O favor de Hermione
Cap. 7 – O favor de Hermione
- Mas que absurdo Hermione! – Gina repreendia a amiga, depois de Hermione contar à Ruiva sobre o beijo – E você ainda resolveu inventar que estão namorando! Merlim!
- Ah, Gina, primeiro que quem inventou isso, foi o Draco – justificou Hermione, sentando para tomar café – Eu não tenho culpa se a coisa loira disse pra Parkinson que a gente tá namorando, tenho?
- Não, mas... ah, não sei, não, Mi – continuou Gina, comendo uma torrada. Harry observava a discussão das garotas, embora não entendesse nada, já que as amigas falavam quase sussurrando. Rony estava com Luna, na mesa da Cornival, enquanto Jully tomava seu suco tranqüilamente, já que sabia da história inteira – Vai que não dá certo entre vocês? – infelizmente, Gina falou essa parte alto demais, e Harry ouviu. Engasgou-se com o bolo de cenoura que comia e perguntou:
- Você tá namorando, Mione?
- Gina... eu juro que qualquer dia eu te mato – falou Hermione, pelo canto da boca, e voltou-se para Harry, sorrindo – Olha, Harry, isso podemos conversar depois, ok? Eu não ando muito a fim de falar nisso... é um assunto meio particular, meio delicado...
- Delicado? – zombou Harry, levantando as sobrancelhas. Gina deu uma risada afabada – Então... quem é o futuro namorado da Hermione?
- Harry, eu já disse que não quero falar disso agora, e principalmente aqui. Depois nós conversamos, pode ser?
- Claro! – disse Harry, feliz e tomou um gole de suco. Assim que Gina se dispersou com as corujas que chegavam, o Moreno completou em voz baixa, para que só Hermione ouvisse – Mas eu quero saber da história inteira.
Hermione rolou os olhos, e assim que ia começar a comer seu pão, uma coruja preta parou em cima do seu copo de suco. Era a mesma coruja do dia em que recebera o bilhete para encontrar-se com Malfoy ( essa recordação, fez a garota sentir tremenda raiva da Parkinson ). Perguntou-se, por um momento, se a coruja seria de Pansy ou de Draco. Resolveu, então, arriscar um olhar para a mesa da Sonserina.
Draco olhava a garota significativamente, e esta lhe lançou um olhar indagador, apontando para a coruja; Draco fez um gesto positivo com a cabeça, e Hermione pegou a carta da coruja. Deu mais uma olhada para Malfoy, que agora, conversava e ria com Blaise.
Menina complicada você, não?
Mas é sério, a gente precisa conversar.
Você sabe muito bem de quê, por isso, nem vou mencionar.
Me encontre no mesmo lugar... de ontem.
Não esqueça, eu não tenho paciência com atrasos... e nem você.
Draco Malfoy.
Ps.: antes que você me pergunte, sim, o encontro é hoje.
Draco encerrava a carta com uma caretinha de dois pontos e um parêntese [N/A: :) – essa caretinha], o que Hermione entendeu ser uma maneira para... aah, descontrair a carta, que, na opinião da garota, estava muito formal.
- Gina, você tem uma pena? – pediu Hermione, dando uma migalha de pão à coruja, que ainda bebericou o suco de laranja – Gina?
- Ah, tenho! – respondeu a Ruiva, entregando uma pena da mesma cor de seus cabelos.
- Obrigada.
Ah, você é um amor, sabia, Malfoy?
Não precisava falar que o encontro era hoje!
E, tudo bem, talvez eu vá sim.
Se eu aparecer, é porque eu fui.
Caso contrário... eu não fui!
Não enche mais meu saco até de noite!
Hermione Granger.
Ela amarrou a carta na perna da coruja e esta levantou vôo, espalhando migalha de pão pela mesa toda.
- Isso que é uma coruja agradecida. Parece muito com o dono – reclamou Hermione, para ela mesma. Devolveu a pena de Gina, e levantou da mesa – Jully, vamos?
- Onde? – perguntou a outra, sonsamente. Tinha o olhar fixo na mesa da Sonserina, e Hermione sabia muito bem em quem. Blaise conversava ainda com Draco, e simplesmente jogou seu cabelo para trás, quando este caiu nos seus olhos. Jully deixou escapar um longo suspiro, e, em seguida, Blaise virou-se e encarou a garota, que corou furiosamente. Draco, por outro lado, olhou para Hermione, que lhe lançou um olhar mortal, e o Loiro, cinicamente, soprou um beijo no ar para ela. Se não fosse Gina, interrompendo o contato visual de Jully e Blaise, os dois continuaram se encarando – Ai, Gina, assim você me mata do coração! – Jully desviou o olhar para Gina – Que foi?
- As aulas começam em cinco minutos – avisou a Ruiva, rindo – Tudo bem, eu entendo – baixou a voz ligeiramente – Você tem bom gosto; o Zabini é um gato! – e saiu de mãos dadas com Harry.
Jully ia retrucar, mas Gina já estava longe. Hermione, porém, não desviou os olhos dos de Draco.
- Vamos, Hermione – chamou Jully, levantando-se do banco – Anda, tira os olhos do Malfoy, garota!
- Quê? Ah, é – Hermione recuperou-se do transe – Aula, é verdade.
As duas saíram juntas do Salão, deixando Draco e Blaise com cara de idiotas.
×______×
- Draco, vamos logo – apressou Blaise, assim que Jully saiu do Salão – Ok, a Hermione já foi, não tem mais ninguém na mesa, olha – Blaise apontou para a mesa da Grifinória, mas Draco mantinha o olhar fixo no mesmo lugar – DRACO, ACORDA!
- Que foi, Blaise, onde é o incêndio? – perguntou Draco displicente.
- Vamos para a aula, Draco. Esqueceu que hoje é terça-feira, e não sexta?
- Sexta... podia ser, temos o dia inteiro livre! – suspirou o Loiro, levantando-se. Pôs a bolsa preta no ombro, e continuou – Eu teria um dia livre com a minha namorada...
Blaise soltou uma gargalhada. Draco olhou-o com indignação, e o amigo respondeu:
- Vocês não estão mais fingindo? – Blaise enxugava os olhos, de tanto rir – Eu achei...
- Claro que estamos! – alterou-se Draco, dando um soco de leve no braço de Blaise – O que eu falei?
- “ Eu teria um dia livre com a minha namorada “ – imitou Blaise perfeitamente – Eu falei, Draco, você tá apaixonado pela Hermione. E o pior: está tão apaixonado, que nem se lembra que o namoro de vocês é fingimento.
