Prólogo
- Vamos esperar que ele pise em cima de algum deles!- Falou Rony Weasley, com seus cabelos ruivos, agora opacos pela poeira.
- Contanto que não seja um dos nossos!- Disse Tonks, com seus cabelos também acinzentados, mas não apenas pela poeira.
Ao seu lado, Gina que também olhava pela janela Grope aparentemente tonto nos terrenos de Hogwarts, mandou um azaração lá para baixo acertando várias pessoas.
- Boa menina!- Gritou Aberforth. Ele guiava alguns estudantes. O velho de cabelos prateados, muito parecido com o irmão, comentou algo sobre os gigantes, mas Tonks não deu atenção.
- Você viu Remo?- Perguntou a jovem mulher.
- Ele estava duelando com Dolohov.- Berrou.- Não o vejo desde então!
Gina tocou seu braço de leve.
-Tonks,- Ela olhou como resposta.- Tonks, tenho certeza que eles está bem.
Tonks deu um pequeno e rápido sorriso à Gina e saiu correndo. Hermione, Harry, Rony e Gina desapareceram na poeira.
A cada passo que dava a poeira aumentava. Sem enxergar direito, ela pisou em algo e caiu de lado no chão. Como tinha entrado em uma sala grande, a poeira começou a se dissipar.
- Quem está aí?- Perguntou um homem que Tonks já havia visto algumas vezes. Manteu-se no chão, onde estava escondida por entulhos a sua frente.- QUEM ESTÁ AÍ?
- Dolohov? Achou a sua varinha?- Falou uma voz bem conhecida para a jovem.- Aquele desgraçado do lobisomem! eu vi que ele jogar ela nessa direção...
Tonks olhou para seus pés e viu no que havia pisado. A varinha escura de Dolohov estava ali. Chutou-a, mas ela não desapareceu de sua vista.
- Senhora Lestrange, há alguém na sala. Eu ouvi um barulho logo que entrei...
- E não procurou, seu inútil?- Um silencio se fez. Tonks se mexeu discretamente.- Quem está aí? APAREÇA! Será inútil resistir!
- Eu vi uma coisa ali, Sra. Lestrange!- Falou Dolohov.
Tonks ouviu os passos chegando até ela. Pegou sua varinha e se levantou. Girou-a rapidamente e Belatriz voou longe. Tentou jogar o mesmo feitiço em Dolohov, mas ele esquivou e pulo para agarrar sua varinha. A jovem saiu correndo da sala, esquivando dos jatos coloridos que Dolohov mandava. No corredor encontrou alguns alunos duelando com Comensais. Viu um mascarado lançar um Avada Kedavra em Colin Creevey. Pulou empurrando o garoto para longe da maldição. Os dois se levantaram rápido e continuaram correndo pelo corredor. Tonks se virou e estuporou o Comensal. Passaram por Quim que batalhava com outro mascarado.
- O que você tá fazendo aqui - - garota?- Disse, mandando um ultimo feitiço ao Comensal. O inimigo caiu desacordado. Ele seguio os dois. Logo entraram num armário de vassouras médio, onde puderam respirar.
- Você... Viu... Remo?- Perguntou Tonks, ofegante.
- Eu ví.- Falou inesperadamente, Colin.- Ele tinha... jogado a varinha dum Comensal longe, e este o socou o rosto... Ele caiu... pela janela.
- REMO CAIU PELA JANELA?- Berrou Tonks, alarmada. Quim, segurou seu ombro.
- Ele deve estar bem.- Falou com sua voz grave, Quim.
- Temos que acha-lo!- Falou a jovem, olhando para a janela.
Quim e ela iam saindo do armário, quando Colin segurou a mulher pelo braço.
- Você viu meu irmão?
- Eu?- Tonks o olhou. Ele estava tão aflito quanto ela.- Não... Não tenho certeza.
- Se chama Dennis! É bem parecido comigo!- Falou, parecendo a cada segundo mais aflito e desesperado pelo irmão.
- Não o vimos, mas ele deve estar bem, se é tão corajoso quanto você.- Falou Quim.
- Ah, sim, ele é.- Falou Colin.
