Caldeirão Furado
Era uma manhã fria e chuvosa, a rua estava silenciosa o único som que se ouvia era o canto dos pássaros, a rua estava vazia a não ser por um homem coberto por uma capa de viagem que vinha desde o começo da rua chutando uma lata de refrigerante vazia, era um homem alto e bastante magro estava segurando um pacote grande, que parecia ter sido embrulhado as pressas. O homem entrou no Caldeirão Furado que estava silencioso como nunca, só se ouvia o barulho do balconista limpando os copos dor bar, havia um homem sentado em uma mesa do fundo lendo o Profeta Diário, que trazia na manchete o anuncio da morte de Alvo Dumbledore. O homem magro se aproximou do homem sentado e lhe mostrou o pacote.
- Pensei que não ia vir Mundungo Fletcher!- disse o homem sentado em um tom de ironia, que acabará de virar uma folha do Profeta. -
- Trouxe-lhe o que queria, agora quero minha recompensa – respondeu Mundungo com uma risada falsa no rosto. – E não me venha com estórias Lucio... fizemos um trato é seu dever cumprir com sua palavra!
- Calma Fletcher irei lhe pagar, agora se sente e tome uma xícara de chá, está fazendo muito frio...
- Poção da verdade Malfoy? Não se preocupe lhe direi quando souber!- diz ele tirando a varinha do bolso e transformando a xícara em um rato peludo e feio que sai correndo para os fundos.
- Mostre-me o que trouxe ai!- ordenou Lucio pondo o jornal na mesa.
- Aqui está, mas porque você tem interesse nesse simples objeto?- diz desembrulhando o pacote que só podia ser aberto por ele.
- Não lhe diz respeito! Fale baixo... aquele velho pode ouvir!- sussurra guardando o objeto no seu casaco luxuoso. - espero que baste, mesmo que não baste não lhe daria mais!- diz Lucio jogando uma sacola de galeões para Mundungo que a guarda no seu casaco.
- Isso basta!- diz dando-lhe as costas em direção a porta.
A chuva já tinha passado e sol estava começando a sair quando Mundungo chegou em sua casa, a entrada da casa era uma lata de lixo que ficava em uma beco sem saída no subúrbio de Londres, era seu esconderijo, não parecia ser lá muito seguro mas era protegido por um forte feitiço de proteção lançado por ele mesmo. A casa era bem aconchegante apesar de ser no subsolo era bem quentinha, tinha objetos roubados e papeis por todos os cantos da casa e um sofá vermelho em que estava deitado um cachorro.
- Brutos amigão! Que saudade de você!-exclamou Mundungo. Quando o cachorro ouviu a voz do dono levantou a cabeça e saiu em direção a ele começando a lambê-lo, Brutos era um Dálmata com muitas pintas, tinha uma grande no olho que lembrava um pirata.
O malandro que acabara de chegar caiu no chão e ficou brincando com o seu cachorro, já que só tinha a ele na vida, tinha saído da Ordem, pois roubará itens valiosos da casa dos Blacks que agora pertencia ao jovem Potter que o não queria lá, porque os objetos que ele roubava era uma lembrança que ele tinha do padrinho, se Sirius estivesse vivo não aceitaria o fato de sua casa ser saqueada.
- Pronto Brutos agora chega... tenho que fazer uma coisa.- disse o malandro se afastando do cachorro, que o seguiu até um cômodo da casa aonde tinha um rádio e um grande sofá que tomava conta da sala toda, em um canto da sala tinha um quadro de duas jovens bonitas conversando debaixo de uma macieira.
