Capítulo 1



Dedicatória: Eu dedico essa fic a alguém que me incentivou a escrevê-la. Uma amiga que faz aniversário hoje. Uma grande amiga. A minha irmã, Drikaele. Feliz Aniversário, maninha!
Beijos, Pah Black Princess.


Capítulo 1

Estava andando pelas ruas de Londres para tentar esquecer tudo aquilo que se passava no Mundo da Magia e que, pouco a pouco, começava a afetar o Mundo Trouxa.
Tentava esquecer daquela guerra, dos momentos difíceis que passei, das ameaças que sofri, dos amigos que deixei e do amor que eu larguei para trás.
Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Era sempre a mesma coisa... Bastava lembrar dela ou apenas tocar em seu nome que eu começava a chorar. Ela era tudo para mim. Era tudo que havia de bom nesse mundo e, ao mesmo tempo, tudo o que havia de pior. Era o bem e o mal numa mesma pessoa.
Não podia fazer aquilo... Não podia continuar a lamentar por alguém que nunca iria me amar. Além do mais, o amor era uma fraqueza... Não podia deixar que o amor me impedisse de chegar ao poder... Sequei meu rosto e segurei as lágrimas.
Olhei para uma vitrine de uma loja trouxa e vi um belo vestido. Um vestido preto que devia ir até os joelhos de quem o usasse. Continuei a olhar o vestido, não sabia o porquê disso, mas permaneci olhando-o. Comecei a vê-la naquele vestido. Era como se ela estivesse ali. Pisquei. Ela desaparecera. Percebi que estava sonhando acordado.
Por que eu tinha que vê-la em tudo? Por que sempre ouvia sua voz me chamando daquele jeito doce que só ela sabia usar? Por que via uma mulher na rua e pensava que era ela? Por que eu tinha que sofrer com aquilo? Por que eu era o único destinado a sofrer por amor?
Lágrimas recomeçaram a rolar por meu rosto. Não conseguia contê-las.
- Draco, chorar não é um sinal de fraqueza? - Disse uma voz doce atrás de mim. Um perfume floral invadiu minhas narinas. Era ela, só podia ser.
Virei-me e a vi. Parecia que estava no paraíso. Queria abraçá-la, beijá-la e dizer o quanto a amava. Queria que ela fosse minha para sempre... Almejava de todo o coração que ficássemos juntos para sempre.
- Sempre foi e sempre será uma fraqueza, mas às vezes, não se pode segurar as lágrimas.
- Ah! Isso quer dizer que, ás vezes, até você chora?
- Eu não acredito que estou dizendo isso a você, mas sim, às vezes, até eu choro.
- Nossa, esse dia é memorável... - Como era tentador ouvir ela falar comigo daquele jeito e não fazer nada... - Mas, eu posso saber por que você se permite chorar às vezes? Quem foi a pessoa que conseguiu quebrar esse coraçãozinho de pedra?
- Não te interessa, minha querida...
- Sabe, eu não queria ser grossa, mas se não interasse, eu não estaria perguntando...
- Quem decide se interessa sou eu... É sobre a minha vida, não é? Eu falo dela para quem eu quiser...
- Moleque, você é odiável... Eu só queria te ajudar... Já que você não quer ajuda, eu vou indo... - Por que eu fiz aquilo? Que ódio eu sentia de mim naquele momento... Ela começou a andar e foi embora.
Corri atrás dela, segurei seu braço e disse:
- Desculpa...
- Você acha que sempre há uma segunda chance na vida, não é?
- Garota, se você não quer me desculpar, o problema é seu... - Soltei seu braço e comecei a andar na direção oposta à que ela estava virada.
- Draco! - Me virei ao ouvir meu nome ser chamado por aquela voz meiga.
- Sim? - Disse, me virando com um sorriso nos lábios.
- Eu te desculpo...
- Agora? É tarde... Eu não quero mais que você me desculpe.
- Você que sabe... - Ela foi até a calçada e sentou-se. - Sabe, eu não entendo porque a gente sempre briga...
- Deve ser o hábito... A gente vivia brigando na escola.
- É mesmo... Acho que nós não conseguimos ficar mais de trinta segundos sem brigar...
- Trinta segundos é muito...
- É mesmo... Por falar em Hogwarts, a gente bem que podia ir lá... Deu saudade da escola... Depois que mataram o Dumbledore, Hogwarts foi fechada pelo Ministro...
- Bom, das aulas não tem por que você ter saudade, não é?
- Como assim?
- Vai me dizer que você não está tendo aulas particulares com o pessoal da Ordem?
- Isso é assunto secreto... Não te interessa.
- Tanto faz... Você acabou de entregar que sim... Está gostando das aulas?
- É... É maneiro ter aulas sem sonserinos chatos me enchendo...
- Obrigado pela parte que me toca...
- Nunca tive aula com você...
- Mas eu sou um sonserino que te enchia...
- É... Então? Vamos ou não para Hogwarts?
- Não tem como entrar, mas a gente pode dar uma olhadinha por fora. O que você acha?
- É uma ótima idéia... Vamos?
