A Proteção
A Rua dos Alfeneiros à noite, era iluminada apenas por alguns postes, e pelo brilho dos olhos dos poucos gatos que passavam ali. Aquele nevoeiro incomum, não ajudava tampouco. Era uma pequena rua calma de homens ricos com carros cada vez mais brilhantes e caros, apenas para que pudessem comentá-los em alto e bom som para que vizinhos os invejassem. O número quatro não era muito diferente nesse ponto, porém um outro, o diferenciava totalmente do resto da rua. Quando os vizinhos passavam, para o desespero do casal que ali residia, os primeiros comentários que pensavam fazer era que aquele lugar, abrigava um delinqüente. Aquele garoto estranho de expressão indefinida com um corte estranho na testa. Senhores tais como os Dursley, não deveriam ter aceitado abrigar um garoto como aquele.
O delinqüente atendia pelo nome de Harry. Harry Potter. Delinqüente para os ignorantes. Para os que sabiam Harry era na verdade, um bruxo. Um garoto que havia sido deixado no batente daquela porta quando era apenas um bebê, horas depois do assassinato de seus pais. O professor Dumbledore, diretor da escola de Hogwarts na época, era quem o havia deixado lá com uma carta, que explicaria tudo ao casal.
Havia sim, muito que explicar, pois o casal era o único pedaço da família de Harry que havia sobrado vivo no mundo. Seus pais foram assassinados pelo bruxo mais tenebroso, inconseqüente e temido do mundo. Aquele que apenas o nome fazia os mais corajosos bruxos estremecerem. Lorde Voldemort.
O bruxo sumira durante treze anos, logo após assassinar os pais de Harry. Pois ao tentar assassinar o garoto que tinha apenas um ano de idade, perdeu todos os seus poderes. Alguns diziam que ele havia morrido. Outros achavam que ele estava aí fora, fraco demais, porém que um dia voltaria. Ele possuía seguidores (Comensais da Morte) que foram presos logo após seu desaparecimento. Alguns continuaram em liberdade, alegando manipulação pelas maldições proibidas. O único bruxo que ele e seus seguidores temiam, era Dumbledore. Afora ele, nada temiam, mataram milhões. Às vezes, por pura diversão, incluindo bruxos e trouxas (pessoas que não são bruxas). Aquele que se colocasse no caminho do Lorde das Trevas, poderia dar adeus à vida. Porem alguns ganhavam a vida assim. Esses eram os aurores. Um departamento especial do ministério da magia que se reserva a perseguir, prender e por vezes matar, bruxos das trevas. Os pais de Harry eram aurores e tão poderosos que haviam enfrentado o lorde das Trevas em pessoa três vezes e escapado ilesos.
Porém quando aquele dia fatídico chegou nada pode salvá-los. Um de seus seguidores que atendia pelo nome de Severo Snape, entreouviu uma profecia, dita pela professora Sibila Trelawney ao diretor Alvo Dumbledore que dizia que no fim de julho nasceria umgaroto filho de pais que já haviam enfrentado o Lorde três vezes e três vezes escapado ilesos. Este garoto teria poder igualado ao do Lorde e o Lorde o marcaria. Um nao poderia viver enquanto o outro sobreviver. Mas certo momento ponto, o comensal foi descoberto e posto para fora, não podendo ouvir o resto, que era crucial para que o plano do Lorde desse certo. Este resto dizia que o menino iria ter o mesmo poder do lorde quando este o tentasse matar. Foi direto contar para seu Lorde, que não pensou duas vezes e foi atrás dos Potter, sem saber o resto da profecia. O estranho era que havia dois meninos nascidos no fim de julho cujos pais haviam enfrentado o Lorde o mesmo número de vezes e escapado ileso. Os Potter e os Longbottom, uma família onde os pais eram também aurores, mas ao invés de mortos, foram torturados até a insanidade. Porém, ele foi atrás dos Potter. Usou a maldição fatal nos pais de Harry, e depois, voltou-se para o garoto, lançando-lhe a mesma maldição. Porém, Voldemort não tinha total intenção de matar Lílian, a mãe de Harry, que mesmo assim, quis morrer para proteger seu filho. Então, Harry estava protegido por uma força que Voldemort conhecia, porém ignorava, subestimava. O amor. A força mais poderosa que já existiu e que será sempre a mais forte, a que prevalecerá. Então, o feitiço virou contra o feiticeiro. Literalmente. Harry escapou ileso com apenas uma cicatriz em forma de raio exatamente no centro da testa. A partir deste dia, Harry ficou conhecido como o menino que sobreviveu.