- Ok, vamos achar Remo e Dennis!- Falou Tonks, tentando animar o garoto.
Os três saíram do armário de vassouras. Logo de cara tiveram que se abaixar, um feitiço perdido cruzou o ar. Eles correram até o a escadaria mais próxima, onde encontraram um garoto bem parecido com Colin.
- Dennis!- O jovenzinho gritou. O Comensal que batalhava com Dennis e ele olharam para Colin, Tonks e Quim.
- Avada Kedavra!- Gritou o comensal.
Num ato de coragem, Colin correu e abraçou o irmão, ficando na mira do inimigo.
- Não!- Gritou Tonks e Dennis ao mesmo tempo.
Tonks e Quim lançaram ao mesmo tempo feitiços para o Comensal. Ele não pode fugir, caiu derrotado pelas escadas. Os dois aurores foram até os irmãos Creevey. Dennis tentava acordar Colin, sem sucesso.
- COLIN! COLIN, ACORDE! NÃO... NÃO MORRA COLIN! EU PRECISO DE VOCÊ!
- Não...- Quim se ajoelhou ao lado do garoto.- Não adianta, Dennis.
- Eu sinto muito.- Falou Tonks.
- Ahh, não... Não! O que eu vou dizer aos meus pais? Como eu vou conseguir... sem o Colin?
- Ele foi muito corajoso. Ele com certeza vai estar com você sempre. Não se preocupe.- Falou a mulher.
Dennis ficou chorando ao lado do corpo do irmão.
- Tonks?- Gritou alguém do outro lado do corredor. Ela levantou a cabeça. Carlinhos apareceu todo machucado e sujo. - E o Teddy?
- Ele está em casa. Você viu Remo?
- Ah, sim. Ele estava duelando com Belatriz e Dolohov perto da floresta.
Tonks saiu correndo. Quim e Carlinhos a seguiram. Ela desceu as escadas até o Hall, e saiu do castelo. Ela parou e tentou enxergar seu marido.
- Crucio!- Gritou alguém próximos deles. Belatriz estava agora lutando com Slughorn.
O senhor gritou e se contorceu. Carlinhos pulou para frente e lançou um feitiço em Belatriz. Ela caiu para trás. Slug se levantou com ajuda de Carlinhos e os dois começaram a correr para longe. - Tome cuidado!- Gritou Carlinhos para Tonks.
Ela e Quim correram para a orla da Floresta Proibida. Remo e Dolohov duelavam alí perto. Tonks foi tomada por uma gigante onde de medo, terror, coragem e felicidade. Dolohov conseguiu derrubar Lupin e foi até ele com a varinha apontada para seu peito. Lupin tentava achar sua varinha no chão, quando viu a maior maluquisse que Tonks já tinha feito. Ela corria em direção a Dolohov, com uma esquisita expressão de raiva. Ela chegava a gritar de ódio. Ódio por o que poderia vir a acontecer. Tonks agarrou Dolohov pela cintura, como num jogo de futebol americano. Os dois voaram uns cinco metros pro lado. Cairam e rolaram até entrar na floresta. Enquanto isso, Quim e Remo foram até eles. Quim estava segurando uma gostosa gargalhada.
- DESGRAÇADO!- Tonks socou Dolohov, segura que ele havia perdido a varinha.- Antonio Dolohov, reze para que eu não te mate do jeito trouxa!- E socou mais vezes o rosto do homem.
Quim, não se segurou e soltou uma grande gargalhada. Remo o olhou um pouco assustado.
- Dora!- Chamou Remo. Ela pareceu não ouvir, estava ocupada tentando fazer Dolohov sentir tanta dor quanto podia, como se tivesse matado Remo.- Ninfadora! Ele já está inconsiente!
Tonks não parou. Remo tirou ela de perto de Dolohov, que parecia bem machucado. Seu nariz estava banhado de sangue, e ele tinha perdido uns dois dentes. Quim imediatamente apontou sua varinha para Dolohov, que ia acordando.
- Você é doida?- Perguntou Remo a sua mulher, furioso.
- O que? Ele ia te matar se você não notou!- Remo a olhou bravo. Ela não deveria estar alí.- Ou quer ir de uma vez por todas encontrar Sirius e os outros?
