Passos para a guerra



Passos para a guerra

Horas após a confusão, quando todas as providências já haviam sido tomadas pelo ministério bruxo, somente aqueles de posto alto no governo trouxa mantinham as memórias daquele ataque e agora tinham certo conhecimento sobre o mundo bruxo e a guerra.

O primeiro ministro inglês havia pedido para Hermione, uma reunião ainda aquele dia para conversar sobre a real situação do país e ela pedira que lhe esperasse no escritório. Assim que a morena entrou no escritório, viu seu pai e o ministro conversando seriamente, ambos parecendo muito preocupados.

-Desculpem a demora, mas os assuntos eram urgentes e variados. –Hermione disse em tom formal e sem deixar transparecer cansaço, enquanto entrava e se sentava perto do pai.

-Não vos preocupeis, marquesa. Edward já me explicou o básico, creio eu. –O ministro disse de modo educado e polido, não demonstrando medo ou sequer insegurança, como um líder deveria fazer em situações adversas.

-Pode me chamar apenas por Hermione, assim como meu pai dispenso formalidades, ainda mais entre iguais. –Hermione acrescentou e o ministro assentiu. –Então, o que o Sr. Primeiro Ministro deseja de mim?

-Apenas John, afinal estamos entre iguais. Mas tem razão em dizer que estou aqui como primeiro ministro e líder do parlamento. É óbvio que o ministro bruxo não nos passou a real situação do país e que subestimou o poder de ação do governo inglês. Portanto já que você parece saber até mais que ele, gostaria de lhe fazer algumas perguntas, a começar por sua posição diante da guerra.

-Estou contra Voldemort e os comensais, mas não sou um peão do Ministério da Magia. Em verdade, creio que o ministro não tenha pulso para lidar com esta situação, além de possuir uma visão bastante limitada. No entanto, Harry fundou um grupo que agirá como uma terceira frente de batalha, o nome do grupo é Ragnarok e creio que o nome já se explique por si só.

-Sem duvida é um nome muito forte e me parece muito adequado diante de tudo o que vi hoje. Eu até agora estou impressionado com suas habilidades e gostaria que você me dissesse do que é capaz. Preciso saber do tamanho do seu poder.

-Isto nem eu sei, o que posso te dizer é que hoje não consegui usar nem a metade dele. –Os dois homens se mostraram assustados com aquilo e por isso Hermione fez uma pausa antes de continuar bem devagar, para que eles pudessem assimilar tudo que diria. –Um bruxo pode transfigurar objetos em outros totalmente diferentes, como por exemplo, água em vinho. –Ao dizer isto, Hermione levou a mão sobre uma garrafa com água e o líquido começou a mudar de cor. Ela pegou três cálices e os serviu com o novo líquido escuro da garrafa, cedendo dois cálices ao pai e ao ministro e depois erguendo o seu e levando-o aos lábios.

-Impressionante! Não só é vinho, como é um dos melhores que já experimentei. –John parecia encantado e tomara quase todo o conteúdo em um gole só. –Isso quer dizer que Jesus Cristo poderia ser na verdade um bruxo? –Aquela pergunta surpreendeu Hermione.

-Eu não costumo entrar em debates teológicos, mas é bem possível. Milagres que aparecem na bíblia como transfigurar água em vinho, multiplicar comida e até dividir o mar vermelho, são coisas que muitos bruxos poderiam fazer. –Ao dizer isto, Hermione completou o vinho nos três cálices e estalou os dedos sobre a garrafa, fazendo com que ela ficasse cheia novamente.

-O que mais pode fazer então? Curar doenças e ferimentos graves? –John estava empolgado e parecia calcular os tipos de benefícios que aquele tipo de coisa poderia trazer para a humanidade.

-Há muitos feitiços e poções que cuidam de ferimentos graves com rapidez e grande eficácia, no entanto não sou uma especialista nisto. Mas há de se ver que algumas poções e feitiços só funcionam com bruxos, pois dependem da magia da própria pessoa para funcionar. Quanto a outras habilidades, os bruxos podem fazer quase de tudo com suas varinhas ou poções, com exceção de coisas como trazer alguém morto de volta a vida ou recuperar a sanidade de alguém que enlouqueceu.

-Mas você não é como os outros, certo? Vi que não usava varinha e ainda parecia ter um desempenho físico que só vi em filmes de vampiro. –O pai de Hermione se recostou melhor esperando aquela explicação.

-Tem razão John. Harry e eu podemos fazer coisas que a maioria dos bruxos não tem poder para fazer sem varinha ou como habilidade natural. Eu posso fazer qualquer magia sem varinha, tenho uma força física e velocidade muito acima do normal e posso ler mentes e levitar objetos sem fazer nenhum feitiço.

-Imagino que você não irá me explicar o porquê de serem tão diferentes, estou certo? –John estava tranqüilo ao dizer aquilo e entendia perfeitamente bem os motivos de Hermione.

-Não é relevante. O importante é que vamos usar este poder para junto com outros bruxos sérios, lutar contra Voldemort, passando por cima de qualquer obstáculo. –Hermione lançou um olhar mais firme na direção do ministro, que entendeu que deveria escolher um lado.

