Natal, doce natal!
Os garotos mal acreditaram quando perceberam que tinham passado seis meses na busca pelas horcrux e que o natal estava chegando. Não tendo tempo nem possibilidade de comprar os presentes pessoalmente eles compraram por reembolso coruja.
Estavam todos reunidos no salão principal de Hogwarts que ostentava a mesma decoração de todos os natais as doze árvores com suas fadinhas voando… o céu encantado mostrava-se estrelado e limpo, no salão havia poucos convidados: Remo, Tonks, Olho-tonto, Arthur, Molly, Fred, Jorge, Gui, Carlinhos, Rony, Hermione, Gina, Harry, Lince, MacGonagall, Hagrid e Madame Pomfrey. Anny foi passar o natal na casa dos pais, mas prometera passar por lá mais tarde, Percy agradeceu o convite feito pela Sra. Weasley, mas preferiu passar o natal com a namorada Penélope e os outros membros da Ordem que não estavam em missões preferiram ficar com seus familiares.
O clima era ameno e feliz e apesar das investidas da Sra. Weasley que continuava a perguntar o que os jovens andaram fazendo eles não conseguiram não sorrir o tempo todo e se divertir.
Harry e Gina tinham que se policiar a todos os momentos para não entregarem-se, mas mesmo assim os olhares de ambos não deixavam de se encontrar, felizmente os convidados estavam mais interessados em se divertir e comer, a Sra. Weasley grande observadora começou a desconfiar dos dois, mas como nada aconteceu durante toda a noite ela resolveu que era coisa da cabeça dela já que sempre quis sua Gina com Harry.
Os presentes foram trocados e todos receberam um número razoavelmente grande de presentes.
Harry ganhou da Sra. Weasley o habitual casaco de lã este era verde da mesma tonalidade de seus olhos e com um enorme raio dourado bordado no seu centro, de Fred e Jorge ganhou artigos da “Gemialidades Weasley” que eram interessantes, mas que Harry tinha a impressão que não os usaria tão cedo, de Hagrid ganhou alguns doces da “Dedosdemel” que o garoto percebera sentia muita saudade, e de Hermione um livro de feitiços que seria muito útil, de Rony ganhou um novo quite de manutenção de vassouras para que quando tudo acabasse pudessem jogar quadribol, de Remo e Tonks ele ganhou uma calça jeans e uma camiseta rocha escrita esquisitonas em letras azul celeste, e resolveu tomar vergonha na cara e comprar algumas roupas mais tarde já que as dele haviam pertencido a Duda o que significava que decididamente eram horríveis. Ele sentiu falta do presente de Gina, mas lembrou que ele mesmo não deixara o presente dela na enorme árvore de natal preferindo entregar em um momento mais íntimo, o de Lince foi o que ele mais gostou, era um álbum de fotos dos seus pais em Hogwarts, tinham diversas fotos de Lince e sua mãe, mas também tinha os marotos, o padrinho e a madrinha juntos na maioria dessas se beijando, algumas que mostravam sua mãe brigando com seu pai, Harry sentiu um aperto enorme no peito quando viu uma foto e resolveu sair do salão.
Lince viu o afilhado sair quase correndo do salão principal depois de ter visto o presente que ela havia lhe dado, hesitara em dar aquele álbum, mas sabia que seria importante para Harry aquelas fotos, ela estava quase saindo para ir atrás do afilhado quando Gina segurou seu braço e fez um pedido silencioso para deixa-la ir, Lince concordou com a cabeça sabendo que Gina saberia confortar melhor Harry do que ela.
