obra da Flávia =]) - Conversamos sobre tantas coisas!
- Tipo o quê? - perguntou Harry abraçando Gina por trás.
- Coisas de meninas - respondeu a Ruiva impaciente - Estávamos indo jantar agora mesmo, amor.
- Então vamos! - Harry agarrou a mão dela e saiu na frente. Ainda puderam ouvi-lo dizer algo como “senti tanta saudade da minha ruivinha”, antes que ficassem só Luna, Jully e Mione.
As três atravessaram o jardim lenta e preguiçosamente, papeando sobre... seus namorados. Hermione não podia de deixar de sorrir quando tocavam no assunto chamado Draco Malfoy, e se animava tanto com as conversas, que as amigas não conseguiam falar por muito tempo.
Numa dessas ocasiões, Luna berrou um “CHEGA DE MALFOY!” tão estridente, que Mione teve a impressão que ficara muda por um determinado tempo. Os tímpanos ainda zumbiam, o que serviu para que ela parasse de falar um pouco do Loiro, dando lugar à vários Blaises e Ronys no assunto. Enjoada de ouvir os mesmos nomes, despediu-se das garotas. Andou até o seu dormitório, pretendia trocar a roupa antes do jantar. Tomou um banho rápido, e ao sair do quarto se deparou com Draco segurando um buquê do que pareciam rosas vermelhas.
- Olá, princesa - cumprimentou ele, sorrindo galanteador - Trouxe algumas flores, ok?
- Ai ai ai, o que você quer, hein? - brincou Mione, arranjando um vaso muito grande para caber o ramo enorme de rosas - Ok, eu sei o quanto você é uma gracinha, não precisa ficar me trazendo flores como pedido de desculpas por ouvir nossa conversa - completou, convencida.
- Hey, eu não quero pedir desculpas! Foi bom, descobri algumas coisas - disse misterioso, lascando um beijo nela - Mas vamos jantar? Eu fiquei te esperando aqui, as suas amigas disseram que você veio pra cá.
- Certo, vamos.
- Err... o problema é... hum... - começou Draco coçando o queixo pensativo - O jantar já acabou.
O queixo de Hermione caiu.
- E vamos jantar COMO? - quis saber espantada com a capacidade que Draco tinha de ficar tão tranqüilo quando não tinham jantar.
- Assim - e, com um movimento rápido e particularmente complicado da varinha, apareceram uma mesa, cadeiras, velas e muita comida num canto do dormitório. Hermione nem se preocupou com sua surpresa, ela nunca teria pensado nisso - Vamos?
Só agora ela percebera como Draco estava trajando roupas mais sociais. Uma calça preta, camisa preta e um sapato... preto. Apesar de simples, estava bem elegante. Olhou para as próprias vestes - não combinavam. Pediu a ele para esperar, entrou no banheiro de blusinha e saia, e saiu com um vestido preto simples, mas bonito. Draco sorriu e puxou uma cadeira para ela sentar.
- Sabe, isso é muito romântico - comentou Hermione, se servindo de algo que parecia estranhamente com frutos do mar - Alguma ocasião especial?
- Não, apenas queria jantar com a minha namorada linda à sós - respondeu com simplicidade. Hermione corou - Relaxa, é só um jantar.
O quarto estava iluminado apenas pelas velas que estavam dentro de uma tacinha no centro da mesa e pela lua que estava cheia. As janelas estavam abertas, mas escondidas pelas cortinas finas que se moviam de acordo com a intensidade do vento.
- Mione... nós não estamos namorando oficialmente, estamos? - Hermione engasgou - Calma...
- Como não? - perguntou espantada, enxugando os lábios com o pano - Eu achei que...
- Eu acho que falta uma coisinha - Draco enfiou a mão no bolso da camisa e tirou uma caixinha vermelha em formato de coração de lá. Hermione sentiu a respiração dar uma falhada, por isso, bebeu mais um gole de água - Pegue - ele estendeu a caixinha, Hermione a apanhou.