- Não! Você não deveria estar aqui! É perigoso de mais! Você sabe disso!- Ele olhou para o chão. Isso era a maior prova que Tonks realmente a amava acima de qualquer coisa.- E o Teddy?
- Ele ficou com a mamãe. Antes de eu sair ele disse algo que parecia de mais com "Dola" e "Emo".
Remo voltou seu olhar a Tonks. Ele sorriu.
- É sério?
- É!
Os dois se abraçaram. Era tão bom. Seguros, um com o outro, certos de que seu filho estava confortavel em seu berço, adormecido.
- Que bom você está bem.- Falou Remo. Ele podia te-la perdido e nem ficar sabendo. Mas felizmente estavam juntos agora, mesmo que fosse pela ultima vez.
- Que bom que você está bem! Não sabe como eu demorei pra te achar! E o... garoto Creevey falou que você tinha caído da janela! Você se machucou?
- Ah, não se preocupe. Eu estava no 2º andar.- Remo afagou os cabelos da mulher. Agora eles voltavam a ser roxo berrantes.
- Bem, se vocês vão ficar aí por muito tempo, é bom saber que alguém está vindo!- Falou Quim.
Tonks, Remo e Quim ouviram aquela horrível risada aguda. Belatriz estava se aproximando. Ela tinha mas mãos a varinha de Dolohov. Ela brincava com a varinha entre seus finos dedos. Estava com um sorriso malicioso. Tonks se afastou de seu marido e sacou sua varinha. Remo fez o mesmo.
- Que lindo!- Bela falou- Podem continuar, eu não quis atrapalhar! Dolohov, seu inútil, levante-se!- Berrou.
Dolohov se levantou na mesma hora. Seus olhos estavam roxos e inchados. Seu rosto ainda estava banhado de sangue. Quim ainda o apontava a varinha.
- Você foi rápida, Ninfadorinha... Pela última vez!
Foi tudo muito rápido. Belatriz lançou um feitiço em Tonks, e ao mesmo tempo, Lupin e Quim estuporaram a Comensal. Um segundo depois, com Bela e Tonks no chão, Dolohov pulou nas costas de Quim, tentando sufoca-lo. Lupin correu até sua mulher e a levantou do chão.
- Remo!!! -- Tonk -- Tonks!- Chamou Quim.
Tonks deu um passo pra frente com a varinha no ar. Quim virou de costas para ela, colocando Dolohov na mira.
- Petrificus....
- SECTUMSEMPRA!- Berrou Belatriz do meio das árvores, onde tinha caído. O feitiço acertou em cheio Tonks, que voou longe, com dois grandes cortes no peito. - Até nunca mais, estranhona! HAHAHAHA!
Remo sentiu o calor da raiva subir até sua cabeça. Apontou a varinha firme para Belatriz, que agora estava parada a sua frente, com aquele sorriso de malícia no rosto ferido.
- CRUCIO!- Remo gritou. Era a primeira vez que ele usava uma maldição. Mas tinha certeza que iria funcionar. Ele realmente queria.
Os gritos terríveis de Bela encheram o ar sombrio da floresta. Mas durou pouco. Dolohov largou Quim e correu até Lupin e o empurrou. Bela caiu na grama, rindo.
- Tal...Talvez você não seja tão inútil assim, Antonio...- Dolohov, se sentindo poderoso por agradar Belatriz, num momento de distração, olhando contente para a Comensal, Remo lhe lançou um feitiço que feriu gravemente seu olho direito. Caiu no chão, gemendo.
- Corra, Quim! Agora é comigo! Harry e os outros precisam de você!
Quim, ainda sem ar, corre para dentro da floresta. Belatriz levanta-se com cuidado, bamba. Apesar da maldição de Lupin ser curta, parecia ter sido forte e bastante poderosa. Este começou a correr em direção de sua mulher. Virou rapidamente para Bela, antes de chegar até a mulher desmaiada.
- Defodio!- Remo gritou, mas Bela desviou.
