Feliz Aniversário, James!



FELIZ ANIVERSÁRIO, JAMES!



Ela não acreditava em tamanho azar. Além de estar perdendo horas preciosas de estudo para os NOMS, ainda esbarrou na pessoa que mais desejava esquecer no momento.

Desviou, na esperança de que sua presença não fosse notada. Encostou-se o máximo na parede oposta a ele.

- Weasley.

Não foi o suficiente.

- Malfoy. – ela cumprimentou-o com a cabeça e continuou andando, fingindo não perceber que Scorpius havia parado no meio do corredor.

O garoto parecia aflito, dividido entre a razão e a necessidade que o impelia a falar com Rose.

- Então é isso, não é, Weasley? – não conseguiu se conter.

Rose parou também e se virou sem emoção para ele.

- É isso o que, exatamente, Malfoy?

Scorpius não se mexeu, apesar do forte impulso que sentiu de se aproximar da garota.

- Você e o Devon. – disse somente e aguardou alguma reação dela.

- Não é da sua conta. – Rose soou monótona – Agora se me permite, ainda tenho uma ronda a cumprir. – e dizendo isso virou-se para sair.

- Você acha isso bonito? – a voz de Scorpius a alcançou na distância que já havia percorrido.

Rose pareceu confusa um instante e virou-se novamente.

- Enganar assim os outros, - ele continuou, frio, agora falando mais baixo – Usar as pessoas, sem medo de feri-las, de destruir sentimentos... – o canto da boca de Scorpius subiu quase imperceptivelmente num sorriso sarcástico. – Sabe o que eu acho?... Que você é mestra nisso. Deve estar tentando um recorde não é?

Rose estava imóvel. Aquelas palavras soavam como uma acusação totalmente plausível, para ela. Será que ele tinha razão? Maldito Malfoy! Seria possível que ela era uma pessoa condenada a errar, e a levar os outros consigo? Não. Ela não cairia na armação dele. Devon estava completamente feliz ao seu lado. E ela gostava dele e nunca fizera nada que o pudesse magoar.

- Perdeu a fala? – ele a instigava – Eu sei que a minha presença te abala... – tanto quanto a dela o abalava, disso ele tinha certeza.

Rose saiu de seu transe e caminhou lentamente até o garoto pálido.
Quando chegou bem próxima, estendeu uma mão e o agarrou pela gravata azul do uniforme.

Scorpius sentiu o rosto formigar e prendeu o ar nos pulmões, antecipando qualquer movimento de Rose.

Ela o puxou para perto de seu rosto, e soube que, se não estivesse esforçando o máximo de sua razão, o beijaria até perder todo ar de seu corpo naquele instante. Mas não era essa a melhor escolha. E ela sabia disso, e manteve sua consciência sã.

- Não se atreva a me julgar, Malfoy. – ela sussurrava com raiva, a um centímetro do rosto do rapaz – Não se atreva a julgar minhas atitudes sem olhar para trás primeiro. – Scorpius sabia do que ela estava falando, não precisava ser gênio para perceber que a mesma questão de sempre os impedia, e os impediria, de serem sinceros em seus sentimentos e ficarem juntos algum dia.

O silêncio permaneceu entre eles, cada qual com seus pensamentos, com suas dúvidas, receios e busca de soluções.

Scorpius tentou sorrir seu sorriso mais debochado, mas não conseguiu sentir os músculos do rosto, nem outro músculo qualquer. A única coisa que sentia, era o toque úmido, o gosto doce, o cheiro de rosas que exalava do hálito de Rose e invadia suas narinas e sua boca, enquanto ele recebia o beijo que mais atormentava seus sonhos à noite. Rose o beijava vorazmente. Uma mão ainda agarrada à gravata, o trazia mais para si. A outra mão pendia, bobamente, ao lado de seu corpo. Scorpius suspendeu seu braço e devagar, entrelaçou seus dedos nos de Rose, apertando-os tanto que a menina perdeu a sensibilidade das extremidades. Scorpius subiu o outro braço e envolveu o corpo quente de Rose pela cintura. Ele pressentia o final do beijo. Um beijo com sabor de despedida, de adeus. Ele a apertou forte.

Rose interrompeu o beijo e se afastou dele. Ainda de olhos fechados, Scorpius lutava para conter a respiração acelerada, e trazer os batimentos cardíacos de volta ao normal.

Sentiu quando Rose se aproximou novamente dele, desta vez sem tocá-lo. “Me deixe em paz.” Foi tudo que ela sussurrou ao seu ouvido, fazendo-o arrepiar-se, não sabendo se pelo ar quente que soprou em seu pescoço, ou se pela firmeza com que dissera aquelas palavras. Ele abriu os olhos. Ela não estava mais lá.

Olhou para os dois lados do corredor, mas não a viu.

“Me deixe em paz.”

“Me deixe em paz.”

“Me deixe em paz.”

Parecia que sua mente não sabia formar outra frase. Não sabia pensar por si própria. “Me deixe em paz.” Era isso que Rose mais queria. Então, ele concederia a ela seu desejo. A deixaria em paz.