Gina seguiu na mesma direção em que Harry tinha sumido e guiada por uma estranha força ela encontrou o namorado entrando na sala precisa e ela antes que a porta se fechasse entrou também, olhou ao redor e viu que ele tinha imaginado um quarto de casal bastante confortável, mas que ela não parou para observar mais atentamente, fixando o olhar em Harry que estava sentado na cama de costas para ela, com uma pontada no coração percebeu que ele chorava pelo sacolejar de ombros, no mesmo instante ela se encaminhou para frente e o abraçou pelas costas o que a fez ver o motivo do choro, nas mãos do garoto estava um álbum de fotografias parado numa foto que tinha Harry ainda bebê no colo da mãe e um sorridente Thiago abraçando a ruiva por trás e Sirius e Lince do lado deles brincando com o garotinho que ria enquanto puxava o cabelo da madrinha.
- Harry. – chamou Gina com voz doce apertando mais o abraço para que o moreno percebesse que a tinha ali para amá-lo.
- Eu sinto falta deles. – falou Harry com a voz rouca, colocando o álbum no criado-mudo e tirando os óculos ele se deitou na cama puxando Gina para perto a abraçando fortemente. – Sinto falta do que poderia ter vivido com meus pais e de tudo que vivi com Sirius, quando Dumbledore morreu eu quis me isolar completamente para que eu não fosse obrigado nunca mais a ver alguém que eu amo morto, mas agora eu sei que estava errado, me isolar só me deixaria mais amargurado e triste, o fato de ter pessoas que me amam ao meu lado só me faz mais forte… eu não consigo viver sem você Gina, eu te amo demais, então tome cuidado, eu te imploro não suportaria te perder, mas sei que não posso mantê-la em segurança.
- Você está me fazendo sentir segura nesse exato momento. – falou Gina, levantando a cabeça que estivera recostada no peito do namorado e encarou o verde dos olhos dele que tanto a fascinava. – Eu só me sinto segura quando estou ao seu lado Harry, por isso se você ousar pensar em me deixar de novo eu juro que será um eleito morto.
Harry riu e a puxou para um beijo apaixonado, e pela primeira vez ele pode sentir completamente as sensações que aquela ruiva lhe proporcionava, das outras duas vezes ele estava nervoso demais e com o peso do mundo em suas costas, mas ali depois das palavras da ruiva ele pode ver que não importava quantas guerras tivesse que enfrentar ele sempre a teria ao seu lado e isso o fez esquecer de tudo se concentrando apenas nas curvas maravilhosas da namorada.
Harry se levantou da cama onde estivera abraçado a sua ruiva e pegou um embrulho que estava na sua calça que tinha ido parar a uma distância considerável da cama, se dirigiu a Gina que sorria enquanto o observava se movimentar pelo quarto sem roupa, ele sentiu o rosto corar ao que o sorriso de Gina aumentou mais ainda e entregou o embrulho a ela.
Gina pegou o presente que era pequeno e parecia uma caixinha, quando ela o desembrulhou ficou estática ao observar que era uma dessas caixas de veludo que tinha um anel.
Harry abriu a caixa e mostrou um anel fino e delicado com uma fina tira de ouro e outra de prata que se entrelaçavam e uma pedra vermelha em forma de borboleta incrustada de maneira perfeita e delicada, Gina não pode deixar de sorrir era o anel mais bonito que havia visto na vida, Harry sorriu também e tirando o anel da caixa e enquanto colocava o anel no dedo da ruiva falou com voz rouca e suave:
- Sei que ainda é cedo e que nós somos jovens, mas… eu te amo Gina, mais do que você possa imaginar você é o meu mundo, minha razão de levantar todos os dias e mesmo sabendo que poderá ser o último não poder deixar de sorrir, essas poucas vezes em que pude acordar ao seu lado eu percebi que não quero outra coisa pra minha vida… e é por isso que eu te peço Gina depois que tudo acabar e eu for finalmente livre você… você quer casar comigo?
- E você ainda pergunta? – falou Gina com os olhos marejados, mas com um sorriso enorme no rosto. – Acha mesmo que depois de te esperar por quase seis anos eu ia te deixar escapar assim agora que eu te tenho? Eu te amo e sim eu quero me casar com você Harry.
