Presa
Lince estava dormindo quando ouviu o grito de Anny, acordou assustada e foi até o quarto da amiga, mas lembrou que Anny havia ido até a casa dela, Lince aparatou na casa da amiga e a encontrou totalmente bagunçada parecia que um furacão havia passado por lá.
- A Lince é esperta demais vocês não vão conseguir pegá-la me usando. - Lince ouviu a voz da amiga vindo do anel.
- Anny pra onde estão te levando? - perguntou Lince.
- Por falar em Lince como vocês esperam que ela nos encontre, já que nem eu que sou a prisioneira sei onde estamos?
- Nós estamos no ultimo lugar que alguém além dela pensaria em nos procurar. - Lince ouviu uma voz responder. - Estamos num dos prédios abandonados perto do Ministério da Magia, não estamos tão perto a ponto dos aurores poderem desconfiar do acumulo de magia num prédio que não devia ter ninguém, mas não estamos tão distantes pra eles pensarem que podemos estar aqui.
- Muito inteligente da parte de vocês, e eu que pensei que vocês dois não eram capazes de raciocinar. - “Muito bem amiga”, pensou Lince que agora sabia quem estava com Anny. Lince foi aparatou no seu quarto e se vestiu rapidamente.
Lince aparatou em frente à entrada de visitantes do Ministério da Magia e andou até uns prédios que estavam em estado tão precário que nem mendigos se arriscavam a morar neles, ela sentiu magia em um e sacou a varinha andando devagar entrou no prédio, sentiu pessoas no andar superior e subiu as escadas até lá, viu Anny sentada em uma cadeira, à amiga estava obviamente estuporada, pois não estava amarrada nem amordaçada, Lince sabia que era uma armadilha, mas estava preparada pra isso, pegou uma pena de vidro que estava no cinto de sua calça preta e atirou em Anny, era uma chave de portal que foi acionada assim que acertou a amiga levando-a direto pro Largo Grimmald.
Agora era sair dali, Lince tentou aparatar, mas não conseguiu havia um feitiço antiaparatação, a dor foi imediata quase a fazendo cair de joelhos, se controlando ela foi em direção as escadas que haviam sumido estava presa ali, e ao seu redor não apareceram apenas os dois comensais que haviam prendido Anny, mas sim dezenas deles e na liderança estava Lord Voldemort em pessoa, ela foi desarmada e levada até a cadeira que antes estava Anny, mas ao contrário da amiga ela foi amarrada com sua varinha aos seus pés.
- Estou desapontado pensei que junto com você viria o jovem Potter. - Lince apertou a pedra de seu anel sem que ninguém percebesse pra que todos pudessem ouvir o que estava acontecendo, ela tinha que impedir que viessem sem um plano.
- Sinto muito decepcioná-lo, mas sabe o Harry não é tão impulsivo quanto eu a ponto de vir aqui sem um plano. - falou Lince rezando pra que o afilhado percebesse a indireta, apesar de que se ele não entendesse algum deles com certeza entenderia, como não tinha falado o nome de ninguém quando apertou a pedra o anel transmitiria pra todos o que estava acontecendo.
- O Potter não é impulsivo? - Voldemort riu alto, a risada fria e sem um pingo de emoção. - Acho que me enganei você não deve saber onde ele está já que se estivesse convivendo com ele saberia que ele não usa muito a inteligência.
- Você é que não anda vendo muito o Harry não é? - falou Lince irônica, Voldemort acabara de ajudá-la. - Ele tem aprendido muitas coisas ultimamente.
- Onde ele está? - perguntou Voldemort com uma leve irritação na voz.
- Isso com certeza não é da sua conta. - respondeu Lince.
- Pelo que vejo você não percebeu qual a sua situação não é? - falou Voldemort sorrindo (o que o deixava com uma cara de psicopata ainda maior). - Vou ter que lhe mostrar então, Crucio!
Lince tentou não gritar, mas era impossível, um minuto depois Voldemort parou e ela disse:
- Já se cansou? E eu que pensei que só estávamos começando.
- Hora sua… - Voldemort estava realmente irritado. - Sectumsempra! - Lince sentiu os cortes se abrindo pelo corpo, era como se realmente houvesse facas cortando-a, o sangue começou a jorrar, mas ao menos dessa vez ela conseguiu não gritar. Voldemort usou um feitiço não verbal que não fechou os ferimentos, mas estancou o sangue.
- Esse eu não conhecia, os cortes ficam abertos, mas ao menos o sangue estanca, me ensina? - Lince ironizou.
- Crucio. - Gritou Voldemort, a tortura durou mais, quanto tempo ela não soube calcular, Voldemort parou quando a escuridão ameaçava tomar conta da mente dela e não mais tinha forças pra gritar, estava prestes a desmaiar quando…
- Enervate. - sussurrou Voldemort. - Ainda é muito cedo pra desmaiar.
Lince sentiu a consciência retornar, e junto com ela a dor que antes sentia parcialmente entorpecida.
- É tem razão à diversão só começou. - Lince conseguiu dizer num fio de voz ofegante.
- Onde está o Potter? O que ele anda fazendo? - Perguntou Voldemort furioso com a ousadia dela.
