Entrouxando em Amsterdã
- Eu sempre disse que é assim que terminaríamos se trouxéssemos o Malfoy nessa viagem – resmungou Rony.
A rua era sombria, embora fosse pouco mais de duas horas da tarde. As fachadas dos prédios eram enegrecidas e os pedestres medonhos e mal vestidos. Estavam na Travessa do Tranco, sentados em uma calçada encardida, em frente a um edifício de aparência abandonada.
Draco não estava com eles. Havia entrado no prédio pelos fundos há horas atrás e ainda não retornara. De acordo com ele, ali ele conseguiria as habilitações para dirigir, passaportes, vistos e todos os documentos que precisariam.
- Já chega – disse Harry levantando-se da calçada – Eu não vou ficar aqui nem mais um minuto esperando. Vou entrar atrás dele!
- Harry! Seja paciente, por favor. O Malfoy foi bem claro sobre isso: não podemos entrar lá – disse Mione.
- Acho que a Hermione está certa, isso não deve ser gerenciado por bons elementos – falou Luna.
- Ah, qual é! Harry está bastante acostumado a lutar com maus elementos, ele faz isso desde que a gente o conhece – falou Rony rindo.
- Acho inútil Harry tentar entrar, provavelmente deve haver algum tipo de teste pra ver se você é mau caráter o bastante – falou Gina.
- Ok cabeça de fósforo, você acaba de perder sua licença para dirigir por essa gracinha – falou uma voz áspera atrás do grupo.
Malfoy apontou para um dos documentos que tinha na mão e ateou fogo nele, jogando-o no chão em seguida. Gina olhou horrorizada para o papel carbonizado, estava ansiando pela chance de dirigir por alguns quilômetros.
- Seu... seu... filhotinho de comensal desprezível! – falou ela levantando com a varinha ameaçadoramente apontada para Draco.
- Se eu não fosse um, provavelmente não teríamos isto – falou ele ignorando o ataque de fúria da ruiva e distribuindo os documentos para o grupo.
- Nossa, eu pareço esquisita nessa foto – falou Luna.
- Que nada – espiou Rony a carteira dela – Você tem sempre essa cara mesmo.
- Obrigada, Malfoy – falou Hermione recebendo os documentos apreensiva, não gostava muito de ilegalidades.
- Podemos ir agora? As passagens de avião têm que ser compradas com antecedência – falou Harry.
Quem observasse aqueles jovens caminhando na rua acharia no mínimo esquisito. À frente iam Harry, Hermione e Rony, conversando entrosadamente. Atrás do trio, Gina fazia alguns comentários sobre os assuntos e tentava manter uma conversa com Luna, só que está, volta e meia parava de supetão e se detinha a observar coisas sem nexo, como promoções de meias-furadas.
Atrás de todos vinha Draco Malfoy, sem falar absolutamente nada, tentando manter uma distância razoável do grupo para que ninguém pensasse que estava com eles e ao mesmo tempo sem os perder de vista para poder segui-los. Afinal, não fazia idéia do caminho para o aeroporto.
- Ainda falta muito? – reclamou Gina com preguiça.
- Não, não. Já está chegando. Eu disse que era perto do Beco Diagonal – explicou Hermione.
- Podíamos ter tomado um ônibus – sugeriu Rony.
- Não há a menor necessidade disso, Ronald. Veja! – disse Hermione apontando para uma construção adiante cujo letreiro indicava claramente “Aeroporto de Heathrow”.
- Uau! – disse Gina observando o conjunto a sua frente.
Meia hora mais tarde, o grupo já havia despachado as bagagens e Hermione encontrou com todos no saguão.
- E as passagens? – perguntou Harry.
- Estão aqui – disse Hermione mostrando os papéis retangulares, onde se lia “Londres-Amsterdã” em destaque.
- Ótimo, já deram a primeira chamada pro nosso vôo, é melhor nos apressarmos – falou Harry.
- Gina, o que houve agora? – perguntou Mione reparando na cara mal humorada da amiga.
- Foi o Malfoy, ele enfiou o elfo doméstico dentro da bagagem! – falou Rony apontando para Draco.
Draco, no entanto, nem se quer estava ouvindo as reclamações sobre ele. Ele estava olhando descaradamente para um grupo de meninas. Eram lindas, a maioria com cabelos castanhos e corpos esculturais. Estavam animadas, certamente um grupo de intercâmbio.
- Draco Malfoy! Você vai levar um elfo doméstico na bagagem? Isso é crueldade! – falou Hermione exasperada.
- Não arruíne meu humor, Granger. Eu vou estar muito feliz o resto dia, adoro brasileiras – falou o loiro indicando as meninas.
- Uau! Agora eu entendi porque falam tanto delas – disse Ron abobadamente.
- Nossa! Não podemos leva-las com a gente, não? – perguntou Harry impressionado.
- Eu odeio interromper, mas o nosso vôo sai daqui a exatos 4 minutos e 22 segundos – falou Luna calmamente.
A observação de Luna foi o suficiente para que o grupo todo saísse correndo em direção ao portão de embarque. Chegaram ao avião bem a tempo e começaram a procurar seus lugares.
- Mas que nojo, Granger! Classe executiva! – exclamou Draco quando uma senhora muito gorda passou imprensando ele nas poltronas.
