Férias pra que te quero?



Cap.11 – Férias pra que te quero?





- Amor? – Gina estava deitada na cama fofa de casal em seu quarto quando ouviu um ruído no andar debaixo.

Fazia quase uma hora que Harry havia saído para buscar um pedido especial da esposa grávida.

Tudo ia muito bem na casa dos Potter. Depois de entendido o porquê das brigas de Gina, o charme, e os enjôos, a relação entre o casal melhorou bastante. Sem contar que Harry realmente percebeu a falta que fazia ao lado da ruiva esquentadinha e se redimiu na presença dela fazendo todas as suas vontades.

Já passava das onze horas da noite e ele ainda não tinha voltado da rua.

Gina se levantou pesadamente, pelo tamanho da barriga, agora com sete meses. Desceu as escadas e foi esperar na sala.

- Meu Deus. Será que aconteceu alguma coisa com Harry? – Gina ainda não havia se recuperado totalmente do susto que levara.

Não entendia muito bem o que havia acontecido naquela noite. Um ataque surpresa, saído do nada. E ainda por cima não queriam machucá-la, isso ficou óbvio quando ela percebeu que corria pela rua e não recebeu nenhuma maldição ou estupore. Tinha se machucado apenas por ter caído no chão com a fraqueza que sentia.

“Apesar de que eu bem que notei um clarão por cima da minha cabeça quando estava no chão.” Pensou ela abraçada na almofada e lambendo um pirulito de caramelo que havia trazido da cozinha com um ‘accio’. “Mas já faz tanto tempo, cinco meses. E meus bebês já tão crescidinhos...” suspirou passando a mão pela barriga com carinho. “E tão famintos, também!” sorriu, e a barriga roncou.



- Mamãe? – veio uma voz da escada escura.

- Lily, querida! Estou aqui. – e acendeu a luz para a filha encontrá-la.

Lily foi até a mãe e sentou no sofá se deitando no colo de Gina.

- Filha, que caramelos mais deliciosos esse, não? – Gina exibia feliz o seu restinho de caramelo no palito.

- Ainda bem que fizemos um estoque deles, não? – perguntou divertida – mas o que a senhora está fazendo aqui? Só comendo caramelos escondida?

- Não, estou esperando seu pai que precisou ir à rua. – e olhando curiosa para a menina – A propósito, onde você arranjou esses pirulitos, hein, mocinha? Que eu me lembre bem, são artigos deliciosos da Dedosdemel, e você não tinha autorização de ir lá, muito menos a sua mão para trazer os doces!

- É... – Lily sorriu sem graça – Ah, mãe, não faz pergunta difícil...

- Lily Weasley Potter – Gina levantou a menina de seu colo – Não precisa mentir para sua mãe, eu não vou ter um ataque de perereca e não contarei ao seu pai. Palavra de Weasley! – e levantou a mão direita.

- Ah, caramba – Lily não via saída – Está bem, está bem. – Hugo e eu não tínhamos permissão para dar o passeio até Hogsmead, então contamos com uma ajudinha especial do tio Jorge... A senhora bem deve saber que eles conhecem todas as passagens secretas do castelo, então foi moleza! E nós estávamos tão felizes por poder ir, não seria justo o Alvo e a Rose irem primeiro que a gente, não é? – finalizou com cara de santa.

- Sabe, seus argumentos são falhos, senhorita. – Gina olhou seriamente para a filha. – Pois o James já havia ido lá primeiro que todos vocês. – e sorriu cúmplice. – Mas eu entendo de onde você puxou esse lado rebelde de ser. E infelizmente nada que eu diga vai mudar alguma coisa. Então só o que eu digo é: Vigilância constante. – e de repente ela parou de rir – foi um velho amigo que nos disse isso. Nos dizia sempre. – e em sua mente, ela viu a fisionomia deformada de Olho-Tonto Moody “Vigilância constante, Potter.”

- Não se preocupe, mamãe. – Lily sorriu para ela – Não fazemos nada que não tenhamos certeza de que exista uma saída de emergência.

Crac!


- Harry! – Gina pulou do sofá e correu até o marido na porta da sala.

- Amor, ainda de pé? – Harry beijou a esposa e a acompanhou-a até o sofá, onde beijou Lily. – E você também, minha ruiva charmosa?

- Ruiva charmosa, pai? – Lily fez cara de nojo e Harry riu.

- Trouxe? – Gina olhava ansiosa para o embrulho nas mãos de Harry. Lily esticou o pescoço, curiosa.

- Pizza de melancia com borda recheada de pasta de abóbora. Aqui está. – Ele entregou o pacote e Gina correu para a cozinha seguida dos dois.

- ieca! – fez Lily quando viu a pizza em cima da mesa.

- Não foi fácil. – Harry suspirou cansado – Os trouxas só faltavam me xingar quando eu dizia o sabor. Andei muito até achar um lugarzinho exótico que preparava os mais bizarros sabores. – Harry olhou para Lily e continuou – Você acredita que melancia com abóbora estava no cardápio?! – a filha olhou de volta, de boca aberta – Pois é! Foi essa cara mesma que eu fiz quando li o sabor no menu...


Gina se realizava. Suja de melancia e abóbora até os cabelos, ela olhou para Harry e sorriu agradecida.

- Você quer um beijo agora ou depois, amor? – e exibiu o sorriso mais lambuzado que Harry já vira na vida.

Ele pareceu considerar por um instante o quanto a esposa estava melada e...

- Quer saber? – sorriu de volta – Eu quero agora!

Gina olhou-o surpresa e gargalhou gostoso.

- Sabia que você fica muito sexy assim? – Ele se aproximava dela.

- Ah, fala sério! Eu ainda estou aqui sabia? – Lily olhava horrorizada para os pais apaixonados.

Eles olharam para ela como se tivessem acabado de notar sua presença e disseram juntos sorrindo.

- Então estamos esperando a senhorita sair! – e jogaram um beijinho estalado para a menina que deixou a cozinha correndo.

- Onde estávamos? – Harry tomou a esposa pelas mãos.

Gina sorriu travessa e, se soltando das mãos dele, voltou sua atenção para a comida.

- Ah, não!