Já o malvado, pode se dizer que morrera. Mas não, pois ele já havia tomado providencias para que isso não acontecesse (morrer, eu quero dizer). Ele se transformou em espírito. Não, menos que um espírito. Um parasita. Dependeu do corpo de animais e pessoas para sobreviver. Até três anos atrás, quando ele começou a recobrar forças até que reviveu e tomou sua forma normal. O que na verdade não era muito normal. Possuía uma aparência macabra de olhos puxados completamente vermelhos, a pele branca acinzentada como a de uma cobra. O nariz achatado, com dedos longos e frios. Harry presenciou seu ressurgimento num cemitério, pois era preciso algumas gotas do sangue de Harry para que Voldemort o pudesse tocar novamente. Agora os dois usufruíam da proteção de Lílian Potter.
No sexto ano de Harry em Hogwarts, ele descobriu sobre a existência de objetos chamados de Horcruxes. Esses objetos são a ‘providencia’ que o Lorde tomou para que não pudesse morrer. Acredita-se da existência de sete deles. Em cada objeto desses, Voldemort pôs um pedaço de sua alma, e ele só morrerá quando todos esses pedacinhos de alma forem destruídos, inclusive ele próprio. Esses objetos são coisas de valor para ele, como um anel de família que pertenceu a Salazar Slytherin, uma taça de Helga Hufflepuff, um medalhão de Slytherin, o diário de Riddle (que, aliás, é o nome verdadeiro do bruxo: Tom Marvolo Riddle), a cobra Nagini, a coroa de Revenclaw, fora ele mesmo, Voldemort. O anel e o diário, já foram destruídos por Dumbledore e Harry. Os outros, não se tem certeza de seu estado.
Também no fim do sexto ano, Harry sofreu a sua terceira perda na vida. Com um ano, perdera seus pais. Com treze, conhecera o padrinho e aos quinze, ele foi assassinado. No sexto ano, com dezesseis, o professor Alvo Dumbledore que se tornara o pai e o avô que Harry nunca tivera, foi assassinado pelo comensal da morte duas caras, conhecido com Severo Snape. O mesmo fora perdoado por Dumbledore e se tornado professor de Hogwarts, porém no fim do ano, assassinou o diretor que sempre o defendeu, mesmo perante uma corte de acusação.
Na verdade, fora uma morte estranha. O diretor como todas as vítimas da maldição, deveria ter arregalado olhos, e caído direto ao chão logo após um ofuscante lampejo de luz verde. A luz verde realmente aparecera, porém, não ofuscante. Apenas um fio de luz que bateu com estrondo no peito do diretor, que após elevar-se alguns centímetros do chão, caiu mole e graciosamente, num corpo já sem vida.
Agora, voltando à rua dos Alfeneiros: O nevoeiro estranho e denso denunciava acontecimentos estranhos, ou uma magia realmente poderosa.
O único lugar, onde a proteção de Harry estava concretizada era a casa de seus tios, onde corria o sangue de sua mãe. Lá dentro, nenhum mal poderia lhe acontecer. Isto é, até que ele completasse dezessete anos. O que, aliás, acabara de acontecer. Mas Harry mal reparara. Talvez porque ele estivesse literalmente absorvendo a matéria de poções do ano passado num livro. Absorvendo por osmose, quero dizer.
Estava cheio de deveres de casa para as férias que aqueles cruéis professores insistiam em passar. Algum comando que ele não pôde registrar, fez seus pés se arrastarem para a cama e seu corpo alto, bonito e atlético largar-se na mesma. Num instante de consciência, ele acordou, abriu os olhos e olhou para a janela. Ainda estava escuro. Virou-se na cama e olhou para o relógio. Já passara da meia noite. Fizera dezessete anos quando o relógio bateu meia noite. Seu ânimo melhorou um pouco. Mas não quando ele lembrou da proteção que se quebrara. Não que ele fosse um covarde. Você ficaria feliz? Imagino que não, certo? As coisas apenas pioraram quando ele se lembrou do pedaço arrancado de seu coração que fora a perda de mais um amigo. Não um amigo. Uma pessoa tão especial, que ele vira morrer. O segundo pai que ele viu morrer. Fez seus olhos encherem-se de lágrimas que ele não pôde conter. Chorou. Harry Potter chorou. Quando pensou nisso, tentou recompor-se e tentar ser forte. Pensou na vergonha que seu pai e padrinho sentiriam dele. Mas logo então, o rosto do diretor veio à sua mente. Uma imagem que o confortava e enchia o coração com todos os bons sentimentos da vida.