- Ah me desculpe, senhor mimadinho. Nós estamos tentando poupar o dinheiro que Dumbledore nos deu.
- Rony, fica calmo cara! Aviões são seguros – disse Harry para o amigo que estava pálido e suando frio.
- Seguros uma ova! Vivem caindo!
- Achei! – gritou Gina apontando para as poltronas que correspondiam ao número indicado na passagem.
As poltronas eram duplas, Rony sentou ao lado de Harry, Hermione se acomodou com Gina, Luna se sentou e Draco parou estático olhando pra poltrona vazia ao lado da menina.
- Eu sei que eu não sou o queridinho de vocês, mas porque logo eu tenho que me sentar com a Lovegood? Isso é uma puta de uma sacanegem! – falou Draco mal humorado.
Harry olhou para trás e disfarçou uma gargalhada, Luna estava sentada espirrando um líquido roxo com cheiro de queijo mofado para todos os lados e Draco estava em pé, completamente horrorizado, olhando ao redor procurando um lugar vazio.
- O que é isso, Luna? – perguntou Gina
- É um spray anti-queda, meu pai comprou pra mim. Você sabe como essas máquinas trouxas são, sempre dando defeitos, caindo e matando centenas de pessoas.
Nessa hora ouviu-se um barulho abafado seguido por uma exclamação de nojo de Harry. Rony acabara de vomitar no saquinho que a aeromoça havia distribuindo.
- Rony, você está bem? – perguntou Mione preocupada.
- Ok, pra mim já chega. Vou viajar em outro lugar – falou Draco e saiu andando.
- Pra onde ele vai? – perguntou Gina.
- Provavelmente vai subornar o comissário e ir pra primeira classe – disse Harry.
- Eu não me importo aonde ele vai, desde que ele vá pra Amsterdã – disse Mione – Ele já conhece a família da Fay Green, sem ele será bem mais difícil encontrá-la.
Aos poucos quase todos haviam se sentado em seus lugares. Os passageiros estavam ficando mais silenciosos quando uma telinha desceu em frente a cada dupla de poltronas.
- O que é isso? – perguntou Gina
- Vão nos passar as instruções, o som vai sair por esses auto-falantes – explicou Hermione.
- Já saímos do chão? Já estamos voando? – falou Rony encolhido em posição fetal, olhando para o chão.
- Não Rony, estamos em terra firme. Harry, faça ele parar com isso, é realmente um exagero porque..
O sermão de Hermione foi interrompido, a voz de Draco Malfoy começou a sair pelos auto-falantes, todos os outros passageiros pareciam aceitar isso com naturalidade, como se ele fosse o comissário. Gina soltou um palavrão quando reconheceu quem estava falando.
- Bem vindos ao vôo da U.K. Airlines que sai da entediante Londres para a terra da alegria, Amsterdã – disse Draco com sua voz arrastada.
- O que ele pensa que está fazendo? – perguntou Harry horrorizado.
Os passageiros soltaram risadinhas e algumas expressões de indignação. Até mesmo Rony voltou a se sentar normalmente e escutava assustado.
- Por favor, coloquem seus cintos de segurança. É algo bem simples, basta unir a parte de metal do cinto ao encaixe localizado em suas poltronas. Funciona como qualquer outro cinto de segurança e se você não sabe usar um, provavelmente não deveria andar em público sem a supervisão de um adulto ou um agente da instituição de saúde mental – ironizou Malfoy.
- Em caso de uma súbita despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de compartimentos acima de suas cabeças. Faça o seguinte: pare de gritar, agarre a máscara e coloque ela na sua cara. Se você estiver viajando com uma criança pequena, coloque a sua máscara antes de ajuda-la. Se você estiver viajando com mais de uma criança pequena, escolha a sua favorita e efetue o procedimento.
Hermione já estava de pé, pronta para ir até a cabine do piloto exigir que Draco deixasse o comissário dar os avisos certos. Mas Harry a puxou para sentar novamente.
- É melhor deixar pra lá, Hermione. Vai ser pior se as pessoas perceberem que tem algo de errado.
- O Harry está certo, Dumbledore pediu para que fossemos discretos – lembrou Gina.
- Discretos?! Prestem atenção ao que esse imbecil está falando agora! – resmungou Rony apontando para os auto-falantes.
- Existem duas áreas para fumantes nesse vôo...
- É um absurdo, não se pode fumar em aviões – falou Hermione.
- Duas e apenas duas. Uma está localizada na asa esquerda, e a outra na asa direita. Se enquanto o avião estiver voando, alguém conseguir chegar até lá e acender um cigarro, essa pessoa está autorizada a fumar.
- Eu não acho que alguém consiga acender um cigarro com um vento de mais de 200 km/h – comentou Luna que parecia ser a única pessoa a considerar seriamente as instruções que saíam do auto-falante.
- Isso é um pesadelo, isso é um pesadelo, isso é um pesadelo,... – murmurava Gina de olhos fechados como se recitasse um mantra.
Felizmente, o pesadelo não durou muito, logo eles estavam avistando a cidade de Amsterdã, quer dizer, todos menos Rony, que desde a decolagem voltara a olhar fixamente para os sapatos. O grupo tinha matado a fome com o lanche servido pelas aeromoças e aproveitado para dormir por algumas horas. O avião aterrisou sem problemas, e a voz de Draco voltou a ecoar pela aeronave:
- Bem vindos a Amsterdã e na próxima vez que você tiver a insana urgência de atravessar os céus num tubo pressurizado de metal, eu espero que você pense na U.K. Airlines.