- Ele está… — Lince começou deixando o Lord esperançoso. - …por aí, e o que ele faz ou deixa de fazer não é da sua conta.
- Crucio. - Algum tempo depois que para Lince pareceram horas Voldemort parou o feitiço. - Uma pausa pra descanso, e para você sentir mais… adequadamente a dor que parece querer ignorar. Crabbe e Goyle a vigiem e que ela não fuja!
Voldemort e os outros seguidores saíram deixando os dois “armários” que pegaram Anny vigiando a prisioneira.
- Sabe essa seria a hora perfeita pra um resgate não acham? - falou Lince.
Harry estava na mansão Black apenas esperando o sinal de Lince, logo que começou a sessão de tortura ele quis ir atrás da madrinha, mas Hermione não deixou, o fez ver que a madrinha estava mandando uma mensagem, ele estava andando de um lado pro outro quando ouviu a frase:
- Sabe essa seria a hora perfeita pra um resgate não acham?
Harry, Rony e Hermione aparataram perto do Ministério e andaram na direção em que Anny disse que ficavam os prédios abandonados, Harry conseguiu de alguma maneira sentir magia em um deles e entrou, ao chegar no andar superior eles estuporaram Crabbe e Goyle, Harry correu até Lince e com um feitiço fez as cordas desaparecerem.
- Segura isso madrinha. - falou Harry mostrando um pedaço de madeira. - É uma chave de portal, Rony, Mione venham.
- A chave vai ser acionada dentro de cinco segundos. - Hermione mal acabou de falar e a chave foi acionada levando todos pra perto da cabana de Hagrid.
- Porque viemos pra cá? - perguntou Lince num fio de voz.
- Porque aqui tem Madame Pomfrey que poderá cuidar melhor da senhora, Anny também vai vir pra cá foi ela quem fez a chave de portal. - falou Harry executando um feitiço de levitação e levando Lince até as portas de Hogwarts, ele ouviu vozes no salão principal e entrou.
Minerva McGonagall estava conversando com Lupin e Tonks quando ouviu as portas do salão serem abertas ao olhar pra lá não pode segurar um grito de surpresa ao ver Harry, Rony, Hermione e Lince deitada numa maca muito ferida entrarem. Quando o trio e Lince chegaram eles ouviram passos atrás deles se viraram e viram Anny e Gina entrarem, a primeira estava sendo amparada pela ruiva.
- Por Merlin o que houve? - perguntou Lupin.
- Não a tempo pra explicações. - disse Harry em tom urgente, Lince acabara de desmaiar. - Madame Pomfrey ainda está aqui no castelo?
- Sim está! Nós pedimos que ela permanecesse aqui pro caso de alguém da Ordem precisar. - respondeu McGonagall. - Vamos até a ala hospitalar.
O trio, Gina, Anny e Lupin acompanharam McGonagall enquanto Tonks foi avisar a família Weasley da chegada deles.
Lince acordou assim que os ferimentos foram curados por Madame Pomfrey, mas mesmo assim sentia o corpo dolorido e estava muito fraca. Assim que acordou ela pode ouvir gritos e se assustou um pouco, mas ai um pouco mais alerta ela pôde ver que os gritos eram da senhora Weasley que acabara de entrar na enfermaria.
- Harry, Rony, Hermione, Gina! Eu não acredito que finalmente vocês voltaram. - falava uma Molly totalmente transtornada. - Sabe o quanto fiquei preocupada com vocês? Eu fiquei desesperada pensando no que poderia estar acontecendo com vocês…
- Mãe! Por favor, está tudo bem, calma. - interrompeu Gina.
- É, Molly eles já não são crianças e sabem se cuidar muito bem. - falou Lince com a voz meio fraca.
- Madrinha! - exclamou Harry abraçando Lince. - Eu fiquei tão preocupado.
- Que isso filho, está tudo bem. - falou Lince meio sem pensar, depois ficou apreensiva, Harry poderia não gostar que ela o chamasse de filho, mas o afilhado apenas sorriu deixando-a aliviada. - Como está a Anny?
- Eu estou bem, só recebi uma pancada meio forte na cabeça. - falou Anny que estava deitada no leito ao lado de Lince. - Crabbe e Goyle não são muito bons em feitiços, mas conseguem bater bem forte.
Lince sorriu pra amiga, e olhou ao redor pra ver quem estava ali. Todos os Weasley (com exceção de Carlinhos e Percy), Harry e Hermione, McGonagall, Lupin e Tonks. “É, Madame Pomfrey deve ter saído pra todos eles estarem aqui”, pensou Lince.
- O que vocês andaram fazendo? - perguntou à senhora Weasley em tom reprovador. - Onde estavam?
Eles se entreolharam, era melhor ninguém saber o que andaram aprontando, mas como fariam pra não responder a senhora Weasley?
- Molly é melhor não perguntar, eles não vão responder não os obrigue a mentir. - falou Lince seriamente.
Molly a olhou com intenso desagrado, mas preferiu não insistir por enquanto. Rony e Gina que conheciam muito bem a mãe sabiam muito bem que ela não deixaria por isso mesmo.
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