- Não se preocupe, Weasley. Não a incomodarei mais. Deixarei você viver sua vidinha obediente e contida. – Scorpius falava alto, como se Rose ainda pudesse ouvi-lo. – Pelo menos, enquanto você assim quiser. – completou num suspiro e passando os dedos levemente pelos lábios inchados onde ainda permanecia o gosto de Rose, voltou para o dormitório da Corvinal.


“Did you loose yourself?
Did you loose your health?
Did you put my memories on the shelve?
Did you loose your place?
Did you loose your grace?
Just so everyone can see your singing face”












Rose corria, as lágrimas pingando de seu rosto, salgando seus lábios, levando embora todo o gosto que Scorpius havia deixado ali. O que havia acontecido? E a consciência sã? Estava insana!

Scorpius. Seu coração parecia que ia saltar de sua boca a qualquer segundo.

Scorpius a deixaria em paz. Ela sabia que sim. Mas por que ainda doía então? Não fora ela mesma quem ordenara isso?

Ela parou, derrapando, e apoiou ofegante na entrada da sala comunal da Grifinória. Engoliu um soluço, e com ele o choro. Respirou fundo, se recompôs para entrar na sala.


- Rose! – Devon chamou – Rose! – chamou de novo quando percebeu que a menina passava direto em direção as escadas do quarto feminino.

Ele se levantou da poltrona da janela e correu para segurá-la.

- Rosie, - ele a alcançou e a virou de frente – Rosie, o que aconteceu?

- Oh, Devon, desculpe-me – ela o abraçou e depositou um beijinho em sua bochecha – cheguei tão distraída que nem o vi!

Devon se soltou do abraço e a olhou nos olhos.

- Rose, estava chorando? – ele perguntou baixo para não que o resto de seus amigos, e família da Rose não ouvissem – já que pareciam todos prestando atenção nos dois.

Rose tentou desviar o olhar, mas Devon segurou seu queixo e a
forçou levantar a cabeça.

- Rose, não minta para mim. Sabe que estou ao seu lado para o que der e vier.

A garota sentiu a garganta arder, assim como seus olhos, e notou que a qualquer instante as lágrimas voltariam a escorrer novamente.

- Vem comigo, vem. – Devon puxou Rose pela mão em direção a entrada.

- Nós não podemos sair essa hor...

- Rose, você é monitora. – ele continuava a puxá-la – Tenho certeza que é uma boa desculpa.

Eles cruzaram a passagem do quadro, deixando para trás alguns pares de olhos confusos.

- Vocês entenderam alguma coisa? – Lily perguntou aos outros, que sacudiram a cabeça devagar.

- Sair a essa hora, sozinhos, até que não parece uma má idéia, se a companhia é agradável! – Hugo falou maroto e olhou de esguelha para Mary, que fingiu não perceber o olhar gozador dos outros.

- Pode não ser uma má idéia mesmo! – Alvo brincou com o cabelo de Alana, que estava sentada aos pés dele com alguns livros abertos espalhados a sua volta.

- Alvo, você não acha que deveria estar estudando comigo – Alana comentou distraída levantando um livro de ‘Herbologia – Mil espécimes e Mil curas’ e jogando no colo do garoto.

- Ah, Alana, tem horas que você parece minha prima, sabia? – Alvo se espreguiçou, empurrando as costas da menina com os joelhos.

- Ai, Alvo! – ela lhe deu uma cotovelada. – Mais cuidado aí!

- Ih, sua mandrágora rebelde, você anda tão resmungona... – Alvo fez uma careta e ajudou a menina a levantar-se do chão.

- São os NOMS, eles deixam qualquer um resmungão. – Alana catou seus livros e desejou boa noite a todos.

- Preciso descansar. Não durmo bem há dias. Especialmente com a Rose de varinha acesa quase a noite toda, murmurando encantamentos e frases decoradas dos livros.

Alvo acompanhou a garota até a escadaria.

- Boa noite, Alvo, até amanhã. – ela deu um beijo rápido no menino atordoado e subiu para o quarto.

Alvo voltou para junto da lareira. Soltou um longo suspiro, e murmurando um ‘boa noite’ para todos, também se recolheu ao dormitório.






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- Então, pode desengasgar! – Devon sentou em frente a Rose e a olhou nos olhos lacrimosos.

Estavam na sala ao lado da biblioteca, que agora era uma confortável sala de descanso, com poltronas, almofadas, tapetes retangulares esticados ao chão, uma lareira crepitante e uma estante cheia de livros do tipo “Abra seu coração com os encantos da Bebel Dwitch” e “Limpe sua mente – 74 lições de meditação bruxa”.

Rose pareceu engasgar-se ainda mais. Não tinha o que falar, não poderia falar o motivo de seu tormento.

Devon sorriu tristemente, ao perceber que Rose não falaria e descobrir, então, a razão de seu silêncio.

- Rose, não precisa temer. – ele começou calmamente – Não se preocupe, eu não vou te julgar, e nem condenar esse sentimento que perturba seu coração.