A cor da pele de Rony já tinha voltado ao normal e o grupo já tinha pego quase todas as bagagens na esteira do aeroporto, quando Draco surgiu. O chapéu do piloto na cabeça e uma aeromoça de seios avantajados ao lado, rindo graciosamente de algo que ele estava contando.
- Malfoy! – gritou Gina – Você perdeu o juízo?
- E desde quando ele tinha algum? – perguntou Rony.
- Eu me recuso a estrelar no psicodrama de vocês – falou ele, depois de se despedir da aeromoça.
- Isso foi completamente irresponsável, Malfoy. A vida daquelas pessoas estava em risco!
- E daí? Eram só trouxas... e vocês. – falou ele com ar de insignificância.
- Seu idiota! – falou Rony.
- Weasley! Você achou minha mala, muito obrigada. Eu sempre desconfiei que você deveria servir pra alguma coisa – disse Malfoy puxando a mala preta que Gina acabara de retirar da esteira – Então, vamos? Estão esperando o que?
Rony tinha um ar meio decepcionado, as ruas de Amsterdã eram bem diferentes do que ele havia pensado. Nada de mulheres nuas correndo e ambulantes vendendo drinks e drogas.
A cidade, na verdade, era muito organizada e limpa. A arquitetura era maravilhosa, as construções pareciam todas muito antigas e abrigavam cafés aconchegantes e lojinhas de artigos holandeses. Diversos canais cruzavam a cidade, com barquinhos se amontoando nas margens que faziam fronteiras com as ruas.
As pessoas eram simpáticas e a maioria dominava bem o inglês, não foi difícil para eles conseguirem informações no aeroporto de onde encontrar um lugar barato para comprar roupas e artigos trouxas.
Estavam agora em busca de uma famosa feira de pechinchas da cidade, conhecida como Albert Cuyp Market.
- Pessoal, por favor, não esqueçam que temos que nos livrar de qualquer artigo mágico que tivermos antes de deixar a feira, não podemos começar a procurar Fay Green ou a família dela antes disso – lembrou Hermione.
- Isso significa que você vai ter que mandar seu elfo doméstico de volta para a Mansão, Malfoy – acrescentou Rony.
- Pelo menos você não vai ter trabalho, né Weasley? Já que as suas PlayBruxo foram confiscadas no aeroporto – falou Malfoy ácido fazendo com que Rony ficasse da cor de seus cabelos.
- Você tinha pornografia na mala, Ronald? – perguntou Luna casualmente.
- E nem me mostrou! – argumentou Harry fingindo revolta.
- É que... eram do Fred e eu... – começou Rony sem graça.
- Não importa o que tinha na mala, elfos domésticos, pornografia bruxa, poções, varinhas, tudo tem que ser despachado para a Inglaterra! – disse Hermione irritada.
- E porque estamos indo pra essa feira? – perguntou Gina.
- Porque temos que comprar roupas e acessórios trouxas, tudo o que precisaremos na viagem – explicou Harry
- Besteira! Não precisamos ir numa feira imunda pra comprar roupas, tem várias lojas boas em Amsterdã – disse Draco.
- Lá as coisas vão sair mais baratas, poderemos economizar o dinheiro que temos – disse Mione.
- Correção: vocês poderão economizar o dinheiro de vocês. Eu não preciso economizar, dinheiro não me falta.
- Ah é? E você está pensando em que Malfoy? Sair desfilando de Armani por aí? – perguntou Gina.
- E porque não?
- Porque não podemos chamar atenção seu idiota! Temos que ser discretos.
- E em que vocabulário discreto significa vestido como mendigo, Weasley fêmea?
- Parem de discutir, gente. Já chegamos, olhem – Luna apontou para a rua a sua frente.
Albert Cuyp era a feira mais famosa de Amsterdã, se estendia por diversos quilômetros e vendia de tudo. Roupas, bolsas, objetos de decoração, doces e verduras. E o melhor, tudo por um baixo preço. As barracas são alinhadas lado a lado, e a feira é sempre super movimentada.
- Anda Mione, divide logo o dinheiro por seis – falou Rony ansioso para explorar o lugar.
- Ok, ok – falou a garota tirando da mala as notas, que haviam sido trocadas de galeões para dólares no aeroporto.
- Não divida por seis Granger, os Weasleys podem ficar com a minha parte, me sinto bem quando ajudo os necessitados – disse Malfoy enquanto se afastava do grupo em direção as barracas.
- Ele é um idiota – rosnou Rony.
- Malfoy! Nos encontraremos as 18:30 aqui! Não suma! – gritou Hermione.
Uma das primeiras tendas anunciava blusas de lã na promoção, Harry comprou uma verde caso enfrentassem frio e Luna se apaixonou por uma roxa com um avestruz nas costas. Mais adiante todos caíram na gargalhada quando Rony experimentou uma blusa branca pequena demais e extremamente apertada, que junto com a pele branca dele o fazia parecer exatamente como um palmito.
- Rony, você está... sem palavras – riu Harry.
- Ah cala a boca! – falou ele irritado.