Nunca imaginou que ele fosse capaz daquilo. Ainda mirou nos olhos dele (que sorria), antes que abrir a caixinha. Seus olhos se arregalaram com o que viu - uma aliança de ouro branco estava entre o veludo da caixa, uma pedra no seu centro. Retirou-a de dentro e reparou que, na parte interior da aliança tinha os seguintes dizeres: Draco Malfoy ♥ Hermione Granger. Sentiu que os olhos marejavam.
- Draco... você... você... - Draco sorriu - Aaah, é linda!
- Huum... eu sei - disse, convencido - Mas eu tenho uma também, olhe - Hermione viu a aliança no seu dedo.
- Você é, decididamente...
- Fofo - completou, mal-humorado. Hermione colocou a aliança no dedo - Certo... amanhã nós vamos a Hogsmeade?
- Claro que vamos! - respondeu Hermione, colocando uma colher de ensopado na boca logo em seguida.
- Promete?
- Prometo.
- Mesmo?
- É.
- Eu te amo.
- Eu também te amo.
Draco sorriu. Hermione encheu o prato de sopa de cebola pela segunda vez, Draco arregalou os olhos.
- Você está grávida? - perguntou ele, olhando-a divertido. Hermione engasgou com a sopa novamente.
- Nem brinca, claro que não - ela disse, meio desconcertada - Eu tomei a poção certa, ok?
- É bom, não gostaria de ser pai agora, embora seja uma idéia bem atraente - comentou malicioso. Hermione fez cara de espanto fingida e voltou a comer. Draco resolveu imitá-la. Começou a tomar sua sopa em silêncio, os olhos um tanto levantados para que pudesse vê-la.
Hermione sentiu uma corrente de arrepios percorrer seu corpo quando Draco a tocou com o pé por baixo da mesa, embora ele continuasse comendo como se nada estivesse acontecendo. Ele subiu o pé pela canela até chegar à coxa, onde, num ato-reflexo, Hermione enfiou a mão embaixo da mesa e baixou a perna do Loiro. Draco não fez objeção, pois minutos depois, voltou a fazer a mesma coisa.
A garota desistiu. Rolou os olhos, encheu a taça de vinho e virou num só gole. Repentinamente, Draco baixou a perna e a olhou espantado. Hermione sorriu; funcionara. Bebeu mais umas três taças de vinho até que Draco arremessou a garrafa pela janela, e o estrondo que ouviram, foi de que acertera a cabeça de alguém lá embaixo. Draco riu, conjurando uma cesta de balas, para diminuir o álcool no sangue da namorada, mesmo que vinho fosse fraco. Hermione chupou uma balinha. Draco apenas observava, ainda se servindo da comida.
O relógio de Draco marcava nove horas. O garoto se assustou com a pressa que o tempo passara e, ansioso para receber uma certa carta, se despediu da namorada normalmente e rumou para o seu dormitório, deixando Hermione meia intrigada.
Hermione fez um feitiço rápido para limpar toda a bagunça, trocou de roupa para uma camisola, no momento em que ouvia um pio de coruja no quarto ao lado. Vestiu o robe vermelho que estava jogado na cama, ainda desconfiada. Bateu na porta de Draco. Não houve resposta. Tentou abri-la, mas estava trancada. Hermione suspirou. O que estava acontecendo?
- Draco - ela experimentou, os ouvidos apurados a qualquer ruído - Draco, você está aí?
Ela ouviu mais um pio de coruja, e um “Ai” muito conhecido...
- Draco! - chamou mais alto, batendo na porta com insistência - DRACO, ABRE A MERDA DESSA PORTA!