Do que ele estava falando? Seria possível que ele soubesse? Não. Mais provável que estivesse usando legilimens. Não. Certamente ele desconfiava e estava arriscando para checar a verdade.

- Devon, meu sentimento por você não perturba meu coração... – Rose piscou limpando os olhos nas costas das mãos.

- Não me referi ao seu sentimento por mim, Rose.

Ela congelou.

- Me refiro ao que o Malfoy depositou aí.

- O que quer dizer, eu não-

- Não minta para mim. – Devon a cortou – Eu não sou bobo, e muito menos cego. – ele pegou as mãos dela entre as suas. – Eu observo, Rose, e vejo como você não consegue desgrudar os olhos da mesa da Corvinal quando Malfoy está lá. E como fica ansiosa quando ele não está. E arrasada quando ele aparece com Val.

Rose chorava de novo. Não adiantava negar, estava mais do que óbvio que Devon era um bom observador. Ela desejava apenas dizer para ele que não queria isso, que gostava dele, que odiava Scorpius. Malfoy.

- Não se sinta mal, Rose. Eu tive bastante tempo para pensar nisso. Eu entendi a sua situação. Todo preconceito envolvido nessa relação impossível. O sacrifício que você fez ao esconder isso de todos, inclusive do Malfoy. – Rose não acreditava no que ouvia – Eu não a condeno, as coisas do coração não se explicam, sabe...

“E eu decidi, que vou seguir o meu coração, e enquanto você precisar, eu estarei aqui. Enquanto você não me amar, eu tentarei conquistá-la. E quando você me amar mais do que ama o Malfoy, eu considerarei meia tarefa cumprida. A outra parte, será te fazer feliz de todas as maneiras possíveis, Rosie. Isso, se você quiser, pois como eu disse, só estarei aqui enquanto você precisar. Como um amigo mais do que um namorado. Porque eu descobri que te amo, garota.”

Rose estava imóvel, muda, temporariamente fora do ar, da Terra, da dimensão, do plano dos mortais.

Esse ser existia mesmo? Esse garoto era real?

Ela se beliscou para ver se acordava.

“Ai!”

- Devon... e-eu não sei o que dizer... – ela gaguejou.

- Então não diga nada.

Ele aproximou-se de seu rosto e a beijou delicadamente. Rose sorriu. Ela havia achado, no meio do caminho tão tortuoso que andava sua vida, um anjo.

“Meu anjo da guarda”

Ela o beijou de volta. E não foi como forma de retribuição. Foi porque ela quis. E isso bastava como agradecimento.



“It’s like everybody loves you
And everybody wants you
Lately,
It’s like everybody needs you
And everybody sees you
Today”








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Fazia algum tempo desde a última vez que em Gina se sentira assim.

Assustada pela perda de um ente querido.

Sentada em seu escritório, ela segurava a cabeça entre as mãos e repassava tudo que havia acontecido nos últimos meses. Sua cabeça doía. Muita informação para uma só chefe de departamento informativo.

Não era como na época em que seu coração apertava de dor pelo medo do que poderia acontecer com Harry, Ron, Mione, e toda sua família. Tempos de incertezas, de pavor constante, em que ninguém sabia se seria a última vez que estava vendo a mãe, o pai, o filho... o amor da sua vida.

Gina suspirou. Imagens passaram como flash na sua mente. Victoire, CM, Saint Mungus, Malfoy, pessoas mortas, crânios abertos, Ron, Harry, aurores, Alvo, James, Lily... Lily. Ephram. Ephram. Qual era o mistério que rondava a relação de James com aquele gentil menino que namorava sua caçula?

Mas o que a estava realmente deixando perturbada, era Draco Malfoy.

Não que Malfoy fosse alguém merecedor de suas mínimas preocupações. Mas devido à grande consideração que ele tinha com o caso de Vicky, isso mudava um pouco a situação.

Ela embolou um pedaço de pergaminho e o guiou com um floreio da varinha até a cesta de lixo no canto da sala.

E releu mais uma vez a nota em cima de sua mesa.

“PaRe 4º AvIsO e ÚltiMo vAi Se ArrEpEnDeR”

Letras destorcidas desta vez. As outras três primeiras variaram entre recortes de jornais, borras de chá, e rastro de filetes de fogo enfeitiçado.

Gina sabia que isso renderia uma reportagem fantástica, mas por mais que amasse seu trabalho, por mais que amasse escrever, ela sabia que havia uma linha invisível separando seu dever de seu amor pela família e pelos amigos.

Uma nota sobre isso no Profeta Diário, seria o suficiente para espalhar o caso de Vick e alertar ainda mais os inimigos sobre suas posições.

- Malfoy, Malfoy... – ela suspirou novamente – É preciso muita coragem para continuar depois disso.

Gina virou o lado avesso do pergaminho e leu as últimas letras.

“SeU FiLhO esTá BeM ?”


Não podia negar que estava admirada pela posição de Draco depois de receber três ameaças e uma quarta, que ainda por cima envolvia Scorpius.