-Incarcerous- Falou Belatriz. O feitiço atingiu os pés de Remo. Cordas mágicas, foram o envolvendo rapidamente, e ele caiu para frente. Por sorte, ainda pode sacar sua varinha.
- Ennevarte!- E caiu no chão, lutando contra as cordas.
Tonks acordou após o feitiço atingir seu corpo. Se estava tendo algum pesadelo momentos antes, com certeza iria querer voltar a dormir. Viu Remo se debatendo no chão contra cordas que mais parecia cobras, Dolohov gemia de dor, segurando seu olho direito coberto de sangue, e Belatriz, caminhando em sua direção, rindo e adorando a sensação de poder finalmente acabar com a última sangue-sujo da família Black.
- Então somos nós duas, Ninfadora...
- Não me chame de Ninfadora! Aliás, não me dirija a palavra!
Tonks se levantou. Apontou sua varinha para o nariz de sua tia.
- Qua audácia! Esqueceu que por mais que eu não goste, sou sua tia?- E riu.- Junleon!
Tonks caiu de joelhos no chão. Suas pernas estavam imoveis.
- Está no lugar que qualquer sangue sujo deveria estar!
Belatriz ria de satsfação. Atrás dela esta Dolohov se levantava. Tonks apontou sua varinha para os cabelos de Bela.
- Incendio!
A cabeça da mulher pegou fogo instantaneamente. Imediatamente Tonks mudou seu cabelo e rosto para algo parecido com Bela.
- SEU INÚTIL!- Berrou, tentando imitar a voz da tia.- ME AJUDE!
- Finite Incantatem!- Gritou Dolohov, empunhando a varinha de Remo. O feitiço passou por baixo de um dos braços de Belatriz. Tonks se esticou e deu uma "cabeçada" no jato.
Belatriz gritava desesperadamente, provavelmente com medo de perder seus "sedosos" cabelos negros, pensou Tonks. Após ela ter recebido o feitiço de Dolohov, além de estar livre do Junleum, seus poderes de metamorfomaga acabaram temporariamente. Dolohov, apesar do olho direito destruido, viu a auror.
- Expelliarmus!- Lançou Tonks, e a varinha de Remo voou da mão de Dolohov.- Finite Incantatem!
As cordas se soltaram de Remo e evaporaram. Parecendo um pouco dolorido, ele se jogou até sua varinha e a agarrou.
- Obrigado!- Ele falou para Tonks.
- Que tal brincar, Antonio? Tarantallegra!- Riu Tonks, deixando o humor tomar conta da cena. Belatriz Lestrange correndo em circulos por que seus cabelos estavam em chamas, e Antonio Dolohov dançando sem parar. Era uma vez na vida pra ver aquilo.
- Muito bem!- Falou Remo.
De repente um frio intenso tomou conta da floresta. As estrelas e a lua se apagaram. Até o cabelo de Belatriz parou de queimar. Três dementadores entraram em cena. Tonks correu até seu marido. Os dois estavam com as varinhas erguidas. Belatriz procurava a sua no chão, aparentemente sem sucesso.
"Uma boa lembrança..." Remo pensou "Ahh, sim!"
*Ninfadora entrou no quarto. Remo estava muito nervoso, culpando-se mais uma vez por tudo que sua mulher estava sofrendo até agora. Seus pais estavam brigando entre sí e com ela. Eles não o aceitavam.
- Papai ainda está meio contrariado com a idéia de ter um neto... Bom, não é qualquer neto!
- Obrigada por me lembrar...
- Não. Olha, ele seria diferente apenas pelo fato de eu ser metamorfomaga! Você não sabe o quanto me encheram o saco quando eu estava em Hogwarts.
- Você era uma Lufa...
- Loser?
- Não era bem isso que eu ia dizer, mas... Já que a carapuça serviu...
Os dois riram por um momento. Tonks sentou ao seu lado na cama. Beijou sua bochecha e afagou seus cabelos.
- Mamãe já disse que "Então se você só vai ser feliz ao lado... dele, tudo bem.". E disse que seria interessante ter um neto mais estranho que a mãe.
- Sua mãe é tão doce...
- Você não viu nada ainda.*
Não era uma lembrança feliz. Mas era uma lembrança boa. Servia.