Mais uma vez Hermione apurou os ouvidos, estava silencioso. Conseguiu ouvir bem de leve o que se parecia horrivelmente com um soluço, mas não desistiu. Draco pareceu despachar a coruja, pois logo em seguida o quarto ficou bem silencioso, exceto pelo barulho de gavetas se abrindo, e provavelmente de Draco se jogando na sua cama que rangeu.
- DRACO, ABRE ESSA PORTA AGORA! - mandou Hermione, sacando a varinha. Preparava-se para jogar um Alohomora, quando a porta se abriu e revelou um Draco bem acabadinho - O que estava acontecendo aqui?
- Nada, eu recebi uma coruja - respondeu displicente, escondendo um pergaminho na gaveta da sua escrivaninha.
- E precisava trancar a porta? - exigiu Hermione furiosa - Draco, você está muito estranho, sabia? Aconteceu alguma coisa, você quer me contar...?
- Não, Hermione, eu já disse que foi só uma carta, ok? - repetiu Draco irritado - Dá pra me deixar sozinho?
- Tudo bem - Hermione não o beijou, como costumava fazer. Virou as costas e entrou no próprio dormitório, pensando no estranho comportamento de Draco.
Não deu nem tempo do despertador fazer seu trabalho - acordar Hermione - porque esta acordou muito mais cedo que de costume. Ainda eram cinco horas quando ela entrou no banheiro para tomar seu banho. Continuava encucada com Draco, mas achou melhor esquecer um pouco o assunto. Colocou uma calça escura, uma blusa de mangas e uma jaqueta grossa por cima e sentou na cama, lendo algumas coisas que Draco lhe escrevera.
Só pra lembrar que eu te amo.
Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
Te amo, minha linda.
Merlin deve me amar, não acha, Mi?
Caramba, colocar uma garota perfeita como você
no meu caminho, ou Merlin realmente gosta de mim
ou eu tenho muita sorte!
Te amo amor.
Haviam muitas outras cartinhas mais ou menos assim, e a cada uma que lia, sorria levemente. Hermione se assustou com o despertador, que tocou no horário normal. Desligou-o com um murro e voltou a ler suas cartas, quando ouviu baterem na porta. Guardou tudo numa caixinha e jogou na gaveta do criado-mudo. Ajeitou os cabelos, antes de abrir.
- Oi Mione - Jully sorria, e vinha Gina atrás dela - Vamos tomar café?
- Por que toda essa companhia para me chamar pro café? - quis saber a Castanha, depois de calçar seu tênis velho, enquanto as três caminhavam até o Salão.
- Draco Malfoy - respondeu Gina.
- Quê?
- Ele nos disse que você estaria triste hoje, e você sabe por quê - disse Jully rapidamente.
- É, acho que sei - concordou, a lembrança da noite anterior vindo novamente à sua memória.
- Mas ele disse que Hogsmeade ainda está de pé.
Hermione teve um motivo para sorrir.
A garota quase não comeu direito, apenas uma colherada de mingau e algumas torradas no estômago, caminhou para o Saguão de Entrada. Uma multidão de alunos se reunia ali para irem à Hogsmeade, mas Draco não estava no meio deles. Resolveu que iria sozinha, já que o namorado não aparecera. Caminhou sozinha com as mãos no bolso, quando sentiu algo a puxando pelo braço.
- Draco! - ela gritou, abraçando - O que está acontecendo com você?
Draco a olhou penalizado. Não era a hora de contar, então, apenas beijou-a ternamente. Hermione correspondeu, sentindo-se completamente triste. Draco abraçou-a, de modo que ela ouvisse seu coração bater calmamente. O garoto enxugou uma lágrima que escorreu do seu olho, beijou o topo da cabeça de Hermione e a apertou mais contra seu corpo.
-Vamos, amor.
Ela foi levada por Draco até a saída do castelo, em direção à Hogsmeade. Durante todo o trajeto, não falaram nada, apenas pensaram. Hermione não soltou a mão dele um minuto, apenas quando para se sentarem na mesa do Três Vassouras. Draco pediu duas cervejas amanteigadas.