Hermione e Gina abandonaram o grupo quando viram livros com descontos especiais. A ruiva parecia estar tentada a comprar os romances leve 3 e pague 2.
- Gina, você não vai levar essas histórias fúteis e previsíveis, não é?
- Não, talvez eu faça como você e leve um livro de física quântica para passar o tempo – disse Gina e apontou para os livros na mão de Hermione.
- Deveria, Hogwarts não explora muito essa matéria e ela é fascinante.
- É mesmo? – falou Gina fingindo interesse - Bom, acho que fico com os romances mesmo assim.
Os dois meninos e Luna continuaram juntos. Harry comprou pipoca para todos e logo se arrependeu quando tiveram que parar a toda hora diante de um novo engasgo de Luna com o milho.
- Você está bem Luna? – perguntou Harry dando batidinhas nas costas dela.
- Sim – disse ela com os olhos úmidos depois do acesso de tosse – Acho que pipoca não é uma coisa muito favorável pra mim.
- Concordo, joga isso fora – disse ele e tirou o saquinho das mãos dela.
- Ei olha ali! – avisou Rony.
Malfoy estava passando do outro lado da rua, já estava com um jeans trouxa e algumas sacolas na mão. Parecia absorto lendo papéis que eles identificaram como os recibos do correio, o loiro já devia ter despachado suas coisas.
Chegaram a uma barraca de acessórios para o cabelo. Harry testava pentes que pudessem dar um jeito no seu penteado bagunçado, Luna observava as presilhas expostas e enquanto isso, Rony disfarçadamente as costas dela enchia o cabelo loiro de prendedores espalhafatosos. Harry viu a brincadeira do amigo e começou a rir:
- Rony pare com isso! Luna vem aqui.
A garota olhou confusa para os dois e se aproximou de Harry. Ele soltou as presilhas do cabelo dela e percebeu que apesar de embolado, os fios eram finos e delicados.
- Ah. Porque você fez isso? – perguntou ela chateada.
- Não fui eu que prendi, foi o Rony.
- Eu sei que foi ele. Porque você tirou? Era um penteado muito bonito – explicou ela e sorriu para Rony.
Luna descobriu uma barraca de sapatos e teria ficado nela, sabe-se lá até que horas, se Hermione não a tivesse encontrado e a levado para despachar as coisas e encontrar com os outros.
Todos haviam mudado de roupa, as malas substituídas por mochilas estavam volumosas e pesadas. Depois de andar a tarde toda, ficaram doloridos e cansados.
- Onde está aquela doninha Albina? Meus pés estão me matando – falou Rony.
- O Malfoy definitivamente tem que resolver o problema dele com pontualidade – disse Hermione.
- Será que um soco na cara dele ajuda em alguma coisa? – quis saber Gina.
- Já disse que essa violência não vai te levar a lugar nenhum comigo Weasley. Se você me quer, mude de estratégia – falou Draco com a voz arrastada, havia se aproximado por trás do grupo.
- Eu? Querer você? Só se for querer você bem longe de mim – falou ela irritada.
Alguns fios soltaram do coque improvisado que ela havia acabo de prender. Ela estava de jeans assim como todos os outros e usava uma camiseta rosa com dizeres em neolandês.
Todos estavam extremamente trouxas, com exceção de Luna que usava uma blusa laranja com mangas bufantes, calça jeans com apliques de miçangas coloridas e nos pés, fechado o visual, um par de enormes botas de caubói.
Draco olhou horrorizado para Luna, ele ainda conservava seu ar de realeza e superioridade, mesmo estando usando um casaco de moletom verde por cima de uma camiseta preta simples e allstar preto com aparência gasta.
- Agora ninguém vai reclamar que deveríamos ser discretos? – perguntou Draco indicando as botas de Luna.
- Bom, Malfoy, existem trouxas com gostos excêntricos também – justificou Harry.
- Vamos indo? Já escolhi um hotel em que podemos ficar, fica na próxima rua.
- Tá doida, Granger? Vamos procurar logo os pais da Fay Green, quanto mais rápido terminarmos isso melhor.
- Ah qual é, eu estou cansado – falou Rony – Não vamos acha-la hoje mesmo.
- O seu otimismo é do tamanho da sua conta bancária, Weasley.
- Malfoy tem razão, é melhor irmos hoje, ainda dá tempo – disse Hermione
- E o que você pretende dizer a eles? – perguntou Harry para Draco.
- Bom, eu pensei em falar algo como eu estar interessado em ser auror e querer ajuda da Fay Green, tirar algumas dúvidas – falou Draco.
- Você? Auror? Se ainda fossem dicas para ser comensal! Ninguém vai acreditar nessa mentira – falou Gina.
- Ok, então mais alguém tem que ir com ele. Essa pessoa diz que precisa dos conselhos da Fay e Malfoy vai junto porque já conhece os pais dela.
- Eu não vou, podem esquecer – falou Rony.
- Eu iria, mas acho melhor escrever logo uma carta para o Dumbledore – disse Hermione.
- Porque o Harry não vai? – sugeriu Gina.
- O Potter não, ele é famoso – disse Draco como se falasse um defeito horrível do garoto – Vai criar aquele clima desagradável, todos sabem que ele tem contato com outros aurores, perde o sentido.
