Harry versus Rony




No dia seguinte, Harry continuou de mau humor e só conversou com Rony no treino de quadribol.

- Weasley, não admito falhas no próximo jogo. Não quero perder para Sonserina.

- Oh! Sim, senhor. Mas nós não vamos perder. Nós temos o nosso capitão de volta, não é, Potter? – disse ele sarcasticamente, num tom que lembrava Draco Malfoy.

- O que você está insinuando, Weasley?

- Eu quero dizer que você se acha demais, Potter. Você devia parar de se gabar e jogar mais.

- Eu não fico me gabando. – retrucou Harry.

- Sabe, Potter, eu vi você neste jogo. Você estava dizendo à Dumbledore que se você estivesse ali você acabava com o jogo. – disse ele, com um ar de vitória.

- Escuta, Weasley, eu já teria acabado com aquele jogo sim. Eu tinha visto o pomo da arquibancada.

- Não disse? Você se gaba demais, Potter.

- PARE DE ME CHAMAR DE POTTER!

- Eu me lembro que você mesmo disse para te chamar de Potter. Ou você prefere que eu nem te chame? – disse ele, com tanta raiva que puxou a varinha para Harry.

Harry olhou para a varinha de Rony, cheio de ódio, e disse.

- Se você me enfeitiçar, eu juro que você vai se arrepender, Weasley.

- Calma Harry... – disse Gina – você também, Rony.

Todo o time da grifinória observava a briga dos dois.

- Tarantallegra! – berrou Rony. Harry na hora começou a dançar, mas conseguiu pegar a varinha e disse:

- Finite! Vai se arrepender, Weasley, eu avisei. Furúnculus!

O rosto de Rony se encheu de furúnculos e ele berrou de dor. Depois disse:

- Desaungeo!

Os dentes de Harry começaram a crescer rapidamente. Ele berrou:

- Conjutivictus Curse!

E Rony levou as mãos ao rosto. Este é o Feitiço da Conjutivite.

- Expelliarmus! – berrou Gina. As varinhas de Harry e Rony voaram e ela gritou “Accio Varinhas!” e elas foram direto para sua mão. – Ela apontou a varinha para os dois e disse: - Os dois vão para a ala hospitalar. Agora. Ou eu enfeitiço os dois.

Harry e Rony foram com Gina sem reclamar. Rony estava com os olhos inchados e cheio de furúnculos. Harry estava com os dentes chegando ao peito, agora. Dez minutos depois, Hermione entrou pela porta da ala hospitalar, e foi diretamente à Rony. Ela disse alguma coisa à ele e foi ao Harry:

- Harry...

- Não me enche. E eu não conheço nenhum Harry que você conheça.

- Ok. Potter. Você tem que me escutar.

- Granger, saia de perto de mim e volte para o Weasley. Ele te merece.

- Harry, eu não quero ficar mal com você. Por favor, vamos voltar com a nossa amizade, e...

- Já disse que não conheço nenhum Harry. E não quero ficar perto da pessoa que eu mais amava. Ainda mais sendo você. Você tinha me dito que não se importava em correr riscos para ficar comigo. Mas estou vendo que nem precisou passar por nenhum perigo para fugir de mim, não é? Sai daqui. Volte para o Weasley.

- Harry...

- Potter, você quis dizer.

- Ok. Potter.

- Eu não quero te ouvir, Granger. Some.

Ela saiu de perto de Harry, que chorou baixinho para que ela não percebesse.