-Quero fazer mais algumas perguntas, porém pelo que Edward me contou que andou fazendo nos últimos anos, com seus amigos Harry e Ronald, e pelo que vi hoje, além do fato de te conhecer e a sua família, não só te darei meu apoio, como tenho outra proposta para fazer, mas para isso ainda preciso de algumas outras informações, marquesa. –A menção de seu titulo e o modo respeitoso como foi mencionado, fez Hermione antever que o parlamento pretendia lhe dar mais que seu apoio.

Nos minutos seguintes Hermione deu uma noção maior da visão política do ministério e da Ordem da Fênix, além de falar sobre a influência que sofreu de Dumbledore e de seu avô, cada um lhe mostrando pontos de vista importantes sobre política, poder e responsabilidade. O ministro ainda fez perguntas sobre Harry e os planos que este tinha para o Ragnarok, parecendo satisfeito com o que ouviu.

-Noto que não apenas amadureceu muito rápido, como adquiriu grande experiência em batalha e que sabe como poucos sobre detalhes desta guerra que enfrentaremos. Também percebo que por sua posição privilegiada de estar igualmente nos dois mundos, possa não só antever como também nos fornecer respaldo para essa revolução que a união dois mundos causará. Por isso, gostaria de saber o que você acha que o governo inglês deveria fazer na atual situação.

-Me sinto honrada em ter tanta consideração de sua parte, John, mas não creio que minhas previsões sejam muito agradáveis. –O ministro ficou um pouco mais sério, porém apenas aguardou que ela continuasse. –O ministério está sob grande pressão e acredito que haja muitos comensais e simpatizantes de Voldemort infiltrados em cargos de grande influência, a Ordem da Fênix sofreu um grande baque com a perda de Dumbledore e ainda não está completamente re-estruturada e o Ragnarok está apenas começando, ainda não podemos fazer grandes ações. Este cenário completamente desfavorável e o preparo e experiência de Voldemort, me fazem acreditar que em breve a Inglaterra será tomada e não há muito que se possa fazer para evitar isto. O ataque de hoje é a declaração de que devemos tomar providências urgentes e nos prepararmos para contra-atacar.

-Está dizendo que devemos deixar a Inglaterra para Voldemort? Nos entregar sem resistência? –John estava entre chocado, decepcionado e indignado com aquela atitude derrotista.

-Não disse para nos entregarmos, apenas para fazermos uma retirada estratégica. Sugiro que ordene imediatamente às tropas do exército que peguem tudo o que puderem e partam para Irlanda, a marinha deve se posicionar no limite da costa da Grã-Bretanha e a força aérea deve se posicionar em locais estratégicos, para que possam atacar qualquer coisa que tente sair ou entrar do espaço aéreo da Grã-Bretanha. Os políticos mais influentes e a família real devem ser retirados discretamente para Belfast, assim como nossos melhores cientistas e demais pessoas essenciais para nossa resistência. As demais pessoas deverão partir para outras cidades da Irlanda e da França em um processo organizado de evacuação do país.

-Sugere que eu transfira a sede de governo para Belfast, posicione as forças militares inglesas contra nosso próprio território, mas fora dele e que ainda provoque uma evasão em massa da Inglaterra e demais países vizinhos? –John estava surpreso com a ousadia daquele plano.

-Estou sugerindo que façamos de tudo para conter a ameaça e salvar a estrutura principal deste país, que são seus habitantes e governantes. Os prédios e tudo o mais são só um monte de concreto, tijolos e ferro. Se as cidades forem destruídas depois podemos reconstruir, o importante é salvar o povo e manter o governo. Quanto aos militares estarem fora do país, não se preocupe. O Ragnarok e a Ordem da fênix estarão aqui dentro e juntos cuidaremos de combater Voldemort, há também a população bruxa que não aceitará passivamente o domínio. Se os trouxas, com todo respeito, estiverem fora do nosso caminho, teremos preocupações a menos.

-Entendo. –John mantinha uma expressão frustrada, causada pela impotência diante de tão grave situação. –E diante de sua postura tão decidida e de seu preparo, quero lhe convidar para assumir o posto de meu braço direito no governo e líder das forças armadas e serviço secreto. Estou disposto a colocar as armas e a tecnologia do país em suas mãos. –Hermione não esconde o choque diante de tal proposta, algo certamente inusitado, visto que tinha apenas 17 anos e nenhuma experiência política.

-Não se arrependerá de ter tomado esta decisão, John. Minha filha é sem dúvida a pessoa mais preparada para lidar com esta guerra entre todos os nobres e membros do governo. –Edward se manifesta, se mostrando não só de acordo como também incentivando a filha a aceitar o convite.

-Bom, eu fico muito honrada com o convite e me vejo obrigada a concordar com meu pai, por isto o aceito. Mas conduzirei tudo daqui, enquanto meu pai fica como meu representante em Belfast. –Aquilo surpreendeu Edward, mas Hermione lhe lançou um sorriso de canto que dizia claramente que aquilo era um troco e que ele também não teria como fugir.