- Tem razão, Malfoy. Então será você Gina – disse Mione.
- Eu? Porque não a Luna? – falou ela e olhou para a garota que estava brincando com os fechos da mochila nova, alheia a toda a conversa – Ta bom, tudo bem, não pode ser a Luna. E o Rony? Ele não deu desculpa alguma!
- Ai ai, como a minha companhia é disputada – falou Malfoy.
- Se você for, eu perdôo os galeões que você me deve – propôs Rony a Gina.
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Lúcio Malfoy estava em seu escritório, à sua frente um homem gordo fumava um charuto impregnando o ambiente com uma pesada fumaça.
- Então? Onde estava o bilhete? – perguntou o homem.
- Ele escreveu e mandou pelo elfo.
- E o que diz?
- Não muito, falou que estavam em Amsterdã, que não poderia se comunicar por magia e que ainda não havia descoberto nada de novo sobre o feitiço.
- Sabemos que o feitiço os mantém juntos, não é? – perguntou o homem.
- Sim, Draco tentou se afastar do grupo hoje e não conseguiu passar de alguns quarteirões, disse que seus pés ficaram imóveis quando ele tentava prosseguir – disse Lúcio.
- O velho Dumbledore realmente sabe alguns truques.
- Bom, mas ele é um velho, e comete erros, seu plano de proteção tem alguma falha e Draco a descobrirá para nós.
- Lord Voldemort está ansioso para colocar as mãos em Harry Potter, tão longe de casa e desprevinido.
- Eu sei que está, mas ele terá que se acalmar, ainda temos muito a fazer antes do plano final.
A conversa foi interrompida por batidas na porta. Lúcio pediu que a pessoa entrasse. A porta se abriu e por ela se esgueirou uma jovem de cabelos negros e compridos, usando um vestido justo e com um ar malicioso no rosto.
- Boa tarde, Srta Parkinson – disse o homem gorducho a olhando sem disfarçar a cobiça.
- Pansy! Como você está? – perguntou Lúcio.
- Ansiosa para contribuir com o plano – respondeu ela sorrindo.
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Harry, Rony, Luna e Hermione caminhavam na calçada em direção ao Hotel. Os dois garotos estavam numa conversa animada e escandalosa sobre esportes.
- Vocês podiam parar de falar um minuto! Eu estou cansada e com dor de cabeça – disse Hermione.
- Relaxa, Mione – falou Harry – Gina e o Malfoy vão se sair bem lá na casa dos Green.
- Vamos apostar uma corrida até o Hotel? – sugeriu Luna.
- Até que é uma boa idéia – riu Harry – Pelo menos chegaremos mais rápido lá, e eu estou doido por um banho.
- Quem chegar primeiro fica com o melhor quarto. Um, dois, três e já ! – gritou Rony.
Harry e Luna dispararam a correr o máximo que podiam, Rony parou quando viu que Mione se recusara a participar, voltou correndo, pegou a garota no colo e voltou a correr.
- Ronald Weasley me ponha já no chão! – disse Hermione que sempre quis ser levada no colo em alguma situação romântica e não numa corrida pelos melhores quartos do Hotel.
- Fica quieta, acho que vamos conseguir ultrapassar a Luna.
A casa da família Green parecia ter algumas décadas, bonita, feita de lajotas escuras. As janelas eram brancas, assim como a porta, a arquitetura era comum e passaria tranqüilamente como sendo uma casa trouxa.
Draco esticou o braço e tocou a campainha, olhou para Gina, os olhos vazios de significado, provavelmente pensando no que diria lá dentro. A ruiva desviou o olhar para a maçaneta e ela rodou instantaneamente revelando um senhor de cabelos brancos, vestindo calças marrons e uma blusa xadrez. Ele estava um pouco acima do peso, as bochechas vermelhas de fôlego contido, provavelmente apressara o passo para atender a porta.
- Boa tarde, Sr. Green. Sou Draco Malfoy, filho de Lúcio Malfoy, o senhor deve se lembrar de mim – disse o loiro seguindo as boas maneiras.
O velho apertou os olhos examinando o garoto e exclamou repentinamente:
- Draco Malfoy, ah claro, eu me lembro, veio com o seu pai naquele verão. Ora, ora, você mudou rapaz. E quem é essa? Sua namorada? – disse o senhor bem humorado olhando para Gina que repentinamente ficou da cor dos cabelos.
- Sim, Vírginia Weasley – falou Draco e envolveu a mão da ruiva com seus dedos frios.
- Olá Srta. Weasley! Bom, vocês não querem entrar? Aproveitam e me contam o que estão fazendo por aqui – disse ele e indicou o interior da casa.
A casa por dentro não era muito diferente do seu exterior, simples e de aparência trouxa. Gina se pegou pensando se a famosa auror não teria pais trouxas ou abortados. Ela podia ter feito mais algumas reflexões sobre o assunto, mas ela estava desconfortável demais para pensar, sentando ao lado de Draco num sofá enquanto ele ainda segurava firmemente a mão dela.
- E então jovens? Dessa vez não sou eu que estou precisando de um favorzinho do seu pai, não é mesmo? Eu não me esqueci, foi uma grande ajuda, sempre tinha problemas de atravessar aquele carregamento de vassouras pela fronteira, a fiscalização é muito exagerada.
