O fim de um pesadelo e o inici



O baile estava quase terminando e Harry e Gina continuavam a dançar, todos principalmente os que estudaram com Harry e viram ele no baile do quarto ano se surpreenderam ao ver que agora Harry Potter era um exímio dançarino (Gina o ensinou a dançar enquanto estavam no passado), Gina e Harry deslizavam por todo o salão em plena sincronia não perdendo o contato dos olhos, para eles nada mais existia a não ser um ao outro.

Harry como sempre acontecia se perdia nos olhos castanhos e brilhantes de Gina, que não podia estar mais feliz, estava dançando com o homem que amava desde os dez anos e podia ver nas íris esmeraldas todo amor que ele lhe dedicava, Gina não conseguia parar de sorrir, desde o baile de inverno que teve em Hogwarts que ela sonhara com aquele momento, era maravilhoso estar ali nos braços dele, quando a música parou, ela sentiu um formigamento estranho nas pernas e percebeu que Harry usara a aparatação elemental e a levara para algum lugar que não conhecia.

Gina olhou ao redor e viu uma sala com paredes muito brancas, um sofá grande e confortável na cor vermelha, no chão um carpete bege bem claro, com várias fênix voando por ele em uma linda paisagem em que árvores balançavam devagar como se uma leve brisa as tocasse, em frente ao sofá ela viu um aparelho trouxa que ela lembrava vagamente de seu pai falando sobre ele, o nome era tevelisão ou algo parecido, a sala era grande e espaçosa, havia duas portas fechadas que provavelmente levavam a outros cômodos e uma pequena escadaria de mármore branco que sugeria pelo menos mais um andar na casa, as cortinas eram da mesma cor do sofá…

- E então gostou? – perguntou Harry impaciente para saber o que Gina achara do lugar.

- É linda! – exclamou Gina olhando nos olhos dele. – Aqui é tão aconchegante, eu gostei muito, mas onde estamos?

- Na minha casa. – respondeu Harry acariciando o rosto surpreso de Gina. – Ou melhor, na nossa casa, eu construí em cima das ruínas da casa que foi dos meus pais, Lince contratou uns amigos dela para a reconstruírem e me ajudou também na decoração, queria ter para onde ir quando a guerra terminasse, não agüento mais ficar de casa em casa. – brincou Harry fazendo Gina rir. – Não coloquei muitos móveis para que você pudesse mudar o que quisesse, pois é aqui que vamos morar quando nos casarmos daqui um mês…

- Um mês? – perguntou Gina atônita.

- Claro! – respondeu Harry agora acariciando os belos cabelos ruivos da amada. – Sei que é uma data distante, mas por mais que sejamos excelentes bruxos não conseguiríamos arranjar tudo para amanhã…

Gina o interrompeu da maneira que mais gostava, o beijou ardentemente, tentando mostrar o quanto havia ficado feliz com o que ele fez durante muito tempo eles ficaram ali apenas se beijando e sentindo o gosto um do outro.

- Venha quero que veja uma coisa. – falou Harry interrompendo o beijo e pegando na mão de Gina. – E não ouse olhar quero fazer surpresa.

- Mais uma? – perguntou Gina em tom de brincadeira, fechando os olhos em seguida, sentiu Harry a segurar pela cintura com uma mão e tapar seus olhos com a outra e a levar para algum lugar.

Aquele era o dia mais feliz da vida dele, planejara tudo aquilo nos mínimos detalhes, desde que graças a ela suas esperanças quanto a ficar vivo após a guerra voltaram, ele abraçou Gina por trás para poder guiá-la melhor, colocando a mão esquerda nos olhos dela e a direita na sua cintura, foi andando lentamente, avisando dos obstáculos no caminho.

Gina já estava ficando impaciente, gostava de surpresas, mas como não tinha muita paciência preferia que as pessoas fossem diretas, mas não podia negar que estava gostando da proximidade com ele, era incrível como mesmo depois de tantos anos juntos ela ainda se sentisse tão bem com um simples toque dele, sentia-se completa com ele ao seu lado, era impossível descrever o que sentia quando ele a abraçava, a beijava e a amava. Alguns segundos depois de andar as cegas, o ouviu lhe avisar que subiriam uma escada, o ouviu murmurar um feitiço e uma porta se abriu mais alguns passos e ela pode sentir o cheiro maravilhoso de flores, parecia que havia muitas ali, Harry tirou a mão dos olhos dela e ela pode vislumbrar um quarto incrível, havia cortinas brancas que faziam parecer uma extensão das paredes de mesma cor, tinha algumas poltronas e uma linda mesa, ambas de madeira, que podiam ser vistas pela porta que dava para uma varanda pequena, um enorme guarda roupa da cor marfim, combinando com a mesinha de cabeceira perto da enorme cama onde se podiam ver pétalas de flores de todas as cores espalhadas de qualquer forma pelos lençóis extremamente brancos, também no quarto não tinha muitos móveis.