-Eu estou de acordo. Durante o restante do dia organizarei a evacuação do país e posicionamento das forças militares, assim como convocarei uma reunião de emergência para amanhã à noite para não apenas submeter seu nome a votação, como também para informar a transferência de governo. –Tendo isto dito, passaram a tratar de pequenos detalhes sobre as operações, tendo John começado a distribuir as ordens com o auxilio de Hermione.

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Harry ainda ajudava com alguns feridos que os Granger´s resolveram acolher na propriedade, mas fazendo só o necessário, não queria se mostrar mais do que já havia feito. Há alguns minutos, medi-bruxos do ministro andavam de lá para cá apressados, e ao se entediar de ouvir lamentos e agradecimentos, resolve sair do local. Subiu distraidamente algumas escadas passou por lugares desconhecidos por ele, desceu mais algumas escadas e quem quer que o visse pensaria que ele só estava vagando perdido, mas pelo contrário ele apenas não tinha um rumo certo que queria seguir.

Quando se deu conta, já estava nos jardins de trás da casa, bem menos destruído do que os da frente, mas mesmo assim havia marcas de batalha ali. Viu em uma fonte uma réplica bem feita da Vênus de Milo, sorriu e apontou um dedo para a estátua destruída e logo ela se consertou. Notando que o local estava inteiramente vazio, resolveu andar mais um pouco. A conversa que Hermione estava tendo com o ministro iria demorar e ele não queria interromper, afinal ela seria a mais certa para lidar com aquele tipo de conversa, apesar de não deixar de pensar que aquele mundo trouxa e político pertencia mais a ela do que a ele mesmo. Viu-se a beira de um pequeno lago, não conhecia o local direito, mas não se lembrava de um lago ali.

_Um príncipe sem um reino. -Disse alguém às costas dele, que não se virou, apenas encarou o reflexo no lago.

_Não sou príncipe. -Respondeu Harry calmamente, se a pessoa quisesse atacá-lo poderia ter feito há tempos. Colocou a mão nos bolsos da calça social e continuou distraidamente. _Nem sei o que eu sou.

_Sois um príncipe. -Disse a dona da voz se aproximando dele. _O príncipe do Ragnarok.

_Um mero grupo que nem ao menos começou. -Disse Harry agora olhando o reflexo da mulher lado a lado com o seu. Ela tinha olhos grandes e acobreados, os cabelos eram longos e negros a não ser nas pontas, que eram brancas. Achou aquilo interessante. _Um grupo que somente foi criado para destruir Voldemort.

_Um grupo que se tornará um reino, um local onde pessoas como eu possam viver calmamente, sem a perseguição dos deuses nem dos demônios. -Disse a mulher, os olhos dela estavam calmos.

_Pessoas como você? -Perguntou o moreno.

_Sim, como eu. -Respondeu a mulher sorrindo levemente. _Não se tem um termo para se referir a pessoas como eu, a não ser um bem leigo que não faz muito jus a minha linhagem. -Ela desviou os olhos do lago e o olhou, mas Harry não se moveu. _Mestiça ou mestiço, em termos vagos poderia me chamar de semideusa ou meio demônio.

_Seu nome. -Perguntou o moreno agora olhando a mulher, que tinha a mesma altura que ele.

_Maya. -Respondeu a mulher o olhando nos olhos, mas por alguma razão ela desviou depois de um tempo, aparentemente não conseguia sustentar o olhar com o dele.

_Por que me chama de príncipe? -Perguntou sem alterar o tom calmo.

_Nascido ao fim de um era negra, filho de grandes guerreiros, sobrevivente ao toque da morte, banidor de algo que nem ao menos era humano e consagrado algo acima dos humanos e de qualquer mestiço. -Falou Maya em tom calmo, mas respeitoso. _Um príncipe vindo para uma nova era, um líder para o que está para vir e o invocador do nome do fim e do princípio. -Ela voltou a olhá-lo nos olhos e dessa vez sustentou o olhar. _No momento que invocastes o título de Ragnarok ao seu grupo, vós invocais mais do que um simples nome, invocastes o fim de tudo que o cerca e um novo começo para tudo que existe, o princípio do fim de uma era e o renascer de uma nova era.

_Milhares já pronunciaram o termo Ragnarok, por que comigo seria diferente? -Perguntou o moreno em tom pensativo.

_Humanos invocam esse nome erroneamente como estudos, até imortais fazem isso, mas ninguém toma para si esse título de líder do Ragnarok. E, mesmo se um humano o fizesse, nada aconteceria, mas você não é humano, nem demônio, muito menos um deus, apesar de seu cheiro se confundir com as três raças. Você é uma nova existência, nascida de um mundo...

_Mas eu ainda era um humano quando invoquei esse nome. -Disse Harry em tom brusco, interrompendo a mulher, que dá dois passos para trás e abaixa levemente a cabeça, mas não desvia o olhar.

_Tem certeza que era apenas um humano? -Perguntou Maya em tom leve. _O anjo da morte falhou em levar sua alma quando bebê. Ele desistiu ou foi repelido, isso nunca aconteceu com nenhum mortal, afinal nada num mundo mortal deveria escapar das mãos do anjo da morte, tudo que é vivo um dia morre, essa é a lei imposta pelos deuses aos humanos, mas mesmo que com a ajuda de vossa mãe, quebrou essa barreira e ligou o seu destino para com o de outro ser.