Se Draco não parasse com o tratamento de Victoire, alguma coisa realmente ruim poderia acontecer. E eles não estavam nem perto de descobrir que estaria por trás de toda trama, e qual objetivo inútil teriam tais pessoas.


Toc Toc Toc.


A porta se abriu e Gina levantou a cabeça para ver quem ainda estaria àquela hora no prédio do Profeta.

- Malfoy!

Draco parou meio dentro meio fora da sala, olhando para Gina.

- Eu só queria agradecer. – ele falou com dificuldade. Como se fosse um grande sacrifício admitir gratidão.

- Pelo o quê? – Gina perguntou perplexa.

- Por não publicar essas notas. Por não deixar vazar informações que poderiam comprometer meu trabalho e a paz interna de meu filho e minha esposa.

Draco soltou tudo de uma só vez e puxou um grande gole de ar ao final.

- Draco... eu – Gina não sabia o que dizer. – Malfoy, não tem que agradecer. Nós te devemos muito mais gratidão pelo que fez e faz com a Vick.

- Victoire está progredindo muito. Mais um pouco e terei um retrato legível da pessoa com quem conversou naquela sala antiga de sua lembrança em que paramos a última sessão. Não pararei agora por ameaças vazias.

- Obrigada. É muito importante que ela se lembre de algum rosto claramente para que Ron possa começar uma operação de “caça às bruxas” e o Profeta possa finalmente lançar a edição final dessa história demente...

Draco se despediu de Gina e saiu da sala.

Gina apagou as luzes e fechou tudo.






Quando aparatou em casa, teve uma surpresa.

- Meu Deus, o que você está fazendo aqui?

- Eu sei que não sou bem vindo...

Ela piscou assustada e resolveu entrar no jogo. Já que ele queria tempo, ela daria tempo.

- Não. Você não é.

- Mas você não tem escolha neste caso, Weasley. Você sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria acabar voltando.

- Como uma assombração do passado... o que queres?

- Achou que poderia ficar livre de mim assim tão rápido?

Gina olhou desafiante.

- Não.

O vulto se aproximava.

- Você sabe o que eu quero.

Avançou em direção a ela e antes que Gina pudesse correr ou reagir, braços fortes a envolveram e a imobilizaram. Gina não lutou para se livrar, pois ela sabia que não teria força suficiente para resistir àquele abraço, ou àquele beijo que recebia logo em seguida. Ela simplesmente se entregou.

Ele a sentiu se rendendo. Sentiu a resposta naquele beijo tão esperado, depois de tanto tempo distantes um do outro, separados pelos acasos da vida.

Ele percebeu a urgência com que Gina o beijava e o agarrava pelas costas. Sorriu.

Ele sabia. Tinha certeza de que Gina Weasley jamais resistiria ao charme de...

- Ron! – Gina exclamou surpresa.

As luzes da sala de estar se acenderam e Ron olhava, vermelho como um tomate, para a irmã, já só de roupas de baixo, agarrada a Harry, já sem blusa e óculos, jogados no sofá.

- Ah... Eu... Volto depois! – Ele rodopiou desajeitado e desaparatou, deixando para trás um pedacinho da capa.

Harry olhou para Gina, congelada na mesma posição, e começou a rir. Sendo logo acompanhado pelas gargalhadas da esposa.

- Sabe, amor – Gina se ajeitava encarapitada no braço do sofá – Acho que não foi uma boa idéia essa de interligar nossas casas para que possamos aparatar diretamente dentro delas! – ela concluiu em meio às risadas.

- Ah, valeu a pena só pela cara do Ron. – Harry puxou Gina para seu lado no sofá – Aposto minha coleção de figurinhas de sapo de chocolate como ele deve estar morto de ciúmes, querendo me dar um soco, e achando que sua irmãzinha caçula nunca fez “aquilo” na vida!

- Com certeza! Você está coberto de razão! - Gina rolava de rir e foi parar no chão, trazendo Harry consigo.

- Minha assombração do passado, por que não continuamos a aproveitar o presente? – Gina beijou o marido apaixonadamente.

- Ótima idéia, meu anjo vermelho.

Harry acariciou os cabelos de Gina e ordenou com a varinha na mão.

- “Nox”.



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- Já vai? – Gina perguntou tristonha enquanto admirava o marido tentando por tudo ajeitar o cabelo na frente do espelho do quarto.

Harry acenou que sim e se virou para ela.

- Mas eu volto! – anunciou como se fosse novidade. – Minha saúde não resiste muito tempo longe de você. – ele continuou, apreciando a visão perfeita de Gina, meio sentada no centro da cama, com os cabelos vermelhos totalmente bagunçados, combinando com o conjunto finíssimo de baby-doll vermelho também, e contrastando de maneira hipnotizante com todo o branco dos lençóis emaranhados ao redor dela. Harry estava bobo. Perdido em tanta beleza, tanto amor e ternura que sentia por aquela mulher. Sua eterna garota sardentinha.

- Meu amor, não se preocupe tanto a respeito do que me contou ontem à noite. – Harry disse finalmente. Comentava sobre o que Gina havia relatado sobre Malfoy.

