unico...



Gina estava sentada sob uma árvore na beira do lago que havia perto d’A Toca, pensando.
Fazia dois meses que o namoro deles acabara, e Gina não agüentava mais ficar longe dele. Mesmo fingindo estar bem, por dentro sua alma sangrava. Doía não poder beijá-lo, abraça-lo, senti-lo perto de si. Sentia um vazio enorme dentro do peito, uma tristeza sem fim.
Estava confusa, queria ele junto a ela, mas não queria desviá-lo do seu caminho, não queria atrapalhar os planos dele.
–Droga... Por que é tudo tão difícil? –murmurou ela.
Sentiu alguém se aproximar. Virou o rosto rapidamente e encarou aqueles olhos verdes esmeraldas.
–Eu não queria atrapalhar... –falou ele–Mas eu precisava falar com você.
Gina voltou a admirar o lago, ficando de costas pra ele.
–Sente-se... –murmurou ela.
Harry se aproximou e sentou-se ao lado dela.
–Eu queria... –começou ele, nervoso–Bem...
Ele ficou em silêncio, procurando as palavras certas.
–Você sabe que eu vou embora amanhã, Gi... –recomeçou ele, olhando-a–E eu não posso partir sem ter o seu perdão...
–Então vocês realmente vão amanhã? –indagou ela, ainda sem olhá-lo.
–Vamos. –respondeu ele num tom meio cansado–Você me perdoa, Gi?Por tudo?
–Pelo quê? –disse ela, agora o encarando firmemente–Por ter acabado comigo pra salvar o mundo?!Eu não sou tão egoísta a ponto de te impedir de seguir o seu caminho, Harry, eu só acho uma idiotice você não me deixar ir contigo por puro medo.
Harry baixou a cabeça, sem ter coragem de continuar a encará-la.
–Voldemort usa as pessoas chegadas aos seus inimigos. Ele tentará me atingir através de voc...
–Você já me disse isso Harry, e eu já respondi que não me importo com o que ele pode fazer a mim. Eu só quero estar ao seu lado. –interrompeu ela, segurando o choro.
–Me perdoa, mas eu não vou deixar você ir conosco atrás de Voldemort. –disse ele, olhando-a–Você é a pessoa que eu mais amo, Gi. E eu não vou me perdoar se algo te acontecer...
–Mas eu quero ir com vocês... Eu corro perigo mesmo estando longe de você, você não entendi isso?!Nenhum lugar é seguro...
–Porém ficar junto de mim é o lugar menos seguro existente! –contrapôs ele–Longe de mim você vai estar bem mais segura, terá mais gente para te proteger...
–Mas eu sei me proteger sozinha Harry. Eu não sou nenhuma criança... –tentava ela, agora deixando as lágrimas correrem livremente pelo seu rosto-Você não percebi?!
Harry balançava a cabeça em sinal negativo.
–Eu não vou deixar você ir... Eu te amo... –murmurou ele–Eu quero que você fique, pois assim eu saberei que você está bem... Só assim conseguirei seguir em paz...
Um silêncio pairou sobre eles. Gina continuava chorando.
–Eu só quero te ajudar. –sussurrou ela, limpando as lágrimas e encarando-o–Por favor, Harry...
–Você não está me ajudando fazendo isso... –retrucou ele–Você só está me fazendo sofrer mais...
–E você acha que eu estou me sentindo como?! –retrucou ela exasperada–Você acha que eu não estou sofrendo?!Que eu não estou com medo de te perder?!De nunca mais te ver?!Nunca mais te beijar, te abraçar... –respirou fundo e prosseguiu–Eu tô sangrando por dentro...
Harry continuou calado, não sabia o que argumentar.
–Eu sempre te amei, Harry... E agora que eu descubro que você me ama você quer me deixar...
Harry admirou o rosto dela, e sentiu o famoso monstrinho rosnar dentro de si.