- Esse quarto é incrível! – exclamou Gina sorrindo. – E esse cheiro é maravilhoso.

- É o cheiro que eu sinto toda vez que chego perto de você. – confessou Harry observando Gina andar até a cama e parar logo após a sua afirmação, Gina se virou para Harry à curiosidade estampada em seu rosto e Harry se encaminhou até ela a abraçando colando os corpos. – Sempre que você se aproxima sinto esse mesmo cheiro, nos seus cabelos, no seu rosto, no seu corpo, é por esse cheiro que perco a cabeça, que não me importo com mais nada, estou viciado nele, em você, eu te amo.

Gina emocionada recebeu mais um beijo apaixonado dele, às vezes se perguntava como ele conseguia emocioná-la tanto.

- Cítrico e amadeirado. – falou Gina de olhos fechados, quando os abriu viu Harry a olhando intrigado e continuou: – É esse o cheiro que sinto quando chego perto de você, e é por ele que perco qualquer linha de pensamento racional que existe em mim, é por você que meu coração bate, sem você minha vida não faz sentido, não consigo nem pensar na minha vida sem você, pois também me viciei no seu cheiro, nos seus olhos, no seu corpo.

Gina aproximou o rosto e quando terminou de falar já estava com os lábios quase nos dele, o beijo foi forte, o desejo tão comum na relação dos dois mais uma vez ganhou a batalha contra a razão, não perceberam direito como, mas já estavam na cama com os corpos quentes e despidos, agora podiam ficar juntos, se amar mais uma vez, esquecer que um dia houve uma guerra, que tiveram que esconder esse amor por tanto tempo, não precisavam mais, podiam mostrar ao mundo o que sentiam, o quanto se amavam e que ficariam juntos até o ultimo dia de suas vidas.

Algum tempo depois estavam os dois abraçados e exaustos, Gina se lembrou sobre a proposta da Profa. MacGonagall para voltarem a estudar apenas por uma semana, e perguntou à Harry se ele iria voltar.

- Não. – respondeu Harry depois de pensar um pouco. – Se eu já chamava a atenção antes imagine agora?

Gina tinha que concordar, ela mesma já havia sido vitima disso no primeiro dia que pisara na escola, imagina Harry? Ela o visualizou sendo agarrado por alguma garota e sacudindo a cabeça o abraçou fortemente, dizendo que então estava decidido não voltariam a estudar, não era necessário, falaria depois com MacGonagall.

Acordou com o sol batendo em seu rosto, estava abraçada a Harry e ele abraçava firmemente sua cintura, com cuidado se levantou e pegou a camisa que ele vestira por baixo do blazer que estava jogada no chão “vestiu-se” e foi tentar achar a cozinha queria preparar um café da manhã especial para ele, pois depois de tantas surpresas maravilhosas que ele lhe fez era o mínimo que poderia fazer.

Harry acordou um pouco atordoado, com a cabeça um pouco pesada, como se tivesse dormido pouco, sorriu ao lembrar do porque não ter dormido muito, olhou ao redor e viu que Gina não estava mais ali, como não ouviu o chuveiro ligado ficou preocupado, olhou para o chão viu as roupas dela jogadas para todos os lados e percebeu que sua camisa havia sumido, foi até o guarda-roupa e vestiu uma calça de pijama azul clara, desceu a escada que levava para o andar de baixo da casa onde ficava a cozinha, pelo cheiro delicioso que vinha de lá sabia que a ruiva estava cozinhando.

Gina estava entretida com seus afazeres e de vez em quando se perdia em pensamentos olhando para o anel de noivado e foi em uma dessas vezes que sentiu os braços fortes de Harry a abraçando, sorriu e se virou para ele, os corpos estavam colados e ela definitivamente adorou isso, aproximou o rosto do dele e beijaram-se apaixonadamente, foi quando ouviram um pigarro vindo da porta da cozinha se viraram e viram toda a família Weasley parada olhando para eles, todos pareciam em choque, Anny e Hermione estavam lá também e tinham os rostos muito corados pela cena que viram e Lince trazia no rosto um sorriso divertido e foi ela quem pigarreou para lhes chamar a atenção.