Os dias que se sucederam foram os piores da vida de Harry. Rony, seu melhor amigo, estava brigado com ele e Hermione tentava conversar com ele, mas estava muito bravo com ela para isso. Ele passava os dias encolhido a um canto, sem ter o que fazer. Ás vezes conversava com Gina, mas as conversas com ela sempre acabavam com ela dizendo que ele deveria conversar com os dois. Harry não sabia se agüentaria ficar sem os dois por muito tempo. Então, três semanas depois, veio o primeiro fim de semana em Hogmeade. Harry não queria ir, porque não tinha o que fazer lá, mas Gina acabou o convencendo de ir com ela. Luna e Neville, que agora estavam namorando, foram com eles. Eles foram primeiro à sorveteria que tinha ali, e se empanturraram de sorvete. Depois foram ao Três Vassouras, encontrar com Rony e Mione. Nesta hora, Harry fingiu estar apertado e disse que ia ao banheiro e que já voltava. Então ele ficou por mais ou menos meia hora andando por Hogmeade quando ele decidiu ir á Casa dos Gritos, somente para vê-la de perto. Então, quando já estava perto da casa, ouviu alguém dizer:

- Olá, Harry.

Ele se virou e viu que era Cho! Harry sempre gostou dela, e ficou sem ter o que dizer.

- Oi, Cho.

- Então, o que está fazendo? – perguntou ela, com ar de dúvida.

- Eu estava andando por aí.

- E os seus amigos? O Ronald e a Hermione?

- Eles estão no Três Vassouras. Eu não quero ficar lá com eles.

- Então você aceita ir tomar um café comigo?

- Claro! – disse Harry na mesma hora.

Eles foram a um lugar chamado Coffee do sr. Telles e entraram. Mal se sentaram e um homem com aparência velha os atendeu.

- Por favor, dois cafés. Harry – disse ela – Porque você não quer ficar com seus amigos?

- Eu NÃO tenho amigos.

- Calma, Harry. Você brigou com eles, não é?

- Eles quem? – perguntou ele, fingindo não saber de que se trata.

- O Rony e a Hermione.

- Ah...

E contou tudo que aconteceu. Cho ficou chocada quando acabou de ouvir.

- Não pode ser, Harry. Hermione não faria isso com você.

- Fez.

- Ah, Harry, sinto muito.

Os dois se abraçaram.

- Harry...

- Oi.

- Eu queria saber se...se você pode...poderia...se você quisesse... – ela não acabou de falar. Em vez disso, foi chegando cada vez mais perto de Harry, querendo beijá-lo.

- Cho... eu não posso.

- Porque?

- Eu gosto de você, e tudo, mais...

- O quê? – perguntou ela, pressionando-o. E Harry pensou: ‘Eu estou aqui, sentado perto da garota que eu mais gosto, tirando Hermione, claro, e estou recusando um beijo dela. Eu sou mesmo um idiota.’

- Porque aqui não é o lugar apropriado. – mentiu ele, não era por isso que ele não queria.

Ela sorriu. Ele disse:

- Mas se você quiser ir lá para fora...

- Claro. – disse ela, se levantando. Harry se levantou também e saiu com Cho. Assim que saíram, Cho puxou Harry a um canto e lhe deu um beijo. Harry sentiu a mesma coisa que sentira com Hermione, porém com menos intensidade. Mas Harry estava disposto a esquecer Hermione. E fazeria isso. Eles ficaram se beijando Harry não sabia por quanto tempo. Até que olhou no relógio e disse:

- Nossa. Já são três horas. Eu preciso ir, Cho.

- Não, Harry, fica mais um pouco.

- Não posso. Tchau. – disse ele, ao mesmo tempo que dava um beijo nela e se virava para sair.

- Você me procura depois. – disse, antes de ir. Ele voltou ao castelo o mais rápido possível. Não queria ver Rony e Hermione voltando. Com certeza estariam abraçadinhos, e se beijando a todo instante.
Antes de chegar no Salão Comunal, Harry trombou com Draco.

- Olá, Potter.

- Sai da minha frente, Malfoy.

- Calma, Potter. Eu queria conversar com você.

- Não tenho nada para conversar com você, Malfoy.

- Mas eu tenho.

- Quer falar sobre seu pai ou sobre o que aconteceu no trem?