- Draco, lembra de quando você ouviu a minha conversa com as meninas? - perguntou Hermione bebendo um golinho da cerveja.
- Hum-hum, que que tem?
- O que você ouviu?
- Desde que a Weasley falava que o Potter... é... hum... empolga - Draco ganhou duas manchas rosadas nas bochechas ao dizer aquilo e para disfarçar tomou um pouco da sua cerveja.
Hermione riu.
- Ah, não foi tão grave assim.
- É, você disse que eu empolgo também, desde quando?
- Desde sempre, uai! Você sempre tá muuito animado pro meu gosto, Draco.
- Não, não, não estou não. Digo, estou, mas não... nesse sentido - explicou Draco, observando Hermione beber grandes goles da sua bebida - Ah, mas depende também, você me provoca às vezes.
- Eu?! - questionou ela indignada, a voz aguda - Como eu? VOCÊ que adora me... deixar com fogo.
- Não, é ao contrário. Quem gosta de alguma coisa aqui...
- Draco - disse Hermione em tom de aviso, vendo várias pessoas ao lado os olharem.
-... ou que gosta de ver alguma coisa...
- Draco! - tornou Hermione, cada vez mais corada.
-... é você - terminou o Loiro, bebendo cerveja calmamente. As pessoas fizeram grandes “Ooooh’s” ao comentário dele, e Hermione ficou vermelha.
- Olha as coisas que você fala, Malfoy! - repreendeu-o, no que ele cuspiu cerveja ao ouvir seu sobrenome pronunciado por ela.
O pessoal que acompanhava a conversa deles riram, apontando.
- Querida, é... - Hermione bufou, jogou algumas moedas na mesa e saiu do bar.
- Ah, que idiota, ele fica falando mentira, esse pessoal aí é tudo fofoqueiro, daqui a alguns dias todo mundo vai ficar sabendo de coisas IRREAIS! - Hermione disse, falando sozinha. Andou pisando duro, até encontrar um banco vago em frente à Dervixes & Bangüês.
Não estava realmente preocupada com o que as pessoas iriam dizer, mas sim com Draco. Ele não era mais o mesmo, parecia... parecia, não, ela tinha certeza que ele estava lhe escondendo alguma coisa, só que nas atuais circunstâncias era bem difícil tentar saber o que. Não sabia... não fazia nem idéia do que poderia ser. Uma garota? Problemas de família? Falta de amizade com alguém, ou... algum problema mais sério com ele? Hermione arrepiou-se inteira só de pensar que Draco podia estar doente ou com alguma coisa séria.
Enquanto pensava nas possibilidades, viu o namorado se aproximar. Não levantou o rosto; conhecia muito bem os sapatos. Draco sentou ao seu lado.
- Eu não pretendia fazer aquilo - disse ele, olhando o horizonte por trás das lojas.
- Não é isso - respondeu Hermione, chateada - Eu não estou preocupada com o que as pessoas vão pensar de mim, elas não vão espalhar, sabiam que era brincadeira, isso não importa - ela respirou fundo, mas não terminou.
- E o que é? - perguntou Draco, após alguns minutos de silêncio entre eles - Você está com algum problema?
- Você - Draco arregalou os olhos.
- Como?
- Você está me deixando preocupada, Draco. O que você ‘tá me escondendo? - atirou ela, ainda sem levantar o rosto, mas falando muito claramente.
- Ok, eu confesso que estou te escondendo uma coisa, sim. Só que é impossível falar sobre isso agora.
- O quê?!
- Hermione, você precisa entender - Draco tentou, desesperado - É algo realmente sério e não posso sair por aí falando isso para as pessoas, mesmo que seja para você!
- Ah, então quer dizer que é falta de confiança que não te deixa dizer o que é? ISSO é sério!
- Eu já falei, a coisa é muito séria, questão de vida ou morte, eu não posso falar sobre isso com ninguém.