- Ah, sim! – exclamou sorrindo e saindo correndo pela cozinha com o resto de pizza nas mãos.

- Você me deve um beijo, ruiva sexy! - Harry saiu atrás dela – Acha que vai fugir para sempre? Essa cozinha nem é tão grande!

Uma coisa voou pelos ares e atingiu Harry bem na testa.

Gina saiu debaixo do balcão dos fundos da cozinha e olhou o marido, e sem conseguir se segurar, caiu sentada no chão gargalhando.

- Agora você tem outra marca na testa, querido! – gritou apontando para a testa dele.

Harry passou mão pelo rosto e tirou o excesso de pasta de abóbora que escorria pela sua cabeça.

- Agora você pediu Weasley! – E pegando os pedaços de melancia que haviam caído dentro da caixa, mirou bem e lançou-os em Gina – Bombaaaa!

- Aaaaahhhhh! – Gritou ela quando foi atingida em seu esconderijo, em baixo do balcão de alimentos. – Harry James Potter! Só porque você derrotou o Voldemort não tem o direito de declarar guerra à senhora da casa! – Gina berrava divertida.

Harry deu a volta pelo balcão de mansinho. Quando chegou perto da ruiva se abaixou e a segurou pelos braços por trás.

- Você se rende então, ruiva charmosa?

Gina sorriu com o susto e fez a mesma cara que Lily havia feito minutos atrás ao ouvir o apelido engraçado que Harry criara para se referir às suas ruivas.

- Se eu me entregar. Qual será minha punição, senhor? – Gina fazia voz grave.

- Ah... – Harry soltou os braços dela e sussurrou em seu ouvido – Nada demais.

E começou um ataque de cócegas nas costelas da esposa, que rolou no chão às gargalhadas.

- Pára! Pára! Ahahaha – Gina ria alto – As crianças vão acordar!

- Não vão não! – Harry deu uma trégua e sentou-se ao lado dela no chão sujo de melancia e abóbora.

Ele puxou Gina para seu colo e a abraçou. – Te amo!

Ela sorriu e trouxe o rosto dele para perto. – Te amo!

Harry acabou com a distância que os separava e colou seus lábios aos dela num beijo de entrega, de perdão, de renúncia das diferenças, de paixão e de jura eterna. Um beijo perfeito. Simplesmente por ser um beijo de amor.


James e Alvo sorriram e, em silêncio, encostaram a porta da cozinha e voltaram aos seus quartos. “Não era nada demais” pensaram mutuamente. “O barulho estava explicado, e que explicação!”






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- Não acho que seja uma boa idéia.

- E quem é você para dar opinião pirralho?

- Pirralho? – o garoto indignou-se – E quem é que está servindo em Hogwarts – a maior concentração de ciência mágica, hein?

- Você não faz nada a não ser observar. Isso é moleza. – desdenhou.

- Vocês dois! – Uma voz veio da porta do aposento e entrava por ela uma mulher de mais ou menos uns quarenta anos. – Parem já com isso. Está perturbando.

- Ora, mãe, - começou a garota de cabelos negros e pele alva – Explica para o pirralho espertinho aqui que o plano é perfeito. Pois ele parece estar querendo dar para trás, o bebê! – ela atirou as mãos para apertar as bochechas do irmão, que desviou furioso.

- Você implica porque é recalcada, pois na sua época em Hogwarts não havia planos concretos e você não pôde fazer nada além de estudar como uma boa bruxa! – revidou o garoto cheio de raiva.

A irmã abriu a boca para rebater, mas a mãe interrompeu.

- Ephram, imagine o que seu avô pensaria se visse a sua reação diante da sociedade. – ela parecia decepcionada – Acha que ele perdoaria fraqueza? Medo? – e balançou a cabeça – Nunca. E nunca se esqueça de que fazemos isso em homenagem a ele. Se não fosse por essa ciência, talvez ainda o tivéssemos conosco.

- Nem o conheci, mãe! – Ephram tentou se justificar.

- Eu sei, mas ele teria adorado saber que teve um neto tão inteligente... E você deve isso a ele, Ephram, não pode falhar agora. – a mulher se aproximou do filho e o sacudiu pelos ombros. – Não seja um fraco! O Plano-Parque é perfeito.

A mulher e a filha se viraram para deixar o quarto do menino. Da porta, a mãe olhou para Ephram mais uma vez e o advertiu.

- E não se esqueça de escrever a sua amiguinha bruxa e dizer que você não poderá acompanhá-la. – E, saindo, bateu a porta.

- Sim, senhora. – murmurou Ephram para si mesmo.

Pegou pena e um pedaço de pergaminho em cima da mesinha e começou a escrever. “Querida...”






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- Quer saber? Não acho que tenha sido uma boa idéia! Não mesmo!

Ron mirava com os olhos azuis arregalados para o tamanho da montanha-russa.

- Ah, o Roniquinho está com medinho? – Harry ria da cara pálida do amigo.

- Você diz isso como se tivesse andado muitas vezes nesse monte-búlgaro, aí!

- É montanha-russa, amor! – Hermione ria e explicava para o marido – Montanha-russa! De onde tirou o búlgaro, hein?

- É que é tão assustadora que só podia ter algo a ver com a Bulgária! – Ron puxou Mione pela mão e chamou os outros – Vamos naquele que roda e toca música!

- Pai! – Hugo parou de andar – Não vou andar de carrossel!

- E como você sabe que aquilo se chama carrossel? – Ron foi empurrando o filho pelos ombros em direção ao brinquedo.

- Tio Harry já me ensinou tudo sobre parque de diversões!

- Sei, diversões? Até parece... – Ron murmurou e os outros reviraram os olhos.


- Cheguei! – Gina, Ted e Victoire se juntavam ao grupo – Aonde vamos agora? – Gina perguntou sorridente com as mãos cheias de doces.

- Amor, você não vai enjoar de tanto doce? – Harry perguntou cauteloso.

- Enjoar de doce? Impossível! – ela sorriu.


Rose andou até Lily e parou em frente à prima. – Você não recebeu a carta avisando que ele não poderia vir?

Lily fez que sim com a cabeça.

- Então pára de procurar! – Rose riu.

