Cap. 5



Cap. 5 – “Pelegrinne” Jane Weasley

- Claro, não foi isso o que eu disse? - Hermione ficou irritada, será que ele estava a duvidando do que ela dizia?

- Mas, eu nunca soube disso, você nunca me disse que poderia estar grávida.

- Ah Rony não me venha com essa agora... O que foi que você fez sem se preocupar com ninguém? Foi embora, você fugiu, e eu jamais seria a pessoa a te impedir disto.

- Mas deveria.

- E por quê? Se você fugiu só prova que não era digno da confiança que eu depositei em você, você não passou de um covarde.

- Covarde? Disto eu nunca vou poder ser acusado Hermione. Eu fugi não foi da responsabilidade e sim de sofrer por te ver com outro!

- E me diga quem era esse outro? André? Quantas vezes vou ter que te dizer que não tive nada com ele?

- E quem me garantia na época?

- EU - disse Hermione com raiva - Você deveria ter acreditado em mim, quem ama confia Ron, e você não sabe confiar, tão pouco deve saber amar.

- CHEGA! Eu já não quero mais ouvir nada disso! Estou aqui ainda se são capazes de lembrar, e sinceramente vocês podem resolver esse pedaço do passado de vocês depois. Falou Maria aos prantos. Eles realmente haviam se esquecido da menina ali.

Rony e Hermione estavam paralisados com o grito.

- Você lembra Hermione quando eu sai correndo da sala e sumi, e mudei com você do nada? Eu fui procurar o André, saber o porque seu quarto na casa era exatamente como o meu antes, saber o porque parecia ter sido decorado por uma mulher e não por um homem... Saber coisas da minha vida, sombras...

- Ele me disse que fora minha mãe que o decorou antes de sumir, e ele deixou como último presente dela pra mim.
E você me disse que você o decorou quando estava grávida lembra?
- Desde então eu já imaginava diversas coisas inclusive o fato de você ser minha mãe, mas não me cabia a idéia do abandono... Você tinha me dito que sua filha morreu, e meu pai, que minha mãe me abandonou, as historias não combinavam concordam?

- Maldito - disse Rony entre os dentes - Ele enganou as duas, e a mim também.

- Mas agora que sabem da verdade, como eu fico? - perguntou Maria hesitante

- Comigo, se assim o quiser e claro. Quanto ao seu pai, digo André, terei de visitá-lo essa noite.

-Eu irei com você. Disse Ronald. - Não vou deixá-la sozinha com esse homem.

- Ron, me desculpe, mas por mais que meu pai tenha errado ele sempre cuidou muito bem de mim, enquanto você, eu ainda não consigo te ver como pai, então eu agradeceria se vocês não o falassem mal na minha presença, esta sendo difícil pra mim esse rompimento com ele - disse Maria

- Tudo bem Maria, mas não me peça para gostar dele. Respondeu o ruivo.

- Você Maria, fica comigo? Perguntou Hermione.

- Com uma condição. Quero me sentir sua filha MÂE!

- E eu quero me sentir sua Mãe - disse Hermione com lagrimas nos olhos, abrindo os braços pedindo um abraço.

Ninguém em toda á hogwarts um dia pode imaginar o quanto este momento foi desejado e esperado por cada uma dessas mulheres. Maria irradiava alegria. Hermione um misto de sentimentos inexplicáveis. Somente elas sabiam bem o que era isso.

- Você não imagina por quanto tempo eu esperei isso na certeza de não encontrar... Chorava Hermione.

Rony assistia a cena como se não pertencesse a ela, mas no fundo o coração dele sabia que era sim, parte fiel e essencial pra que um dia essa historia tivesse um final feliz.
E se dependesse dele, ela teria, essas duas mulheres a sua frente mereciam ser felizes na vida, mesmo que fosse difícil.


- Desculpe interromper mas eu gostaria de fazer parte desse momento posso? Perguntou Ronald.

- Claro! Foi Maria Clara que respondeu, ela agora abria espaço no abraço para que ele se encaixasse ali.