–Eu não quero te deixar... Eu preciso te deixar... Eu não tenho escolha! –falou ele, envolvendo a mão dela nas suas.
–Você tem escolha. Me deixa ir contigo. –implorou ela.
–Não posso Gi...
–Você não pode ou não quer? –perguntou ela, com o olhar cravado nos olhos dele.
Harry suspirou pesadamente.
–Eu não posso e não quero que você vá comigo... –respondeu por fim.
Gina recomeçou a chorar. Isso fez ele se sentir um monstro, mas ele não podia fraquejar na sua decisão. Não podia colocá-la em perigo. Seria horrível perde-la. Ele se culparia para sempre se algo de ruim acontecesse à ruiva.
–Desculpa ruiva... –tentou consola-la –Me perdoa... Mas eu não conseguiria viver se você...
Ele não conseguiu continuar, doía só pensar naquilo.
Gina ergueu o rosto, e sem encará-lo perguntou.
–Como você se sentiria se eu fugisse?Com apenas uma passagem de ida?Sem poder garantir que voltaria?
Harry pensou durante alguns segundos e em seguida respondeu.
–Ficaria preocupado... Iria querer ir atrás de você e te trazer de volta pra ficar comigo. –respondeu ele sincero.
Gina ainda continuava olhando o lago.
–Você entendeu? –questionou ela–É isso que eu estou sentindo...
–Mas é diferente, Gi...
–Não é diferente não, é igual... –interrompeu ela–Você só acha diferente porque é você que está fugindo com uma única passagem, e não eu. É a mesma coisa você não consegue perceber?!Pará de ser cabeça-dura e reflete... É igual, idêntico!
Harry imaginava o que ela estava sentindo, e sabia que era horrível ter aquela sensação de insegurança.
–Me perdoa... –suplicava ele, deixando uma única lágrima escorrer pelo seu rosto–Mas eu não vou te levar...
Gina respirou fundo, e levantou o olhar.
–Me promete uma coisa... Uma só?! –perguntou ela.
–O que? –indagou ele temendo a pergunta.
–Que você vai voltar inteirinho pra mim?Pra gente continuar a nossa história?
Harry ficou em silêncio, não podia prometer algo que não dependia dele para ser cumprido.
–Promete? –insistiu ela.
Ele pensou por um momento. Se fosse para deixá-la mais tranqüila, ele faria qualquer coisa.
–Prometo Gina! –jurou ele.
Gina soltou a mão dele, e colocou-a no rosto dele.
–Posso Harry? –pediu ela, se aproximando.
–Gi eu acho melhor...
Mas já era tarde, Gina beijou-o apaixonadamente.
Harry não conseguia resistir, abraçou-a pela cintura e puxou-a para mais perto de si. Como sentia falta daquele beijo, daquele toque, daquela ruiva. Sem ela a vida dele não tinha sentido.
Gina queria aproveitar cada minuto daquele beijo. Sentiu-o puxá-la para mais perto, fazendo-a ficar ajoelhada na frente dele, com as pernas encaixadas nas deles.
Harry explorava cada canto da boca da garota, e ela fazia o mesmo. Mãos passeavam livremente por todos os lugares alcançáveis.
O beijo já estava saindo do controle, Harry parou o beijo e olhou-a.
–Eu te amo... –sussurrou ele, encarando-a.
–Eu também te amo... Por isso eu vou te esperar... Volta pra mim, ok?! –murmurou ela tristemente.
Harry deu um pequeno sorriso.
–Ok... Preciso ir ruiva! –falou ele.
Gina saiu do colo dele, deixando ele se levantar.
–Até logo! –falou ele, virando e indo em direção A Toca.
–Adeus... –murmurou ela, deixando mais lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
Ela sentia que nunca mais o veria. Aquele seria o último beijo deles.

