E agora??



Naquele mesmo dia em que Severo acordou uma semana depois de Helena te-lo encontrado na floresta, depois da conversa inicial, apesar de Helena ser contra, Severo queria se levantar.
- Você devia me ouvir, está muito fraco, suas pernas não vão agüentar. Dizia Helena.
- Você está me chamando de velho??
- É muito jovem que você não é, mas não é isso que quero dizer, o que estou dizendo que faz uma semana que você não anda e não se alimenta direito, está fraco ainda por causa do feitiço, você é sempre assim tão teimoso?
- Eu não sou teimoso. Eu só quero me levantar.
- Para ir para onde? Se não é teimoso, vejamos, é ranzinza.
- Qual o seu problema? Disse Snape perdendo a paciência.
- Nenhum e o seu?? Mas se quer levantar eu te ajudo. Disse Helena ficando de pé estendendo as mãos para Snape que levantou os braços e só então percebeu que estava sem roupa e ficou constrangido.
- Você....... onde estão as minhas roupas? Disse Snape agora parecendo furioso.
- Sim eu vi, desculpe, suas roupas estavam queimadas devido ao feitiço e eu precisava ver a extensão dos ferimentos, então tive que tirar a roupa.
- Que bom e agora eu vou ficar.... assim. Disse Snape.
- Não, eu comprei um roupão e umas roupas mais normais. Digamos assim. Disse Helena rindo da cara o ex- professor de poções que estava constrangido.

Helena saiu e voltou com o roupão negro, uma calça, camisa e um sobretudo, todos negros, e claro, roupas de baixo.
- Eu espero que sirva, comprei tudo negro porque dá para perceber que é sua cor favorita, ou seu estado de espírito sei lá.
- Obrigado, mas meu estado de espírito não é da sua conta.
- Desculpe, não foi minha intenção deixa-lo sem graça ou furioso, eu só queria ajudar.
- Você é sempre assim??
- Assim como??
- Disposta a ajudar os outros?
- Sim,quase sempre, porque?
- As pessoas podem ser perigosas, principalmente as desconhecidas, como eu.
- É um risco Severo, mas me disponho a correr .
- Não sei se você é corajosa ou tola.
- Talvez um pouco das duas coisas, eu vou sair para você se vestir.

Snape não disse nada, Helena saiu do quarto, enquanto o bruxo se vestia, passado uns 10 minutos, com uma certa dificuldade pela falta de movimentação naquela semana, Snape abriu a porta e encontrou Helena em pé ao lado da porta.

Helena praticamente examinou Snape dos pés a cabeça, foi quando viu uma mecha de cabelos negros caindo no rosto de Snape e foi tira-lo com as pontas dos dedos, Snape recuou para trás assustando Helena.
- Desculpe, eu só queria.
- Ta tudo bem. Disse Snape e um silêncio sepulcral tomou conta do cômodo onde estavam.

Eles ficaram se estudando por alguns minutos até Snape quebrar o silêncio.
- Você mora aqui sozinha?
- Sim, meus pais morreram e minha irmã e eu brigamos, ela foi embora.
- Ah, eu sinto muito, e você faz o que?
- Eu tenho uma estufa de plantas comuns e raras, vendo para a escola local de magia e para o mercado de plantas. Disse Helena.
- Por isso você entende tanto de poções.
- É, acabei aprendendo para o que serve cada uma delas. Disse Helena sorrindo.
- E seu marido?
- Não sou casada, nenhum homem que eu conheci queria viver em meio às plantas e poções, todos ficam entediados. Disse Helena parecendo triste.
- Entediados? Por você conhecer cada planta e para que serve, então eles não te merecem mesmo. Disse Snape sem pensar.
- Não me preocupo muito com isso, posso te perguntar uma coisa?
- Pode, pergunte o que quiser. Disse Snape que apesar de sentir-se bem, por dentro estava cansado.
- Quero saber da sua historia, será que pode me contar?
- Porque, minha historia não é bonita Helena.
- De ninguém é Severo, de ninguém. Disse Helena.
- Sim, se você me contar a sua.
- Conto, sem problemas. Disse a ruiva se levantando.
- Aonde vai? Pensei que quisesse me escutar.
- Quero, vou pegar chá e biscoitos. Disse Helena indo até a cozinha e voltando com a bandeja cheia de biscoitos, servindo Severo e depois ela e se sentando em frente a ele.
- Obrigado.
- De nada pode começar.

Severo Snape contou toda a sua historia, a principio temeu contar tudo sobre ele, mas resolveu confiar em Helena, depois de Dumbledore ninguém sabia tudo sobre ele, desde da sua infância conturbarda, sua entrada em Hogwarts, seu amor por Lílian Evans, e por artes das trevas, como foi humilhado, como foi vê-la morrer, contou sobre os anos como professor de poções, falou sobre Harry Potter, enfim tudo o que se passou com ele, no fim de sua narrativa se sentia mais aliviado, mas Helena parecia assustada.
- Está tudo bem? Se quiser eu posso ir embora. Disse Snape.
- Não, quer dizer, está tudo bem sim, muito triste sua historia, mas ainda bem que está vivo para conta-la.
- Nunca contei a ninguém alem de Dumbledore e agora a você.
- Uau me sinto privilegiada. Disse Helena.
- Não tem graça, agora quero ouvir sua história.
- Ta bem.

A historia de Helena foi interrompida por Lupin .
- Desculpe, mas amanha é segunda e está tarde. Helena olhou para Tonks que piscou, outro dia acabaria a historia.

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