- Ainda bem que aquelezinho não vem! Onde já se viu convidar os outros para sair com a gente sem perguntar antes se podia! – James sacudiu a cabeça para a irmã.

- Cale a boca, James! – Lily olhou enfurecida para o irmão. – Para seu governo foi graças a ele e aquele livro dele que eu consegui me safar em poções! E o convite foi uma forma de agradecimento! Mamãe e papai não se importariam, não é? – e olhou inquisitivamente para os dois.

- É-é... quer dizer, não, não nos importaríamos – Harry parecia estar saindo de um transe.

- O que foi, Harry? – Gina olhava curiosa para o marido.

- Nada! – Harry sorriu para eles. – Então? Vamos ao carrossel ou não?


- Tenho uma idéia melhor – James cutucou Alvo – Por que vocês não vão ao carrossel enquanto nós vamos à montanha-russa? É bem em frente, não nos perderemos uns dos outros.

- Por mim tudo bem! – Disse Ron aliviado de não ter que andar naquele troço tão alto e cheio de curvas.



Depois de tanto berrarem, balançarem no barco vicking, rodarem na xícara, gritarem no trem-fantasma – parte na qual tiveram de segurar Ron para não estuporar os monstros de mentira – foram todos para a roda gigante.




Lá no alto, na cabaninha suspensa no ar, um casalzinho se beijava apaixonadamente.

- Sabe que, se seu pai aparecesse aqui agora, eu teria coragem de enfrentá-lo e até estuporá-lo só para ter a chance de te sentir mais uma vez em meus braços?

Vicky levantou os olhos para o namorado e sorriu sincera.

- E você sabe que, apesar de ser meu pai querido, eu deixaria que o estuporasse... – ela aproximou-se do rosto dele – só para ter a chance de te dizer mais uma vez que eu te adoro.

O rapaz passou as mãos pelo rosto fino e delicado da menina, que se arrepiou com o toque da pele quente do namorado. Ele olhou dentro dos olhos profundamente verdes de Vicky e ali achou tudo o que precisava para continuar vivendo. Amor, fidelidade, inocência de menina e paixão de mulher. Inclinou seu rosto mais para perto, mas não a beijou, apenas ficaram ali, respirando o mesmo ar, bebendo os hálitos misturados pela proximidade. Um amor inexplicável, uma ligação incorrompível crescia entre os dois jovens.

Ela passou a mão pelo pescoço do rapaz e o trouxe mais para perto, para um beijo doce e suave.


A roda-gigante continuou girando, despejando casais e recebendo outros.

- Ainda acho que roda aí não é muito segura... – Ron relutava em subir em algo trouxa não protegido por magia – E a Gina está mais pesada agora...

- O que está insinuando Ronald Weasley? – Gina se virou para o irmão e botou a mão no bolso do vestido procurando pela varinha.

- Amor, você está estupenda! – Harry interferiu – E aqui está cheio de trouxas e você está na presença da chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, e acho que não vai querer problemas com a sua cunhada, não é?

Hermione sorriu e Ron a cutucou nervoso.

- Ai, Ron! – Hermione chamou a atenção do grupo – Vejam! Nossa vez chegou!

Eles se dirigiram para a cabana parada e se dividiram para ocuparem as cabaninhas. Ron sentou-se com Hermione na primeira. A roda girou. Harry ocupou a próxima com Gina. Lily e Rose foram as seguintes e James, Hugo e Alvo após.




Depois de uma volta e meia, Gina se deu por vencida e, enjoada devido à quantidade de doces, deixou a roda gigante com Harry.

Os dois foram em direção ao banquinho de madeira perto das árvores e se sentaram.

Um clarão de repente cruzou o ar e passou de raspão no braço de Gina, atingindo o gramado atrás do banco.

- Gina se abaixa! – Harry se levantou de um pulo e puxou a varinha de dentro do blusão.

Gina puxou a sua varinha e se posicionou ao lado do marido. Outro clarão saiu do meio das árvores. Harry atacou às cegas na escuridão dentre o arvoredo.

- Você não vai lutar Gina! Eu a proíbo! – Ele berrava em meio aos feitiços, desesperado. – Vá para lá!

Do pequeno bosque, cinco vultos encapuzados surgiram empunhando varinhas e lançando encantamentos nos dois.

- Não vou te deixar só! – Gina corria para trás de uma das árvores e atacava os vultos.

Harry se separou da esposa e correu em direção à roda-gigante. Não precisou avisar os outros.

Ron e Mione sacavam as varinhas e pulavam do banquinho da cabana para o chão e já corriam em direção aos encapuzados.

- Crianças! – berrava Hermione olhando para os meninos na roda gigante – Corram para trás do brinquedo e protejam-se como puderem!

A próxima parada foi a cabana de Lily e Rose. As meninas saltaram e correram abaixadas. Raios voavam em todas as direções!

James, Hugo e Alvo desataram os cintos de segurança e seguiram atrás das meninas.

A roda-gigante parou de girar, os trouxas corriam para fora do parque sem entender o que se passava.

- Vicky! Venha! Precisamos ajudar, mas quero que fique atrás de mim! Entendeu? – Ted sacou a varinha e pulou de uma baixa altura, já que sua cabana era a próxima a descer e ficou suspensa a alguns metros do chão.

O garoto correu em auxílio aos tios.

- Cuidado com os anjos! – gritou um encapuzado para os outros.



“Anjos?” Pensou Ted lançando feitiços ao passar correndo pelo homem que gritou.

- Ted! – Harry apontou Mione perto do trem fantasma – Vá para lá com Mione! E leve a Vicky como apoio! Eu te dou cobertura.

- Ok! – berrou Ted começando a se afastar de Harry e Ron – Vicky, me dê a mão! – e estendeu a mão para a garota que deveria estar atrás dele. – Vicky?

Ted a procurou com os olhos. – Victoire!! – Gritou desesperado no meio do parque.

De longe, o menino avistou Victoire ainda na cabana suspensa da roda-gigante. Ela parecia estar gritando e se sacudindo. Ted desatou a correr de volta para o brinquedo e quase foi atingido por um raio vindo do homem escondido na barraca de pipoca.