- Eu sei que vai deixar Scorpius Malfoy debaixo de seu olhar agora, Harry. – ela respondeu pesarosa – Eu confio em você.






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- Malfoy, fique mais um instante, por favor.

A aula havia acabado e a maioria dos alunos já corria em direção ao salão principal para jantar.

Scorpius se aproximou da mesa de Harry e esperou para ouvir o motivo da chamada do professor.

- Você tem consciência de que está totalmente abaixo da média na minha matéria, Malfoy?

Scorpius revirou os olhos e resmungou.

- Sim, e daí?

Harry se assustou. Ele não era do tipo que deixaria um professor humilhar sua inteligência desse jeito.

- E daí, que o senhor não me entrega os trabalhos designados há dois meses, não acompanha a aula prática com a devida atenção que merece, e tem usado produtos das Gemialidades Weasleys, como “fantasia delirante”. – Harry reparou que o surpreendera ao mostrar conhecimento. – O que você achou? Que depois de anos na família Weasley, eu não reconheceria todos os efeitos colaterais das mercadorias de Fred e Jorge?

- Eu não preciso me esforçar tanto na sua matériazinha. – Scorpius sorriu debochado.

- Você não está bem, Scorpius, por que não me conta o que o está atormentando?- Harry arriscou.

- Não te interessa o que acontece comigo ou deixa de acontecer. Eu sei cuidar de mim sozinho, Potter. – ele cuspiu a última sílaba. Sentia cada músculo de seu rosto endurecer. Não queria papo com nenhuma pessoa que pudesse ter algum tipo de relação com Rose. Muito menos com um tio tão próximo e tão babão.

- Detenção, Malfoy. – Harry pôs-se de pé – Amanhã.

- O que eu fiz? – ele perguntou indignado, mas sabendo, no fundo, que ultrapassara os limites há bem uns minutos atrás.

- Vamos ver se com alguma punição você aprende a ser mais educado e gentil.

- Amanhã é sábado! – ele exclamou percebendo que não iria escapar.

- Sua detenção será ajudar a organizar a festa de aniversário de James, e participar dela sob os meus olhos.

- O quê? – ele não podia acreditar. – Que tipo de detenção seria essa? Uma festa? Diversão?

- Você não quer ir, quer? – Harry perguntou simplesmente pegando seu material de cima de sua mesa.

- Definitivamente não. – Scorpius respondeu convicto.

- Então a festa é definitivamente uma punição. – ele caminhou em direção a porta.

Malfoy piscava abobado, sem sair do lugar.

- Esteja pronto, em frente à biblioteca, às 15hs. – e dizendo isso, saiu.

Socou a mesa.

- Merda! – gritou – Como fui me meter nessa? Em menos de dez minutos eu levei uma bronca, arranjei uma detenção, e um motivo para ficar perto dela por uma tarde inteira! Não! Que idiota eu sou!

Scorpius puxava os cabelos, esfregando as mãos na testa num gesto desesperado.




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Harry não cabia em si de orgulho. Seu peito parecia inchado.

- Eu sou demais! – exclamou em voz alta, olhando em seu redor para o salão comunal da Grifinória recém arrumado para a festa surpresa de James.

- Nem tanto... Era de se esperar que Harry Potter, que pegou Voldemort de surpresa, soubesse montar uma festa surpresa de maneira mais discreta, para que o aniversariante não descobrisse a tempo de sair por aí convidando pessoas, fantasmas e elfos domésticos para a “festança que seu pai estava armando”...

- Ah-é... Esse pequeno detalhe... – Harry gaguejou desinchando um pouco. – Mas vai ser um sucesso mesmo assim, Scorpius.

O garoto tinha no rosto uma expressão que variava entre a náusea e a raiva por ter passado a tarde inteira enfeitiçando paredes, balões, metalóides, fitilhos, purpurinas aladas que desfilavam pelo ar dando a impressão de que estavam todos cintilando num salão “gay demais” pensava Scorpius.

- Bom, posso tomar um banho agora pelo menos?

- Claro. – disse Harry ainda atarefado levitando até a parede central uma faixa púrpura com letras douradas formando os dizeres: “Feliz Aniversário, Filhão!” e ”Arrase, Batedor!” – Mas não demore! A festa não pode começar sem você!

Scorpius sorriu debochado pelas costas de Harry e saiu para se trocar.





Quando voltou à sala, já encontrou várias pessoas espalhadas pelas poltronas, paredes, cantos, e algumas se servindo das bandejas encantadas que flutuavam dentre eles.

Mas seu olhar recaiu sobre aquela a quem mais queria e menos queria ao mesmo tempo. E como estava linda!

Os cabelos ondulados lhe caíam sobre os ombros mal cobertos por uma alcinha fina cor de rosa que descia para uma blusinha da mesma cor, bem leve, bem feminina, bem Rose.

“Bem Rose...” pensou Scorpius sentindo um arrepio transpassar seu corpo e indo latejar lá em seu coração e em outra região mais abaixo, que ele preferiu ignorar.

