Marcas Profundas - Prólogo
Era uma noite de um inverno muito rigoroso. Um jovem que aparentava ter seus 25 anos levanta-se da cama, após mais uma noite de tentativas fracassadas para adormecer. Seu rosto deixava exposto o que sentia. Pelos seus olhos azuis-acinzentados podia-se ver a preocupação e a dor.
Sentou-se na cama, e pegou um jornal que saíra à uma semana. Na primeira página estava, em letras garrafais, a seguinte manchete:
“Continuam à solta os bruxos caçadores de puros-sangues”.
“A gangue caçadora de puros-sangues é formada por bruxos vítimas das antigas famílias seguidoras de Voldemort (os chamados Comensais da Morte), que agora têm como seu intento destruir o que resta de membros de famílias de sangue inteiramente bruxo que já tiveram comensais, uma espécie de vingança. Até agora não há suspeitos, e enquanto o Ministério trabalha noite e dia para encontrá-los, as enfermarias no hospital St. Mungus lotam-se cada vez mais”.
Ele deixou o jornal de lado e levantou-se da cama. Olhou em volta. Deitara-se em uma cama que parecia muito luxuosa, porém corroída pelo tempo. Andou alguns passos, pegou uma pequena maleta surrada e colocou algumas peças de roupa dentro. Correu os olhos por cima do velho criado mudo, destruído pelos insetos, e seu olhar se deteve numa fotografia igualmente velha. Nela estavam três figuras que se mexiam. Um homem, alto, de cabelos loiros platinados muito compridos, ao lado de uma mulher muito bela, olhava com aparente orgulho para um menino de cabelos loiros claríssimos, que vestia um uniforme da Sonserina.
O jovem, então, desviou o olhar da fotografia e fechou a maleta. Olhou em volta. Estava morando no que pareciam ser as ruínas do que já fora uma grande casa da alta-sociedade, mas que agora exibia manchas de umidade pelas paredes descascadas. Ele saiu do aposento, com o olhar decidido, e se dirigiu até a porta da rua. Saiu da casa, colocando a maleta nas costas e tremendo de frio na noite coberta de neblina.
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