Draco simplesmente ficou sem resposta. Continuou andando, carrancudo, sem querer falar com Blaise. Estava no meio do caminho, quando sua coruja veio trazendo um pergaminho na perna.
- Ei, por quê você está me entregando a essa hora [N/A: alguéem tem uma idéeia pra dar um nome pra coruja do Draaco ??! PRECISO URGENTEMEENTE DE UM NOME PRA EELA ! ] uma carta? – o Loiro pegou o pergaminho, e leu a carta de Hermione – Ah, tá. Pode ir, vai – ele esticou o braço, tirando a coruja deste.
×______×
Todos achavam bem estranho que Hermione não respondera a nenhuma pergunta feita em nenhuma aula. Permanecia quieta, rabiscando um pergaminho e desenhando coraçõezinhos, e, às vezes, fazia algumas anotações, o que deixou Harry e Rony perdidos na aula. Jully ainda anotava alguma coisa, já que era quase tão estudiosa quanto Hermione.
No final da manhã, Hermione resolveu não aparecer para o almoço; em lugar disso, daria uma passada na sala comunal e descansaria um pouco.
- Jully, eu não vou almoçar – avisou Hermione a amiga – Quando der o sinal, me chama que eu vou tá na sala comunal, ok?
- Tudo bem, mas você tá com algum problema? – quis saber a amiga, sorrindo.
- Não, Jully... depois a gente conversa disso.
Hermione chegou à sala comunal exausta, apesar de não ter andado muito. Deitou no primeiro sofá que viu, e adormeceu.
- Merlim, Jully, me acode! – gritou Hermione, com a varinha na mão; estava desesperada – Eu... não acredito!
- Que foi? – perguntou Jully – O que aconteceu?
- Eu e o Malfoy, a gente... a gente...
- Vocês...? – incentivou a garota, gesticulando com as mãos.
- A gente fez! – gritou mais uma vez Hermione.
Jully pôs as mãos na boca.
- Vocês fizeram? Merlim, Hermione! E daí?
- Eu não tomei a poção!
- E você fez o exame? – perguntou a amiga, ansiosa.
- Fiz, agora! – respondeu Hermione, sacudindo a varinha.
- E então?
- Eu... deu positivo! – disse a garota, chorando compulsivamente – O Draco não vai assumir a criança, tenho certeza... ele se aproveitou de mim, Jully!
- Calma, Mione – consolou a outra – Conversa com ele...
[...]
- Sim, grávida! De você, loiro aguado! – gritava Hermione para Draco.
- De mim? – o Loiro tinha os olhos molhados – Aaaah, eu vou ser pai!
- O quê?
- Eu vou ser pai, Hermione! – e beijou a garota, rodando-a no ar – A gente vai ser uma família feliz, um monte de filhos, já até começamos!
- Quem é você?
- Quem sou eu?
- Sim...
- Eu sou aquele que vai te...
Hermione acordou assustada, suando à beça.
- Merlim, foi um sonho? – ela pôs a mão na cabeça – Ah, foi... deve ter sido... eu não fiz nada com o Malfoy... é... um sonho – e mais uma vez caiu no sono.
Jully entrou na sala comunal, nesse exato momento.
- HERMIONE, ACORDA! – chamou a amiga, de uma forma bem agradável de ser acordada – VAMOS, A AULA DE HISTÓRIA DA MAGIA COMEÇA EM CINCO MINUTOS E VOCÊ TÁ AÍ DORMINDO COMO UMA PEDRA, ACOORDA!
A Castanha abriu os olhos, entediada. Pegou sua bolsa e arremessou em Jully, que não a acertou por pouco.
- ENLOUQUECEU, FOI, HERMIONE? QUER ME MATAR? – gritou Jully, enquanto Hermione bocejava e recolhia sua bolsa – TÔ AQUI LOUCA PRA TE CONTAR UMA COISA, E VOCÊ DORMINDO!
- Ai, Jully, não enche, de novo – pediu Hermione, arrumando o cabelo com um feitiço simples, para deixá-los lisos. Prendeu-os num rabo-de-cavalo alto e resolveu que ia passar um gloss – O que você queria me contar?
- Nossa, você não vai acreditar, olha as minhas mãos – ela esticou as mãos, que tremiam loucamente – Viu?
- É isso? – zombou Hermione, ligeiramente desapontada – Suas mãos?
- Não, sua boba. Foi o Blaise!
- Que foi que ele fez?
- É que tipo... a gente estava conversando, eu, a Gi e o Harry. Aí o Blaise veio e pediu pra conversar comigo, e eu fui. Então... foi isso!
- E você ficou alvoroçada por causa disso?
- NÃÃO, Hermione! Será se dá pra esperar? – a amiga concordou – Ótimo! Então, ele pediu pra ficar comigo – Hermione abriu a boca – e eu disse que ia pensar.
- JULLY CLEESE VOCÊ PIROU? – Hermione estava em pé, indignada com a amiga. Como ela disse para Blaise Zabini que ia pensar se ia ou não ficar com ele? – Por quê você não disse que sim?
- Então, esse é o problema – falou Jully – Hoje o Thom veio me procurar. Disse que estava arrependido de ter terminado comigo, e que descobriu que gosta de mim. Eu não acreditei, lógico, mas fiquei meia... dividida.
- Dividida entre o Thom e o Blaise? Tem dó, Jully! O Blaise pode ser meu amigo, mas a Gina tem razão: ele é um g-a-t-o! Agora, o Thom é tãão sem sal! Não tem nada... só um rosto bonito. Além de ser uma mala, concorda? – disse Mione, apressada – Eu se fosse você, filha, largava o Thom de vez e ficava com o Blaise.
- É, mais um problema! – exclamou Jully – O pior é que eu não disse se ia ou não ficar com o Blaise, mas... é que eu acho que dei esperanças pra ele...
- Por quê? Você não disse que ia pensar?
- Disse, disse, mas é que depois a gente se beijou, sabe...
O queixo de Hermione caiu mais ainda.
- E você ainda quer pensar?! – indignou-se a garota, furiosa – Merlim, Jully, você é uma tola!
- Não... é que o Thom, ele ainda mexe comigo, eu acho que ainda gosto muito dele, Mi. Esse é o problema, eu não vou conseguir ficar com o Blaise, pensando no Thom, entende?
- Entendo, mas a melhor forma de se esquecer alguém, é justamente tentando alguma coisa com outra pessoa. E eu tenho certeza absoluta que você e o Blaise ainda vão namorar sim.