Ele caminhou na direção oposta da menina e se posicionou de maneira a poder observá-la de vez enquanto.




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- O que faz aqui?

- Seu irmão me convidou!

- James? Vocês são amigos?

- Somos... um pouquinho, sabe... – ela disfarçou sem graça.

Alvo estava a caminho da mesa de bebidas – que não era servida em bandejas flutuantes devido ao risco de estrago – quando esbarrou em Daniele Jackson. No mesmo instante, a garota o puxou para um canto onde conversaram a sussurros.

- A Alana está logo ali... – Alvo apontou hesitante. – Não é bom que ela nos veja aqui, isolados...

- Mas somos apenas amigos, Alvinho! – Daniele tocou o braço dele. – Nós não temos nada para esconder dela. Temos? – ela olhou esperançosa.

Alvo se soltou da mão dela e olhou nervoso para onde Alana estava, com Rose, Devon, Mary e Hugo.

A menina parecia não ter dado falta da bebida demorada, ainda.

- Eu não gosto de ter que ficar conversando com você as escondidas... Por que tem medo da Alana, hein? – Daniele insistia em tocar no braço de Alvo.

- Eu também não acho legal. E eu não tenho medo dela. Só não quero dar motivo para mais brigas do que já estamos tendo ultimamente...

- Talvez, você estivesse melhor sem ela! – a garota arriscou.

Alvo cometeu o erro de não responder a essa possibilidade. E deu esperança a Daniele, que logo se chegou mais e acariciou o rosto dele.

- Não sabia que era preciso pagar pelas bebidas! – Alana exclamou ao se aproximar e flagrar a carícia da garota em seu namorado.

- A-Alana! – Alvo engasgou, se afastando rapidamente de Daniele. – Não é o que está pensando!

- Nunca é, não é mesmo? – Alana suspirou desolada.

- Oops... – Daniele deu um sorrisinho e saiu deixando os dois sozinhos.

- Sabe, Alvo, - Alana falava baixo, calma. – Eu não estou me sentindo bem...

- Alana, você sabe que eu-

- Eu não sei de nada, Alvo. E para falar a verdade, cansei. – ela olhou nos olhos do menino. – O que eu sei, é que meu ciúme realmente extrapola, e como eu não consigo controlar, sinto que estou te afastando de mim aos poucos.

Alvo apenas ouvia.

- Me desculpe.

- Desculpas aceitas! – Alvo sorriu aliviado com a calma da menina. – Agora por que não pegamos nossas bebidas e voltamos para a festa?

- Não. “Nós” não vamos voltar para lugar algum. – Alana sorriu fracamente. – Volte você, Alvo. Eu preciso me deitar. Essa semana foi difícil para mim, estudei muito, tenho que descansar agora.

Alvo permanecia parado. Não entendia o que ela falava. Ela estava terminando com ele? Era isso? Ela o estava deixando livre?

E o que era aquilo que ele sentia? Era uma sensação boa? A liberdade o deixava feliz?

Não. Ele amava aquela garota.

Será?

Não sabia responder.

Respondeu a primeira coisa que lhe veio na mente.

- Se é o que você quer... – ele achou ter visto um brilho diferente no canto dos olhos de Alana.

A garota apenas se virou e saiu da sala.

Alvo sentiu um vazio estranho no fundo do estômago. Olhou em volta e buscou por Daniele. Achou que ela seria uma boa companheira, agora que precisava de alguém para ajudá-lo a entender o que aconteceu.

A avistou encostada na parede oposta da sala, conversando animadamente com James, que tomava alguns de seus cachos nos dedos e os enrolava.

Achou melhor não perturbar a noite de seu irmão, uma vez que a noite era dele.




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- Eu falei com você, sabia?

- Oi?

- Por que você tanto olha para a porta, James? – Daniele perguntou ao garoto.

- Não é nada! – ele disfarçou – O que você dizia?

- Que seu irmão saiu daqui com uma carinha bem triste. Será que aconteceu algo?

James deu ombros e olhou novamente para a porta. Daniele suspirou.

- Quem você está esperando afinal?

- Não é ninguém, acho que não virá mais ninguém mesmo... – Ele afirmou triste – E você para de se preocupar com meu irmão, deixa isso pra amanhã, hoje você está comigo.

- Acorda, James! – Ela desdenhou – eu não estou e nem vou estar com você nunca.

- Eu não disse que quero me casar e ter filhos com você, mas me divertir sim.

- Então eu sou diversão agora? – Ela falou ofendida.

James riu e se aproximou da garota. – nós podíamos sair daqui, não? Gente demais, sabe...

- Até que não é má idéia.

Os dois andaram de fininho em direção a porta, tentando passar despercebidos pelos convidados. Em vão, uma vez que ele era o aniversariante.

Quase atravessada a sala, seus muitos convidados finalmente chegaram. No momento que a porta abriu, havia uma pessoa parada na frente, com a expressão confusa, se debatendo entre entrar e sair dali correndo para bem longe da festa.

James ficou paralisado por um tempo. Então ela veio! Mas por que não entrou? Por que ficou parada na porta, aliás, por que ainda estava parada ali, com a mão dentro do bolso do casaco, parecendo que não era exatamente ali que ela queria estar.