- Oi. – falou Gina se xingando mentalmente por ter chamado a atenção para si, pois agora todos os olhares estavam voltados para si, escondeu-se atrás de Harry, pois se lembrou que estava usando apenas a camisa do moreno.

Harry que parecia estar em choque acordou assim que Gina se escondeu atrás dele, conjurou uma roupa nela, ela agora vestia um short branco curto que ela adorava usar e uma blusa com alças finas vermelha, em si ele apenas conjurou uma camiseta azul de manga longa, acostumara-se a usar roupas de manga comprida para esconder a tatuagem da Armada de Merlin, mas agora já era tarde todos tinham prestado atenção no seu movimento para conjurar as roupas e visto a tatuagem.

- Acho que temos muitas explicações para escutar. – falou a senhora Weasley se recompondo, mas mesmo assim visivelmente desconcertada.

- Sim, claro. – respondeu Harry com as faces ainda vermelhas, apontou as cadeiras que tinham em volta da mesa que tinha ali, teve que conjurar mais algumas para que todos pudessem se sentar, e sentou-se ao lado de Gina que tinha o rosto em chamas e segurava a mão dele fortemente.

- Bem, o começo do que temos que contar eu conheço, então posso começar. –falou Lince percebendo que o afilhado e muito menos Gina estava em condições de falar alguma coisa. – Vocês não perceberam, mas quando contamos sobre as Horcrux e como as destruímos não contamos a maldição de uma delas.

A família Weasley (que contava até com a presença de Percy) puxou pela memória toda a história das Horcrux e perceberam que era verdade (Percy havia sido informado sobre tudo que acontecera enquanto ele estava brigado com a família).

- O colar. – falou Arthur Weasley. – Mas o que isso tem a ver com o que acabamos de presenciar?

- Na verdade muita coisa. – respondeu Harry que tinha se recuperado totalmente, e voltado a falar firmemente. – A maldição dessa Horcrux era mandar a pessoa que a destruísse para o passado, provavelmente na época em que Voldemort a fez.

- Não é necessário dizer que isso não podia acontecer de jeito nenhum. – continuou Gina, respirando fundo e ainda um pouco envergonhada, mas com a voz firme. – Então nós, já que não podíamos anular a maldição, a ampliamos, assim fomos parar muitos anos no passado.

- Fomos? – perguntou Fred que parecia dividido entre a curiosidade e a vontade de esganar Harry. – Quem de vocês foi?

- Eu e Gina. – respondeu Harry um pouco incomodado pelos olhares assassinos que recebia dos irmãos de Gina, sua sorte era que eles estavam curiosos demais para lhe fazer alguma coisa (pelo menos por enquanto). – Lince teve a idéia de nos mandar para a época de Merlin…

- O que? – interrompeu a senhora Weasley. – Vocês estão loucos? Como sobreviveram?

- Bem, Lince nos deu a Relíquia de Merlin, para assegurar que não fossemos mortos por Merlin. – respondeu Gina. – Mas ela não foi necessária, Merlin já nos esperava, ele como vocês sabem foi um grande clarividente, e previu a nossa chegada e ao contrário do que esperávamos, fomos muito bem recebidos por ele, por Shinaya e Atalon, principais lideres da Armada de Merlin.

- Armada de Merlin? – perguntou Jorge curioso.

- Foi um exercito pouco conhecido a todos. – respondeu Hermione com seu tom sabe-tudo de sempre. – Pouco se sabe sobre ela, nos livros só se fala que Merlin se viu rodeado de bruxos das trevas e que para impedi-los ele fundou uma organização secreta que recebeu o nome de Armada de Merlin e por muito tempo ela permaneceu em segredo, até que um pergaminho escrito pelo próprio Merlin foi encontrado, nesse pergaminho estavam os nomes das pessoas que fizeram parte dela.

- É mais ou menos isso. – concordou Harry. – A Armada tinha como principal objetivo proteger os trouxas de bruxos das trevas, mas eles também lutavam em guerras que os trouxas promoviam, mas não gostavam quando isso acontecia, eles difundiam que a paz era o melhor caminho que a humanidade poderia tomar, mas infelizmente não foi isso que aconteceu, com o tempo o medo e a inveja daqueles que não possuíam magia fez com que os trouxas se voltassem contra os bruxos e a Armada foi desfeita, os Druidas e as Sacerdotisas Elementais se retiraram para uma dimensão que eles haviam criado para o treinamento da Armada, esse lugar foi chamado de Avalon, conhecida por todos, tanto bruxos quanto trouxas…

- E eu e Harry fomos treinados por Merlin, Shinaya líder das sacerdotisas elementais e por Atalon líder dos druidas e marido da Shinaya. – interrompeu Gina, era melhor ir direto ao ponto. – Assim que chagamos Merlin nos fez membros da Armada e por isso a tatuagem do Harry, todo mundo que é da Armada a tem.