- Concordo plenamente, que bom que pudemos ajudar Sr. Green – falou Draco em um tom sério, quase rude – Dessa vez nós é que estamos precisando de ajuda, na verdade precisamos de informações.
- Informações, é? Isso é bom, informações não são galeões! – disse ele e riu da própria rima.
- Bom, é que eu estou dando início ao curso de Auror – falou Gina sem excitação na voz – E muita gente tem comparado o meu estilo ao da sua filha, inclusive os mesmo problemas que ela teve no início do curso, todos me aconselharam a procura-la para tentar resolver isso.
- Não tenho nada a falar sobre a minha Fay – disse o velho com a cara séria, o sorriso tinha abandonado seu rosto.
- Por favor, Sr. Green. Isso é realmente importante para Virgínia, faz parte da carreira dela, do sonho dela. Pense na sua filha, muitas pessoas a ajudaram também, o senhor pode retribuir isso – falou Draco
- Não, eu não posso. Foi uma decisão dela se afastar da comunidade bruxa e ela tem todo o direito de fazer isso.
- Mas o senhor sabe aonde ela está? – perguntou Gina.
- Não vou dizer nada.
- Quem sabe a sua esposa? – tentou Draco
O velho respirou profundamente, relaxou de volta na poltrona, reflexões pareciam correr aceleradas em sua mente.
- Emily, minha esposa, está morta – disse ele tristemente
- Eu sinto muito Sr. Green – disse Draco.
Malfoy estava momentaneamente desnorteado, não porque ele se importava com a morte da senhora, mas porque não havia pensado nessa possibilidade. Gina soltou a mão que ele segurava e isso só intensificou a sensação que ele sentia.
- Fazem poucos meses, uma perda lamentável, mas a idade chega para todos nós – acrescentou o Sr. Green como se tentasse se conformar.
- Sentimos muito mesmo. Quando Fay esteve aqui após o falecimento da Sra. Green, ela não lhe deixou nenhum endereço?
- Eu nunca visitei Fay, nem entrei em contato, ela sempre veio até nós. Ela não deixou nenhum endereço e nem poderia, ela tem um fiel segredo para o lugar onde mora – disse o senhor agora menos acuado, depois da repentina emoção gerada pela lembrança da esposa.
- Um fiel segredo? – perguntou Gina, sua mente agora trabalhando mais rápido sem o incômodo da mão gelada de Draco – E quem é essa pessoa?
- Eu não sei – disse ele e parecia sincero – Ela não tinha muitos amigos, era bem concentrada em seu trabalho.
- Nenhuma idéia para nos dar? Talvez um nome, alguma hipótese.
- Sinto muito, não sei.
- E quando foi a última vez em que ela esteve aqui?
- Há duas semanas.
- E disse quando voltava?
- Não, acredito que vá levar mais alguns meses.
- Bom Sr. Green, muito obrigada pela ajuda – disse Draco levantando-se – Sinto muito pela perda, você sabe, minha família estará sempre a sua disposição.
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Luna estava distraída lendo uma revista em uma das três camas de solteiro do quarto, Gina estava em outra pintando as unhas do pé com o esmalte que comprara na Albert Cuyp e Hermione sentada numa poltrona, ouvia com atenção a ruiva narrar a visita ao Sr. Green.
- Então Fay Green tem um fiel segredo? – perguntou Hermione quando Gina havia acabado de narrar os acontecimentos da visita ao Sr. Green – Uma única pessoa capaz de falar ou escrever a localização do lugar em que ela mora.
- Exato, o que faz sentido, né? Nenhum detetive ter descoberto nada até hoje. Aposto que o pai dela não deve ter contado sobre a existência de um fiel segredo para nenhum deles.
- Bom, o que temos que descobrir agora é quem são os amigos mais próximos que ela teve. Amanhã vou encontrar uma biblioteca bruxa e descobrir os nomes de quem trabalhou e estudou com ela, teremos uma base para começar.
A porta do quarto foi aberta com força, Draco Malfoy entrou por ela mal humorado, sem pedir licença, ou se importar com qualquer coisa. Ele estava descalço e sem camisa, exibindo uma musculatura definida, mas sem exageros e a linha preta aparente pela calça jeans larga que sugeria o início de sua roupa de baixo. Nas mãos parecia haver uma toalha e uma muda de roupa.
- O que você pensa que está fazendo? – perguntou Hermione escandalizada.
Gina olhava para o garoto espantada, não pintava mais as unhas dos pés, o pincel agora dava tons de cor de rosa ao espaço entre os seus dedos. Luna, no entanto, parecia achar perfeitamente normal a invasão e sem despregar os olhos da revista disse:
- Ah olá, Draco.
- O Weasley levou horas para desvendar como se ligava a água quente e agora o Potter parece ter morrido afogado lá dentro, eu vou tomar banho aqui e vou tomar agora.
Mione e Gina estavam ainda tão surpresas que nem tiveram tempo de argumentar algo antes que ele entrasse no banheiro delas e batesse a porta.
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Rony e Harry já estavam vestidos e agora procuravam alguma coisa interessante na televisão à cabo do quarto.
- Onde será que o Malfoy foi? – perguntou Rony
- Deve ter ido arranjar um quarto só pra ele – falou Harry.
- Duvido, esses eram os últimos, você ouviu o cara da recepcção.