- Não sonha, Hermione. Eu posso até ficar com ele, mas namorar... acho que... nem rola.
- Calma, Jully, é que você ainda gosta muito do Thom, não é? – perguntou a amiga, sorrindo.
- Não é questão de gostar dele, é que... ele ainda mexe comigo.
- Então, Jully, é a mesma coisa! Mas deixa isso pra lá, vamos logo, História da Magia.
Até Hermione era obrigada a confessar que História da Magia, daquela terça-feira, estava enchendo o saco. Ela só não dormia na sala, por precaução. Trocava bilhetes entediados com Jully, Harry e Rony.
Eu juro que um dia mato esse cara, Rony mandou um bilhete para Hermione e Jully, que caíram na gargalhada ao lerem.
Ele já não está morto?, brincou Jully.
Sim, mas quero... me complicou, Jully, mais uma vez, as garotas riram. Harry já estava com a cabeça enterrada nos braços fazia tempo.
- Vou inventar uma dor de barriga – disse Hermione – Cadê os kits mata-aula dos gêmeos? Quando eu mais preciso, ele somem, são confiscados ou então evaporam misteriosamente.
Jully riu, deixando o professor mais furioso e descontando dez pontos da Grifinória.
- Merlim, confesso que essa aula foi tediosa – bocejou Hermione, enquanto caminhavam para a sala comunal – Ocupou metade da tarde!
- O resto é livre? – perguntou Jully esperançosa.
- É, acho que sim.
Jully sorriu e foi para fora da sala, deixando Hermione com Harry e Rony.
- Quanto tempo não ficamos só nós três, né? – falou Harry.
- É verdade, sempre temos alguém – concordou Rony, alegre.
- Vamos... não sei, fazer alguma coisa? – sugeriu Hermione.
- Tive uma idéia! Vamos visitar os elfos na cozinha – disse Harry, e Rony concordou – Faz tempo que não vejo o Dobby e também tem a Winky.
- Boa, Harry – aprovou Hermione, sorrindo.
E, como nos velhos tempos, saíram Rony Weasley, Harry Potter e Hermione Granger pelos corredores de Hogwarts, conversando alegres, rindo e relembrando histórias.
Era bom reviver algumas coisas, pensou Hermione, lembrar de casos que só os três sabiam...
- Harry Potter, meu senhor! – Dobby ficara imensamente feliz, quando os três chegaram na cozinha, sorridentes – Dobby estava se perguntando quando o senhor, senhor Harry Potter viria visitá-lo.
- Estamos aqui, Dobby – cumprimentou Rony, rindo – Então, feliz?
- Muito, meu senhor, muito feliz! – afirmou Dobby, virando-se para Hermione.
- Tudo bem, Dobby? Tem trabalhado muito? – perguntou a garota; desistira do F.A.L.E, convencida de que os elfos realmente gostavam de trabalharem.
- Sim, minha senhora, tem tido muito trabalho para o Dobby, minha senhora!
- E como vai a Winky, Dobby? – lembrou Harry – Ainda depressiva?
- Não, Harry Potter, meu senhor, Winky recebeu cuidados de Dobby e está melhor, veja lá – a elfa cozinhava no fogão cantando; as vestes totalmente limpas e em comparação à última vez que a vira, Harry podia considerá-la saudável.
- Então, Dobby, tem algo para a gente comer? – Rony quis saber, olhando por cima do ombro do elfo – Tortinhas, pudins...?
- Ronald, não faça isso! – sussurrou Hermione – Não perde mesmo essa mania, não é?
- Ué...
- Aqui, meu senhor – Dobby vinha com uma bandeja cheia de doces, tortas, suco, pudins e pãezinhos salgados - Dobby pediu especialmente para os senhores.
- Ah, isso que é vida boa [N/A: viida boa, sapo caiu na lagooa, HauHUAhUahuHAuA, idéeia da Flaaviia !], não é? – falou Rony, comendo os pãezinhos.
Os três ainda ficaram um pouco conversando com Dobby, Winky e alguns outros elfos, até Harry informar que seu relógio já marcava cinco e meia. Dobby sentiu muito que os garotos fossem sair, mas pediu que voltassem mais vezes.
- Nossa, que tarde... – murmurou Hermione – História da Magia, cozinha com os elfos... Merlim!
- Concordo – bocejou Harry – A Gina deve estar me procurando.
Dito e feito; assim que entraram na sala comunal, Gina lançou um feio olhar ao namorado, que explicou a situação, derretendo Gina em lágrimas. Hermione observou a amiga chorar, e percebeu um movimento de lábios dizendo claramente “TPM”.
- Hermione! – alguém chamou a Castanha; sem dúvida Jully – Hermione, pronto, resolvi meu problema! Um deles...
- Sério, qual?
- O do Thom. Eu conversei com ele, e deixei bem claro que não gostava mais dele, e que eu queria ficar com o Blaise, sem nenhuma pressão. Ele de início, ficou meio chateado, mas depois... – Jully respirou fundo e disse – ele me deu um beijo, dizendo que era o último.
- Ai, Jully e você?
- Eu nada, correspondi e acredite, não senti nada! Com o Blaise foi diferente...
- É? E você conversou com ele?
- Ainda não, vou tentar falar com ele amanhã.
- Ótimo! Preciso tomar banho.
Hermione foi para o banheiro de monitora-chefe e pegou uma das toalhas brancas e macias de uma pilha muito alta. Abriu qualquer torneira e afundou na banheira, literalmente. Enquanto tomava banho, flashes do que acontecera no dia anterior passavam pela sua cabeça...
” - Ah... é que eu ouço os outros falarem que isso é para loucos... então eu...[...]
- Mas nós estamos namorando.[...]
- Tá nos seus olhos.[...]
- Perigoso é divertido.[...]
- Calma, Granger... foi só um beijo.[...]
- AH, GRANGER, EU CANSEI DE OUVIR BESTEIRAS SUAS! VOCÊ NÃO FALA COISA COM COISA! SABE O QUE É MELHOR NUMA HORA DESSAS?
- O QUÊ É MELHOR NUMA HORA DESSAS, MALFOY?
- ISSO! [...] ”
Hermione tentou ao máximo afastar esses pensamentos, mas a todo minuto que tentava não pensar em Malfoy, ela pensava mais ainda. “ Não, não e não, eu não sou normal! Decididamente, eu tenho uma doença, é que ninguém descobriu a cura dela “, pensou Hermione, mergulhando mais uma vez na banheira.