Harry levantou a manga da camisa e mostrou a tatuagem, que mostrava um lobo branco que olhava fixamente o grupo, uma estranha folha levemente iluminada que flutuava acima do lobo e um bastão que estava de pé e possuía um enorme rubi também levemente iluminado em sua ponta. Gina também se levantou e mostrou a que ela tinha no pescoço.

- Eu sabia que vocês estavam escondendo algo, mas não fazia idéia de que seria algo tão sério. – falou a senhora Weasley. – Quanto tempo ficaram no passado? Foi lá que vocês se apaixonaram?

- Ficamos exatos cinco anos no passado. – respondeu Harry corando mais uma vez. – E eu e Gina começamos a namorar no final do meu sexto ano em Hogwarts.

- Como é? – exasperou-se Jorge. – Rony como você não nos conta algo assim?

- Fui eu quem pediu. – explicou Gina. – Queria contar a todos pessoalmente.

- Mas não contou. – falou Molly com um tom um pouco áspero.

- Nós terminamos no dia do enterro de Dumbledore. – explicou Harry. – Sabia que Gina estaria em grande perigo se continuássemos a namorar.

- Sim, e Luna fez com que Snape esquecesse de que o Harry estava namorando alguém. – falou Lince e todos sem exceção a olharam surpresos. – Eu inventei aquela história de voto perpétuo para que vocês não ficassem preocupados, não podia dizer que Luna andou modificando a memória de todo mundo que sabia do seu relacionamento Harry.

- Bem que eu fiquei desconfiado dessa história de voto perpétuo. – disse Harry pensativo. – Dumbledore confiava em Snape então não teria motivos para obrigá-lo a fazer algo assim…

- Acho que isso não é importante agora. – interrompeu a senhora Weasley. – Vocês deviam ter contado que estavam juntos…

- Mãe. – interrompeu Gina. – Eu nunca concordei com a decisão de Harry de me manter longe dele para me proteger, mas eu o entendi, Voldemort se soubesse que estávamos juntos faria de mim seu principal alvo.

- Quanto menos gente soubesse melhor. – disse Harry. – Não podia correr o risco de perder Gina, já tinha perdido muitas pessoas que amava e Dumbledore foi demais para mim, eu sinto muito por ter mentido para vocês, de ter escondido algo assim, mas foi necessário. Como minha amiga Gina já corria muito perigo como namorada não quero nem pensar no que Voldemort faria para conseguir atingi-la.

- Nós entendemos Harry. Gostaríamos que tivessem nos contado. – falou o senhor Weasley sério e acrescentando depois com um ar maroto: – Assim não teríamos obrigado Lince a nos trazer para a sua casa assim tão cedo.

Harry e Gina mais uma vez coraram fortemente e o senhor Weasley riu abertamente, mas ao contrário dos pais de Gina seus irmãos não pareciam nada satisfeitos, Rony parecia dividido em ajudar o amigo ou apoiar os irmãos.

- E antes que resolvam querer me matar. – falou Harry se dirigindo aos irmãos da amada. – Lembrem-se que eu e Gina vamos nos casar…

- Que eu me lembre não tem nenhuma data marcada! – interrompeu Fred que mantinha no rosto uma expressão assassina.

- Na verdade tem sim. – falou Gina que não tinha uma cara melhor que a dos irmãos, odiava quando queriam protegê-la demais. – Eu e Harry conversamos ontem e resolvemos que vamos nos casar daqui um mês.

- Droga! – exclamou Lince, para surpresa de todos. – Sabem o quanto eu vou ter que correr com as minhas pesquisas para conseguir dar o presente que quero pra vocês? – Lince brincando suspirou fundo e fez uma cara falsamente resignada. – Mas tudo bem eu consigo.

- E o que exatamente a senhora quer nos dar de presente? – perguntou Harry desconfiado.

- Acho que não tenho mais porque esconder isso. – falou Lince sorrindo e todos a olharam curiosos.

Prika: Não se preocupe, senti falta do seu comentário, mas sabia que você tinha algum motivo para não ter comentado, espero que goste desse capítulo, tanto quanto eu gostei de escrevê-lo, beijo.
Em breve vou postar uma nova fic aqui no fórum, ela se chama Inesquecível e é H/G, ela possui três capítulos, foi bem legal escrever ela.

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