_Como sabe de tudo isso? -Perguntou o moreno.

_Eu vejo, sou capaz de ver a linha do seu destino entrelaçada com a dele em um combate decisivo onde só um deve ficar em pé. -Disse ela como se aquilo fosse algo normal. _E vós só podereis seguir vosso caminho livremente, quando essa ligação for desfeita, pois se isso não acontecer. -Ela fez uma pausa como se pensasse no que ia dizer. _Você viverá pela eternidade, pois ele não morre se não por suas mãos e você só será capaz de morrer quando o matar. -Ela olhou para o outro canto, o conceito de imortalidade passou pela mente de Harry, um conceito ínfimo e sem graça aos seus olhos, viver para sempre não lhe era interessante, chegara várias vezes a beira da morte o que significava que mesmo que pudesse viver eternamente, ainda sim poderia ser ferido ou até destruído e viver eternamente numa forma menor, assim como Voldemort um dia viveu, vagando pelo mundo incapaz de sobreviver sem outro ser e nunca saber quem realmente é, a não ser que possua alguém.

_Isso quer dizer que mesmo antes do pacto que eu fiz. -Disse o moreno olhando para as próprias mãos. _Eu já não era um humano comum? Sempre cheguei perto da morte, senti sua chegada, passei por coisas que matariam qualquer um e sobrevivi por pura vontade.

_Invocastes o Ragnarok e agora devereis assumir as conseqüências. Outros como eu estão espalhados pelo mundo, centenas de milhares, alguns imortais ou perto disso, outros isolados, cansados de serem perseguidos e desistentes desse mundo, e tem aqueles que se renderam ao desespero e se sentiram imundos, destruíram tudo ao seu caminho ou se lançaram no mundo de seus pais, mesmo sendo repudiados e marginalizados. -Maya falava aquilo com um olhar longínquo.

_E o que quer comigo? -Perguntou curvando levemente a cabeça.

_Estou aqui, diante de ti, jurando lealdade ao novo príncipe, o senhor do Ragnarok, aquele que irá levar o mundo a outra era. -Disse Maya se ajoelhando perante ele e curvando a cabeça em respeito. Harry soube que aquele juramento era inquebrável e irreversível nada escaparia a ele, nem mesmo a vontade própria da semideusa.

_Não deveria ter feito tal juramento. -Disse Harry olhando a mulher ainda ajoelhada diante de si. _O caminho que seguirei, será longo e tortuoso, e talvez nada bonito. -Ela ainda não se mexia, ele suspirou derrotado não poderia voltar para trás. _Levante-se Maya, primeira guardiã do Ragnarok, pois eu assim a ordeno. -A mulher se levantou e o encarou nos olhos. _Não me preocupo com sua descendência nem com quem sejam seus pais, mas sua primeira missão é buscar iguais a você, mestiços, não importando a descendência, busque qualquer um que queira se unir e jurar lealdade ao Ragnarok. Não estamos aqui para brincadeira e a guerra já estourou, em breve tudo será englobado pelas sombras do fim de uma era.

_Sim, meu senhor. -Disse Maya dando as costas para Harry.

_Quando tiver um bom número de aliados, traga-os a mim. -Disse ele para a mulher que parou e confirmou com um aceno antes de voltar a caminhar, mas pela segunda vez ela parou no meio do caminho e o moreno pôde ver o porquê. A frente de Maya estava Hermione, ambas se encararam e ele viu o olhar curioso de Hermione, mas não viu o olhar de desagrado da semideusa.

_Quem é você? -Perguntou Hermione curiosa.

_Só devo satisfação ao príncipe. -Disse Maya em um tom diferente do que usara com Harry, não era frio nem seco, mas parecia ser menos respeitoso, como se falasse com alguém que não lhe agradasse. _Você poderá ser governante de um país, mas meu senhor está destinado a mais do que isso. Ele será o governante de um mundo. -Ao dizer isso, caminhou em direção de Hermione, que pensou em recuar ou talvez atacar, mas o corpo de Maya desapareceu no exato momento que as duas iriam se tocar.

_Tenho a impressão de que ela não gosta muito de você. -Disse Harry em tom divertido, mas a amiga nada disse, apenas o observou por um tempo. _Que?

_Quem é ela e o que ela quis dizer com príncipe? -Perguntou seriamente, analisando o moreno com atenção.

_Ela é uma nova integrante do Ragnarok, uma semideusa. Veio aqui para jurar lealdade a mim. -Respondeu o moreno dando de ombros. _E ela me chama de príncipe, pois sou o líder do Ragnarok e, pelo que pude perceber, mestre dela visto que o juramento que ela fez provavelmente é eterno.

_E por que ela não gosta de mim? -Perguntou pensativa.

_Pergunte para ela da próxima vez que ela aparecer. Maya foi recrutar novos aliados iguais a ela, só que eu a mandei trazer também filhos de demônios que queiram se unir a nós. -Disse Harry olhando para Hermione, mas ela teve a impressão que ele via muito além dela.

_E por que ela diz que você está destinado a governar o mundo? -Aquela pergunta fez o moreno pensar um pouco.