- Então tá. Não fale, mas dpeois não venha também me pedir consolo - Hermione levantou do banco furiosa, e quando ia começar a caminhar, Draco segurou o seu braço - Me solta!
- Por favor. Eu juro que se eu pudesse... mas eu não tenho certeza, Hermione - suplicou Draco. Hermione ficou um tanto mexida, mas se ele não confiava o suficiente nela, não poderia continuar perdoando ele por tudo que fazia.
- Eu definitivamente não quero mais saber, o problema é seu e...
- É que ela me fez jurar, eu não...
- Ela? Ela? - repetiu Hermione mais furiosa ainda. Então tinha garotas no meio da história - Ótimo Draco, se tem alguma garota metida nisso, é melhor você me falar dela agora, porque eu não vou aturar traição como a...
- Não é garota, Hermione! É a minha mãe! - Draco despejou, levantando do banco sem soltá-la - É a minha mãe.
A garota engoliu em seco. Se soubesse não teria sido tão estúpida com ele daquela forma, custava ele ter lhe dito antes?
- O que aconteceu?
- É o máximo que eu posso falar - Draco soltou o braço dela e rumou para dentro do castelo, deixando uma Hermione cheia de pensamentos na cabeça.
Ela assistiu Draco entrar pelo Saguão de Entrada, discutir com Filch para deixá-lo passar e desaparecer pela porta. Sentiu uma pontada no peito, sinal de que não devia ter forçado ele a dizer nada. Mione não esperou nem Harry, nem Rony, Jully ou Gina para sair de Hogsmeade. Teve a mesma discussão com Filch para entrar - o zelador alegava que Minerva não tinha lhe dado autorização - embora no fim tivesse conseguido. Resolveu dar uma chegada nas masmorras, talvez Draco não chegara ainda. Correu como nunca correra na vida, com o castelo vazio era muito mais fácil passar pelos corredores. Não tinha nem a sombra de Malfoy nas masmorras, e o segundo lugar que lhe veio à mente foi seu dormitório.
Dessa vez não correu, apenas andou depressinha. Estava no quinto andar quando ouviu alguém chamá-la. Parou de chofre, colidindo com esse alguém. Hermione levantou a cabeça.
- Draco, eu estava te procurando - disse, um pouco evergonhada pela sua atitude anterior em Hogsmeade - Olha, eu juro que não foi minha intenção falar aquelas coisas para você, mas eu fiquei bastante nervosa, porque... ah, porque você não me falou nada, sabe, então...
- É, eu sei - Draco tinha a voz rouca - Mas eu não sabia que você confiava tão pouco em mim.
- Não tem nada haver com confiança. Eu fiquei irritada, só isso. Eu confio em você, Draco, não é por causa disso - mas Draco permaneceu instável - Olha, eu já te falei: eu fiquei nervosa, porque quem parecia não confiar em alguém era você, ok? Poxa, eu sempre soube dos seus problemas, você sempre me disse, então eu pensei por que dessa vez eu não fiquei sabendo? E, além do mais, você fez mistério demais comigo.
- Sério? - perguntou Draco sarcástico, um sorrisinho debochado no rosto - Ora, Hermione, se eu disse que não podia contar, por que diabos você não ficou quieta e esperou o momento certo? Eu ia te contar sobre isso de qualquer forma, mas não era a hora, eu já repeti isso umas cinco ou seis vezes! Te juro que se eu tivesse certeza de toda a história, eu iria te contar tudo. Mas eu próprio não sei de quase nada.
- Tá bom, Draco - o garoto percebeu um quê de ironia na voz de Hermione - Eu só não entendo por que de você não ter me contado isso antes...
- Hermione! - exclamou Draco socando a parede fria com raiva - Eu-não-podia-contar!
- Eu sei que você não podia, só que... poxa, eu sempre te conto as minhas coisas. Até quando eu não podi...