Sim, ela entrou no banheiro quinze para as seis e saiu quinze para as sete. Gina já estava inquieta, quando a amiga chegou no Salão para o jantar.
- Caramba, Hermione, achei que tinha se afogado! – falou a Ruiva, abrindo um espaço para Hermione sentar – Por que você demorou?
- Porque eu quis – respondeu a Castanha – Algum problema?
- Não... nada.
Depois disso ficou um silêncio na mesa, até que Hermione deu por falta de Jully.
- Cadê a Jully, Gi? – perguntou ela.
- Ah... ela disse que ia resolver uns problemas aí... pensei ter ouvido alguma coisa sobre “ sonserinos “.
- Sério?
Hermione jantou o mais rápido que pôde, não queria ir direto para o encontro, então, resolveu esperar um pouco na sala comunal. Deitou-se no sofá e esticou as pernas, enquanto pegava um livro de alguém.
Não se importou muito com a hora; deduziu que Draco gostaria quando todos tivessem em suas salas comunais, ou seja, perto das nove horas. Podia até dormir um pouco... “Dormir, eu dormi o dia inteiro hoje!”. Jogou o livro de volta na mesa e virou de lado no sofá, tendo uma visão da entrada da sala. Nesse exato momento, Jully entrou pelo retrato, parecendo atordoada, que nem percebeu a presença de Hermione ali.
- Jully! – exclamou Hermione – Onde você estava, fiquei te procurando...
- Hermione, fala que eu ‘tô acordada – pediu Jully – Vai!
- Você está acordada. Por quê?
- É, eu não precisei esperar até amanha, Mi!
- Esperar o quê? – perguntou a Castanha, sem entender uma vírgula.
- Pra falar com o Blaise!
- Oh, Merlim!
- Eu estava indo para o Salão e a gente acabou esbarrando... aí ele pediu de novo pra conversar comigo e eu fui... e falei.
- Sim, falou o quê?
- Que eu ia ficar com ele – respondeu Jully, os olhos com um brilho diferente – Eu ‘tô ficando com Blaise Zabini!
Hermione deu um grito e abraçou a amiga, que ria como doida. Parecia muito feliz com o novo “ficante”, mas não era pra menos. Blaise era um garoto muito simpático, lindo e principalmente carinhoso. Era um dos poucos amigos da confiança de Hermione.
- Jully, fico realmente feliz por você! – disse ela, logo depois de passar a euforia.
- É, eu ainda não consigo acreditar, Mione.
- Pois acredite, Jully!
- Vou tentar – e, novamente, Jully riu igual criança que ganha um doce que queria – Esse sim eu tenho orgulho de apresentar, “Olá, Blaise Zabini, meu ficante!”. Hahahaha, que sonho... Merlim, isso é possível? Uma simples menina como eu, ter essa sorte?
Hermione olhou o relógio; 20:41. Subiu para o dormitório e colocou a saia que usara na festa; fez um feitiço para mudá-la de cor e vestiu uma blusa preta simples. Quando desceu, Jully franziu o cenho e perguntou ainda agitada:
- Aonde você vai?
- Malfoy, Jully – respondeu Hermione, amargurada – Ele quer conversar comigo de ontem.
- Ah, conversar, entendo – brincou Jully e em seguida sorriu – Pode ir, eu deixo.
- Podia não deixar, né, Jully? Não tô afim mesmo de ver aquela cara de loiro aguado. Mas, ele é o meu namorado perfeito, então já sabe.
- Vai lá então, Mi. Boa sorte!
- Tchau, Jully... sem boa sorte, por favor.
Jully riu e Hermione saiu [N/A: WoW, talento para riimas, HAUhUAhUahuA]. Estava um pouco frio, mas nada que ela não pudesse agüentar. Andou devagar, ainda tinha um tempo... ou Draco já chegara? “Ah, e daí se ele chegou? Ele não marcou hora mesmo.” E continuou andando devagar, quando esbarrou em alguém. Era um alguém de cabelos loiros...
- Luna! – exclamou Hermione, ao ver a amiga caída no chão quando trombaram – Você está bem?
- Ah, estou – respondeu a Loira, e realmente parecia bem – Estava voltando para a minha sala comunal...
- Onde você estava até agora?
- Com o Rony – disse Luna, envergonhada – Deixa eu ir, Mione. Tchau!
- Ah, tchau, então.
Hermione riu. “Eu acho que eles fazem um casal tão bonitinho, será uma pena se não ficarem juntos.”
- Nossa, finalmente a minha querida namorada chegou! – Hermione pulou de susto ao ouvir a voz de Malfoy.
- MALFOY, NUNCA MAIS FAÇA ISSO! – berrou a garota, batendo o pé – Poxa, me assustei!
- Tudo bem, eu percebi – respondeu o Loiro, cinicamente – Você demorou!
Hermione arregalou os olhos. Malfoy, Draco Malfoy, o Loiro Oxigenado, falando “Você demorou!” de forma tão... carinhosa?
- Sentiu minha falta, é? – perguntou Hermione irônica.
- Não quis dizer isso, mas já estava ficando cansado de tanto ficar em pé! – respondeu o outro grosseiramente – Ou achou que eu sentiria a sua falta?
- Vale para você também. Agora desembucha, detesto quando estamos sozinhos.
- Calma, Granger, não sou nenhum maníaco – disse Draco, com aquele sorrisinho bem “À Lá Malfoy” [ N/A: Flaaviia que escreveu... se tiveh errado eh culpa deela ! ] de canto de boca – Será que andaram me difamando pela escola?
- Não, mas é que... – Hermione pensou em dizer que ficava com medo de si mesma fazer, ou falar alguma coisa imprópria – eu não me sinto à vontade – inventou ela.
- Sei... mas tudo bem. Era só para falar que...
- Que...? – incentivou Hermione.
- Você estava certa.
- Eu estava certa? – indagou a garota.
- Sim, estava. É só fingimento, isso pode ficar perigoso.
- Ah – suspirou ela, ligeiramente desapontada – É, isso é verdade. Mas o que te fez mudar assim... de idéia?
- Eu pensei muito ontem à noite – respondeu Draco, olhando para baixo – O Blaise me ajudou a pôr as idéias em ordem, e eu acabei chegando à conclusão de que é só fingimento e que realmente, isso não pode ficar, já está perigoso... demais.
- Perigoso não é mais divertido? – brincou Hermione, sorrindo – Não pensa besteira, era só brincadeira.
- É, eu sei disso. Mas pode até ser divertido, quando pode dar certo.
- O que você quer dizer com isso? – Hermione sentiu um arrepio, que não era do frio.