O dia, ou pelo menos o que ainda sobrou dele foi aproveitado como nunca. Hermione arrumou uma cama em seu quarto pra que elas pudessem aproveitar cada momento juntas. Mesmo sendo difícil e contra as regras da escola que isso acontecesse, elas conseguiram uma brecha, afinal quem não percebia que era o que elas mais queriam? Ficar juntas?

Já à noite, Hermione estava aflita em seu quarto a espera de Ronald.
Eles iriam pegar uma chave de portal pra chegarem ate André e resolverem logo pelo menos parte dessa historia inacabada.

Maria tentava inutilmente acalmar a mãe, pois esta estava mesmo nervosa com o que poderia acontecer.

- Mãe? Mãe? Hermione você está aí?

- Ah desculpe minha filha e que o Rony esta demorando demais...

- Calma, ele já deve estar chegando, não adianta você ficar nervosa, o que mais vai precisar hoje e de calma. Relaxe.

- Vou tentar minha filha, vou tentar.....

Batidas na porta.

- Nossa já não era sem tempo! Que demora Rony.

- Cheguei 15 min antes do combinado. Sei como você é. Nunca que me atrasaria.

- Ela estava aqui quase morrendo de agonia... Você nem imagina.

- Posso imaginar sim.. afinal foram 8 anos de convivência...Riu.

- Chega de falar de mim! Podemos ir?

-Sim. Estão prontas?

- Prontas? Como assim? Maria não vai.

- É, sei que você não queria que ela fosse mais ela me pediu e eu não pude resistir. Falava Rony de cabeça baixa.

- Mas vocês já estão fazendo complô contra mim? Falou Hermione perplexa... Bela dupla viu. Riu...

- Então vai se arrumar Maria, te dou 5 minutos.

- Já estou pronta. Disse Maria pulando da cama...

- Estava deitada, como se fosse dormir, vestida assim?

- Uhum... riu

- Foi o que você a mandou fazer presumo? Perguntou Rony.

- Foi sim. Respondeu

- Então, sou uma garota obediente. Não iria desaponta-la.

- Ah claro, estava mesmo tudo combinado... Ok. Percebo que eu realmente perdi nesta... Riu dando-se por vencida.


Eles seguiram a hogsmead local onde poderiam desaparatar.
Rony iria guiar Maria, já que ela não poderia fazer isso sozinha.

Aparataram em uma praça sem visitantes, próximo a residência de André, as janelas do andar de cima estavam acesas ao contrario das debaixo, sinal de que ele já havia se retirado para dormir.

- Tudo bem, falou Maria. Quando ele ouvir minha voz não vai se incomodar com a hora.
Ela parecia ter lido os pensamentos dos outros dois ali.

Tocaram a campainha, por ser um bairro trouxa não poderiam usar magia.

- Quem é? Perguntou uma voz grave do outro lado da porta.
- Sou eu, respondeu a menina.

- Mas Maria? O que você faz aqui? O que aconteceu? Perguntou o homem abrindo a porta com brusquidão.

- Viemos lhe fazer uma visita, podemos entrar? Perguntou Hermione.

- Mione? Você? Ah claro, entre.

Eles entraram e sentaram nas confortáveis poltronas da sala de visitas.
Maria foi ate a cozinha e preparou um chá fumegante para todos ali.

- Bom, será que vocês poderiam me dizer qual o motivo dessa visita?

- Sim, foi Ronald que respondeu.

- Viemos lhe perguntar a real historia da vida de Maria, cremos que há algo muito errado na versão que ambos conhecemos...

- A Maria? E por que haveria?

- Porque eu já sei que você não é meu pai. Agora queremos que você nos conte a sua parte da historia.

