O Problema (Feliz Natal pra TO
8_ O Problema
Válter estava parado na entrada da sala de estar parecendo confuso e, ao mesmo tempo, assustado.
_O que é isso? Quem são essas pessoas, Petúnia querida?_ ele não reconhecera Harry, já que ele estava de costas para a porta e não tinha se virado.
Harry notou isso e fez um sinal para Duda e a tia para que eles ficassem quietos antes de se virar, dizendo:
_ Ora, ora, tio Válter, não me reconhece mais não, é?
Quando ouviu aquela voz Válter teve dúvidas, porém ao ver o rosto do rapaz, teve certeza de que o moleque tinha voltado para atormentá-lo e se enfureceu.
_ Você? Fora daqui! Fora da minha casa! Suma de uma vez!!!!!!!!
_ Sr. Dursley, calma! Fica calmo, por favor! – pediu Neville, deixando-se ficar ao lado de Severo, apreensivo.
_ Ficar calmo? E quem disse que eu não estou calmo, moleque? Aposto que é mais um daqueles anormais imprestáveis!!!
Imediatamente o rosto dos bruxos se anuviou, fazendo Petúnia ter um mau pressentimento e Duda resolver intervir:
_ Pai, se acalma, por favor!
Mas nada parecia adiantar e a atenção de todos foi desviada por uma voz fraca, que disse:
_ Pety, acho melhor nós irmos embora, eu vou fazer uma chave de porta... _ mas quando ele tentou levantar a fraqueza o fez tropeçar, sendo carinhosamente apoiado por Petúnia, o que enfureceu o seu marido.
Justamente nesse momento Severo tirou a varinha, pronto para fazer uma chave de portal com o enfeite da mesa, e tarde demais percebeu o seu erro ao ver o olhar de Válter.
Quando Válter viu a varinha seu rosto assumiu um tom marrom-arroxeado e ele fez algo totalmente inesperado: sacou um pequeno revólver e apontou-o para Severo, com um brilho alucinado no olhar. Petúnia, assustada, abraçou Severo, podendo assim ficar entre ele e a arma, e Duda gritou:
_ Pai, não!!!!!
Harry não gritou. Com um gesto, fez Neville se conter e avançou, a expressão séria, atraindo a atenção de Válter, que virou a arma para ele, engatilhando-a.
_ A... A... A... Afaste-se de mim! _ começou a gaguejar ele, apavorado com o olhar de Harry.
_ Abaixe essa arma! _ falou o rapaz, seu tom de voz frio e penetrante.
_ Faça o que ele diz, Válter! _ implorou Petúnia, fazendo Severo sentar-se novamente devido à fraqueza.
Mas Válter não escutava ninguém e continuava encarando Harry, com um ar ao mesmo tempo alucinado e raivoso enquanto apertava a arma.
_ O que você fez? Você usou “aquilo” neles, não usou? Desfaça, agora!
_ Válter, pára, por... _ começou a pedir Petúnia, mas foi interrompida pelo disparo _ NÃO!!!
Neville se jogou na frente de Harry, jogando-o para o lado, mas sem necessidade. Caído no chão, atingido no ombro esquerdo, estava Severo Snape, desmaiado.
Quando soou o tiro, Severo não pensou em nada racionalmente. A única coisa presente em sua mente era a imagem do seu sonho, Harry e Neville mortos por sua culpa. Ele não lembrou que Harry podia usar magia para se defender nem que, como apanhador, suas chances de se desviar eram grandes. No microssegundo do disparo, ele reuniu cada grão de força do seu corpo e desaparatou do sofá em que estava para frente de Harry, bem na hora em que a bala ia alcançá-lo, recebendo-a no ombro. Ao ver, apesar de toda a dor que sentia, que tanto Harry como Neville estavam seguros, o resto de sua força o abandonou e ele tombou, sem sentidos.