- Não quis dizer nada, e também acho que já podemos terminar - completou ele, sentindo uma estranha coisa dentro dele [ N/A: nãao conseguii defiinir oq eu penseei, mas éh tiipo de um arreependimento ] – A gente fala que tivemos uma briga.
Hermione ficou estática.
- É... – disse ela, num fio de voz – Pode ser então.
- Granger? – chamou ele, quando Hermione virou-se para ir embora.
- O que é?
Draco sorriu. Era um sorriso sincero.
- Eu também senti isso, ok?
- Do que você está falando? – Hermione perguntou confusa.
- Você sabe do que – respondeu Draco, e sorriu mais ainda – É estranho, não é?
- É, é um pouco – concordou Hermione – Parece que...
- Terminamos uma coisa – Draco completou – De verdade.
Hermione sorriu também. Era realmente estranho; exatamente o que sentira, Draco conseguira descrever.
- Malfoy, como você... descreveu o que eu senti? – perguntou ela, receosa.
- Porque eu já disse; nós dois sentimos a mesma coisa – respondeu Draco com simplicidade – Não sei por quê.
- Será que...?
- Não acredito que seja nada demais – Draco sorriu, dessa vez com o canto dos lábios. Hermione levantou as sobrancelhas.
- Quem disse que acho alguma coisa?
- Seu olhar.
- Ah, nem vem com essa história de olhar não, Malfoy. Já me enrolou uma vez, e você sabe muito bem no que deu.
Draco riu.
- Claro que sei, afinal... eu que comecei. E você terminou.
- É... é, o pior é que isso é verdade.
Draco não respondeu. Estava ocupado demais em observar o queixo de Hermione, que tremia de frio. “Também, uma blusa dessa e uma saia curta assim... quem não ficaria com frio!”
- Você está com frio? – ele perguntou, e Hermione fez sinal negativo com a cabeça – Sou eu, então.
- Deve ser, tão pálido assim, deve estar morrendo de frio... – zombou Hermione.
- Confesso que estou com frio sim. Mas você está pior.
- Não, Malfoy, é impressão sua! – ironizou Hermione.
- Quer meu casaco emprestado?
O queixo de Hermione caiu.
- Bebeu, Malfoy?
- Não, por quê?
- Eu sou a sangue-ruim, esqueceu? Vou contaminar seu agasalho.
- A sangue-ruim da minha namorada, certo?
- Ué, a gente não tinha terminado?
- Não.
- Terminamos sim.
- Não terminamos, não.
- Claro que terminamos!
- Então nós voltamos!
- Não, não voltamos.
- Voltamos.
- Não voltamos.
- Voltamos.
- Não voltamos.
- Ah, cala a boca – irritou-se Malfoy e pegou a varinha da mão de Hermione, que acabara de sacá-la.
- Devolve, Malfoy – pediu Hermione, soando infantil.
- Vem pegar! – e saiu correndo pelo jardim, Hermione atrás.
- MALFOY, VOCÊ ME PAGA SEU OXIGENADO!
Hermione corria atrás de Draco, que ria. Sem pensar mais, quando estavam a uma menor distância, Hermione pulou nas costas de Draco, derrubando-o de cara no chão.
- Agora você me devolve, anda! – gritou Hermione, rindo ao mesmo tempo.
- Sai de cima de mim – pediu Draco caindo na gargalhada.
- Me devolve a varinha primeiro – Hermione continuava com uma perna da cada lado da cintura de Draco, que ainda estava com a cara no chão.
- Sai de cima de mim primeiro – retrucou o Loiro, tentando levantar.
- O que você tá fazendo? – Draco tinha a varinha da garota entre os dentes, e segurava suas pernas – MALFOY! – gritou Hermione, quando Draco levantou-se e saiu correndo com Hermione nas costas – MALFOY, ME PÕE NO CHÃO, SEU IDIOTA!
Hermione dava socos nos ombros do Loiro, que gargalhava cada vez mais.
- MALFOY, ME PÕE NO CHÃO – repetiu ela, estressando – Ô, TINHA QUE SER LOIRO! QUE PARTE DO ME PÕE NO CHÃ... AAAAAAAAAAAAAAH!
Malfoy começou a rodar com a garota que nem um louco, fazendo-a gritar esganiçada. Infelizmente, o Loiro tropeçou numa pedra e caiu no chão, dessa vez rolando com Hermione agarrada nas suas vestes.
- Ai, ai, ai – choramingou a Castanha – Viu o que você fez, seu idiota?!
- Eu também me machuquei, Granger, então não enche – Draco tinha um corte nas costas das vestes e sangrava um pouco – Ô Merlim!
- Você que começou, me dá minha varinha – Draco atirou a varinha de Hermione longe – Vira de costas.
- O quê? – perguntou ele incrédulo.
- Vira de costas – Draco virou – Isso, bom menino.
Tocou a varinha no ferimento, que logo se fechou.
- Pronto.
- Obrigado, Granger... eer...
Hermione sorriu e levantou um pouco a blusa, deixando a barriga à mostra. O queixo de Draco caiu, e ele se controlava para não babar diante daquilo. “Merlim, ela tem uma barriga perfeita, uma cintura perfeita... Merlim!”, pensou Draco maliciosamente e rastejou até Hermione, ainda deitada no chão. O Loiro fez um caminho com a mão pela barriga da garota, que riu.
- Ai, Malfoy, faz cócegas! – disse ela, enquanto Draco continuava o caminho – Pára, isso... faz cócegas!
Draco subiu a mão até chegar no pescoço da garota, e apoiou os braços no chão, em volta dela. Hermione parou de rir no mesmo minuto.
- Aah, Malfoy, o que você quer?
- Se eu te falasse...
Hermione apoiou-se nos cotovelos, ficando a uma mínima distância de Draco.
- Será que é a mesma coisa que eu?
- Depois eu te respondo.
Draco diminuiu mais a distância entre eles e beijou Hermione, que não se esquivou; pelo contrário, passou as mãos em volta do pescoço no Loiro e deixou que este segurasse sua cintura, descoberta pela blusa.
Era um beijo diferente de todos; dessa vez, os dois queriam aquilo, era incrível o poder que um exercia sobre o outro, os sentimentos que muitas vezes eram os mesmos, as coisas que os dois pensavam ao mesmo tempo... ainda bem que eles se odeiam!
Hermione pensava no que seria, se eles fossem namorados de verdade. Toda aquela animação de Draco, era porque era fingimento. Isso fez Hermione rir um pouco, interrompendo o beijo.