O rosto lhe dizia com carinho: “chore Harry” “Seja forte!” “Mostre que você é um ser humano e merece carinho! E merece sentimentos, compreensão!” Isso só o fez confortá-lo. “Hoje é seu aniversário! Não fique triste, anime-se! Um feliz aniversário!”. Aquilo bastou para Harry como presente para toda a vida. Não que seus tios lhe dessem presentes, era apenas por que com presente ou não, aniversário era sempre bom. Virou-se para o lado e sorriu. Sentiu-se mais feliz. Olhou para a gaiola de Ediwiges, agora vazia. A coruja ainda não voltara de sua caçada noturna. Porém ele suspeitava que não fosse só isso que ela andava fazendo, pois não voltava havia três dias. Agora os Dursley o tratavam como se ele não existisse, o que era muito chato. Não que eles contribuíssem em algo, mas agora ele não falava com ninguém, a não ser Ediwiges e seus amigos, mas com os amigos apenas por carta. Harry não tinha com quem conversar sobre isso, mas toda vez que pensava em meninas bonitas, sentia-se mais agitado. E isso o incomodava. Sabia que tinha algo a ver com aulas embaraçosas de ciência. Mas o mais preocupante, é que ele nunca sentira nada assim por uma menina próxima, só por algumas que ele via e nem sequer sabia o nome. Mas agora, ficava ainda mais agitado pensando em sua amiga, Hermione. Ao invés de ficar ali pensando em seu aniversário, e outras besteiras, Harry decidiu dormir e descansar.
Alguns barulhos estranhos e uma forte luz acordaram Harry. Ele havia esquecido de fechar a janela e já havia amanhecido. O barulho estranho veio de várias corujas em cima de sua escrivaninha. Levantou-se e olhou feliz, os grossos embrulhos e cartas que elas traziam. Chamou todas para sua cama e ficou feliz ao abrir cada embrulho. Procurou com o olhar um pontinho branco no meio de tanta coruja, mas a que ele procurava, acabara de subir em seu ombro piando levemente e bicando sua orelha, como dando feliz aniversário. Ela trazia o embrulho de Mione, que ele fez questão de abrir primeiro.
Abriu o cartão cuja capa era uma foto dos dois (em movimento, como toda foto dos bruxos) comendo pirulitos na loja de doces Dedosdemel de Hogsmead. Ele riu e abriu. Estava escrito: Querido Harry,
Feliz aniversário! Como é bom falar com você! Estou morrendo de saudades. Espero que goste do presente. Estava imaginando se você não gostaria de passar o restinho do verão na minha casa em Londres. Por favor, me responda. Meu pai disse que será um prazer pagar sua passagem de trem até aqui, e que ele está louco para te conhecer. Você vem? Responda-me! Saudades e com muito amor,
Mione.
“Com muito amor” ela tinha dito. Ele resolveu abrir o presente. Era um caderno simples. Ele não entendeu, mas quando abriu, viu um monte de anotações de Mione para os NIEMs que seriam muito úteis para ele. Entre anotações de diferentes matérias havia fotos dos dois fazendo coisas diversas. Havia também fotos do seu melhor amigo: Rony Weasley se divertindo com eles. HAvi também feitiços legais do tipo: como conjurar... qualquer coisa! Como fazer um amigo tagarela calar a boca... Ele riu à beça.
Abriu o presente de Rony que vinha com quatro corujas pardas. Como manda a educação (é claro que não a vontade) ele abriu primeiro o cartão e dizia:
Caro Harry,
Aí não há apenas um presente como você deve ter percebido. Eu mandei um, mamãe, papai, Fred e Jorge. Espero que goste! Escute, eu te chamaria na boa para passar o resto das férias aqui, mas não consigo terminar os deveres sozinho, mas imagina com você aqui! Bom, boa sorte com os deveres e te vejo no casamento!