_Por que eu estou destinado a comandar seres que tem poderes além da compreensão humana, talvez mais poderosos que bruxos. -Disse Harry de forma pensativa e longínqua. _Semideuses e meio demônios, provavelmente centenas senão mais, se juntarão a mim.

_Tal coisa o tornaria um dos seres mais poderosos desse mundo. -Disse Hermione olhando para o vazio. _E porque se juntarão a você?

_Pois eu invoquei o fim. -Disse Harry de forma simples. _Segundo ela, eu nasci para trazer o fim a uma era. Eu escapei da morte e me tornei algo que não era humano ao um ano, pois minha vida foi ligada a de Voldemort e meu objetivo ao invocar o Ragnarok era trazer o fim a qualquer ser que se julga imortal e queira trazer destruição a esse mundo.

_Você tomou o mundo como seu território. -Concluiu Hermione. _Bem, eu também tenho algumas novidades, vamos falar no meu quarto. Lá deve ser o lugar mais silencioso e discreto da casa.

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Pouco mais de uma hora depois, Harry já contara a Hermione sobre sua conversa com Maya e os planos que haviam se formado em sua mente com aquela importante aquisição do Ragnarok. Em contra partida Hermione lhe relatara sua conversa com o ministro, acrescentando o quanto ele era próximo de seu avô e fazendo um breve relato dos primeiros movimentos que ordenara às forças militares inglesas.

-Inclusive, Harry, quero que saiba que não pretendo agir de modo independente, portanto pode contar com todo o poder de fogo trouxa que a Inglaterra tem. –Hermione fala sorrindo de modo cúmplice para Harry, que agradece com um sorriso semelhante.

-Neste caso, vamos esmagar Voldemort com tudo o que temos. Mas antes precisamos transferir os feridos para Belfast. Os nobres, políticos e a família real devem ser transferidos o mais rápido possível, já que Voldemort provou que está disposto a atacar os governantes e não demorará a revelar a existência dos bruxos para os trouxas.

-Bom, os feridos podem ser transferidos agora mesmo se a Ordem da Fênix fizer o transporte. Já há uma equipe em Belfast preparada para receber o pessoal. Quanto aos possíveis ataques, ordenei que a polícia recebesse equipamento reforçado e o mesmo para o exército, que fará a guarda dos locais chave, como a câmara dos lordes.

-As embaixadas já estão prontas para receber os refugiados? Os embaixadores já receberam ordens de negociar com os demais governos? Precisamos de todo apoio possível. –Harry pergunta parecendo fazer uma lista mental.

-As embaixadas estarão prontas amanhã ao meio dia, os embaixadores também entraram em contato com os líderes dos outros países e retornaram as datas e horários marcados para a discussão da crise.

-Eu quero que você procure o presidente da Irlanda e o Ministro da Magia da Irlanda. Quero que faça os dois concordarem em nos ajudar sem restrições, se o IRA ou mais alguém resolver interferir, extermine o problema, não podemos perder tempo com discussões políticas bobas e extremistas que vão acabar aumentando a tensão e facilitando as coisas para Voldemort.

-Você tem razão. Temos que conduzir tudo com cuidado, para não levar a população ao caos e a incerteza. Se souberem de tudo o que está acontecendo, na integra, creio que entrarão em pânico e acabaram nos atrapalhando. –Hermione pondera preocupada.

-Conto com você para suavizar as noticias e manter a população segura de si mesma. –Harry fala com confiança nas capacidades de Hermione, que assente. –Hoje demos um importante passo agregando poderosos aliados ao Ragnarok, mas o trabalho só está começando.

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Hermione se arrumou com cuidado, adotando uma aparência que poderia ser formal tanto na visão dos bruxos quanto na dos trouxas. O detalhe especial ficava no broche que possuía o brasão de sua família e atestava sua origem nobre.

Concentrou-se por alguns segundos e surgiu imponente a frente da Leinster House, a sede do governo irlandês trouxa. Os guardas, que a viram aparecer repentinamente, ficaram atônitos e logo entraram em posição de alerta, mas bastou um gesto de Hermione e estes pareceram entrar em transe.

-Me escoltem até a Presidente e o Primeiro-Ministro. –Hermione ordena de forma calma e clara, sendo prontamente obedecida pelos guardas, que após uma reverência respeitosa, assumiram seus lugares à frente e atrás dela.

Hermione caminhou calmamente pelos corredores do antigo palácio, observando a arquitetura e os quadros que ornavam o local. No entanto, rapidamente chegou a frente do gabinete da presidente.

-Podem voltar a seus postos. –Os guardas novamente se curvaram, antes de voltarem pelo mesmo caminho. –Avise que a Marquesa de Hartington está aqui e chame o Primeiro-Ministro para a audiência especial. –A secretária, que também parecia em transe, prontamente a obedeceu e logo depois abriu a porta do gabinete para que Hermione entrasse.

-Não tenho idéia de como fez para entrar aqui desta forma, mocinha, mas saiba que a nobreza britânica não tem nenhum poder na Republica da Irlanda, portanto saia e marque uma hora como todo mundo e depois nos encontraremos, caso considere seus argumentos relevantes. –O tom era indignado, como se aquela atitude fosse uma grande falta de respeito da parte de Hermione. A presidente era uma mulher de certa forma alta com cabelos castanho claros e olhos negros.