Harry sorriu e a abraçou apesar de todas as dificuldades ele se sentia leve e feliz como só aquela ruiva podia fazê-lo, não entendia como ela fazia isso, mas ela sempre deu a ele a sensação de estar em casa seja lá onde ele estivesse e ele sabia seria feliz ao lado dela, feliz como nunca fora na vida.
- Mas acho que por enquanto não posso usar esse anel. – murmurou fazendo Harry a encarar. – É que… bem… acho que ele chamaria a atenção da minha família e dos outros não é?
- Tem razão, mas eu já tinha pensado nisso. – falou Harry sorrindo e tocando o anel no dedo de Gina com a varinha e ele imediatamente sumiu, mas ela ainda podia senti-lo no dedo. – Feitiço da desilusão, ele vai impedir que vejam, mas você poderá usá-lo sempre.
- Muito inteligente senhor Potter. – falou Gina com o olhar malicioso, Harry estava de joelhos de frente a ela que estava sentada na cama, ela se ajoelhou roçando levemente o corpo no dele fazendo-o se arrepiar imediatamente. – Acho que merece um prêmio.
Gina beijou-o e quando quase voltavam novamente à cama ela o empurrou levemente e pegou um embrulho que estava em sua saia e entregou ao moreno que a olhava confuso, deitados na cama ele abriu o embrulho e viu que tinha uma corrente um pouco grossa de ouro com um pingente que parecia um livro.
- É um relicário. – explicou Gina abrindo o livro e mostrando de um lado uma foto dele sorrindo timidamente, era a foto da entrevista que ele dera ao Pasquim no quinto ano e na outra uma dela sorrindo e lhe mandando um beijo. – Eu sei que você não é muito fã de livros, mas é que uma vassoura seria meio estranha e um coração muito meigo então optei pelo livro e ai gostou?
Harry a olhou e colocou a corrente beijando a ruiva ardentemente depois e ela sorriu já que não precisava mais que o garoto dissesse que gostou do presente já que ele demonstrava que com certeza havia adorado logo eles estavam perdidos novamente nos corpos um do outro e nas carícias.
Enquanto isso no salão principal a ausência de Harry e Gina não passaram despercebidas a Rony e Hermione que olhavam preocupados para a porta de entrada, se eles quisessem mesmo manter o namoro em segredo estavam dando muitas pistas.
- Acho melhor a gente sair também Rony. – disse Hermione por fim quando percebeu que os amigos não voltariam. – Ai podemos falar que estávamos treinando.
- Eu não vou dar cobertura ao cara que com certeza não está fazendo nada decente com minha irmãzinha! – exclamou Rony com as orelhas vermelhas.
- Rony Weasley! – exclamou Hermione em um tom baixo, mas gelado e perigoso. – Você vem comigo agora!
Rony sabendo que era melhor não contestar acompanhou a namorada para fora do salão, Hermione entrou na primeira sala de aula vazia que encontrou e depois de Rony entrar a trancou com uma diversidade enorme de feitiços deixando o ruivo ao seu lado momentaneamente desconcertado.
- Agora senhor Weasley nós precisamos conversar muito seriamente. – falou Hermione após usar o feitiço de imperturbabilidade na porta. – Eu sei que Gina é sua irmã e eu acharia estranho você não sentir ciúmes dela, mas isso já está passando dos limites, Gina tem dezesseis anos e sabe muito bem o que quer da vida dela. Harry a ama e sinceramente você achou o que? Que eles passariam a vida inteira só com beijos e abraços?
- Hermione eu sei que a Gina cresceu, mas é que só de imaginá-la fazendo… isso com o Harry já me embrulha o estomago, poxa ela é minha irmã caçula e foi comigo que ela sempre teve mais contato. – falou o ruivo sentando numa mesa próxima encarando à namorada que não sabia se ria ou brigava com o namorado. – Sei que eles se amam e que isso seria inevitável, mas tenta me entender vai?
- Eu te entendo Rony, mas você tem que se acostumar. – falou Hermione se aproximando de Rony e acariciando-lhe os cabelos. – Harry e Gina não são o tipo de casal que se separa.