- O que foi? – perguntou o Loiro, ligeiramente ofegante.
- Nada... eu estava pensando que isso é porque é namoro de mentirinha – Hermione disse, fazendo cara de criança.
Draco também riu. Continuavam deitados no chão; Hermione embaixo de Draco, que ainda segurava sua cintura, e as mãos da garota em volta do pescoço dele.
- Nossa... nós estamos tão longe, que tal nos aproximarmos mais? – sugeriu Draco, sorrindo cinicamente.
- Não é má idéia – Hermione voltou a beijar Draco, rolando para cima dele.
Um simples beijo daquele fazia Hermione perder a noção do tempo, e pensar que estava flutuando no céu, perdia a cabeça quando aquele Loiro Oxigenado a beijava daquele jeito. Era capaz de azarar sua mãe se alguém interrompesse aquele momento tão bom.
Draco não sabia onde tinha ido parar seus pensamentos, nem onde estava o chão daquele maldito jardim. Parecia existir uma força maior que ele, obrigando-o a beijar aquela Sangue-Ruim, que por algum acaso, beijava tão bem.
Era estranho como que quando estava com Draco, o tempo parecia parar, o ponteiro do relógio não andava... Ter Draco tão perto de si era muito esquisito, eles se odiavam! Mas apesar de esquisito, era tão bom ouvir a voz daquela doninha, era tão bom ver aquele sorriso de canto de lábio maldito, era tão bom sentir o perfume daquele ser impregnado na sua roupa... Hermione simplesmente nunca tinha sentido nada igual, nem com Rony, nem com Vítor, nem com ninguém... Draco mexia de um jeito tão diferente com Hermione... o beijo dele era tão bom, tinha um tipo de poder acalmante... mas esse beijo foi interrompido pelo próprio Draco, que alegava estar sem ar.
- Por Merlim, você quer me matar? – perguntou o Loiro, mirando os olhos cor-de-mel de Hermione – Quase eu fico sem ar aqui.
- Claro que eu não quero te matar! – Hermione respondeu, saindo de cima de Draco, mas o Loiro não queria largar a cintura dela – Solta minha cintura, Malfoy.
Draco soltou, e Hermione desabou ao lado dele, ofegante, procurando um pouco de ar. Seu peito subia e descia, na mesma sincronia que o de Draco. Olhou para o lado; Draco a observava. Sorriu um pouco sem graça e abaixou a blusa.
- Malfoy, acho que...
- Eu acho que você devia me chamar de Draco – interrompeu Draco, sorrindo.
- Ok... eu acho que a gente devia voltar – disse a garota.
- Eu também acho, Hermione, mas está tão bom aqui... pra quê voltar? – perguntou ele, manhoso.
- O Filch vai nos pegar aqui se continuarmos parados.
- E por acaso nós estávamos parados? – Draco perguntou, irônico.
- Engraçadinho, você entendeu!
Hermione levantou-se e tentou desamassar a roupa, enquanto Draco fazia o mesmo. Depois de vestidos mais decentemente, saíram andando devagar pelos corredores, bem próximos, deixando que as mãos se tocassem de leve algumas vezes. Estavam quase chegando em frente ao Salão, quando McGonagall os encontrou.
Draco engoliu em seco e Hermione mordeu o lábio inferior. Era tarde, não podiam ficar fora da cama depois das dez.
- Graças a Merlim encontrei vocês! – exclamou a professora, deixando os dois aliviados – Preciso que venham até a minha sala.
Os dois seguiram a professora, um pouco receosos; será que ela vira alguma coisa mais quente entre eles?
- Sentem-se, por favor – pediu a professora, quando chegaram à sua sala – Bom, creio que lembrem da “denúncia” que fizeram à srta. Parkinson, sim? – Draco e Hermione concordaram com a cabeça – Eu conversei com os professores ontem, logo que vocês saíram.
- E então, professora? – perguntou Hermione, esfregando as mãos, ansiosa – O que foi que vocês decidiram?
McGonagall respirou fundo e disse com a voz ligeiramente trêmula:
- Nós decidimos que a srta. Parkinson será expulsa da escola.
Draco deixou escapar uma exclamação de felicidade, mas calou a boca com a cotovelada de Hermione.
- A srta. Parkinson não quis aceitar nossa decisão – continuou a professora – Fez um escândalo, em outras palavras. Disse que a srta. Granger era uma traidora e mencionou que o sr. Malfoy não sabia da poção do amor, mas acabou confessando que roubara duas vezes o estoque particular de Poções. Além de usar a Sala Precisa, como disse o sr. Malfoy. Confessou também, outras coisas ilegais, que pediu para não dizer, e isso acabou acarretando a expulsão dela. A srta. Parkinson partirá no sábado, e será transferida para Beauxbatons.
×______×
- A Parkinson vai ser expulsa? – Jully e Gina perguntaram ao mesmo tempo, quando Hermione contou a novidade – Mas que diabos será que ela fez? – continuou Gina, sorrindo.
- Isso por acaso importa? – disse Jully – O melhor é que ela vai sair daqui! Isso que importa!
- Merlim, festinha sábado! – brincou Gina, e as três caíram na gargalhada – Mas é, oras! Seria boa idéia fazer uma festinha, sim!
- Concordo, Gina, mas vamos esperar ela ir de verdade, né? – disse Hermione, bocejando.
- Ah, Mi, você não me contou sobre o seu encontro com o Malfoy – lembrou Jully; Gina arregalou os olhos:
- Encontro?!
- Ah, ele queria... conversar comigo – respondeu a Castanha corando – Foi normal, ele quis “terminar”, mas não terminou. Depois... bom, ele roubou minha varinha e eu saí correndo atrás dele...
- Ah, já até sei. Você pulou nas costas dele e vocês dois caíram no chão e se beijaram? – disse Jully, em tom de quem sabe das coisas – Foi isso?
- Basicamente – sorriu Hermione – Você viu?
- Não, mas é o que geralmente acontece nos filmes trouxas.
- Ah, é? – perguntou Gina, já que não conhecia nada trouxa.
- É mais ou menos – corrigiu Hermione – Filmes de comédia romântica são mais ou menos isso, sim.
- E vocês se beijaram mesmo? – quis saber Jully, ansiosa.
- Sim – Hermione respondeu, e completou – Nem lembro quantas vezes.
Jully riu.
- Sério?
- É, sério. Eu tenho problema, não tenho? – brincou Hermione.
- Tem... paixonite aguda!
Hermione jogou uma almofada em Jully, que revidou. Gina só ria, e quando Harry e Rony apareceram na sala, acabou a festa.