-Eu não queria faltar com o respeito, mas como o assunto é de máxima urgência, decidi deixar os protocolos de lado. Agora, assim que Bertie Ahern chegar, começaremos a reunião... –Hermione para de falar ao ouvir a porta abrir e ver o primeiro-ministro irlandês adentrar ao escritório.

-O que está acontecendo aqui? Não fui informado de nenhuma reunião com a Marquesa de Hartington. –O ministro parecia aborrecido pela falta de aviso prévio e olhava para Hermione com certa indiferença. Ele era um homem de estatura mediana, com um bom porte, como a de um atleta, tinha olhos azuis e cabelos negros.

-Como eu dizia, a reunião tem que ser feita em caráter de urgência. Agora, se me derem licença um instante, vou chamar o Ministro da Magia. –Hermione se ergue, caminhando em direção a um quadro, bem a frente da mesa da presidente. Esta entendia aquele gesto e se encontrava pálida, ao passo que o primeiro-ministro nada compreendia daquilo.

-Quem ousa me chamar e para que? –Um homem ruivo, mas com cabelos grisalhos nas laterais, olhos verdes claros e uma barba impecavelmente aparada, surgiu na pintura parecendo aborrecido pela interrupção.

-Eu, Hermione Granger, estou convocando uma reunião aqui e agora, para tratar da guerra e Voldemort. Por favor, não demore, pois não tenho tempo a perder. –Hermione mantinha o tom formal e sem emoção, logo depois voltando até a mesa da presidente, que assim como o ministro, estavam paralisados com cena presenciada.

-Não me diga que Scrimgeour enviou uma menina para discutir algo tão importante! –O homem, que havia aparecido do nada, fala com indisfarçado desgosto e impaciência. Os trajes roxos com detalhes em laranja chamaram atenção, apesar de ele estar trajando um terno com uma capa.

-Eu não estou aqui em nome do ministério da magia inglês. Vim a pedido de Harry Potter e do Governo Britânico para discutir a participação da Irlanda na guerra. –Hermione dá uma breve explicação, enquanto fazia com gestos, a mesa da presidente se tornar circular e mais uma cadeira aparecer para que o ministro da magia pudesse se sentar.

-Guerra? Do que estão falando? Quem é Harry Potter? E como diabos fez isto com minha mesa? –A presidente estava entre pasma e irada, mas isto pareceu não afetar Hermione.

Hermione se sentou e pediu que os demais se sentassem, antes de começar a explicar sobre o mundo bruxo e Voldemort, de modo rápido e conciso, agregando informações que até mesmo o ministro da magia não conhecia.

-Bom, agora que os senhores e a senhora já têm o panorama geral, vamos ao que me trouxe aqui. O governo inglês irá para Belfast, as forças armadas já estão se posicionando e cercarão a Inglaterra. O nosso objetivo é afastar os governantes trouxas, evacuar o melhor possível a população trouxa e não deixar Voldemort e seus aliados saírem do país.

-Pelo visto, você está muito bem informada a respeito dos planos de seu país, no entanto como posso acreditar em tais informações, quando o primeiro-ministro inglês não me enviou nenhuma notificação oficial. -Mary McAleese, presidente da Irlanda, fala de modo desconfiado.

-Neste momento John está muito ocupado conduzindo uma reunião onde formalizará minha nomeação como ministra da defesa. Quanto à parte bruxa, eu faço parte do Ragnarok, grupo criado por Harry Potter e que tem como aliados os bruxos da Ordem da Fênix, além de outros seres tão ou mais poderosos.

-Eu ainda não havia escutado nada sobre isso, apesar de saber que Harry Potter estava fundando algum tipo de grupo. –Oliver Beckett, fala em tom pensativo, ponderando o quanto poderia confiar em Hermione.

-Agora todos aqui já sabem do grupo e do meu novo cargo. E é como braço direito de Harry Potter no Ragnarok e como Ministra da Defesa que venho lhes pedir apoio total e irrestrito. A Inglaterra está fazendo um recuo estratégico, mas não por fragilidade ou impotência, apenas estamos encurralando o inimigo, para melhor agir. Mas é claro que precisaremos de apoio militar, de infra-estrutura e até capital.

-Você invadiu não só nosso país, como nossa sede de governo e ainda trouxe esse sujeito pra cá, para nos pedir dinheiro e apoio incondicional para defender o seu país? –Ahern, fala segurando o riso, afinal aquilo só poderia ser uma brincadeira de muito mau gosto.

-Não é para defender o meu país, é para evitar que a guerra chegue ao seu país. Nós, do Ragnarok, estamos tentando eliminar o inimigo antes que os outros países da Europa e do mundo sejam afetados ou até destruídos.

-Pois eu esperarei um comunicado oficial da Inglaterra para poder colocar o assunto em questão no parlamento. –McAleese diz de modo severo, o que fez Hermione fechar os olhos e contar até cinco. –Não encare mal menina, mas a Irlanda é um país soberano e não abaixará a cabeça e balançará o rabinho para qualquer ordem britânica, já que não devemos obediência alguma a sua “rainha”.