Pouco a pouco, Harry e Ron começaram a notar que os feitiços jogados pelo grupo que os atacava não eram realmente maldições e nem se quer eram azarações graves que machucariam a quem atingisse. Eles estranharam o fato.



Duas figuras escuras se aproximavam velozmente da cabana onde Victoire se encontrava presa pelo cinto de segurança.

- Vicky! A varinha! Use a varinha! – Ted berrava enquanto tentava se desviar dos jorros de luzes encantadas e chegar até a menina.


“Varinha? Que varinha” Vicky olhava desesperada sua varinha caída na grama fora da cabine onde se sacudia tentando se livrar da grossa tira que a prendia ao banco.

- Não a machuque! – uma figura disse a outra. – Eu cuido do rapaz que vem aí!

- “Diffindo” – uma voz de mulher saiu de debaixo do capuz e a tira se rompeu. – Venha comigo menina. – ordenou para Victoire que, paralisada de medo, não conseguia se mover.

- Vicky, não! – Ted tremia de raiva e apontava a varinha para as duas pessoas que encurralavam a namorada. – Não toquem nela ou eu juro que mato vocês!

O garoto sentia uma fúria jamais experimentada antes. Nunca havia lançado uma maldição morte, mas seria capaz de tudo se aquelas coisas ferissem Victoire.

- Victoire, levante-se e venha para cá! – ele ordenava como se fosse o óbvio a ser feito.

- Garoto, infelizmente não podemos permitir que ela vá até você. – zombou a voz da mulher que no momento arrastava Vicky, chorosa, para fora da cabine. – Não tem jeito, Monsgrave, esse nós vamos ter que por para dormir.

- “Expeliarmus” – Gritou de repente o homem que respondeu por Monsgrave e a varinha de Ted voou longe.

Louco e desesperado ao ver que eles começavam a se afastar com Vicky, Ted agiu insensatamente e se atirou contra o encapuzado que segurava a garota e socou-o. Chutou-o e berrou com todas as forças que pôde.

- Não! Não! – Ted foi empurrado ao chão pelo homem, que mirou a varinha no peito do rapaz.

Vicky pareceu despertar do transe ao ver Ted jogado aos pés do agressor, indefeso.

- Teddy! Teddy! Por favor não o machuquem, deixem ele em paz! – a garota se contorcia e tentava se livrar de quem a fazia refém.


Ted se pôs de joelhos e buscando por ajuda com os olhos, viu os tios que corriam em sua direção, varinhas em punho. “Graças a Deus” pensou tateando o gramado para achar a sua própria varinha.

- Acabe logo com isso! – berrou a mulher.

Ele levantou a cabeça para o vulto negro à sua frente e a última coisa que viu foi um jorro de luz roxa que o atingiu em cheio no peito ao comando de alguma coisa como ”Dormirium”. Não deu tempo de entender o que era.






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- O que foi aquilo? – Harry perguntava em voz baixa para Draco, o chefe dos curandeiros – O Enervate não surtiu efeito...

- Não sabemos ao certo. – Draco olhava para sua prancheta – Só o descobrimos foi que não houve dano nenhum, e ele parece estar dormindo profundamente.

- Então só temos que esperar que acorde? – Gina perguntava nervosa.

- Sim. Podem entrar no quarto assim desejarem. – Draco se virou para sair da enfermaria – Eu não tenho mais nada que fazer aqui, agora é só esperar. – e os deixou.

- Vamos entrar? – Mione quis saber.

Eles entraram no quarto e encontraram Ted de olhos cerrados, respirando pesado.

Ron se aproximou da cabeceira do quase sobrinho.

- É Ted, você foi bravo... – suspirou – mas nem toda a nossa braveza junta foi capaz de salvar Victoire.

Ao som da última palavra, o rapaz mexeu-se na cama.

- Vi-vicky... – murmurou engrolado.

- Teddy! – Gina exclamou se aproximando com os outros. – Você acordou!

Ted abriu os olhos e fez força para sentar-se na cama.

- Onde está Victoire? Eu ouvi a voz dela ainda há pouco... – ele olhou em volta ainda zonzo – Por que estou aqui? E onde está a Vicky?

- Ted, - Harry começou cautelosamente diante do olhar confuso dos outros – Houve um pequeno problema e...

- E o que? Vicky? Ela está bem? – ele arregalou os olhos para o tio.

- Nós iremos encontrá-la! – Hermione interveio – É apenas uma questão de tempo, Ted.

- O que? Então não foi um sonho. – ele pulou da cama e procurou pelas suas roupas – Eles a levaram. Aqueles encapuzados, no parque! – começou a tirar o pijama – Onde estão minhas roupas? – gritou se descontrolando.

- Ted você não vai a lugar algum. – disse Harry enquanto Ron o forçava de volta na cama.

- Me solta, tio Ron! – ele correu para o corredor da enfermaria.

- Onde pensa que vai? – Ron o seguiu e os outros foram atrás.

- Vou pegar roupas no meu armário já que não querem me dar as minhas.

Ted era um interno residente no Saint Mungus fazia quase um ano, desde que concluíra sua fase básica no curso de curandeiro. Draco Malfoy o supervisionava algumas vezes e outras ele já se virava sozinho e aprimorava sua técnica.

- Não vai não. – Malfoy o barrou a caminho de sua sala. – Você vai voltar para o seu quarto e aguardar até que esteja pronto para ir para casa e lidar com o infeliz ocorrido. – disse secamente.

Alguma coisa finalmente despertou-o para a realidade e o garoto sentiu a garganta fechar e os olhos queimarem pelas lágrimas quentes que agora escorriam por seu rosto.

Voltou para sua cama acompanhado dos tios e ali ficou, em choque, sem ouvir uma das palavras de consolo que eram dirigidas a ele. Só chorou. E lentamente, seus cabelos adquiriram uma cor pastel, palha, morta.






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- Eu confio em vocês aurrores, Arry. – Fleur se mostrava mais forte do que realmente era. – Sei que vão trrazerr minha garrotinha de volta.

- Ron, - Bill tinha os olhos inchados – Eu estarei em Gringotes. A vida não pára. Mas assim que precisarem de reforços, eu estarei com vocês. Não demorem a descobrir o que houve. Eu lhes peço. – ele tinha a voz fraca.