Abraços,
Rony
PS: Vai ser no dia 25 de agosto, e mamãe mandou dizer que é para você e Mione virem. O Fred e Jorge vão pegar vocês.
Harry! Aqui são Fred e Jorge! Inventamos uma nova engenhoca maravilhosa! Ideal para bruxos viajantes. Uma firebolt com sistema de invisibilidade integrado. Basta tocá-la que ela e você ficaram invisíveis! Alias é assim que vamos buscar você e Mione. Essa carta é meio que o nosso presente de aniversário, pois será uma dessas vassouras que será entregue a você no dia que iremos te buscar. O Lupin mandou uma horda de aurores virem junto conosco, mas você sabe como é... Vamos buscar vocês no dia 23, não esqueça. Pegaremos a Mione e depois você. Será que vocês não dão um jeito de estarem juntos? Tudo iria ficar mais fácil!
Abraços do Fred e do Jorge!
“Uau, uma Firebolt novinha...” Falou Harry.
Harry querido,
Aqui é a Senhora e o Sr. Weasley! – Ele sabia que era ela que estava escrevendo – Eu te mando vários presentes junto com Arthur! Espero que goste!
PS: Gui também mandou um.
Sem mais perder tempo, ele rasgou os embrulhos. Rony havia lhe mandado um livro chamado Fotos&Fatos sobre os CC (Chudley Cannons) ele riu. A Sra. Weasley mandou-lhe muitos e muitos doces que o salvariam da dieta intensiva de Duda, e um Suéter escrito “Apanhador” e com um pomo de ouro bordado. Ele vestiu o suéter e abriu o de Gui que vinha com um bilhete:
Cara, você já tem dezessete anos. Deve querer saber desse tipo de coisa. Depois me fala se gostou e se quiser falar com alguém sobre isso, é só me escrever!
Gui.
Curioso, Harry abriu o presente. Era um livro grosso intitulado: “Como conquistar aquela garota. Dicas de namoro, pegação e algo mais...”.
Sorriu. Estava realmente precisando disso. De repente, uma coruja negra pousou na sua frente e largou um envelope pardo. Harry pegou abriu e leu o bilhete:
Harry, Feliz aniversário! Espero que goste do presente. Vai te dar menos trabalho com Ediwiges e ela vai gostar!
Um abraço, Hagrid.
Puxou lá de dentro um saquinho com pequenos grãos parecidíssimos com alpiste. Pregado a ele, tinha um pequeno papel. Com as instruções. Era uma espécie de comida para coruja de sabor de morcegos e outros pequenos animais que Ediwiges adorava comer. Era bem simples. Despejando apenas dois grãozinhos daqueles no potinho da coruja e dizendo o feitiço ‘Engorgio’ eles se transformavam em petiscos do tamanho de salsichas, que com certeza acabariam com o problema de falta de comida que fazia a coruja sair à noite para caçar.
As corujas que já haviam entregado os presentes, saíram voando pela janela e então uma coruja marrom avermelhada chamou atenção piando alto. Harry olhou para ela e ela jogou-lhe um envelope com o logo reconhecível a metros de distancia escrito: Draco Dormiens Nunquam Titilandus. Abrindo viu um bilhete de uma rebuscada letra conhecida:
Querido Harry,
Feliz aniversário! Estou com muita saudade de você! Queria que estivesse aqui. Você como ninguém, conhecia o homem que eu amava. Sabia o que ele gostaria que fosse feito agora. Mas sinto realmente a sua falta. Farei tudo para que você passe seus NIEMs, mesmo que eu tenha de lhe dar aulas particulares de todas as matérias depois do horário.
Beijos,
Profa. M. MacGonagall.
PS:Talvez goste de saber que o conselho achou melhor me manter diretora do colégio!
Anexada a isso, estava a comum carta de Hogwarts:
Caro Sr. Potter, Gostaríamos de lhe informar que seu período letivo começa no dia 1º de setembro, quando o senhor deverá pegar o expresso Hogwarts na plataforma nove e meia. Gostaríamos de informar também, que dessas férias em diante o senhor está autorizado a praticar magia fora dos terrenos da escola (de acordo com a lei). Lista de material anexa. Atenciosamente
Minerva McGonagall, vice-diretora.