- Expecto Patronum!- Convocou Remo. Da ponta de sua varinha saiu um enorme lobo.
No mesmo instante apareceram mais cinco dementadores. O lobo de luz não deu conta do trabalho. Não era forte o suficiente. Remo quase pulou quando ouviu a voz da mulher.
- Eu te amo, seu lobo! Faça algo melhor!
- Expecto Patronum!- Ele gritou com mais força.
- EXPECTO PATRONUM!- Berrou Tonks.
*- Olha que coisa fofa! Ele muda a cor do cabelo! Meu xuxu-ursinho!*
Só em lembrar do filho ela conseguia produzir um lobo de luz perfeito. Os dois animais de luz, quase idênticos, e um tanto parecidos com Remo, foram em direção aos dementadores, que voaram para longe, rapidamente. Logo após a reaparição das estrelas e da lua, os lobos sumiram.
O casal se abraçou, feliz. Belatriz achou sua varinha e apontou para Tonks.
- AVADA KEDAVRA!- Ela gritou.
Remo não pôde se mexer. Mas não podia perde-la. Não podia aceitar a idéia de somente lembrar de seus momentos bons. Tonks caiu. Cada segundo parecia durar uma hora para ela.
*Tudo ficou seco e frio de repente. Por algum tempo, Ninfadora reclamou sobre a nova situação. Luzes, vozes, barulhos. Muito mais intensos que antes. Ar.*
Remo segurou o braço dela. Tonks piscou.
*King's Cross. Fumaça. Plataforma 9 ³/4. Ninfadora estava sozinha. Dois garotos ruivos emergiram no meio da fumaça.
- Você é nova aluna em Hogwarts?
- Ah, sim.
- Ele também.- apontou pro menor- Eu sou Gui, e ele é Carlinhos. Weasley.
- Prazer. Sou Ninfadora Tonks. Podem em chamar apenas de Tonks.*
Ela escorregou de sua mão. Remo notou que a maldição não tinha atingido seu mulher.
*Ninfadora estava em Hogwarts. Todos os alunos e professores a olhavam. Tinha um chapéu velho e estranho na cabeça, resmungando em seus ouvidos.
- Você é corajosa... Quem sabe Grifinória? Não, não... Você não se importa com perigos, mas sinto que essa não é a sua casa... Sonserina não... Você não tem ambição o suficiente, apesar de poder ser grande bruxa no futuro... Corvinal? Inteligente, mas desajeitada de mais... Seu tombo foi lindo! Já vi muito tropeçarem no primeiro dia, mas não desse jeito! Típico de... LUFA-LUFA!*
Carlinhos e Quim apareceram na escuridão. Um deles tinha estuporado Tonks para que a maldição não a atingisse.
*Ninfadora estava no escritório da Professora Sprout. Estava extremamente frio. Suas pernas tremiam.
- Professora, eu quero ser Auror.
- Como?
- Eu quero ser Auror.
- Desculpe. Normalmente os alunos de Lufa-Lufa não são Aurores... Sabe, é perigoso de mais...*
Quim e Carlinhos começaram a batalhar com Bela. Tonks caiu de costas no chão.
*Minstério da Magia, verão de 1994. O clima no prédio estava agradável. Mas não existia nada que deixasse Ninfadora mais nervosa que Rufo Scrimegour, seu chefe.
- Este é o Capitão Shacklebolt. Ele cuida dos iniciantes. Então cuida de você. Tenho que ir. - E saiu.
- Prazer, Capitão. Meu nome é Ninfadora Tonks, mas me chame apenas de Tonks.
- Kingsley Shacklebolt. Me chame de Quim se quiser.- Falou com sua voz grave, impossível de esquecer.*
Remo se abaixou até chegar perto da mulher.
- Dora! DORA!- E a sacudiu. Ela abriu os olhos, devagar.
*Estava de frente ao número 12 do largo Grimmauld. Quim estava ao seu lado. Inverno, nevava.
- Então...
- Aqui é a casa dos meus antepassados doidos, anti-trouxas, malignos, e em geral seguidores do Lorde das Trevas?