- Faremos o nosso melhor, Bill – Ron apertou o ombro do irmão, que o puxou para um abraço.

- Não se preocupem, - Harry continuou falando – Ela não sofrerá nenhum dano, tenho certeza. Percebemos essa característica neles. Não gostam de ferir.

Fleur sorriu fracamente e tomou o marido pelas mãos.

- Obirrgada, sei que noss’ filh' ficarrá bem.

E saiu de mãos dadas com Bill, com toda sua beleza e confiança.










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- CRIANÇAS! – Gritava Ron do pé escada – SE VOCÊS NÃO DESCEREM AGORA NÓS VAMOS SEM VOCÊS!

- Eu já estou pronta. – avisou Rose descendo e terminando de trançar os cabelos.

- E onde está o Hugo? – Perguntou Hermione entrando na sala.

- Sei lá. - Rose deu os ombros. – Ele estava no quarto dele quando desci.

- HUGO, ANDA LOGO! – Gritou Ron impaciente.

- Vamos sem ele mesmo. – Disse Rose esperançosa abrindo a porta e saindo – Vocês já têm a lista dele, ele não precisa ir.

- A gente ainda precisa da casa inteira quando voltar, Rose. – explicou Hermione puxando a menina de volta pra dentro.

- Calma, gente. Já estou aqui!

Ron, Hermione e Rose observaram Hugo descer as escadas, espantados e desataram a rir.

O menino estava muito arrumado, de blusa social e gravata e muito perfumado para quem ia apenas comprar material no Beco Diagonal, até seus cachos ele tinha dado um jeito de arrumar.

- Qual é a graça? – Perguntou zangado, suas orelhas adquiriram um tom avermelhado quase igual ao seus cabelos.

- P-pra que isso tudo, filho? – Perguntou Ron, ainda rindo.

- Acha que vai impressionar a Mary saindo assim? – Rose caçoou – Você está ridículo!

- Não fala assim com ele! – Mione repreendeu Rose – Vai trocar de roupa, filho.

- Não! – Exclamou Ron puxando Hugo, que já se virava para subir – Já estamos em cima da hora que marcamos com o Harry e a Gina, ele vai assim mesmo.

- Eu não ando do lado dele assim! – Indignou-se Rose cruzando os braços.

- Nem vem, Ron. Ele vai subir sim! – Exclamou Mione puxando Hugo para longe de Ron – Eu não vou deixar meu filho passar vergonha.

- Ele não vai, amor – Disse Ron puxando Hugo de volta – Ele está bonito assim, olha a gravatinha dele... – e apontou para a gravata borboleta do menino.

- Pára com isso, Ron – Exclamou Mione se segurando para não cair na gargalhada e puxando Hugo – É só trocar de roupa, eles esperam... - E fez um gesto mandando-o subir.

- Eu queria saber quando é que nós vamos começar a cumprir os horários... – Suspirou Ron, recostando-se na parede.

- Ah amor... –Hermione o abraçou – É rapidinho, Harry ainda nem deve estar lá.

- Assim espero – Disse Ron a beijando, no que Rose murmurou algo como “me poupem” e saiu na direção da cozinha.













Harry sabia que deveria chegar depois do horário marcado. “Eles nunca vão mudar...” pensou. Ele, Gina e as crianças já estavam no caldeirão furado há quase meia hora.

Sentado ao lado de Gina em uma das mesas, ele observava com curiosidade a brincadeira de Alvo e Lily. Os dois disputavam uma queda de braço, Alvo deixava Lily dobrar seu braço quase todo, quase ganhando, mas logo depois virava o braço dela com facilidade. Gina se mexeu desconfortavelmente, chamando a atenção de Harry.

- Era melhor você ter ficado em casa, não é amor? – Perguntou preocupado a abraçando.

- Eu estou bem, amor. – Disse se aconchegando nos braços de Harry – A minha barriga está grande demais, não está? – Perguntou passando a mão na barriga, já de nove meses.

- O que esperava, amor? – Perguntou passando a mão na barriga de Gina também – Dois de uma vez...

- Mas e se não voltar ao normal? E se eu ficar assim inchada para sempre? – Perguntou mirando os próprios pés e fazendo uma careta.

- Gina, mesmo que você fique com a aparência de estar grávida de dez de uma vez eu vou continuar te amando e te achando linda. Deixa de ser boba – e a beijou com ternura.

- Vai acabar engolindo a minha irmã... – Ron chegava revirando os olhos.

- Você faz pior, Ron. Pode ter certeza! – Disse Gina rindo, recebendo um beijo dos sobrinhos. – Você está tão cheiroso Hugo...

- Onde está o James? – Perguntou Mione muito corada.

- James estava cansado de ficar parado, pegou dinheiro e saiu pelo Beco Diagonal. – Disse Harry ajudando Gina a se levantar. – Vamos atrás dele, ele disse que não ia muito longe.

- E você acreditou? – Perguntou Gina rindo, deixando um Harry confuso.









James caminhava pelo beco diagonal observando as vitrines distraidamente saboreando um sorvete de ameixa que tinha comprado na Florean Fortescue.

Ele nunca tinha caminhado pelo beco diagonal sozinho e sem pressa como agora, sempre estava com seus irmãos e seus pais atrás dos materiais ou ia direto nas gemialidades. Por falar em gemialidades, ele parou em frente à loja. “Não, dessa vez não vou lá” pensou. “Ti George não está aí mesmo, e nem o Ted, que fica o tempo todo no Saint Mungus esperando notícias de Vicky.”

Continuou andando e observando as lojas até que parou em frente à ruela no fim do beco diagonal. “Então aqui é a Travessa do Tranco” pensou olhando para trás. “Se eu entrar e sair rapidinho meu pai não vai notar”


James entrou na rua que mais parecia um corredor. Um lugar escuro onde até o ar era sinistro, com lojas que vendiam coisas que pareciam ser proibidas. Quanto mais andava mais ele queria andar. Era diferente, assustador.

As pessoas eram meio estranhas e mal vestidas, olhavam desconfiadas para ele, mas ele fingia não perceber. Ele olhou o relógio em seu pulso “é melhor voltar” pensou.