- É eu sei. – suspirou Rony trazendo Hermione para mais perto lhe beijando o pescoço fazendo a morena arfar. – Mas sabe acho que posso pensar em uma coisa mais interessante para fazer do que ficar discutindo sobre o Harry e a Gina você não?
- Hum-hum. – concordou Hermione subindo na mesa enquanto jogava a camisa do ruivo pra longe, ele sem paciência arrancou a blusa dela não deixando nenhum botão no lugar, Rony amava como Hermione beijava era ao mesmo tempo doce e ardente, uma intensidade louca que o fazia perder completamente o controle, Hermione adorava o poder que ela tinha sobre aquele ruivo, mas sabia que ele tinha o mesmo poder devastador sobre ela, nunca conseguira manter o seu lado racional ativo quando estava sendo beijada por ele, mas essa não era hora de pensar, então ela simplesmente se esqueceu de tudo e se concentrou no ruivo que lhe beijava.
- Lince você sabe onde estão as crianças? – perguntou a Sra. Weasley preocupada.
- Eles não foram embora se é isso que você está pensando, eles disseram que estavam cansados e que eles tinham algumas coisas para pesquisar amanhã então eles foram dormir. – respondeu Lince que sabia muito bem o que às “crianças” estavam fazendo.
- Eles deviam estar aqui se divertindo, e não preocupados com pesquisas! – exasperou-se Molly.
- Eu também acho, mas eles já são crescidos o suficiente para saber o que querem não é? – falou Lince indo falar com Anny, que acabara de chegar, antes que perdesse a paciência sabia que Molly amava o quarteto, mas ela exagerava na super proteção e mais cedo ou mais tarde Lince sabia que ia explodir e teria que falar algumas coisas bastante fortes a Molly, não gostaria de fazer isso, mas sabia que seria necessário.
- Você parece preocupada amiga. – falou Anny depois de observar um pouco Lince.
- Eu estou muito perto de perder a cabeça com a Molly e não gosto disso. – explicou Lince. – Harry, Rony, Hermione e Gina são jovens sim, mas não bebês que não sabem por onde passou magia.
- Eu sei. – concordou Anny. – Até eu às vezes me irrito com a super proteção dela, não que ela esteja errada, mas ela tem que entender de uma vez por todas que os filhos cresceram e que infelizmente estão em uma guerra em que não podemos protegê-los.
- E isso está me matando aos poucos Anny. – falou Lince com a expressão cansada. – Sei que devia estar orgulhosa deles e estou, mas isso não me impede de me sentir mal por não poder deixá-los de fora disso tudo.
- O Harry se tornou um filho pra você não é? – perguntou Anny triste pela amiga que estava de mãos atadas.
- Sim. – respondeu Lince saindo do Salão principal, aquela tinha sido uma longa noite e ela estava cansada.
- Ela está arrasada não é? – perguntou Lupin que havia visto Anny e Lince conversar e quando Lince saiu, ele se aproximou de Anny.
- Sim, ela ama muito o quarteto fantástico. – falou Anny lembrando de um filme trouxa que uma vez tinha assistido com a amiga. – E se sente mal por estar ajudando e não os protegendo.
Lupin olhou para a porta de salão e se sentiu triste também pela amiga que mais uma vez estava dividida entre o que sabia que tinha que fazer e a vontade de jogar tudo pro alto e fazer o que queria fazer, ela havia lhe contado que tinha sido assim quando disseram a ela que Pedro seria o fiel segredo de Lilly e Thiago, ela sabia que o rato é quem deveria ser, mas não queria que fosse, pois nunca confiara inteiramente nele e agora Lupin tinha que dar razão a ela. O maroto se afastou e foi falar com Tonks que estava sentada conversando com Hagrid.
Logo todos estavam indo dormir, pois o dia tinha sido cansativo e a noite mais ainda. Apesar de se divertirem ainda tinham uma guerra pela frente e tinham que se manter alertas.
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