Sete meses após aquele dia...
Acordará com o barulho de uma coruja bicando o vidro da janela. Olhou para a janela e viu Edwiges, correu para a coruja e pegou a carta. Achou estranho a coruja não ir embora, Harry dissera que não era para ela responder as cartas dele.

Querida Ruiva...

Está uma noite linda, me peguei olhando as estrelas e pensando em você... Grande novidade, não?!
Parece estranho, mas tive um sonho esquisito ontem, e então decidi escrever essa carta. Sou péssimo nisso, mas eu realmente precisava te escrever.
Sonhei que matava Voldemort.
Você deve estar achando isso ótimo... Porém após matá-lo, eu começava a ouvir uma outra profecia, e ela dizia que a ligação entre eu e Voldemort era tão forte, que se um morresse... O outro também o faria. Acordei com minha cicatriz doendo.
Não tive coragem de contar nada disso a Rony, nem a Mione, por isso estou escrevendo para eles também.
Tenho tantas coisas para te dizer e tão pouco tempo... Por isso vou dizer algo que eu gostaria de ter te dito há quase sete anos atrás: Amo-te muito ruivinha. Sei que já disse isso pra você algumas vezes, mas sinto que nunca demonstrei realmente o quanto te amava. Porém, quero que você saiba que te amo desde a primeira vez que te vi e que você foi a pessoa mais importante de toda a minha vida, parece meio clichê, mas é a pura verdade. Como queria ter dito isso antes, a gente teria tido tanto tempo junto, mas todos sabem que eu sou um tapado.
Quero te pedir uma coisa Gi... Caso algo aconteça comigo quero que você siga sua vida, não quero que você fique sofrendo. Quero que você se erga e continue sendo aquela garota alegre e forte pela qual eu me apaixonei, ok?
Bem... Sabe ruiva, estou escrevendo essa carta na esperança de que ela nunca chegue a você. Pois ao entregar essa carta a Edwiges, pedi para que ela apenas a entregasse se algo me acontecesse.
É isso mesmo ruiva... Se você tá lendo essa carta agora... É que algo grave aconteceu a mim. Me desculpe por eu não ter voltado para continuar a nossa história, e me perdoe por não ter cumprido minha promessa
Não entre em pânico... Continue sua vida... Pois onde quer que eu esteja eu estarei sempre com você, no seu coração. Não esqueça disso, ok?

Milhões de beijos
De quem sempre vai te amar...
Harry Potter!


Gina sentia as lágrimas jorrarem de seus olhos.
Não podia ser verdade... Ele tinha prometido que voltaria... O que seria dela sem o moreno?!Ela não sabia viver sem ele...
Pegou um frasco que estava dentro de uma gaveta da cômoda e bebeu todo seu conteúdo.
–GINA... RONY CHEGOU! –ouviu sua mãe gritando alegremente–DESÇA!
Ainda segurando a carta Gina desceu calmamente as escadas. Ao chegar ao pé da escada olhou para frente e viu Rony e Hermione, foi até o irmão e o abraçou fortemente.
Gina sentiu mais lágrimas escorrerem pelo seu rosto, começou a se sentir tonta.
–Você já recebeu a carta?! –perguntou ele.
–Acabei de ler... –murmurou ela em resposta, sentindo uma fisgada no peito–Desculpa, Rony... Diga que amo todos...
Rony se separou da irmã e ao olhar o rosto dela, percebeu que ela estava pálida.
–Gina?! –chamou ele, mas já era tarde.
Gina sentiu uma fisgada mais forte, sentiu o chão sob seus pés sumir e logo em seguida seus olhos começaram a pesar.
–Adeus! –murmurou ela, despencando nos braços do irmão.
–GINA! –ele gritou segurando a irmã, todos na sala estavam em pânico.
Rony segurou o pulso dela. Nada. Levantou o rosto e olhou para a família.
–Ela está morta! –sussurrou ele, chorando.
Hermione levou as mãos à boca.
–Mas como?!Minha menina?!Por quê?! –murmurava a Sra. Weasley, chorando descontroladamente.
Rony olhou para o rosto da irmã.
–Espero que você seja feliz onde quer que você esteja, e diga ao Harry que farei o que ele disse. –murmurou ele, dando um beijo na bochecha da irmã.
Soltou o corpo da irmã delicadamente, levantou-se e abraçou Hermione, que chorava baixinho.

Seis meses depois...
–São lindos, Rony! –falava a Sra. Weasley orgulhosa segurando o neto.
–Como a mãe. –comentou ele, beijando a mulher que estava deitada com uma garotinha ruiva no colo.
–Só você pra me dar um casal de uma só vez Hermione. –disse a Sra. Weasley, babando nos netos–Já escolheu os nomes?!
–Sim! –respondeu Hermione, olhando para a filha que mamava em seu seio–Tiago e Virginia...


FIM!

P.S.: Oi...
Tô passando pra esclarecer algumas coisas da fic...
Gente o que a Ginny bebeu foi veneno[capaz...¬¬]...
O que o Harry havia pedido ao Rony era para ele cuidar dos bebês[sim, ele sabia da existência das crianças...]
E sobre o nascimento dos mesmos...
A Mione tava com três meses de gravidez quando voltou da guerra[não me pergunte como eles fizeram um filho durante a guerra...¬¬]...
Acho que é só... Fui...
Ah... Comentem please!

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