- VOCÊ ME CONTA PORQUE VOCÊ QUER! EU NÃO TE PEÇO PARA CONTAR NADA, EU TENHO QUE ATURAR VOCÊ FALANDO DOS SEUS PROBLEMAS, PORQUE VOCÊ QUER CONTAR! NÃO ESTOU RECLAMANDO, EU...
- ENTÃO QUER DIZER QUE VOCÊ TEM QUE ATURAR AS MINHAS BESTEIRAS, CERTO? POIS FIQUE SABENDO QUE EU NÃO ME IMPORTO DE ATURAR AS SUAS, DRACO! PELO CONTRÁRIO, MESMO QUE VOCÊ ACHE RIDÍCULO EU TE CONTAR MINHAS COISAS, EU GOSTO DE SABER DAS SUAS, PRA TE AJUDAR! VOCÊ É ORGULHOSO DEMAIS, DRACO, O SEU MAIOR DEFEITO É ESSE!
- MAS QUE MERDA! - Draco explodiu de vez, estava vermelho, o que não acontecia com freqüência - EU NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO, SABIA QUE NÃO É FÁCIL? É UM PROBLEMA GRAVE, HERMIONE, NÃO É UM PROBLEMINHA BESTA DE NOTAS NA PROVA QUE ACHA QUE FOI MAL, NÃO É UMA DETENÇÃO QUE PODE RECEBER DO FILCH, NÃO É UMA COISA RIDÍCULA DE TRABALHO, MUITO MENOS DE ESCOLA! É UMA COISA GRAVE, QUE...
- CHEGA! - berrou Hermione batendo o pé. Draco se calou, nunca a vira tão nervosa - Chega, Draco, eu não agüento mais brigar com você - e, sem aviso, pulou no pescoço de Draco e o beijou. De início, ele ficou um pouco desconcertado, mas depois correspondeu com a mesma intensidade, repousando as mãos na cintura fina dela. Era impressionante o modo como ela tinha o poder de acalmá-lo, as mãos delicadas acariciando sua nuca e bagunçando seus cabelos.
Hermione percebeu que precisava fazer aquilo. Sentiu-se imediatamente aquecida e protegida ao contato de lábios com Draco, sabia que ele proporcionaria aquela sensação maravilhosa. Prolongou o beijo por vários minutos, até sentir grande necessidade de oxigênio. Meio a contragosto, encerrou o beijo calmamente, desejando que aquele tempo fosse curto. Draco sorriu, já recuperando sua coloração pálida. Sentia-se completamente calmo agora, ainda unido com Hermione.
- Obrigada - ela disse, passando a mão no rosto dele - Você sabe que faz isso comigo.
- Claro que eu sei - Draco a puxou para mais um beijo, rápido mas satisfatório.
- Tá todo mundo em Hogsmeade - comentou ela um tanto chateada por ter saído tão cedo da vila - E tá todo mundo sem você - completou, sob o olhar reprovador de Draco.
- Melhorou.
Draco conduziu Hermione até o seu dormitório, esquecidos da briga, ou melhor, das brigas anteriores. Hermione sentou na cama macia do quarto de Draco e se espalhou por ela. Não imaginava, porém, que Draco iria fazer o mesmo... em cima dela.
- Ai! - exclamou Hermione - Sai de cima de mim, seu gigante - reclamou, batendo com os punhos no peito do namorado.
- Hum... é tão confortável assim - sussurrou ao pé do ouvido dela - Mas já que a srta. Perfeição-Granger quer... - e desabou ao lado da garota.
Hermione sentiu uma pontinha de remorso por tê-lo tirado de cima dela [N/A: a frase ficou estranha não achaam? Oo’], mas aproveitou para inverter a situação.
- Ah, então agora é assim? - Draco segurou Hermione pelos ombros e a puxou para baixo, na intenção de beijá-la.