Mas antes de se virar viu alguém que lhe chamou a atenção. Apertou os óculos em seu rosto para ter certeza do que via. Era ele, aquele garoto nojento que ficava o dia inteiro com sua irmãzinha, com uma mulher que deveria ser sua mãe. O que Ephram Barrow estaria fazendo entrando em uma loja de ervas na travessa do tranco?

James voltou tentando ser o mais invisível possível, mas era difícil, já que a cor dos seus cabelos não era muito discreta. Ele estava perto, ele só queria ver o que se passava. Era realmente estranho aquele garoto por ali.

Parou em frente à porta da loja. Ficou observando por uns instantes. “Vai saber o que tem lá, o tipo de pessoa que estava lá”. James continuou absorto em pensamentos, quando sentiu uma mão firme fechar em seu braço.

O coração dele quase foi parar na boca com o susto, e quase parou mesmo quando viu quem o segurava.

Harry tinha as feições duras, e só com o olhar fuzilava o filho. Ele arrastou James para a saída da rua sem dizer uma palavra, mas a julgar pela força com que segurava seu braço, quando abrisse a boca não seria para dizer “eu te amo”.

- JAMES! – Gina andou o mais rápido que conseguia até Harry e o filho, ela tremia e tinha os olhos vermelhos – Você é louco? Você não pensou na gente? Ai! – Ela levou as mãos à barriga.

Harry correu até ela e ela murmurou um “está tudo bem” – Não, ele não pensou – Falou Harry em um tom seco, parecendo tentar se controlar.

- M-me desculpa, eu não queria assustar voc...

- Não queria nos assustar? COMO VOCÊ NÃO QUERIA NOS ASSUSTAR? – Harry desistiu de se controlar e gritava a todo pulmões – SUA PRIMA FOI SEQUESTRADA, JAMES. NÓS NEM SABEMOS O PORQUÊ!

James não falava nada, não tinha coragem de encarar nem os pais, nem os tios, nem os irmãos e nem os primos.

-VOCÊ NÃO LÊ OS JORNAIS? OS AURORES ESTÃO LOUCOS COM ESSAS COISAS QUE ESTÃO ACONTECENDO E VOCÊ VAI PROCURAR AVENTURA? – Harry continuou gritando alucinado, algumas pessoas passavam olhando assustadas – E SUA MÃE? SUA MÃE ESTÁ GRÁVIDA, JAMES. VOCÊ NÃO SABE QUE NÃO FAZ BEM PARA ELA SE ASSUSTAR ASSIM?

- Harry, calma... – Murmurou Ron tocando no braço de Harry, que pareceu acordar de um transe.

James arriscou olhar para o pai, Harry estava com os olhos fechados e passava as mãos pelos cabelos, parecendo querer colocar as idéias no lugar. “Pronto, agora sim papai me odeia!” pensou.

- James... – Harry falou num tom bem mais calmo e ele olhou cauteloso – Você vai ficar perto de mim hoje, vai ficar onde eu possa te ver e minhas mãos possam te alcançar, chegando à casa eu penso em algum castigo para você.

- Uhum – fez James arrasado.

- Ótimo! Então vamos comprar logo as coisas e acabar logo com isso – Finalizou Hermione puxando Ron pela mão – Aonde nós vamos primeiro?

- Vamos à Floreios e Borrões, mamãe? – Pediu Rose esperançosa.

- Claro! – sorriu Hermione tão animada quanto a filha, soltando Ron e saindo na frente com ela – Vamos para lá!

- Eu mereço... – Murmurou Ron balançando a cabeça e arrancando risadas de todos.

Eles caminharam até a livraria. O beco diagonal já estava lotado àquela hora, eram muitos pais levando seus filhos para comprar os materiais para Hogwarts.

- ROSE! – Uma menina loira corria na direção de Rose e se atirou em seus braços – Que saudade amiga!

- E-eu também...– Falou com dificuldade devido à força com que ela a apertava.

- Ah, mãe. – Continuou Rose – Essa aqui é a Mary, minha amiga.

- Minha Mary, para ser exato! – Hugo chegou estufando o peito e sorrindo e Mary revirou os olhos.

- Hermione? – Uma mulher loira se aproximava deles – Eu não acredito, depois de tanto tempo. Nossa, Ron!

- Oi Lilá – Cumprimentou Hermione entre os dentes, agarrando a mão de um Ron sem graça.

- Como vai, Lilá? – Perguntou Ron se arrependendo amargamente de ter perguntado a julgar pelo olhar assassino de Hermione.

- Muito bem, Ron – Disse Lilá sorrindo – A Mary fala muito da Rose, que coincidência elas serem amigas, não?

- Coincidência por quê? Nós não éramos amigas... – Alfinetou Hermione, mas Lilá pareceu não entender.

- Por que nós não entramos? – Perguntou Harry rápido, antes que Hermione falasse mais alguma coisa.

- Harry, Gina! – Exclamou Lilá surpresa – Eu não tinha visto vocês. Nossa Gina, mais um? – Perguntou apontando a barriga dela.

- Mais dois na verdade... Ai! – Ela levou as mãos à barriga mais uma vez.

- Gi, amor, não quer ir para casa? – Perguntou preocupado apertando a mão da esposa.

- Eu estou bem, amor. Não precisa se preocupar. – Falou entrando na livraria com um Harry muito desconfiado atrás.

O lugar não estava muito cheio. Rose e Mary estavam em um dos corredores de estantes, revezando entre escolher um livro e conversar.

- Oi...

O coração de Rose subiu para a garganta e seu estomago começou a dar cambalhotas quando ouviu aquela voz, aquela voz que ela desejou ouvir durante todo o tempo em casa. Mary sorriu maliciosa quando viu de quem se tratava.

- Eu vou... Eu vou... Dá licença! – Mary saiu lançando um sorrisinho para Rose. – Tchau, Malfoy!

- Oi... – Disse Rose baixinho, sem olhar para ele.

- Não imaginei te encontrar por aqui. – Disse Malfoy se aproximando dela.

- Nem eu. Eu nunca te encontrei por aqui, ou acho que nunca te procurei, na verdade. – Ela observava os livros na prateleira com muito interesse.

- Então hoje você me procurou? – Perguntou sorrindo maroto chegando mais perto. – Sentiu a minha falta?