O tempo pareceu parar. Válter, com um sorriso maníaco nos lábios, olhava, satisfeito, a obra da sua loucura. Enquanto isso, Duda sustentava a mãe, quase sem sentidos, atordoado demais para falar ou se mover. Harry, esquecendo totalmente da discussão, tomou Severo nos braços, segurando-o e, com isso, sujando-se do sangue que jorrava do ferimento. Já Neville, o bom e dócil Neville, fez algo totalmente inesperado: gritou, um urro de raiva, inarticulado, e voltou-se para Válter, acertando-o com um feitiço para Desarmar tão forte que o atirou pela porta da sala até o pé da escada, onde ele caiu desacordado.
Depois dessa explosão ele pareceu se acalmar um pouco e foi para perto de Harry, ajudando-o a sustentar Severo.
_ Um médico! Duda, ligue para um hospital! AGORA! _ começou a gritar Petúnia, num estado de quase-histeria, se debatendo nos braços do filho.
_Não, tia, fica calma!_ pediu Harry, sua voz fraca tentando parecer decidida e segura.
_ Mas... Harry, esse ferimento... Ele está sangrando muito! O que você pretende?
No entanto, quem respondeu foi Neville, já tirando uma moeda dourada do bolso.
_Podemos cuidar disso, mas não sozinhos. Vamos precisar de ajuda._ e voltando-se para Harry perguntou _ Mando um aviso para a Hermione e mais quem?
_Rony, Gina e Luna, senão eles nos matam.
Neville se afastou, dando pequenos toques na moeda com a varinha enquanto resmungava as mensagens.
Enquanto isso Harry, com o semblante carregado, usou a varinha para levitar Severo até o sofá. Duda, que o observava enquanto a mãe ia até o banheiro lavar o rosto, tentando se acalmar, apressou-se em ajudar o primo, arrumando o ferido de modo que o ombro não ficasse pressionado pelo encosto do sofá. Apesar disso o sangramento aumentou, assustando-o.
_ Harry, o que vamos fazer? Ele não pára de sangrar!
_Calma Duda!_ mandou Harry, assumindo um tom de comando que era desconhecido do seu primo, acostumado com um garoto calmo.
_ Desculpa. Mas o que você pretende? _ perguntou Duda, tentando se controlar mas sem esconder o nervosismo.
_ Isso: Episkey! _ disse Harry, estancando o sangramento com um aceno de varinha _ e mais isso: Targeo! _ com isso, todo o sangue foi aspirado da sala, das suas roupas e do ferimento de Severo, revelando o orifício negro da bala, que se alojara no osso do ombro, sem atravessar. Ao constatar isso, Harry ficou mais preocupado ainda. Precisavam de Hermione ali. E logo.
Apesar de ainda ser cedo, Hermione Granger já estava ocupada. Segunda-feira era seu dia de fazer faxina no seu apartamento, um belo “dois-quartos” que ela alugara, próximo ao Saint-Mungus. De terça-feira até sexta-feira seu tempo se dividia entre o curso de medibruxa, no período da manhã, e o estágio do curso, que era à tarde. Sábado ela visitava os pais e, no domingo, ela passava o dia na casa do noivo.
Logo que terminou de tomar o café, lançou-se à tarefa com energia. Como morava em um prédio trouxa todo o cuidado, em se tratando de magia, era pouco. Aparatação, somente em um beco próximo e, em caso de emergência, ela podia usar sua moeda da A.D. como chave de portal.
O silêncio da casa era rompido pela música que vinha do aparelho de som, um CD trouxa que seus pais tinham trazido de presente quando voltaram de uma viagem ao Brasil, um mês antes. Essa música, segundo Harry, era um retrato fiel dela com Rony...
Sempre depois das brigas, nós nos amamos muito...
Dia e noite a sós, o universo era pouco pra nós.
O que aconteceu, pra você partir assim?
Se te fiz algo errado, perdão, volta pra mim!
Essa paixão é meu mundo,
Um sentimento profundo.
Sonho acordado o segundo em que você vai ligar.