- Não esquenta, James. – Daniele percebeu o clima – Eu posso voltar para a minha sala comunal sozinha. Divirta-se! – E saiu balançando os longos cachos as suas costas.

- Eu não queria atrapalhar vocês, na verdade eu não sei exatamente o que estou fazendo aqui.

- Você não atrapalhou nada. Você nunca atrapalha.

- Não sei... – Bianca falou sarcástica – A ultima vez que encontrei vocês dois juntos eu acho que não era bem vinda no momento.

- Olha que engraçado, eu não me lembro...

- Até parece... – ela flou emburrada.

- Você não veio aqui para me lembrar disso, não é? Você não sabe o quanto e estou feliz por você ter vindo.

Bianca corou e respirou fundo enfiando a mão no bolso do casaco para retirar um pequeno embrulho vermelho com fitas douradas.

- Só vim para te dar isso. – Ela passou o embrulho para as mãos dele – Não é muita coisa, pois decidi em cima da hora, mas espero que goste.

James abriu o embrulho, retirando um cordão de prata, de uma corrente grossa e um pingente de um pequeno bastão de batedor.

- Uau! – Foi tudo que conseguiu dizer.





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Rose não sabia se o que a incomodava era o fato de que andava com uma dor de cabeça terrível devido aos NOMS, ou o fato de que Scorpius não parava de encará-la de longe, com um olhar perturbador.

Devon voltava com um pedaço de torta de faisão na mão e sentou-se ao lado dela novamente.

- Mary e Hugo não tinham ido com você? Onde foram? – Rose perguntou catando os dois em volta.

- Eles falaram alguma coisa sobre um casaco perdido, livro, ou aula de vôo... não entendi direito, mas eles saíram e disseram que voltam num instante.

Rose sorriu marota e balançou a cabeça.

- Essa Mary... Eu bem que desconfiava que ela não iria demorar muito a cair no charme de um Weasley...





Scorpius não agüentava mais aquela tortura.

Estava ali há quase três horas agora e sentia que não poderia suportar a visão do casalzinho-feliz-Rose-Devon.

“Mas que melação...” pensava vendo Devon acariciando o rosto de Rose enquanto ela tentava conversar com as amigas.

“Como alguém consegue ser feliz assim? Ela não pode nem pegar uma bebida sozinha...”

Ele olhou em volta e procurou Harry Potter perto do prof. Longbotton.

Não o viu.

- Quer saber, - sussurrou com raiva, jogando a bandeja na mesa – Eu vou nessa. Já cumpri detenção o suficiente por dois anos.

E dizendo isso, esquivou-se sorrateiramente pelo meio dos convidados e saiu da sala.




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Ele viu quando Malfoy fugiu. Suspirou, arrepiando-se, e tocou um pergaminho amassado no fundo do bolso da calça. Friccionou os dedos no papel e sentiu o bolso esquentar.

Era isso. Estava dado o aviso. Agora era com os outros dois.


- Ephram? Ephram?

Lily balançava a mão no rosto do rapaz.

- Hogwarts chamando! – brincou ela.

- Vou pegar mais bebida. – Ephram anunciou sorrindo fracamente – Trago para você, ok? – e saiu em direção à mesa no canto oposto da sala.





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- Obrigada por me trazer até aqui. Você realmente não precisava sair da sua própria festa.

- Eu é que tenho que agradecer por você ter ido lá, achei que você não fosse mais...

-Eu também... – Bianca murmurou mais para si mesma que para ele.

Ele pôs a mão no bolso, tirando a correntinha com o bastão dourado.

- Foi o melhor presente que ganhei na minha vida!

- Que exagero! Foi de última hora, você ganhou muitos presentes melhores que esse, tenho certeza!

- Mas nenhum deles foi dado por você, isso é que torna esse tão especial...

Bianca corou, mas não pode deixar de sorrir. Ele não parava de olhá-la, o que a deixava ainda mais vermelha.

Ele hesitou em se aproximar. Tinha falado com ela mais cedo, disse que não iria usá-la, mas estar com ela assim, sozinho, estava complicado de conseguir segurar. Ainda lutando internamente para não fazer nada insensato, se aproximou da menina e depositou um beijo em sua testa.

- Eu adoro você, de verdade. – ele falou baixinho, se virando para o corredor seguindo o caminho de volta à festa.

- James! – Ela chamou, estava mais vermelha que nunca. James se virou assustado para a menina, que ameaçou a abrir a boca, mas não saiu nenhuma palavra. Ela deu um profundo suspiro e lhe lançou um olhar decidido. Então, sem aviso, disparou na direção dele, e o beijou em cheio na boca. (ahhh, num deu, tive q colocar.. *-*)

James foi pego totalmente de surpresa, mas correspondeu a altura, colando seus corpos, colocando sua mão na cintura da menina, enquanto a outra se perdia em seus cachos. Estava difícil acreditar que era real, que ele estava ali com ela, que estavam dando o melhor beijo que ambos já haviam experimentado.