Harry ficou em estado de choque. Então ela amava o ex-diretor. E sentia sua falta. E o chamara de Harry e não Potter como costumava. Isso o fez feliz. Sentiu um carinho e compaixão pela professora, não só pela atenção que ela lhe dera, mas pela tristeza que pôde perceber na caligrafia da mesma. Voltou-se para o próximo embrulho prometendo a si mesmo que ajudaria a professora assim que chegasse à Hogwarts. O próximo e ultimo embrulho veio de uma coruja cinzenta com uma caligrafia conhecida.
Caro Sr. Potter,
Um ótimo aniversário para o senhor! Que seja um dia feliz de muita alegria para meu rapaz. Espero que goste do presente que cuidei para que chegasse até você.
Sinceramente,
Prof. Slughorn.
Achou realmente engraçado o professor mandar-lhe um presente. Era o livro de poções que Harry precisaria para cursar o sétimo ano em Hogwarts, nada demais.
Harry guardou seus presentes e desceu para o café da manhã. Seus tios já estavam lá. Harry, entrando na cozinha deu bom dia a todos (em vão naturalmente, pois mesmo em circunstancias normais, ninguém responderia, agora mesmo, era apenas gastar saliva com eles). Mas incrivelmente tio Válter respondeu. “Bom dia garoto, como vai?” “Vou bem tio, Obrigado” Ele disse meio desconcertado. “Bom dia Harry querido...” disse tia Petúnia e o queixo de Harry caiu. “Não entendo. Sem querer ser grosso, mas não entendo.” “O que, querido?” Perguntou a tia “Não se façam de besta... vocês estão me cumprimentando, isso não faz o mínimo sentido!” disse ele indignado. “Ah, sim, já sei... É por que agora já posso fazer mágica fora do colégio...” disse ele após pensar um pouco. A veia na testa do tio palpitava. “Não, não querido, não é isso juramos!” “E parem de me chamar de querido, pois sei que é pura falsidade!” “Bom, já que perguntou, não. Não é por isso que estamos te cumprimentando. Estamos te cumprimentando pelo seu ultimo dia nessa casa. Feliz aniversário de dezessete anos, garoto. Feliz, feliz, feliz!” Harry ficou pasmo “Vocês sabem por acaso o que isso quer dizer? QUE CORRO RISCO IMINENTE DE VIDA?”.
“Sabemos querido, e é por isso que preciso que você fique mais um tempo aqui. Eu realmente não gostaria... de... de perder você... ” “Sabemos querido, e é por isso que preciso que você fique mais um tempo aqui. Eu realmente não gostaria... de... de perder você... ” "O-o que?" Harry murmurou a raiva baixando, olhando do tio para a tia, o primo já havia corrido da cozinha. "Petúnia... Não comece...", disse o toi com mais raiva "nao estou fazendo nada demais, Válter!" "Já tivemos essa conversa" "Ele vai ficar aqui até que esteja seguro!" "Tia, agradeço a sua 'colaboracao', mas... Eu NAO estou mais seguro. A partir do momento em que faço 17 anos, a protecao acaba." "Mas, entao... Harry, isso quer dizer que...?" "Eu vou embora, tia. E vou logo, pois eu sou um grande atrativo, e comigo aqui voces tambem correm perigo." "Esse menino nao se importa conosco!" Esbravejou o tio "Ele só quer sair daqui!" A tia pareceu nao gostar do comentario, mas nao contestou. Harry nao sabia o que dizer: "Nao, nao!!!! Nao é isso, tia, juro que nao é!! É bem verdade que eu gostaria de ser bem tratado" E lancou um olhar ao tio "mas eu vou sair pois me importo com voces." Ao que a tia nao pareceu acreditar ele disse "Eu juro, que se eu sair vivo dessa jogada, onde quer que voces estejam, eu vou achar vocês, e provar que me importo com vocês." A tia esbcous um sorriso "mas eu perdi a fome. vou subir." Ele subiu martelando os degraus.
No andar de baixo a campainha tocou e tia Petúnia foi atender.
- Pois não? – diz ela olhando para a menina de cabelos castanhos e ondulados à porta. Ela vestia um vestido até a altura do joelho, ondulando, sem manga, branco, aparentemente de seda e com lindos desenhos de flores tropicais vermelhas, o cabelo estava solto.