- Vamos... - Aparatamos próximo à escola. Quando ela viu a escola, seus olhos brilharam. Saiu correndo em direção aos portões. Fui andando com calma até o portão. Não queria muito estar ali... Talvez, fosse, em parte, minha culpa Dumbledore estar morto e a escola ter fechado... Não queria lembrar do que acontecera naquela noite... Enfim, cheguei ao portão.
- Eu queria tanto poder estar lá dentro... Seria fantástico...
- Mas você não pode... Hogwarts é perigosa, acredite em mim... Hoje em dia, há coisas lá dentro que quase ninguém consegue derrotar... Criaturas das trevas comandadas por Voldemort... Entrar na escola é perigoso demais...
- Mas como entrar em casa pode ser perigoso? Nossas casas nunca são perigosas...
- Quando estão repletas de amor... Hogwarts não sabe o que é o amor há muito tempo... Desde que todos a deixaram, ela somente vê as trevas...
- Mas a escola vivia repleta de felicidade e amor... Quem seria capaz de acabar com Hogwarts a esse ponto?
- A única pessoa que consegue carregar um ódio tão grande no coração, que é incapaz de amar... Voldemort...
- Exatamente, Draquito... Voldemort e os seus queridos Comensais... - Disse uma voz atrás de nós. Viramo-nos e demos de cara com Bellatrix Lestrange, minha tia. - E você se encontra entre eles, não é?
- O que você quer titia?
- Saber o que você faz com essa traidora do sangue ao invés de estar lá dentro com todos os outros.
- Não te interessa. A minha vida só interessa a mim mesmo. - Percebi que minha tia olhava fixamente nos meus olhos. Desviei o meu olhar do dela, sabia o que ela estava fazendo.
- Draquito, eu não preciso de contato visual para ler sua mente. Já sei de tudo o que queria saber e muito mais... Sabe Draquito, se o Lord descobrir, você pode se considerar uma pessoa morta...
- Você não contaria, contaria?
- Não... Eu vou fazer algo melhor... Vou me livrar dela e contar para o Lord depois... O que acha?
- Titia Bella, por favor, não...
- Draquito, eu já fui boazinha com você durante esses últimos meses, mas agora já chega... Até tudo bem você se apaixonar por uma puro-sangue, mas uma traidora do sangue já é demais... E, já que você não consegue se livrar dessa paixão, eu te livro dela, não será trabalho algum para mim...
- O que você vai fazer?
- Olhe e descobrirá... - Minha tia apontou a varinha para a garota que se encontrava a meu lado. Uma luz roxa saiu da varinha e acertou-a. - Dou-lhe vinte minutos com ela. Se não entrar em vinte minutos, eu volto para te buscar... Saiba que, se você demorar, eu volto com o Lord e conto-lhe toda a verdade. - Minha tia abriu o portão e, depois de entrar, o fechou.
Fui até a garota que estava caída no chão. Ajoelhei-me a seu lado e vi que chorava. Queria poder ajudá-la, mas eu não sabia o que aquele feitiço fazia, nunca vira minha tia lançá-lo em alguém.
- Está tudo bem?
- Não... Ai! Tá doendo mui... - ela não conseguiu terminar a frase, pois começou a sair sangue de sua boca.
- Fica quieta... Eu vou pensar no que eu posso fazer para te ajudar...
- Você não pode fazer nada... Eu sei que feitiço é esse e ele não tem um antifeitiço... Não há nada que faça isso parar... Draco, me faz um favor?
- Todos os que você quiser...
- Diz pros meus pais, pros meus irmãos, pro Harry e pra Mio... - seu sangue começou a sair de sua boca outra vez. Quando o sangue parou de jorrar ela continuou: - Diz para eles que eu os adoro... - o Sangue jorrou mais uma vez.
- Você já percebeu que quanto mais você fala, mais sangue sai da sua boca?
- No fim das contas, sai sangue... É um dos objetivos do feitiço... E Draco... - Mais sangue começou a sair em abundância de sua boca... - Diz pro Draco que eu amo ele... - ela apertou sua barriga com força, pelo jeito a dor aumentara.
- Considere o recado dado... E saiba que ele pediu para te dizer que também te ama...
- Que bom... - reunindo todas as suas forças, ela sentou-se na minha frente e, olhando nos meus olhos, aproximou-se de mim e me beijou. Afastou-se e caiu no chão. Estava morta.
Desaparatei de Hogwarts com o seu corpo. Assim que aparatei em frente À Toca, encontrei Harry Potter. Expliquei-lhe o que acontecera, dei-lhe o recado que ela pedira para dar. Ele foi bem compreensivo quando eu disse que não queria ter que explicar para mais ninguém o que acontecera.
Deixei o corpo de minha amada com o Potter e aparatei em Hogwarts. Entrei na escola, fui até o Lago e entrei nele. Sabia que não poderia respirar embaixo d'água, mas o fiz. Matei-me porque sabia que seria melhor morrer com um pouco de dignidade do que deixar que Voldemort o fizesse.
No fim, acabei encontrando minha amada numa outra vida.

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Beijos,
Pah B. Princess

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