- Eu não fiz de propósito. Hermione havia me dito que quando você tivesse idade pra viajar ela voltaria a Londres e tentaria por na cabeça de Ronald que você era filha dele. Eu na queria perde-la e a idéia de ela alem de ir ainda levar você com ela me atormentava ainda mais. Eu não poderia deixa-las ir...
Tentei de diversas maneiras fazer a Hermione mudar de idéia mais não obtive sucesso. Então conversando com uma amiga trouxa ela me disse que a única maneira era fazer com que pelo menos você ficasse. Disse ele olhando para Maria. – o parto de Hermione estava cada vez mais perto eu precisava agir. E infelizmente agi apenas com a razão e não com o coração.
Quando finalmente a hora chegou,houve complicações no parto e Hermione entrou em coma e ninguém sabia dizer o porque. Semana se passou e você teve alta, a levei para casa e cuidei de você como se fosse minha. Hermione não acordava, passaram-se alguns meses e eu me apeguei a você e vi que realmente não conseguiria ficar sem te-la comigo,
Uma noite meu telefone toca e eles dizem que Hermione acabara de acordar, e que teria alta no dia seguinte. A esse ponto Hermione já havia sido transferida de hospital ela não podia ficar numa maternidade por tanto tempo. Sem pensar eu arrumei algumas coisas suas Maria e a levei a casa de sua avó. Falaria qualquer coisa a Hermione quando ela perguntasse de você.
Logo na manha do dia seguinte, eu fui ao hospital e você já me esperava pronta pra vir pra casa. Falou ele olhando dessa vez para Hermione – A primeira coisa que você me perguntou foi onde estava a sua filha. Lagrimas brotaram de meus olhos por não querer contar a verdade, e eu disse que ela havia morrido no parto, por isso você havia entrado em coma, disse também que o bebe havia sido mandado pro expurgo, sendo assim não tinha papeis a serem vistos. Ela apenas chorou e enquanto terminava de se recuperar em minha casa eu matinha Maria na casa da minha mãe.

Os três ali sentados prestavam a máxima atenção nas palavras ditas por aquele homem.

- Depois de alguns dias na minha casa, Hermione se foi, e então era fácil pra mim dizer a Maria que a mãe dela a abandonara com medo do desafio de cria-la.
Não disse a Maria que a mãe dela havia morrido, como sei que vocês pensaram porque seria cruel ela crescer sabendo que mãe havia morrido quando ela nasceu. E então o resto vocês já conhecem. Mas agora me digam, por favor, como foi que você descobriu Maria.

- Juntando peças André! Virei muito amiga da Mione e ela me confidenciou alguns segredos, alguns deles muito parecidos com lembranças minhas... meu quarto da mesma maneira que ela falou ter decorado o dela quando morou com você, por exemplo.

- Você não tinha o direito de fazer o que fez comigo André. Gritava Hermione que chorava.

- Ele realmente e alguém que não merece nem a nossa pena Mione, vamos embora. Já sabemos de coisas o suficiente.

- Vocês vão, Maria não. Ela amanha será transferida para outra escola. Disse André.

- O que? Falou Maria? – Você acha mesmo que depois de tudo isso eu vou querer continuar com você?

- Você não tem escolha Maria, é minha filha.

- Ela NÃO E SUA FILHA. Gritava Ronald.

- TEM MEU NOME NO REGISTRO DELA. Rebateu o homem.

- ISSO E SO UM DETALHE, MUDAREMOS ASSIM QUE POSSIVEL.

- CHEGA! ELA E MINHA FILHA E ELA VAI COMIGO. Berrou Hermione.

- Sim, eu vou com a minha mãe, não quero viver em mentiras por mais um minuto.

Com tamanha indiferença, mas com lagrimas nos olhos André disse:

- Eu mando as suas coisas pra escola amanhã.

- Ela não precisa de nada que venha de você! Falaram Rony e Hermione juntos.

- Ela tem quem cuide dela. Dessa vez quem falou foi Ronald.

- Agora vamos – chamou Hermione – já chega pra mim.

- Adeus André..Adeus... Concluiu Maria Clara Pelegrinne....

No caminho a praça para voltarem a hogwarts....

- Só quero que façam uma coisa pra mim com urgência Mione...

- O que minha filha? Perguntaram os dois...

- Meu nome... Meu nome vai ser Maria Clara Jane Weasley.... Esse sobrenome, só faz parte da vida de mentira..

Hermione sentiu uma alegria imensa invadir seu peito. Sua filha queria assumir seu nome

Ronald interrompeu:

- Acho que podemos dar uma mudada no nosso destino. Pegou na mão das duas mulheres a sua frente e disse A Toca! E desaparataram.






Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.