- Na verdade é a sede da Ordem...*
- Expelliarmus!- Gritou Belatriz. A varinha de Carlinhos voou para longe.- Finite Incantatem!
As pernas de Dolohov pararam de se mexer sozinhas. Ele pegou a varinha de Carlinhos e mirou no casal.- Crucio!
*Sirius parecia preocupado. Talvez com Harry. Ele estava junto com Ninfadora e Remo em uma sala no segundo patamar da casa que herdara. Remo estava impaciente, olhando para os lados, nervoso.
- Ninfadora, é muito perigoso. Quantas vezes tenho que lhe dizer?
- Eu não me importo com o perigo!
- Eu sou quase dez anos mais velho que você, sou... um amaldiçoado, e ainda por cima não tenho nada além de velhas roupas!
- Mas ainda tem a nos, Aulado.- Sussurrou Sirius.
- Vocês não entendem! Eu daria tudo para estar isolado do mundo, sem ter a chance de... morder alguém?!
- E ficar isolado todo o resto do tempo? Aluado, se nós não gostássemos de você não estaríamos aqui agora.
- Remo, se eu não te amasse... Com certeza eu não estaria aqui agora. Você é quem não entende.*
Tonks estremeceu ao receber o feitiço. Remo ficou desesperado. O tempo que ele ficou esperando. O tempo que ele ficou se preocupando. O tempo que ele desperdiçou. O tempo que ele não estava com ela. Estava tudo perdido? Sua mulher flutuava a centimetros do chão, gritando.
- NÃO! Dolohov, deixe ela pra mim, seu idiota! Mate o lobo, se quiser!- Disse Bela.- Bombarda!
Carlinhos e Quim voaram coma explosão. Tonks caiu no chão.
*Dumbledore, Sirius, quem mais poderia perder até que a guerra acabasse? Ninfadora estava na enfermaria de Hogwarts, junto de Minerva, Molly, Fleur, Arthur, Remo e os adolescentes. Fleur e Molly, extremamente tensas em volta de Gui, discutiam.
- É claro que a aparência não conta. Ah, que pena... ele estava prestes a se casar...
- O qu a senhorr qurr dizerr com iss? Qu qurr dizerr com "el estav prrestes a se casarrr"?
- Bom... é que...
- A senhorr acha qu o Gui vai desistirrr d casarrr comigue?... Você acha qu porr cause dessa morrdids el vai deixarr d me amarr?
- Não... Não foi o que eu quis dizer...
- Serrá prreciso mais q um lobisome prra fazerr Gui deixarr de amarr!!!
As duas começaram a chorar e se abraçar. Aquilo feriu Ninfadora por dentro. Fleur não se importava. Por que ela poderia ser feliz e Ninfadora não? Ela amava Remo mais do que tudo. E não poderia ficar com ele? Por que? Por que?
- Nossa tia-avó Muriel tem uma tiara feita pelos duendes... A gente gostaria q você usasse no casamento...
E todos apoiavam, por mais que não gostassem de Fleur. Queriam que Gui fosse feliz. Mas, se nem Andrômeda apoiava a relação da filha com Remo, era pra dar certo mesmo?
- Esta vendo?!?!
Quase todos presentes a olharam assustados. Ninfadota agarrou Remo pelas vestes, olhando para seus olhos. Ele desviou o olhar, parecendo assustado e embaraçado.
- Ela ainda quer o Gui, mesmo que ele tenha sido mordido! Ela nao se incomoda!
- É diferente... Gui não será um lobisomem típico. Os casos são completamente diferentes...
- Mas eu também não me incomodo! Nem um poco... Já lhe disse muitas vezes!
- Eu já lhe disse um milhão de vezes... Sou velho de mais pra você. Velho de mais... Pobre de mais... Perigoso de mais...
Fez-se um silêncio rápido. Ninfadora notou os garotos curiosos, e os adultos encomodados. Realemente ninguém considerava a relação algo fácil de lidar.
- Acho que sua atitude é ridicula, Remo.- Falou Molly.
- Não estou sendo ridiculo, Tonks merece alguém jovem e saudavel.
- Mas ela quer você... Afinal de contas, Remo, os homens jovens e saudaveis não permenecem sempre assim...- E fez um gesto triste em direção a Gui.
