O início da aventura
A chuva estava aumentando, quando finalmente, Severo Snape pegou no sono. Dez anos de vida, e um dia-a-dia intolerável para muitos adultos.
Severo Snape era, diferente das outras crianças de sua idade. As pessoas o definiam como “solitário, e sempre andando por aí“. Ele vivia com seu pai, um homem que poucas vezes parava para perguntar ao seu filho como estava, os dois viviam em um bairro trouxa. A realidade de Snape, para muitos era só uma brincadeira, uma loucura.
" - Meu pai diz que depois que eu crescer, e tiver saído de Hogwarts como um incrível Sonserino, irei ser um dos maiores bruxos que já existiu. – Snape conversava com sua vizinha.
- Ora, Severo! Não diga bobagens, bruxos não existem, e crianças não deveriam brincar com bruxaria. Por que não vai brincar com os meninos? - Tentou desconversar a idéia que Snape mantinha na cabeça desde que se mudaram para a casa ao lado, ela o achava muito estranho, mas tentava ser gentil e educada com ele.
- Mas eu não estou mentindo! É verdade! Bruxos existem, o único problema é que vocês trouxas não vêem. – Retrucava Snape emburrado.
- Severo! Que maneira é essa de falar com as pessoas?! – Olhou a vizinha sentindo-se muito agredida.
- Do que está falando? Trouxa? É como nós bruxo, chamamos os não bruxos. Sabe... devia sentir-se agradecida, não é sempre que um trouxa sabe sobre nós. Eu só posso falar porque ainda não fiz onze anos. – Respondeu Snape como se não tivesse falado nada de errado.
Naquele momento, a vizinha trouxa de Snape estava vermelha como um pimentão, ela saiu de perto dele ralhando algumas palavras. Foi quando seus filhos e alguns amigos começaram a cantar em uníssono: - O Severo é doidão, o Severo é doidão...
Snape não sentiu-se ridicularizado nem nada do tipo, porém o que veio depois ele não deixou passar.
- Severo, se você, seu pai e seu povo, como você mesmo diz é tão poderoso, porque você não revive a sua mãe? Ah... não, espere, tinha me esquecido. Mamãe disse que ela não agüentou ter uma aberração e fugiu. Não foi, Snape? – Nesse momento, o rosto de Severo Snape se contraiu e tudo que se ouviu depois foram berros de horror. Uma luz enorme havia sido jogada do nada contra os garotinhos, que saíram apavorados, falando para quem quisesse ouvir: - Snape tentou nos matar! Ele é um garoto do mal! Fique longe de nós, sua aberração.
Snape não conseguira se controlar. "
Severo Snape acordou no meio da noite, assustado com aquelas imagens, odiava aqueles trouxas que zombaram dele. Odiava ter que lembrar do que aconteceu naquele dia, os gritos, e as pessoas o apontando como se fosse uma aberração. Odiava. Desde daquele dia, Severo, nunca mais conversou sobre bruxaria - ou qualquer coisa que tivesse relação com seu mundo – com seus vizinhos, ou qualquer outra pessoa que ali vivesse.
Haviam-se passado dois anos desde do ocorrido. Agora com dez anos, era só uma pequena espera até que pudesse, finalmente ir para Hogwarts. A escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Onze anos. Ele se perguntava como seria em Hogwarts, se realmente iria para a Sonserina... “A casa dos grandes bruxos, como Você-Sabe-Quem, Severo”. Seu pai sempre dizia isso, seria um grande orgulho para seu pai, se ele entrasse em Sonserina, desde que sua mãe fora embora, seu pai sempre andava muito ocupado e nunca conversava com ele.
Severo era um garoto alto, de cabelos lisos e oleosos, constantemente seus cabelos caiam sobre seus olhos negros, um nariz pontudo e atitude forte e marcante, este era Severo Snape, aos dez anos, esperando pela sua carta, convidando-o a estudar em Hogwarts.
Quando acordou pela manhã, o Profeta Diário, um jornal bruxo, já havia chegado, nele havia citações sobre o Lord das Trevas, Você-Sabe-Quem ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Mas nada de muitas revelações afinal, até o jornal ele controlava nas sombras. O Lord das Trevas, era o atual bruxo das trevas, o mais temido dentre todos. Reunia como seguidores centenas de bruxos, e criaturas mágicas, ele estava criando seu próprio império das trevas. O Lord era muito admirado em algumas famílias bruxas, ele era tido como aquele que traria a purificação dos puros sangues, – aqueles que eram filhos de pais bruxos – dos sangue-ruins, – aqueles que eram nascidos trouxas – e até mesmo os mestiços. Dentre muitos outros objetivos que Você-Sabe-Quem tinha. Severo gostava de pensar que talvez um dia fosse tão poderoso como o Lord, teria tanto poder que falariam seu nome, assim como o de Você-Sabe-Quem.
Severo terminou seu café e foi trocar-se, seu pai já tinha saído para trabalhar, no quê... Severo nunca soube. Sem nada para fazer, Severo resolveu ir andar um pouco no parque perto de sua casa. Estava frio naquela manhã, os trouxas já estavam no trabalho, ou na escola, ou simplesmente, recusavam-se a sair de casa naquele dia. Eram pessoas estranhas, os trouxas. Mas Severo já tinha desistido a muito tempo de entende-los.
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