- Então não sei – falou ele quando mudou o canal para um daqueles programas chatos de perguntas e respostas.
- Uma droga eles não terem descoberto nada de útil com o pai da Fay Green.
- Acho que podemos esquecer isso por hoje – falou ele desistindo e largando o controle - Podíamos dar uma volta na cidade e arranjar alguma coisa pra comer. Vamos falar com as garotas?
- Pra que sair com as garotas? Podíamos é ir dar uma espiada no Distrito da Luz Vermelha! – disse Rony animado.
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Quinze minutos mais tarde Draco saiu do banheiro, dessa vez completamente vestido, esfregando a toalha na cabeça para enxugar os cabelos e espalhando um cheiro de colônia masculina no quarto.
- E então, Sr. Malfoy? O banho que o senhor solicitou estava de seu gosto? A água estava na temperatura adequada? – ironizou Gina.
- Um bom banho – disse ele indiferente – Teria sido melhor se eu não tivesse que ficar olhando pra coisas nojentas abandonadas dentro do Box.
Draco jogou algo em Gina. A garota gritou horrorizada com a sensação de uma coisa molhada, seria um bicho? Hermione correu para acudi-la, enquanto Draco deixava o quarto. Mas não era um bicho, e a ruiva de repente percebeu que seria muito melhor se fosse um. Malfoy havia jogado nela a calcinha que ela havia esquecido no Box, branca, com uma cereja estampada atrás e dentro da fruta a letra G, em vermelho.
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Rony e Draco concordaram pela primeira vez sobre alguma coisa, deveriam ir até o Distrito da Luz Vermelha. As garotas não pareciam muito felizes com a idéia e Harry estava mais interessado na pizza que haviam acabado de pedir para o garçom.
- Acho que vai ser bem interessante – falou Luna que havia escolhido um vestido azul como visual noturno, mas sem abandonar as botas novas.
- Só se você estiver falando no sentido cultural, né? – acrescentou Hermione.
- Gina, você está tão calada. Aconteceu alguma coisa? – perguntou Harry preocupado.
- Não aconteceu nada – disse ela.
- Ela está com vergonha, Potter. Porque mostrou a calcinha pra mim – disse Draco.
- É melhor você explicar isso agora! – falou Rony pegando a faca que estava ao lado de seu prato e apontando para Draco do outro lado da mesa.
- Não foi nada disso – falou Gina vermelha.
O que Harry estaria pensando dela? Não queria ter que explicar a história para todos, já era constrangedor demais ter acontecido.
- Rony, Malfoy está só provocando você. Nada disso aconteceu – interviu sabiamente Hermione.
- Se vocês querem acreditar nisso – Draco deu de ombros.
- Ah cala a boca! A pizza chegou – falou Harry.
As conversas cessaram enquanto todos enchiam a barriga e depois de pagarem a conta, quando já era quase meia noite voltaram para as ruas.
- E então, Malfoy? Aonde fica? – perguntou Rony ansioso.
- Weasley, Weasley, você tem a impaciência dos virgens estampada em cada uma das suas ações.
- Eu não estou impaciente – mentiu Rony – Só quero conhecer o lugar.
- Não vai escolher nenhuma garota? – perguntou Draco.
- Talvez não – falou Rony fingindo indiferença.
- Ah que isso! O seu amiguinho nunca iria te perdoar – disse o loiro e olhou para as calças de Rony e perguntou olhando para elas – E você o que pensa disso tudo?
- Sabe Malfoy, não é nada fácil ser o órgão sexual do Ronald. Nada acontece comigo nunca, parece que estou em coma. Isso é tortura! Eu juro que se nada acontecer logo eu vou empacotar minhas bolas e ir embora! – disse Draco mudando a voz e arrancando gargalhadas de todos.
- Muito engraçado, Malfoy. Mas porque você não se preocupa com a sua própria vida? Você está todo animadinho também e todos sabem que você tem namorada – disse Rony.
- Você vai trair a Parkinson? – perguntou Luna diretamente
- Claro que não, não é traição se as pessoas estão em códigos de área diferentes.
- Isso não existe, Malfoy! – falou Gina horrorizada.
- Bom, ok, não existe. Mas dormir com duas garotas ao mesmo tempo não é traição, uma anula a outra. É matemática simples e ninguém pode contestar – concluiu ele.
Viraram a esquina e sabiam, haviam chegado porque absolutamente toda a iluminação era vermelha. A profusão de bares e boates era incrível, todos com letreiros luminosos e chamativos. Alguns prédios possuíam vitrines de vidro que exibiam lindas moças em trajes mínimos. O barulho era alto e músicas diferentes se misturavam, o vai e vem de pessoas era desnorteante. Alguns policiais se destacavam no meio da multidão.
- Eu adoraria rir vendo vocês atrás das grades – falou Draco - Mas isso provavelmente tornaria a viagem mais longa. Então, tomem cuidado com os policiais, eles não gostam muito que consumam drogas do lado de fora dos estabelecimentos, principalmente se forem coisas pesadas.
- Ninguém vai consumir drogas aqui, Malfoy – disse Hermione decidida.
- Fale por você – disse Rony.