- Mas este não é o momento para esse assunto... Dumbledore está morto.- Disse Remo, tentado fugir do embaraço, da preucupação. Ninfadora viu em seu rosto, que se permanecera tenso.
- Dumbledore se sentiria mais feliz em pensar que havia mais amor no mundo.- Disse Minerva.*
- DORA!- Gritou Remo. Não podia perde-la. Não agora. Não quando tinham conseguido ser felizes juntos. Não depois de passar por tudo que contrariava o romace. Não agora. Não. Não por que Teddy estava lá. "Por favor!" pensou Remo.
- Rem..-Era uma pena ter perdido um bruxo tão bom como Dumbledore- Remy...-
-Ninfadora, agora... aceitaria se casar com este velho lobo?- Remo riu.
- Dora, não, não feche os olhos. Teddy está nos esperando!
*- Teddy, Teddy Remo Lupin. Ele não é lindo?*
Tonks se aproximou o máximo que podia de Remo. Ia beija-lo. Sim, pela última vez, ela tinha certeza. Sofrera tanto para chegar alí. No último segundo de sua vida, ao lado de quem tinha escolhido. Escolhido para passar o resto da vida. Então estava feliz. Claro que queria viver mais, ver seu filho crescer, conhece-lo, saber do que gostava, do que não gostava, ser amiga dele, protege-lo, educa-lo. Mas não tinha forças para sair dalí. Baletriz terminaria com tudo. Viu sua tia apontar sua varinha para ela.
*- Emuuuo! Doluaaa!- Ria para a mãe e a avó o pequeno Teddy.*
- Dora... Eu te amo...- Os lábios deles se tocaram. Era o último adeus.
- AVADA KEDAVRA!
*- Dora... Eu te amo...*
O corpo sem vida de Tonks caiu suavemente na grama novamente. Remo demorou segundos para conseguir acreditar. Viu os olhos de sua mulher olharem fixamente para o céu negro da noite. Sem vida. Sem poder se levantar e lhe abraçar. Sem poder lhe dizer que o ama. Sem poder voltar para casa e brincar com Teddy. Sem poder. Sem voltar. Sem vida.
Remo se levantou com a varinha apertada na mão. Ela não poderia ter morrido. Não. Não poderia.
Antes que Remo podesse aportar a virinha pra Belatriz e tortura-la, mata-la, cortar-la em mil pedaços, Carlinhos pulou em cima dela, berrando e tentando estrangula-la.
- VACA! COMO PODE? COMO? VACA!
Dolohov lançou seu feitiço em Carlinhos. O ruivo desviu. Remo estava embriagado com a sensação de perda. Não foi rápido o suficiente. O feitiço acertou seu peito. Remo gritou. Ele tinha uma grande fenda logo abaixo do pescoço, que ia até a cintura. Seu sangue escorria pela grama. Estava caido, imóvel. Ao seu lado pode ver Tonks, ainda olhando para o céu. Então eles se encontrariam mais uma vez? Ah, sim. Ele estava seguro disso. Sentiu um pouco por nunca ter ido buscar o quadro que tinha mandado pintar.
Dolohov andou até ele. Estava rindo. Desgraçado. Remo pode ouvir Carlinhos gritando com Bela, abafando os ruido que ela soltava pela falta de ar. Quim corria até Tonks e Remo.
- Acho que vou te fazer um favor, lobisomem. - Falou Dolohov. Este ouviu Quim e o estuporou.
- Cale... a boca!- E gritou. Dolohov parecia controlar a dor que Remo sentia que aumentava sem parar.
- Ah, coitadinho do lobinho. Deixou o filhotinho com a estranhona, não foi? Ah, você não pode confiar nela? Ela veio, não foi? E agora esta morta... Estranha ela, não acha? Deixou o próprio filhote sozinho para lutar... Lutar por um garoto idiota. Eu não faria isso. Aliás, eu não casaria com um lobsomem sujo, pobre.
Remo queria lhe socar o rosto. Sua raiva crescia como a dor que sentia.
- AVADA- *-Remy...*- KEDAVRA!
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