- Eu gostaria de falar com o Sr.Potter, por favor – disse a garota e tia Petúnia embranqueceu.
- Não tem ninguém aqui com esse nome. – disse ela e rispidamente.
- Pois o endereço está certo – disse a menina correndo o dedo por um papel pequeno.
- Tudo bem, entre, ele está no quarto – disse Tia Petúnia amargurada apontando para a escada.
- Obrigada - disse a menina cruzando a soleira e subindo a escada. Bateu a porta e esperou resposta.
Harry levou um susto, pois se os Dursley prefiriam fingir que ele não existia, por que estariam batendo à sua porta? Levantou-se e foi atender.
O susto que levou antes não se comparava ao que levara ao ver a menina de seus sonhos parada à porta sorrindo radiante. Era Mione.
- HARRY! QUE SAUDAAADE! – disse ela se derretendo e pulando em cima do garoto para lhe abraçar ou quase sufocar. Depois que o soltou beijou-lhe a bochecha. Harry colocou a mão por cima do local em que ela lhe beijara como se não acreditasse no que acabara de acontecer. Mas retirou-a logo, pois percebeu que Mione o observava.
- Mione! Que está fazendo aqui? – disse ele surpreso se recuperando do susto inicial.
- Vim te ver! Minerva disse que você podia! Fui a Hogwarts nas férias e lá estava ela!
- Podia o que?
- Ficar na minha casa o resto do verão! Não é maravilhoso?
- Que maravilha! – disse ele sorrindo radiante e realmente feliz pela primeira vez em meses. – E quando posso ir?
- Hoje, agora – disse ela sorrindo.
Os dois ficaram de mãos dadas à frente e olhando-se nos olhos sem conseguir parar de sorrir. Harry não pôde deixar de reparar como Mione estava linda com um fiapo de cabelo caindo graciosamente sobre o olho esquerdo. E também não pôde deixar de reparar (afinal era um menino de dezesseis anos) que no vestido que ela usava havia mais “relevo” do que da última vez que ele a vira.
– Ah! Sua carta de Hogwarts – disse ela conseguindo tirar os olhos de Harry, mas soltando suas mãos sem graça, e entregando-lhe um envelope que dizia:
Caro Sr. Potter,
Gostaríamos de lhe informar que seu período letivo começa no dia 1º de setembro, quando o senhor deverá pegar o expresso Hogwarts na plataforma nove e meia. Gostaríamos de informar também, que dessas férias em diante o senhor está autorizado a praticar magia fora dos terrenos da escola (de acordo com a lei). Lista de material anexa.
Atenciosamente
Minerva McGonagall, vice-diretora.
- Quer dizer que esse ano poderemos fazer mágica fora da escola? – perguntou ele – que legal!
- Não é? – disse Mione.
Depois de um tempinho ela disse:
- Ah! Feliz aniversário! – ela abraçou-lhe e lhe deu um beijo na bochecha, entregando-lhe um pacote – abra!
- Puxa Mione obrigado – disse ele – não precisava!
- Ah precisava sim! Agora abra!
- Só um segundo – disse ele rasgando o papel.
Ele encontrou uma caixa decorada e a abriu. Nela havia uma folha de papel branca. Ele a segurou e ela tinha uma textura engraçada. Aquilo com certeza não era papel.
- Isso Harry, é um copiador. – explicou ela – você imagina qualquer coisa ou alguém ou... É, você entendeu, que você quiser e vai aparecer no copiador. Em forma de foto. Mas na nossa forma, a forma bruxa, em que as fotos se mexem. Teste-o!
- Uau! – Harry imaginou um close Mione e esta apareceu na superfície do papel, com o fiapo de cabelo no rosto, sorrindo e se mexendo lenta e naturalmente, como se fosse real. – é fantástico!
- Ah que é isso... – disse ela e após um tempo continuou - Agora VAMOS! Despeça-se dos seus tios e vamos logo que meus pais já devem estar preocupados.
- Tá, mas como vamos voltar? – disse ele – nem conheço seus pais nem nada...
- Quanto a conhecer meus pais não há problemas. Eles estão ansiosos para te conhecer.
- Estão, é? Por quê? – perguntou ele.
- Por que, hum... – ela pareceu desconcertada – hã... Falei pra eles... De... Vo... Cê... Algumas vez.. Por que falei de... Vo... Cê.