- E aí, Mione! – Rony chegou abraçando a amiga – Como vai, amiga?
- Ei, Rony, fiquei sabendo que você anda se agarrando com a Luna pelos corredores – Hermione disse, fazendo o Ruivo corar.
- Só um pouquinho.
- E você, Harry? Fica deixando a Gina sem ar também? – perguntou Hermione.
- Claro, achou o quê? – respondeu o Moreno, arrancando risos de todos – Ok, o papo tá muito bom, mas meu sono é maior. Boa noite – Harry deu um beijo na namorada e subiu as escadas praticamente arrastando os pés.
Rony sentou na poltrona ao lado da irmã. Gina acomodou a cabeça no ombro do Ruivo.
- Ô, você é o melhor irmão do mundo, sabia? – falou Gina, rindo.
- Ô, e você é a irmã mais mala do mundo, sabia? – retrucou Rony.
- Nossa, eu não deixava – murmurou Jully – Podia ter ficado sem essa, Gi.
- Mas não fiquei – respondeu Gina – Eu também vou dormir, pessoal. Boa noite! Hermione... já sabe com quem eu ia falar pra você sonhar, não sabe?
- Sei, Gina, sei muito bem.
Gina sorriu e subiu para o dormitório. Hermione pensou na quarta-feira chata que seria o dia seguinte, mas não desanimou. Considerava a hipótese de ficar a noite inteira conversando, mas percebeu que não seria possível; Rony subiu para o dormitório e Jully tinha uma cara de sono que não conseguia disfarçar.
- Mi, eu ‘tô morrendo de sono – bocejou Jully – Vamos ir dormir...
- É... eu queria ficar, mas... sem chance – resmungou Hermione – Então, vamos.
Hermione, na verdade, queria muito colocar sua cabeça em ordem. Não queria se envolver mais ainda com Malfoy. Estava muito além de um simples fingimento. Teria sido melhor se tivessem terminado com tudo aquilo quando Draco propusera, mas os dois, segundo o Loiro, sentiram a mesma coisa estranha.
Deixaria para pensar amanhã; seria um outro dia, bem melhor que aquela maldita terça-feira.
×______×
08:30 - Transfiguração – Sonserina
10:30 - Feitiços – Lufa-Lufa.
13:45 - Defesa Contra as Artes das Trevas – Sonserina.
15:50- Herbologia – Sonserina.
17:30 - Poções – Sonserina.
- Merlim, que horário que temos hoje, Hermione! – indignou-se Harry, ao ver o horário de aulas daquela quarta – Só temos Feitiços sem a Sonserina.
- É, eu vi – disse Hermione – Nós estamos tendo muitos horários com a Sonserina, Harry.
- Verdade – concordou Jully – Talvez os professores esperem que nós sejamos amigos.
- Vai ser difícil, não vai?
- Um pouco, Rony, mas veja bem... eu e o Draco estamos namorando e a Jully e o Blaise estão juntos, pode ser que dê certo.
- Vocês são exceções... mas espera aí! – exclamou Harry – Você e o Malfoy estão namorando?
Hermione deu um sorrisinho maroto, mas antes que pudesse respondeu, alguém a abraçou por trás.
- Oi, meu amor – Draco beijava o pescoço de Hermione – Como foi a sua noite?
- Ah... ah... – gaguejou Hermione; aquilo realmente não esperava – Foi... foi boa!
- Que bom! Dormiu bem, então?
- D-dormi...
- Sonhou comigo? – perguntou Draco na maior cara-de-pau.
- Claro, amor! – Hermione respondeu com a voz mais firme – Draco, o Harry não acredita que nós estamos namorando!
- Não, Potter? – Draco lançou um olhar de desprezo à Harry, que retribuiu – Pois estamos, sim. Acredite ou não, aceite ou não. Agora... – ele voltou-se para Hermione – nós vamos para a aula.
Draco agarrou a mão de Hermione e saiu do Salão, em direção à sala de Transfiguração. Hermione apenas era conduzida, ainda não estava acreditando no que Draco fizera há minutos atrás.
- Seu cara-de-pau! – falou ela por fim, quando chegaram em frente à sala de aula – Como você tem coragem de perguntar como foi a minha noite? Até parece que não sabe!
- Ué, a gente não dormiu junto, só... nós só nos beijamos um pouco, certo? Não sei mesmo como foi sua... madrugada, para ser mais específico. A noite eu sei muito bem!
- Idiota – Hermione riu e deu um tapa de leve no ombro de Draco – Você é um idiota mesmo.
- Eu sei – debochou Draco – Um idiota muito gostoso.
- Convencido.
- Engraçadinha.
- Loiro oxigenado.
- Ok, eu sei! Mas continuo sendo gostoso! – Draco sorriu cinicamente – Agora, eu só queria te agradecer.
- Agradecer? – Hermione fez uma cara de dúvida – Pelo quê?
- Ontem não tive tempo... a Parkinson foi expulsa por causa de você, obrigado pelo favor.
- Ah, não foi muito bem culpa inteiramente minha... você sabe que não fui só eu que reclamei dela, Malfoy.
- Mas você me contou o que ela fez. Já é mais uma coisa que eu queria agradecer, também.
- Ah, então... de nada, Malfoy.
- Draco – corrigiu ele, sacudindo um dedo – Eu já disse.
- Chato!
- Feia!
- Metido!
- CDF!
- Arrogante!
- Grossa!
- Estúpida!
- Atrev...!
-... e foi isso, Harry! – ouviu-se a voz de Rony do fim do corredor; Draco apressou-se em abraçar Hermione pelas costas, como no café da manhã – Ela é perfeita, entende... aqueles olhos azuis... meio acinzentados...
- Ah, Rony, você tá parecendo um bobo apaixonado – quem falava agora era Jully – Aliás, parece que temos mais de um bobo apaixonado!
Jully sorria para Draco e Hermione, e esta lançava um olhar mortal à amiga. Harry e Rony, por sorte, não perceberam e continuavam a conversar sobre Luna e Gina.
- Vamos logo, Draco – Hermione arrastou Draco para dentro da sala, estressadíssima. Jogou a bolsa no chão e praticamente se jogou na cadeira – Eu mato a Jully qualquer dia desses!
- Calma, amor – Draco fingia ser o namorado mais fofo do mundo; a sala já tinha vários alunos e era melhor não arriscar – Mas por quê? – perguntou ele em voz mais baixa.
- Ela é uma idiota!
- A coisa tá feia, então?