-Eu digo o mesmo. Sou um governante bruxo e não agirei até que Scrimgeour preste contas a mim e peça de modo formal a minha ajuda. –Oliver Beckett, também tinha o tom firme e a fitava de queixo erguido.

-Senhores, senhora, eu admiro as suas posições e seu orgulho, creio que qualquer um em seu lugar teria este tipo de atitude, no entanto a situação é emergencial e muito disto envolve o desastroso governo bruxo de Fudge e até mesmo do orgulho Scrimgeour que não gosta de pedir ajuda. No entanto eu estou pouco ligando para o passado e, sinceramente, pouco me importa neste momento as formalidades e até a etiqueta. –Hermione agora se levantara calmamente, sem alterar seu tom. –Vou falar com clareza para que não reste duvidas. Ou os senhores e a senhora colaboram pacificamente, tornando-se um país não só amigo, como irmão, ou eu mesma vou destruir esse governo e tomarei a posse desse país reintegrando-o a Grã-Bretanha. –Os três reagiram furiosamente se levantando e bradando insultos com fúria.

-Retire imediatamente esta ofensa mocinha! Eu jamais permitirei que uma inglesinha metida venha aqui insultar ao meu país e a mim...

Hermione não o esperou terminar de falar, ergueu uma mão com calma e apenas movendo um dedo fez com que a varinha do ministro se partisse em vários pedaços, depois virou a palma de sua mão para os três e os lançou contra a parede fortemente, mantendo-os grudados no alto. Depois, sem fazer qualquer movimento, flutuou no ar alguns centímetros, para ficar da altura dos três.

-A partir de agora eu sou a Irlanda, e vocês obedecem à minha vontade. E não pensem que podem enganar o Ragnarok, porque ele tudo vê e sabe, portanto, ao menor sinal de revolta, eu venho aqui e destruo seus exércitos e mato cada um dos parlamentares deixando-os por último propositalmente. E faço isso sozinha na minha hora de almoço. –Hermione os deixou cair bruscamente no chão, enquanto descia com suavidade e elegância. –Agora sentem-se que eu vou dar as primeiras ordens a vocês. –Hermione re-transformara a mesa, que agora era retangular. Sua cadeira ficava na cabeceira, enquanto o ministro bruxo ficava a sua direita e a presidente da Irlanda à esquerda, com o ministro ao seu lado. –Em primeiro lugar quero as informações sobre o IRA, pois não quero que nenhum terrorista atrapalhe os movimentos de guerra...

Nas três horas seguintes, Hermione deu instruções aos três, rebatendo qualquer pensamento em contrário, o que não só assustou a todos, como deu provas de que seu poder era inimaginável. Logo depois, já com as informações que o serviço secreto possuía sobre o IRA, Hermione desapareceu sem ao menos fazer o barulho de aparatação, o que novamente assombrou os três.

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Agora Hermione estava em uma antiga área industrial, em frente a uma indústria desativada. Parecia uma antiga montadora de carros, havia chaminés que haviam sido transformadas em torres de observação, a cerca era eletrificada, havia câmeras em diversos pontos e bem escondidas, não deixando nenhum ponto cego em toda a área. Após se concentrar um instante, sentiu uma baixa movimentação naquele nível, nos superiores e no inferior, mas muita movimentação no segundo piso inferior.

Sem se importar com a cerca eletrificada, Hermione a tocou, faíscas começaram a sair e um pequeno alarme tocou, provavelmente somente para quem estava na antiga fabrica, apertou mais a grade sob os seus dedos e ela ficou vermelha rapidamente. Uma grande parte da cerca derreteu, transformada em um líquido vermelho muito quente e antes que os atiradores da torre a vissem, ela desapareceu rapidamente.

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“Vigias reportem. -Falou alguém através do walk talk. O vigia da chaminé sul pegou o walk talk em sua cintura e com o binóculo olhava em volta.”

_Na parte sul alguma coisa passou pela cerca. -Relatou o vigia tentando ver se alguém caminhava para a base. _Ninguém a vista.

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Hermione reapareceu rente a uma das paredes da fábrica, ali nenhum vigia das chaminés a enxergaria, ainda andou alguns metros encostada a parede até parar atrás de umas grandes caixas velhas. Ouviu um barulho, alguém vinha andando naquela direção, provavelmente alguém para reconhecer o local e ver se havia algum inimigo. Dobrou levemente os joelhos e saltou para cima das grandes caixas a fim de ficar acima da visão de quem quer que fosse. Não demorou muito para aparecer um homem alto e forte, não tinha cabelo, era completamente careca, notou que segurava uma glock prateada e ainda tinha mais uma na parte de trás, segura pela calça. Também havia alguns pentes de bala em volta do cinto.

Saltou e caiu silenciosamente no chão, logo atrás do homem que observava tudo a sua frente. Então ele notou uma sombra no chão além da sua e se virou rapidamente, encontrando a garota, mas foi a última coisa que viu, pois fora atingido com uma força estrondosa no estômago e perdera a consciência.