Mundungo aproximou-se do quadro e disse:
- Queijo podre e sapos de chocolate guardem meu tesouro para que ninguém o ache!- Uma das garotas piscou para ele e disse dando risada com a outra:
- Certinho bonitão - o quadro se abriu mostrando o que escondia um grande cofre cheio de galeões onde se podia ver vários tesouros e relíquias, ele pegou a sacola de galeões que estava em seu bolso e jogou no cofre o fechando e saindo em direção a se quarto.Foi para o quarto tomar banho e debaixo do chuveiro ficou pensando se sua vida valia a pena mesmo, se todo aquele dinheiro que ele tinha servia para alguma coisa... e se ele morresse? Só tinha o seu companheiro Brutos na vida, mais ninguém apenas um cachorro que ouvia os seus problemas. Saiu do banho e vestiu uma roupa de frio para sair e esclarecer as idéias. Foi numa cafeteria trouxa que ficava duas quadras depois do beco em que ele morava, estava acostumado com o lugar, era para este lugar que ele ia esclarecer as idéias e armar seus planos.
Desde que ele chegara não tirava os olhos de uma jovem muito atraente que estava sentada em um canto da cafeteria lendo uma revista de moda trouxa, era uma mulher muito linda, que estava vestindo um lindo vestido bege que ia até o tornozelo que era quase da mesma cor de sua pele, tinha cabelos negros e os olhos azuis, que poucas vezes fugia das páginas da revista dando uma olhada para o Mundungo que já tinha percebido que ela tinha gostado dele. Sentiu seu estômago da voltas, nunca tinha sentido sensação tão estranha, para onde tinha ido toda ousadia e toda malandragem do Mundungo Fletcher, será que ele não era nada disso?limpou a mente de todos esses pensamentos e encheu o peito de ar e resolveu tomar coragem e levantou em direção a mulher misteriosa que agora acabará de dar outro olhar direto para ele que logo que percebeu ficou todo vermelho. Por uma ironia do destino um garçom que estava levando uma bebida em uma bandeja passou na frente dele que tropeçou derrubando a bebida no vestido da mulher, que deu um pulo da cadeira derrubando a revista no chão.
- Seu imbecil! Esse era meu vestido preferido, olha o que você fez!-berrou ela pegando a revista que tinha caído no chão e derrubado um recorte de jornal que parecia ser uma manchete do Profeta Diário.
- Me desculpe!Foi sem querer, não tive intenção... me perdoe senhora o que posso fazer para você me perdoar?-disse Mundungo enquanto ela recolhia os papeis e a revista que caíram no chão e saiu correndo- Ei qual é o seu nome!?
- Por ela eu não sei, mas por mim você poderia pagar a conta dela - disse o garçom estendendo a mão.
Ele pagou a conta e saiu da cafeteria pensando nela e porque ela foi tão agressiva com ele, o chamando de imbecil e saindo sem dizer pelo menos o seu nome, será que ele era tão feio assim que nem amiga dele ela queria ser?Foi caminhando para casa pensando nessas coisas não conseguia tirar a senhora nervosinha da cabeça, iria enlouquecer se não tivesse mas noticias dela.
Estava chegando perto de casa quando de repente viu o céu ficar escuro e o tempo fica mas frio do que o normal, como se toda felicidade do mundo estivesse acabado.Sabendo do que se tratava puxou sua varinha do casaco em um piscar de olhos, ficou rodando um tempo procurando algum sinal de ataque.
Lumos!-disse estendendo a varinha, uma luz meio azulada saiu da ponta de sua varinha iluminando toda a rua, indo até um poste que estava quase no final da rua,achou estranho pois essa rua costumava ser movimentada nesse horário, e agora estava vazia. Quando deu um passo a frente para iluminar outros locais, saem detrás de um muro três dementadores em direção a ele, sem pensar duas vezes estende sua varinha e diz:
Expecto Patronum!- um rato gordo sai da ponta de sua varinha afastando todos os dementadores de perto dele levando-os para bem longe.Aos poucos aquele pequeno animal vai perdendo o brilho e sumindo de vez.
-Por Merlim! Será que foi o Lucio que os mandou?...pode ser bem provável Mundungo, mas para que?Já não disse a ele que lhe falaria quando soubesse?
Pode ter sido o Ministério há tempos que ele esta atrás de mim... não posso ficar nessas ruas dando bandeira.- disse ele aparatando para casa onde tomou uma xícara de chocolate quente e dormiu no sofá com Brutos ao seu lado.
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