O telefone que toca;
Eu digo alô sem resposta
Mas não desliga, escuta o que eu vou te falar...
Mas justamente nesse momento ela sentiu algo quente de encontro ao peito e puxou um cordão, onde estava pendurada uma moeda, assustada. Há algum tempo ela tinha mudado o feitiço de Proteu das antigas moedas da A.D., aprimorando-o. Com isso era possível trocar mensagens entre quem tinha as novas moedas (ela, Harry, Rony, Gina, Neville, Luna, Jorge, Denis e Minerva) para avisar de emergências (N/A: eu tirei essa idéia da fic Harry Potter e o Herdeiro de Numenor, terceira da série de fics do Claudio, e só fiz algumas alterações, usando as moedas ao invés de broches para a comunicação). Para isso cada um deles tinha a sua senha. Desligando o rádio, ela segurou a moeda e disse:
_Harry, meu irmão, Rony, meu amor, vocês vivem em meu coração!
Imediatamente a moeda liberou uma luz azul, formando no ar a seguinte mensagem:
“Mi, preciso poção reposição sangue. Urgente. S.S. ferido. R.G.L. avisados. HP bem. N.L.”
Assim que terminou de ler, criou logo a resposta:
“Tenho poção em casa. Usarei moeda. Procure fechar ferimento. H.G.”
Logo que enviou a mensagem, começou a procurar, entre suas poções, a certa. E começou a pensar no que podia ter acontecido.
Sentada em sua cama, Gina Weasley estudava um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas para a prova do final do próximo ano letivo. Iria prestar seus N.I.E.M.’s e, como pretendia seguir a carreira de auror, tinha que se preparar bem se quisesse tirar as notas necessárias.
Desde o fim da guerra ela tinha criado para si uma rotina: levantava, fazia exercícios físicos, voava, praticava feitiços, ajudava a mãe e estudava. Mudava só nos fins de semana, quando Harry e Hermione estavam lá.
Começava a ler o capítulo sobre aparatação como técnica de combate, quando a moeda em seu peito esquentou, desviando a sua atenção. Depois de fechar a porta com um feitiço, tocou a moeda e disse:
- A chama da fênix aquece o meu coração.
Nem bem falou e uma luz vermelha se desprendeu da moeda, formando uma mensagem no ar:
“Use chave da moeda. HP te chamando. S.S. ferido. R.H.L. já avisado. N.L.”
Ela se levantou com um pulo, derrubando o livro. Com a varinha, tocou a moeda, enviando a resposta:
“Logo chegarei. Obrigado. G.W.”
Depois de enviada a mensagem, recolheu os livros e trocou de roupa, preocupada com o que podia ter acontecido. Assim como Rony e Mione, ela já sabia do parentesco de Harry e Snape, e também sabia que Harry evitava o assunto para não constrangê-lo, tornando a relação dos dois mais cordial do que antes, porém ainda impessoal.
E, se Snape estava ferido, Harry podia acabar se descuidando e falando para Neville. E isso era complicado.
Rony suava, literalmente. Estava na sala de simulação de luta do Ministério treinando, como fazia toda segunda pela manhã. Hoje treinava com Josh Melany, um colega de turma do curso que ele sabia que não o suportava. O que, devido ao fato de que ele e Harry estavam adiantados no grupo, era normal. Tinha acabado de rebater uma azaração do Corpo Preso quando sentiu algo esquentando em seu bolso. Sabendo que devia ser algo importante, falou:
- Podemos parar um pouco, Melany? Preciso resolver uma coisa.
- Vai nessa, Weasley – disse Josh com uma careta. Era um ano mais velho do que Rony e achava um absurdo que , depois de 3 meses de curso, ele e o “Eleito” Potter, como ele pensava, tivessem sido passados para a turma dele, de treinamento nível médio. Achava que, provavelmente, tinham usado a influência do Ministro Shacklebolt em seu favor. E isso o irritava.