- Anh. – Harry não havia entendido o motivo de ela estar desconcertada daquele jeito – bom e quanto ao meio de locomoção...
- Ah! Isso... Er... Bom... Você vai ter de concordar em amarrar seu malão com tudo dentro na firebolt, eu ir à garupa, e nós irmos voando até lá em casa.
- Isso vai ser ótimo! Vou avisar aos Dursley.
Harry desceu correndo as escadas, nem ligando para o último degrau que rangia. Correu à cozinha, onde agora estavam os três e disse:
- Bom, vou-me embora de vassoura, voando para a casa da minha melhor amiga. TCHAU!
Harry nem ficou para ver com que cara os Dursley reagiram a isso. Pegou seu malão, que ficava preso no armário em baixo da escada (abrindo-o com magia) e sua vassoura e subiu.
- Pronto – disse ele à Mione – estou pronto, vamos?
- Claro! Mas...
- Mas...?
- Terei de fazer um feitiço no teu malão para fazê-lo ficar mais leve e a gaiola – disse ela franzindo a testa e olhando para o malão. Ela murmurou o feitiço e o malão de Harry ficou intacto – levante-o, agora.
Harry levantou-o e a seu tato pareceu vazio; a firebolt o levaria numa boa.
- Bom trabalho – disse ele – está mais leve como jamais esteve – e sorriu – vamos decolar do jardim?
- Parece sensato – disse ela sorrindo.
Correram escada a baixo e chegando ao jardim, Hermione prendeu o malão de Harry e a gaiola à firebolt por mágica. Harry montou a vassoura e Hermione montou atrás, abraçando Harry pela cintura.
- Pronta? – perguntou ele.
- Vamos – disse ela abraçando-o com mais força.
Harry deu um impulso do chão e subiu o mais veloz que pôde em direção às nuvens para que ficassem escondidos dos trouxas curiosos.
- Pra onde agora? – perguntou Harry.
- Ah! – disse ela metendo a mão nas vestes – um momento – e retirou uma bússola das vestes e a prendeu com magia na vassoura de Harry. - Sempre ao leste, Harry – disse ela.
- OK – respondeu ele.
E assim seguiram com vento nos cabelos e às vezes Hermione o abraçava mais fortemente, e ele gostava.
Até que ela disse:
- Agora, apenas desça um pouco pra eu poder ver se já estamos chegando.
Harry desceu um pouco e viu um bairrozinho cheio de casas, e sem prédios.
- Sim! – disse ela – é aquela branca. - Desça o mais rápido que puder para eu ninguém nos veja.
- OK – disse ele.
Apontou a vassoura para baixo num mergulho e tanto. Até que se recuperou do mergulho e pousou graciosamente na grama extremamente verde.
- Bom, é aqui. – disse ela – que tal?
- É muito bonita – disse Harry – onde estão seus pais?
- Não sei, espere – disse ela – PAI? MÃE? ONDE ESTÃO VOCÊS? Nao se preocupe, Harry a Ordem providenciou a maior protecao possivel para a casa dos meus pais, estamos seguros. – disse ela.
Segundos depois, os dois vieram correndo e abraçaram a filha enquanto Harry observava. Pararam de abraçá-la e Hermione disse:
- Mãe, pai, Harry Potter. – disse ela estendendo a mão e apontando para Harry.
- Então é esse, o tal Harry, filha? – disse a mãe de Mione – Muito prazer, querido, seja bem vindo e tenha uma ótima estadia. – disse ela beijando as duas bochechas de Harry.
- Muito prazer, filho – disse o pai de Mione estendendo-lhe a mão, que Harry apertou.
- O prazer é todo meu de conhecer vocês e de estar aqui, com a minha melhor amiga o resto do verão.
A mãe de Mione sorriu e disse:
- Aw... Mas que educadinho...
O pai de Mione passou o braço pelos ombros de Harry e ia lhe mostrar a casa quando a mãe de Mione que a tinha chamado a um canto e falado entusiasmada e rapidamente com a garota disse:
- Deixe isso para Mione, querido, e aproveite e leve as malas de Harry para o quarto.
O pai de Mione pareceu desapontado, mas fez o que a esposa disse.
- Vamos Harry – disse Mione – vou lhe mostrar a casa toda.
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Fim do cap 1!!! COMENTS!!!
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