- Como se atreve, Potter? – ele puxou a varinha, e Crabbe e Goyle repetiram seu gesto. Harry também puxou a sua. Ficaram em silêncio.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou o Prof. Snape. – Potter, baixe sua varinha.

Harry abaixou sua varinha.

- Menos dez pontos para a grifinória, Potter. E detenção na quarta-feira. Limpar a sala dos Troféis. E não quero ver brigas no corredor mais.
Harry foi para o dormitório espumando de raiva. Não sabia descrever esta raiva que estava sentindo agora. Só sabia que se pudesse ele fazia o prof. Snape engolir cada palavra que disse. Ele se virou e acabou dormindo.




*****




- Bom dia, alunos.

- Bom dia, professor Lupin. – disse a turma em uníssono.

- Hoje vamos relembrar de como se faz com mártious. Mártious não são estuporados, mas sim uclomendados. O feitiço que se usa contra eles é o Expllodium Octopius*. Vou chamar alguns alunos aqui para enfrentar alguns. Mas prestem atenção! O movimento da varinha é este. – e deu uma volta, depois girou, sacodiu e deu outra volta. – entenderam? Quero ver. Srta. Granger. Por favor.

Hermione saiu de sua carteira e se dirigiu à mesa do professor.

- Fique aqui, Srta. Granger – disse ele, apontando para o centro da sala. Ele pediu que todos se levantassem e fez com que as carteiras ficassem encostadas nas paredes para dar espaço para eles fazerem o feitiço.

- Pronta, Srta. Granger? – ela deu um suspiro e acenou afirmativamente para o professor.

- Então... lá vai!

Ele soltou o bicho. Várias garotas gritaram. Ele tinha a cor meio esverdeada, com cabeça de águia, focinho de porco, e o rabo era igual o de um rato. Ele tinha mais ou menos meio metro de altura.

- Expllodium Octopius! – gritou Hermione e o bicho soltou um grito agudo e explodiu.

A sala inteira gritou e bateu palmas.

- Parabéns, Hermione. Dez pontos para a Grifinória. Sr. Rony, por favor. Quando eu contar três. Um, dois... três. – e soltou outro bicho.

- Expllodium Octopius! – disse Rony e o bicho novamente explodiu. A sala corrompeu em aplausos.

- Mais dez pontos para Grifinória. Sr. Longbottom. Pronto? Já!

- Expllodium Octopius! – disse Neville e o Mártiou novamente explodiu.

- Já são trinta pontos para Grifinória. Sr. Harry Potter.

Harry se adiantou e se preparou.

- Um, dois e... três.

- Expllodium Octopius! – berrou Harry e o bicho explodiu pela quarta vez.

- Dez pontos para Grifinória. Bom, é só por hoje. Parabéns aos que enfrentaram o Mártiou.

Harry e Gina saíam da sala para ir ao almoço quando Gina disse:

- Já pensou em falar com Rony, Harry?

- Ele é um traidor, Gina. Não vou falar com ele. Mesmo se eu ficar sozinho nesse castelo pelo resto do ano letivo.

- E Hermione?

- Pior ainda. Ela sabia que estávamos namorando e estava com Rony também.

Gina murmurou um “Bobão” e saiu de perto. Harry se sentou entre Neville e Lino Jordan para o almoço. Então viu Cho. Não havia falado com ela desde a volta de Hogsmeade. Então escreveu uma carta para ela dizendo para se encontrarem dali a dois dias, no sábado. Pelo ao menos Cho o entendia. Com ela ele poderia ficar numa boa. Ela leu a carta e mandou a resposta. Ela concordava em se encontrar com ele. Ele ficou feliz por ela aceitar. Poderia desabafar com ela.

A semana passou rapidamente. Faltavam agora só três semanas para o jogo contra a Sonserina. No sábado Harry desceu para o gramado para se encontrar com Cho. Ela estava o esperando perto do lago. Mas havia mais alguém com ela. Quando Harry chegou mais perto, ele não acreditou.

Era Rony!

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