- N-não, não foi isso que eu disse, quer dizer... – O rosto dela estava tão vermelho quanto os cabelos de Ron. Não se sabe se pelo que Scorpius falou ou pela proximidade dele.

- Calma, eu estava brincando – Falou divertido, pegando uma mecha do cabelo dela que tinha se soltado da trança e colocando atrás da orelha da garota. – Mas eu senti sua falta. – disse mais baixo só para ela ouvir.

Rose levantou o rosto para o menino e esboçou um sorriso.

- Você esqueceu de me contar que vocês eram amiguinhos, Scorpius. – Draco falou de repente, fazendo os dois saltarem para trás.

- P-papai? Não te vi chegar... – Scorpius falou sem graça.

- Então, Scorpius. – Continuou Draco cruzando os braços – Desde quando você é amigo de um Weasley?

- Nós não somos amigos! – Apressou-se em dizer, deixando Rose surpresa.

- Não somos? – ela deixou escapar.

- Não são? – Perguntou Draco sarcástico. – Porque do jeito que vocês estavam quando eu cheguei, eu poderia jurar que eram até um pouco mais que isso.

- Está enganado papai, nós não temos nenhum tipo de amizade, não temos nada! – Disse ele com convicção. – Como eu seria amigo de uma garota como ela?

- É verdade senhor Malfoy, eu não sou e nem quero ser amiga do seu filho. –Rose falou, seca – Eu não preciso de absolutamente nada que venha dele. NADA!

- O que? – Scorpius olhava incrédulo para Rose.

- Que foi, Malfoy? – Você acabou de dizer que não somos amigos, então não somos. Você é muito estranho, sabia? Eu não te entendo e nem quero entender! – Rose soltou tudo de uma só vez – Eu realmente não te suporto, garoto!

- Você não disse isso quando a gente... – ele engasgou e corou

- Quando a gente o que? – Perguntou desafiadora – Fala na frente do seu pai, Malfoy. Fala se você tem coragem!

- Falar o que, Scorpius? – Perguntou Draco confuso.

- Nada, pai. Vamos embora. – Scorpius saiu sem olhar para Rose, mas com o coração em chamas. “Quem ela pensa que é para fazer isso comigo?”


Rose foi procurar os pais. Sua cabeça estava dando voltas. “Ele é louco? O que ele quis dizer com “uma garota como ela”? Como ele se atreve a falar daquele jeito?”

Mas ele estava certo, se alguém descobrisse, eles estavam fritos! As famílias se odeiam... “Mas mesmo assim ele não tinha o direito de falar assim de mim”.

– E eu?- Perguntou para si mesma – Tinha o direito de falar daquele jeito com ele?

- Falando sozinha, irmãzinha?

- Não enche, Hugo! – Rose saiu da livraria, onde já estavam Harry, James, Alvo, Lily e uma Gina que não parecia se sentir bem.

- Rose! – Mary saiu da livraria junto com seus pais, a mãe dela e Hugo – Eu vi o Scorpius e o pai dele saindo ainda pouco, ele estava com uma cara... O que houve?

- Nada. – Disse tentando parecer sincera.

- Eu não acredito e... Alana? – Mary olhava para a menina correndo na direção delas.

- Oi... Meninas... – Ofegava Alana ao cumprimentá-las.

- Até que enfim você chegou! – Mary a abraçava, acabando com o pouco ar que restava nos pulmões dela.

- Oi Al! – Disse Alana sorrindo meio sem graça.

- Tudo bem, Alana? – Alvo perguntou educado, corando levemente.

- Ah! – Harry falou de repente – Então você é a famosa Alana que o Al não pára de falar, não é? Ai! – Gina deu um beliscão no braço de Harry – Amor, eu já falei que isso dói.

Alvo e Alana coraram violentamente.

- Então não fala besteiras e eu não te belisco mais! Ai! – Gina levou as mãos à barriga mais uma vez.

- Amor, o que está acontecendo? – Harry a encarou temeroso.

- Eu... AI! – Com um grito um pouco mais forte ela levou mais uma vez as mãos à barriga e se curvou no que todos se aproximaram assustados.

- Amor, fala comigo. O que está acontecendo? – Harry perguntou a encarando. Sua expressão era de medo, assim como a de todos ali. Lily tinha lágrimas nos olhos.

- A-amor, você promete ficar calmo? – Gina perguntou cautelosa.

- O que está havendo? – exclamou ficando mais nervoso.

- E-eu acho que está na hora. Os bebês vão nascer!







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N/²A: OIEEEE GENTE ESPERO Q TENHAM CURTIDO!!!EU SIMPLESMENTE ADOREI ESCREVER ESSE CAP. HEHEHEHHE COM EU SEMPRE ADORO NÉ.....HSAUSHAUHSUSHUAU

QQR SUGESTÃO JÁ SABEM, NOS COMENTS......OU MELHOR DIZENDO, NO CHAT AMIZADE MAIS BADALADO DA FLOREIOS E BORROES! HEHEHEHHE

A CHRIS E GEMEOS, NÃO FOI DESSA VEZ Q TEVE AZARAÇÃO NO PROF CHRIS E NEM MAIS QUADRIBOL..... SNIF............ MAS VAMOS REMEDIAR ISSO! RSRS

ADORO VOCES!!!!!!!!!!

E NOVATOS, SEJAM BEM VINDOS!!!!

BJAOOOOOO

:)LANA:)





N/A: CAAAAAAAAAAAARA q sufoco pra postar isso, hein.. rsrs.. demorou mas chegou. Os agradecimentos virão amanhã, blz? Muito obrigada a todos.

p.s.: Creditos mais q especiais para VAL WEASLEY que me ajudou pra caramba... rsrssr.. eu explorei legal a menina... =).. bjuss pra tiii!