- Muito feia!
Draco sentou-se ao lado de Hermione e observou a garota cruzar os braços nervosa. “Merlim, ela fica tão linda irritada...”
- Que foi, Draco? – Hermione perguntou, já que o Loiro não tirava os olhos dela.
- Ué, eu sou seu namorado, não tenho mais o direito de te olhar?
- Tem, mas parece que... ah, deixa pra lá.
- É porque eu adoro te ver irritada – sussurrou ele no ouvido dela – Só por isso.
Hermione rolou os olhos. Faltando cinco minutos para começar a aula, Jully e Blaise entraram na sala de mãos dadas; Harry e Rony atrás, provavelmente entediados de estarem segurando vela.
N/A: oiii xoxoziiins’ !
e aii, como vcs tãao ?
hahahahaha, 21 paaginas de cap ! :D
*orgulhooosa*
axeei mtu fofo o cap 7, ameeei eleee !
claaro, com toooda minha modeestia, HAuHAuhUahuA :D
obrigaada pelos comentáarios, AMEEEI DI PAXÃAO !
. ~ Gabih!* Potter Black ~ . - eeeba ! que bom qe vc gosto do caap ! :D fiiz uma coisiinha beem simples, saabe... HAuHAUHauhUAhA e ta aii, BULDOGUE EXPUUULSA ! uhuhuhuhu, mente maleefica a nossa, neeh ? maas meeeow, ela mereceeu isso ! minha ideia veio do nada, tava td moh organizado pro draco REALMENTE ser o draco, mas aii eu bati a cabeeeça ! ;D e tua fic tah mtu PERFEITA, Gabiih ! decididameente, tah naaas melhoores fics qe eu jah lii, de vdd ! att ela logo oks ? cap 7 akee pra vcc ! hhahahaha, espeero qe goste do SURTO do draaco e da miione ! adoro vcc, xoxoziin’ beeijo =*
.Glaau Radcliffe. ♥ - ain, foi foofo msm o cap 6 ! axeei mt fofiin os doois juuntos ! HAuHAuHAuhUA, queria EU ser a mione ! :D HAuHAuhUAhuAHuA, num eh mt bem aqiiilo qe eu to fazendo qd num to escreveendo, maaas.... siim, uma taal de Laah Malfoy éh um pokiin danadiinha siim ! o Dii qe saabe ! hAuHAUhUAHUAA³ aah fiko tosko naada o cap, fiko mtu engraçaado, o snape moh cantando a musica laah... HAuHAuhUaA, foi comeeedia ao cuubo³ ô xoxoziin’, axo o melhor cap da fic inteeira, muito bom meeeesmo ! :D tee amo tmb xoxoziin’ ! beeeijo =*
Anna P...Otaku..o/ - oii anna ! aah, fiko suuper feliiz qe vcc gostoo doo cap 6 ! :D adooro qd vc veem akee ! hahaha, soh lendo pra sabe qem vai percebe primeeiro ! :D eles fiicam mt perfeeeeeitos apaixonaados, eu AMO esse shipper ! ;D volta akii ok ? beeijo =*
JuH Felton - eaiii juuh ! :D o blaise tava uma comedia msm no cap ! AHuHAuHauAUA, ateeh eu ri das coisa q eu escrevii dele flnd.... HAuHAUHUaUahUA³ saidiinho naada, ele merece, vaai ! :D aaah, eu passei lah na fiic, mas num tive tempo de ler ainda... essa semana foi semana de prova, demorei uma cara pra conseguir escrever esse cap, mas eu leio assim q eu tiver um tempo, ok ? :D ooh, que peena q vc perdeu a hora ! HUaHAUhUAhUA, olhaa, ve se le o cap 7 com calma, q ele tah grandiinho ! adooro vcc e suua fic ! beeijo =*
Lily Black. ♥ x)~ - siim, avisou do espanhool, eu inteendo, subriinha queriiida ! HAuHuaHUaHUAhuA aaah, qe bom qe vc gosto, eu tava moh inspirada pra escreve.... aiinda bem qe vc riu tmb, teve umas partes q ate eu considerei engraçada ! HAuHAuhUAHUA, eu qe num curto mtu miinha fiic ! ( nunk to satisfeiita ) a capa fiko simplesmentee perfeeeita, eu ameei demaais ! aah, fiko feliiz q vc esteja planejaando outra caapa ! HAuHAuUAhUAHu, folgada nãao neeh ! ;D e eu fiiko feliz q num vo me livra de vc ceedo, adoro vc ! beeijo =*
Melissa - oie ! aah, adorei q vc veeio akee na minha fiic ! :D HAUAhUAhA, eu num costumo demorar msm pra posta, saabe... mas depende de vcs! sem comentáarios, sem post ! :DD *maldosa* bom, volta ake mais vezes ok? cap 7 aii pra vc leer ! :D beeijo =*
NaH Potter Malfoy - huhuhuhuu, oi naah ! :D siim, qd eles percebeerem qe tãao apaixonaados, viiixi, aguaardem um cap EMOCIONALMENTE EMOCIONAAANTE ! HUAhUUAHUA, pode cree, vai ser foofo meesmo :D ta aii o cap 7, naah... espero qe goste e qe comente taa ? beeeijo =*
Aninhaa xD - WoW ! qee bom qe vc veeio akee, lero lero leero ! :D hAUhUAHUAhUAUA, fofo os doiis neeh ? axo eles tãao perfeitos, feeitos um pro ouutro ! HAuhAUHA casaal perfeeito ao cuubo³ aaah, por enquaanto eles tãao aiinda meio apaixonados, num reconheceraam isso ainda, maaas... espereemos o prox cap ! queem sabe no 8°... ×DD eles ainda vaum ter mts problemas num vai ser esse mar de rosas a fic inteira naaum ! :D bom, volta ake oks ? beeijo =*
xoxoziins’ !
preciiso ir, passei msm SOOH pra responder os comentáarios e postah o cap !
espero qe gostem e qe comenteem pleeeeeeeeease !
*autora imploooora*
sem comentáarios, sem post do cap 8 ! :D
provavelmente ele vai demorar mtu maais qe o 7°, maas... se tiver comentáarios eu posto ele um diia aii !
HAuHAUhUhUAhuA, jáa faleei qe aamo vcs di paxãao neeh ?!
:D
intãao !
atée o prox caap, amooores ! :D
BEEIJO GRAAANDI =*
“- LααH Mαlfoy • ”
PS.: descuulpem qualqueer erro de portugues, cap tah totalmente sem revisãao ! sorry !
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