Totalmente alheio aos pensamentos do colega, Rony seguiu até o vestiário, onde tirou a moeda da A.D. do pescoço e falou:
- Nunca provoque minha amada.
Sua moeda emitiu uma luz verde, que formou a seguinte mensagem:
“S.S. ferido. H.G.L. já avisadas. Precisamos ajuda com ele . HP bem. Use moeda. N.L..”
Seu primeiro pensamento foi um palavrão. Se era preciso usar a moeda, eles não estavam na Mansão Black. E se não estavam lá e Snape estava ferido, isso significava encrenca. E das grandes.
Luna estava sentada na sua mesa na redação do Pasquim corrigindo, absorta, os erros ortográficos de um artigo da próxima edição. Como estagiária na redação seu serviço era basicamente esse, além de acompanhar repórteres e montar capas.
Apesar de não demonstrar, Luna mudara muito. Mesmo que continuasse com o seu ar avoado, ela agora era muito mais atenta. Isso ficara claro para todos uma semana antes, quando ela, sozinha, tinha defendido três alpinistas trouxas no Himalaia de um ataque de Yétis. Ela estava lá justamente pesquisando os ataques dessas criaturas acompanhada de um repórter veterano. Milan Jobck, que fugira apavorado ao vê-los. Depois de pedir ajuda pela moeda ela conseguiu manter as criaturas longe até a chegada dos aurores, que acabaram com os monstros, e alterado a memória dos trouxas antes de ir embora.
Tinha acabado de corrigir uma frase mal-escrita quando sentiu algo quente em seu pulso.
Imediatamente largou a pena e virou a pulseira, revelando a sua moeda da A.D. embutida na corrente. Rapidamente dirigiu-se para um banheiro. Assim que ficou sozinha tocou a moeda e disse:
- Amigos são o ar que respiro.
Sua moeda emitiu uma cor rosa, desenhando no ar a mensagem:
“Use moeda. Preciso ajuda.S.S. ferido. R.G.H. já sabem. Te amo. N.L.”
Imediatamente enviou a resposta e foi apanhar a bolsa. Se Neville estava com Snape e este estava ferido, algo sério devia ter acontecido. Afinal, pai e filho dificilmente ficavam juntos, de modo que eles estarem de serviço juntos e Severo se ferir era bem estranho.
Conforme as respostas chegavam, Neville ficou mais calmo. Sabia que logo os amigos estariam ali. Enquanto isso, no entanto, era necessário cumprir a ordem de Hermione.
- Como vamos fechar o ferimento? Quem tem que fazer isso é um médico! – dissera Petúnia, ao ouvir a mensagem de Hermione.
- Temos que extrair a bala para fazer o sangramento parar de vez. O problema é: como? – ajuntara Duda, sua expressão séria e preocupada.
- Acho que sei como, Duda! Exclamou Harry, seus olhos brilhando. – Mas vai doer muito.
- Então diga de uma vez! – exclamou Neville, nervoso.
- Nós faremos o seguinte...
E explicou o seu plano.
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GENTE, FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sei que demorou, mas o cap saiu como presente de Natal pro povo.
E agradeçam a minha mãe, ela digitou ele todo ontem, pq eu digito muuuuuuuuito devagar.
Agora os recadinhos:
1*- Miguel: sua fic ta ótima, espero que vc continue assim. e vc me deu uma idéia pra capa dessa aqui, valeu!
2*- Mandy: Vc é louquinha, menina! Mas mesmo assim eu te adoro!!!!!!!
3*- Nath Black: Te amodoro, miga!
E 4*, o mais importante: EU SÓ DEVO ATUALIZAR EM FEVEREIRO OU MARÇO, PQ VOU PRA CASA DA MINHA AVÓ E LÁ NÃO TEM COMPUTADOR. NÃO ME MATEM, POR FAVOR, MAS SÃO MINHAS ÚLTIMAS FÉRIAS ANTES DO VESTIBULAR DO ANO QUE VEM.
Mil beijinhos dessa doida aqui.
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