- Draco - ela interrompeu, apoiando as mãos no peitoral dele -, você tem que me pagar.
- Quê?! - ele a olhou espantada - Tô te devendo alguma coisa, fizemos alguma aposta?
- Não idiota, é outra coisa.
- Merlin...
- É, você tem que acertar uma conta muito extensa comigo - Hermione disse, e, na visão de Draco, parecia uma bêbada.
- Hum... qual? - indagou Draco ainda espantado.
- Por eu - ela beijou os olhos de Draco - ter arrumado - beijou o pescoço, subindo em direção aos lábios e parando a três centímetros deles - o seu chuveiro.
O queixo de Draco caiu, Hermione sorriu marotamente.
- Você tava falando sério quando disse da... recompensa? - Draco perguntou, olhando ela abobalhado. Hermione concordou com a cabeça - Ah, mas então é pra já!
A última coisa que Hermione viu (e com muito gosto) foi um sorrisinho cínico (típico) estampado no rosto (perfeito) antes de ser beijada ferozmente pelo que parecia ser um... sei lá o quê de tanta animação. Toda a conversa que tivera com as meninas sobre animação de garotos se confirmou quando Draco a beijou.
Hermione arranhou a nuca de Draco de leve, mas o suficiente para que ele se arrepiasse e desabotoasse a própria blusa.
- Ei, ei, ei seu doido - repreendeu-o Hermione - Larga de ser apressado, vai ser tudo por partes - Hermione voltou a beijá-lo.
Agora estavam sentados, Hermione no colo dele, as pernas em volta do corpo definido do namorado. Draco tinha as mãos nas costas dela, e talvez... hum, às vezes descia um pouquinho. A garota baixou as mãos para os braços (óbvio) dele, apertando-os com tanta força que pôde ter certeza que iriam ficar marcas das unhas dela gravadas ali por um bom tempo, mas Draco gostava daquilo, e respondeu pressionando-a mais contra seu corpo na intenção de deixá-los mais próximos.
Logo, a camisa de Draco fora arrancada, jogada no chão, junto aos sapatos. Hermione tinha apenas desabotoado sua blusa, de modo que o Loiro pudesse beijar seu colo. Ela passeou o abdômen de Draco com a mão direita, enquanto arranhava suas costas com a esquerda. O clima estava visivelmente esquentando, porquem em questão de minutos, Hermione também estava sem blusa, deitada novamente sobre Draco, que segurava sua cintura, receoso de que ela escapasse. A mão dele estava indo em direção ao fecho da saia da garota, quando ouviram a porta ser escancarada brutalmente.
- Hermione, sabe o que acont... - Hermione e Draco imediatamente se cobriram com os lençóis bagunçados da cama, ao verem Jully parada à porta - Ah... desculpem - ela pareceu absolutamente envergonhada, mas não deixou o quarto - Mione, eu preciso te contar!
A Castanha bufou.
- Quê?
- Depois daquela conversa lá que o Blaise ouviu... a gente resolveu dar uma festinha!
- Uau - disse Hermione sem entusiasmo, mas Jully pareceu achar super animador.
- Aí ele me falou que íamos acertar algumas continhas, pelo tempo separados.
- Então quer dizer que hoje é o dia para acertarmos as contas? - brincou Draco, Jully o olhou com cara de dúvida - Porque eu e a Mione estamos, ou pelo menos estávamos, antes de sermos interrompidos. Pensei que estavam em Hogsmeade!
- Pois é, resolvemos voltar para acertarmos essas continhas - continuou a amiga inocentemente - E aí vocês já sabem o que aconteceu - nessa parte ela corou como Hermione nunca vira antes.
- Parabéns, você não é mais uma bebezinha que...
- Hermione! Nós não fomos para a cama - explicou Jully. Hermione soltou um pequeno “ah”, e ouviu o resto - A festinha particular foi bem animada, e resolvemos que hoje à noite vai ser essa parte que você disse.