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No próximo capítulo: As coisas pegam fogo no Distrito da Luz Vermelha. Brigas e estranhas aproximações. Segredos sobre o passado de Fay Green são revelados. Lucio Malfoy e seus capangas dão continuidade ao seu plano sinistro. Gina descobre os estragos que a tequila pode fazer. Rony aprende algumas lições sobre topless. E Draco, bom, Draco está no próximo capítulo,
então, quem liga pro enredo?
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Nota da Autora: Finalmente saiu o segundo capítulo! Já estava todinho na minha cabeça, só faltava o tempo para escrever. Fiquei mais motivada ainda a atualizar por causa dos e-mails maravilhosos e as reviews que recebi. Espero que estejam gostando! E aí o que acharam? Deixem review!
Nota da Beta Reader: Fimm... Do capítulo pelo menos... Hhauhauahuaha... E não sei se serei convidada para betar o próximo capítulo... Eu adoraria xD Espero q tenham gostado e eu também estou ansiosa para saber o que irá acontecer nos próximos capítulos... Bjo Bjo...
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TUDO E MAIS UM POUCO:
Sobre o Aeroporto de Heathrow: Descobri que ele é o maior aeroporto do mundo em tráfego de passageiros internacionais e que fica em Londres (se é mesmo perto do Beco Diagonal é um mistério) o que acabou servindo direitinho para a história.
Sobre Amsterdã: A cidade tem fama de liberal por ter legalizado a prostituição e o consumo de drogas. Mas além dessa fama inicial, o que se tem é uma cidade histórica, belíssima e super organizada. Separei algumas fotos pra quem quiser ter uma idéia:
Montagem com várias fotos:
http:// i193. photobucket. com/albums/z235/biazinhaaa/estradas/amsterdam1.jpg (una os 3 espaços)
Amsterdã à noite:
http:// i193. photobucket. com/albums/z235/biazinhaaa/estradas/amsterdam2.jpg (una os 3 espaços)
Amsterdã à noite 2:
http:// i193. photobucket. com/albums/z235/biazinhaaa/estradas/amsterdam3.jpg (una os 3 espaços)
Sobre Albert Cuyp Market: É a feira mais famosa de Amsterdã, super movimentada e vende de tudo.
Montagem com várias fotos:
http:// i193. photobucket. com/albums/z235/biazinhaaa/estradas/albert.jpg (una os 3 espaços)
Sobre o Distrito da Luz Vermelha: eu conto no próximo capítulo!
[[Músicas que embalaram o capítulo]]:
Kayne West ft. – All Falls Down: Gosto dessa música para as cenas dos aeroportos e do avião. Tem um duplo sentido nesse “falls down” que se encaixa na fanfic, o óbvio medo de Rony e Luna de que o avião caísse, e o caráter pessimista que esse ínicio de viagem tem, todo mundo contrariado e tudo meio que fadado ao fracasso.
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?vC-QDDZd59Mc
Maroon 5 – Sunday Morning: Escolhi essa para as compras na Albert Cuyp Market pela sonoridade, gosto desse tom de descontração da música e imagino que representa o que os personagens sentiam enquanto faziam compras.
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?vCVU-H98AXY
Spliknot – Vermilion Pt 2: A visita à casa do Sr. Green tem um tom meio ambíguo, embora ele seja um cara divertido, acho que o que prevalece é o sentimento de saudade da esposa e da filha que está distante, então acho que Vermilion caiu bem.
Corinne Bailey – Put Your Records On: Essa é com certeza a música que estava tocando no quarto do hotel onde estavam Mione, Luna e Ginny pintando as unhas!
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?vX7LcsRQVcsw
The Killers – Somebody Told Me: Estava tocando na pizzaria em que eles jantaram, tem um ritmo animado que acho que combina com o início da noite deles, ou pelo menos, até acharem o Distrito da Luz Vermelha.
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?vs9Nu1Q5gQc
[[Citações e Referências]]:
“It's never cheating when you're in a different area code, not to mention a different state (…) Let's say that you were sleeping with two girls at the same time, it- it wouldn't be cheating because they would cancel each other out.” Do filme Road Trip
“It ain't easy beings Josh's penis. Nothing has happened for two months it feels like I'm in a coma. I wish I was your dick EL, because this is torture. If something doesn't happen soon, I'm just going to pack up my balls and leave.” Do filme Road Trip
Muitas piadas e coisas engraçadas da história eu já li ou ouvi em algum lugar, eu tento me lembrar de tudo, mas nem sempre consigo. Algumas coisas que o Draco disse como comissário de bordo, por exemplo, foram casos reais de coisas que já foram ouvidas em aviões, eu vi em algum lugar que eu não lembro onde hehe.
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Agradecimentos:
Mariana, Juliana, Debby, Isabelle e Astrid: Pelos melhores e mais reconfortantes e-mails, pela ajuda com a denúncia, pelas palavras de motivação e por serem leitoras fiéis e super fofas.
Debby: Por betar esse capítulo me privilegiando com comentários inteligentes e ótimas tiradas cômicas. E é claro, por vir lá de Aracaju me fazer companhia em novembro e conhecer o que é que os cariocas têm! hahaha
À todos que denunciaram a fanfic-plágio e me mandaram e-mails: Me fizeram perceber que realmente tenho que dedicar mais atenção à isso aqui.
Thiago: Por estar sempre disposto a me ajudar. Obrigada por tudo! Te amo.
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