O ar começava a querer faltar, mas eles não queriam parar, não podiam interromper aquele momento. O segundo beijo, o primeiro sem depressão, sem influência de bebida. Um beijo surpresa, um momento mágico.

Separaram-se vagarosamente, aproveitando até o ultimo momento. Ele fitou seu rosto. Ela estava com o rosto avermelhado, os lábios vermelhos inchados, ofegante. Estava mais linda que nunca.

- Você é perfeita! – Ele exclamou.

- Desculpa, James. Acho que me empolguei um pouco... – ela falou sem graça – Você precisa de um tempo para por sua cabeça em ordem e... – ele a silenciou colocando um dedo em seus lábios.

- Não me peça desculpa pelo melhor momento da minha vida! – Ele pediu - Eu não preciso de tempo, não preciso de mais nada!

- James, você precisa e sabe disso. – Ele ia retrucar, mas dessa vez ela o silenciou – Posso estar sendo repetitiva, mas eu preciso ter certeza de que você será meu de verdade. E eu preciso que você tenha essa certeza, quero que você prove para você mesmo que é isso que você quer.

- Você está me deixando confuso...

- Tenho certeza que você irá entender. Por favor, James. Por mim...

- Isso não faz sentido, Bianca. Para que perder mais tempo! – Ele falou indignado, mas ela parecia decidida naquela idéia sem sentido. Ele se deu por vencido, passando a mão pelo cabelo, que voltou para o mesmo lugar. – Tudo bem, vou esperar sei lá o que, mas por uma semana, feito?

- É o suficiente. – Ela abriu um largo sorriso. James não retribuiu o sorriso – Jay, confia em mim, por favor.

- Tudo bem, mas só porque você me chamou de Jay... Você vai me contar porque eu tenho que esperar?

- Não vai precisar – Ela falou com convicção. – Confie em mim.

- Eu confio. – Ele falou sorrindo maroto, se aproximando dela e a encurralando na parede. – Eu confio...

- James, o que nós acabamos de conversar...

- É meu aniversário. Eu mereço, não? – Ele aproximou seu rosto do dela. – Contamos a semana a partir de amanhã.

- Você não tem jeito! – Ela exclamou antes dele unir seus lábios em mais um longo e maravilhoso beijo.





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Scorpius andava devagar pelo corredor vazio. Não sabia onde seus pés o levavam.

Só andava. Andava. E pensava.

Pensava. Mas não percebia. Não percebia dois vultos que o seguiam de perto.

“Esqueça!”
“Esqueça!”
“Esqueça!”


Quando deu por si, estava na porta dos jardins do castelo. Caminhou mais um pouco, tentando esfriar a cabeça no ar fresco que corria pelo gramado naquele fim de tarde.

Sentou-se perto das estufas, num lugar onde ninguém poderia vê-lo, se olhassem da porta do castelo.

Mas alguém estava vendo.

Alguém observava de perto. De muito perto.

Scorpius não notou. Não lutou. Não houve tempo para reagir. Nem sequer de gritar por socorro ou muito menos puxar a varinha.

Foi tão simples. Como tirar frisbe-dentado de criança.

- “Dormirum Oficcialis!”

O feitiço o atingiu em cheio. Bem no meio do peito.

Sentiu o corpo perder as forças, e sua mente foi se apagando aos poucos, como se alguém estivesse abaixando o som de um rádio, lentamente perdendo os sentidos.

“Rose!” pensou desesperado antes de cair para trás totalmente inconsciente.

Antes de ser forçado a fechar os olhos, a única coisa que ele enxergou na recém chegada escuridão da noite, foram dois pares de olhos brilhantes, como de gatos. E esta, também seria a única coisa da qual nunca se esqueceria quando acordasse.

Se acordasse.





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Oláá pessoal!!!

Primeiramente mil desculpas. Tem hora que a vida nos enrola de um jeito que nossa, p/ sair fica dificil.. mas o cap taí, demorou mas chegou!! xD
Espero que gostem, não vou prometer o cap seguinte rapido, mas vamos tentar ao maximo dar uma corridinha...

Ahh!! deixa eu contar. Tenho uma nova cachorrinha!! Eu tenho o Simba, agora eu tenho a...

HERMIONE!!!!

Achei ela na rua e adotei. Ela pode estar com uma doença incuravel e a veterinaria disse q ela irá sofrer se realmente tiver assim.. Mas tenho fé que tudo vai dar certo.

Mil desculpas mais uma vez....

BJuss

***BIA***






N/A: AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
FALA SÉRIOOOOO!!!
CARA EU NÃO SEI PORQUE, MAS EU ADORO ESSE CAPITULOOO!!
ESPERO QUE TENHAM CURTIDO TANTO QUANTO EU!

E QUE NÃO ESTEJAM NOS AMALDIÇOANDO PELOS CANTOS VIU!!!

BJAAOO GALERA!!

E A PARTIR DE AGORA A HISTORIA VAI PEGAR FOGO HEIN!!!

ATÉ MAIS!!!

:)LANA:)

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