- Que bom, da mesma maneira já não é mais uma bebezinha que...
- Mas nem sei se eu vou estar viva e... - Jully deixou o quarto sem nem fechar a porta, esfregando as mãos, falando sozinha. Draco girou os olhos e levantou. Hermione o acompanhou com o olhar boquiaberta, e quando ouviu a porta ser trancanda, continuou seguindo ele com os olhos. Draco percebeu, e parou de repente no meio do quarto.
- Que foi?
- Você é louco?! E se passa uma tarada e te agarra aí?
- Não seja ridícula, a única tarada da qual eu gosto e apóio as agarradas é você - disse ele, maroto. Hermione mordeu o lábio inferior, impassível - Ah, vamos!
A garota respirou fundo.
- Certo, então se eu te agarrar agora você não vai me repreender? - perguntou ela, o olhar sedutoramente irresistível [N/A: uii].
- Claro que não.
E com essa resposta, Hermione saltou da cama e pulou no colo de Draco, as pernas em volta da cintura dele, os braços agarrando seu pescoço.
- Eu disse que não me importaria - Draco segurava Hermione pela cintura, e caminhou até a cama. Jogou-a lá, sem nem avisar. Hermione balançou a cabeça afirmativamente, sorrindo.
- Onde estávamos mesmo? - a Castanha deu uma rasteira em Draco, de modo que ele caísse por cima dela na cama - Isso foi divertido.
- Vai ficar mais divertido... - Draco deu um beijou no pescoço de Hermione -... agora.
N/A: AAEE ! :D
Antees de mais nada, antes que me matem: a proxiima fic vai sair só depois que eu terminar MdP (embora eu já tenha o prólogo aquii quase pronto *-*), e der um tempo para os meus dedinhos descansarem ;D
Os comentários vão ser os mesmos que eu postei na prévia que eu tô com um pouco de pressa e preciso dar uns avisos ainda pra voces *-*
JuH FeLtoN (siim, estamos juntas na fic, eiin JuH ? hsuahsuahs, te adoro xuxu)
Glau :D (tô viva ainda, relaxa, e NÃAO viaja, pliis, não nos deeixe sós na escuridão Oo’)
Aninhaa xD (DESCUULPA, o nome Kevin me veio do nada na cabeçaa)
Kary Love (valeeu, prometo que prox fic vai ser bem legal sim)
Melissa (certo, a fic vai ser D/Hr, eu num ia aguentar escrever outro ship mesmo)
*snowqueen* (é, a pansy deve tá fazendo um concurso mesmo ! shuahsuahusha)
Lorena Malfoy (é, eu tmb gosto de fics adolescentes, valeu pelo apoio e att sua fic !)
Gabih Potter Granger!* (morre não, pliis? hsuahsuahus)
Anna-Chan Otaku (obrigada pelos elogios, amo suas fics!)
Teresa (a musica é Just Words, o link é esse < http://letras.terra.com.br/lifehouse/322746/ >)
Lily Black. ♥ ×)~ (eu ia te matar se voce morresse, sakoo? =) subrinha que eu mais amoo ♥)
Desculpem, sinceramente, por qualquer erro de ortografia nesse capitulo ok? Foi bem simples, mas eu gostei dele, teve um pouco de brigas... aliás esses dois praticamente SÓ brigaram no cap 18, mas teve direito à um pouquinho de mistério e de romance née?
Aviiso aos navegantes: o prox cap pode demorar mais que esse, ou nãao ! E mais: ele vai ter mais partes do Draco que da Mione, voces vão entender quando eu postar *-*
È só isso ok? Desculpem a N/A pequena, mas eu já falei da pressa "/
Prometo que quando der falo mais detalhes do prox cap ok?
Beijoos :**
ps.: falta mais um cap e o epilogo pra MdP acabaar Oo' eu vou morreeeer!
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