AGRADECIMENTOS - By Bia


Chris Evans - Que bagunça vc e seus gemeos estão fazendo, hein? Rsrsrsvc viu? Ameaçaram até a fazer abaixo assinado... shuahsuahsuah,,, Mas vc torna isso aki muito lagal, Chris!! Bjussss

Daiana Braga Pereira - Q bom q vc gostou!! Muito feliz de saber!! Rs. Bjussss
peter lewis - Obrigada pelos elogios!!!!! Vc tb faz bagunça jnt com os gemeos e a chris q eu sei!! Hsuahsuahsua.. Bjussssssssssssssss

zuzucáh - pod dxar q não vamos paraar.. rs!! \o/.. rsrs. Bjusssssssssss
TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA... haushaushaus.. bju

Teresa - Obrigada!! Abusados nd, vcs estão certos.. shuahsuahs.. ta ae o 11. Bjusss!!

srt. aluada - Obrigada pelos elogios!! Fico feliz q vc tenha gostado!! Bjusss
TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA TÁ POSTADA Rrsrsrsrrsrsrsr... bjussss

N.Tonks - AHHHHHHHHHHHH!! Q bom q v gostoooou!! Rsrs..;).. temos q ver mais filmes, hein! Rs. bjusssss

*Lari Forrester Black* o casal Al/Al é tão fofinho, né? XD.. R/S tb são meus preferidos!! :p.. Bjussss

Ana Potter - Eh verdade.. na verdade, cenoas de romance são fofas... hasuhasu.. Muito obrigada pelos elogios!! ;). bjussss

**Jaque Granger Weasley** - Q bom q vc gostoou!! Rs... Não precisa fazer abaixo assinado contra a chris!! Eu leio todos os coments, msmo com ela monopolizando a pag.. hsuahsu.. Ta att. bjussssss

Flavia Cardozo de Jesus Q bom q vc gostoou!! Hhee.. O nome não poderia ser Sirius pq o nome do James é James Sirius... :D.. Obrigada pelos elogios!! bjussss

Priscila_MKA_R/HR - Como eu já disse, o fred esté morto, ele fala do quadro dele.. ^^ .. Mas obrigada msmo assim!! Fico feliz q tenha gostado do cap!! ^^.. bbjusss

J. M. Flamel - Oii!! Vc e seus coments proficioneis.. ahsuahsuh.. Pow, eu tava lndo o olho de shiva, mas parei pra adiantar a fic, mas vou continuar d onde parei assim q posivel!! ^^. Bjusssssssssss

Carlos Obrigadaa!! Hsuahsu.. pod dxar que escreveremos mais!! Rs.. bjussss

Lord P.V.S Black Pow, imperius não... shuahsuahsuahs.. Obrigada mesmo!! bjussss

Val Weasley VAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL!!!!!!!!!!!!!! Muito obrigada por me ajudar.. o/\o ..vc é demaaais!!. bjussssss

☆Mari =D ☆ - Ahhhhhhhhhhhhh. Q bom q vc gostoooooou!!. O nome dos BBS?. *disfarça*.. rsrs. bjusssss

Marina Mosleh Nicolau - Obrigada!! Já deu pra ver qnd vão nascer, NE? Hehe. bjusssss

miss_krum - Q bom e vc gostoou!! O john é um nojento msmo!! Ghehe.. Bjuss!!!

Alícia Spinet - Hehehe.. q bom e vc gostou!!.. calma, emoções estão por vir.. RS! bjussss

LiLi Negrão ( Liz) - Fico MT feliz q vc tenha gostado!! Muito mesmo!! Obrigada pelos elogios! bjusss

Luisa k. Malfoy {N} - Aee lembrou!! Rsrs.. :p.. fico feliz que tenha gostado!! XD.. Gemeos, NE? Nossa.. hehe.. ;) Bjusssssss

srt. aluada - Muito obrigada!!. Pod dxar que eu não esqueço d ng!! Hehe.. ;).. bjusssssssss

*snowqueen* - Obrigada!!^^. Tá ae o 11 e ta ae R/S.. rsrs.. BJussssss

SaRa_lins - rsrs.. Rose/Scorpius pra vc, brigando, né. Mas... hehhe!! :p.. bjusss

Mione Malfoy - Obrigada, fico feliz q tenha gostado. Caaalma, não em nd entreD/G, fik tranquila!! Rs. bjussss

**André Pessoa** - Aahh.. pinta o kbelo d verde e resolvido o problrma!!! Hsuahsua.. q bom q vc gostou e trouxe a pipoca.. rsrs. E não se preocupe, a chris e os gemeos não vão ofuscar seus coments.. hsuahs.. Bjusssssssssssss

Augusta Weasley Potter-- H/G 4ever Obrigadaa!! Fico feliz que tenha gostado!! R/S são lindos jnts!! Aushaushauha.. :p.. Rsrs. Bjussss

Isadora Silva - Fico feliz que tenha gostado!!. Nem demorou tanto, né? Hehe.. continua vindo. Bjussssssssssss

Iasmin Affonso Queiroz Rangel Miga eu jurava q tinha te avisado... :º. Rsrs.. mas ta ae o cap 11, dessa vez eu te avisei... shauhsuahs.. bju te amoo!!

•___Criiiika . nhááá obrigadaa!! ^^.. q bom q gostou do cap. Ta ae o novo, bjuss!!!!

Daniela Paiva - q bom q gostou do cap!! Não fiq ansiosa, já ta ae o 11.. ^^ bjussss

Luana Lupin Oii!! Seja bem vinda gemea 1. Vc e o gemeo 2 tão fazendo mta bagunça aki, hein.. mas eu gosto.. shauhsuahs.. bjuss

Giulio Lupin Bem vindo gemeo 2. Nhááá.. eu tb amo quadribool!!!. Rsrs.. bem, não sei se va ter quadribol no proximo não.. vamos ver.. ;).. bjuss e olha a bagunçaaa!! rsr

Bela Black - Rsrsrs.. mtas perguntas, não posso responder..(apesar de estar louca para falar.. rsrs).. Segura o S2, hein.. ashuahs.. bjussss

Marcus Evans Ahhh.. vc num voltou... =/.. bjusssss

Emmy WeasLey - Brigada!! Rs.. ta postada.. ;) bjuss

Alexandra Zabini - q bom q gostou.. ta postado o 11!! bjusss

Ju Jane Weasley - Obrigada!! Q bom q vc gostou... na verdade mione gravida não está nos planos.. hehe ;).. Bjusssssssss


OBRIGADA A TODOOOOS!!!!!!!

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