Não demorou muito e, com extrema facilidade, jogou o homem para a parede o escondendo atrás das caixas, provavelmente logo o contatariam. Olhou para ver se vinha alguém, havia duas pessoas no que parecia ser uma pequena porta, então para anunciar sua chegada, caminhou normalmente até os dois homens que seguravam metralhadoras, um deles notou a movimentação e se virou para ela.

_Ta perdida gracinha? -Disse um dos vigias daquela porta, era alto, de cabelos castanhos e olhos claros, o sorriso em seus lábios era carregado de malícia e Hermione não gostara dele. _Res... -Um único tiro e a morena conseguira acertar bem no meio da testa do ruivo, o outro que já tinha a metralhadora apontada pra si começou a atirar, ela rapidamente correu fazendo um semicírculo em volta do homem, que já amaldiçoava qualquer deus por ela não ficar parada e por ela ser tão rápida.

Rápida o suficiente para simplesmente sumir das vistas dele, como se evaporasse no ar, assustado olhou em volta a procurando alguém, já o chamava pelo radio e ia pegar e responder quem quer que fosse, quando sentiu o frio do cano de uma arma em sua nuca, não se atreveu a se mexer e não precisou se virar para saber que era aquela garota.

_Onde está o seu líder? -Perguntou Hermione em tom baixo e, apesar de calmo, se podia notar uma frieza imensurável nele.

_Segundo piso, ala leste. -Falou o homem, em seguida ele caíra inconsciente, Hermione o acertara com a coronha da glock na nuca. Virou-se para a pequena porta e sabia que provavelmente já estariam a esperando do outro lado.

Sorriu, sentiu a movimentação do outro lado, cinco pessoas estavam de frente para a porta, quatro à esquerda e três à direita. Não esperou ninguém abrir a porta, apenas deu um pontapé nela, que apesar de pequena era de aço, porém se desprendeu das dobradiças e voou de encontro com quem estava à frente dela, aquilo fora rápido demais para eles desviarem e foram atingidos com tudo, quase todos ficaram inconscientes. Depois do susto, aqueles que estavam ao lado da porta esperaram alguém entrar, mas este nunca viera, um dos guardas, o que parecia ser o chefe, fez sinal para outro e este saiu do grupo da esquerda e ficou de frente para a porta, apontando para alguma coisa.

_Não tem ninguém. -Falou o homem que estava a porta, mas em seguida ele largou a arma e foi içado no ar por alguma coisa. Aos poucos, ainda içado no ar, ele foi entrando e Hermione também, colocando o homem de escudo para o lado direito, enquanto para o esquerdo ela apontou a mão e todos foram jogados para trás e as armas retiradas de suas mãos, em seguida jogou o homem que estava segurando acima do chão e focou nos homens a direita que iam atirar, mas para surpresa deles as armas não estavam mais em suas mãos.

_Estupore. -Murmurou Hermione com descaso. Uma onda de energia saiu de seu corpo e todos ao seu redor ficaram inconscientes, as armas de todos foram arrastadas até ela, que as olhou com descaso, se abaixou e pegou uma submetralhadora Mp5 e então partiu para o segundo andar. Notou que havia uma escada que levava a ele, mas tinha mais pessoas em volta, não demorou muito e, de trás de uma antiga máquina, aparece alguém atirando. Ela pula para a esquerda se escondendo atrás de uma coluna, esperou os tiros pararem e localizou o alvo, quando o pente da arma dele caiu no chão, saiu de trás da coluna e atirou. O homem se escondeu atrás da máquina e ela ia se aproximando dele, atirando somente com a glock na mão esquerda.

Sentiu uma movimentação à esquerda, sem se virar, apontou a sub mp5 e atirou atingindo mais um homem no braço esquerdo e na perna direita, este caiu gritando, as balas da glok terminaram. Sentia mais e mais pessoas chegando, jogou as armas no chão, não queria fazer aquilo, mas não havia outra maneira. Esperou estar cercada, levantou os braços, devia ter dezenas se não mais de guerrilheiros, sorriu e estalou os dedos, um enorme círculo de fogo se formou ao redor de todos os homens e então as chamas levantaram como um enorme paredão. Tiros vieram na direção de Hermione, mas rebateram em uma barreira avermelhada, algumas pessoas começaram a cair, o fogo estava tomando o oxigênio e eles, que estavam no centro, eram os primeiros a sofrerem os efeitos.

Quando o último caiu inconsciente, o fogo abaixou e Hermione foi em direção a escada sem se importar com os que estavam caídos, subiu as escadas lentamente e pareceu se lembrar de algo. Logo a glock veio a sua mão, agora estava de frente para a porta, seria fácil e rápido.

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Agora que Hermione estava sozinha com o líder do IRA, sentou-se confortavelmente na cadeira que pertencia a ele e indicou a outra, do outro lado da escrivaninha, para que ele sentasse.

-Eu sou Hermione Granger, Marquesa de Hartington, ministra da defesa da Inglaterra, braço direito do líder do Ragnarok e atual governante da Republica da Irlanda. –Olsen ficou pálido, apesar da demonstração de força e magia da invasora provar de que ela realmente seria capaz de tomar o país. –O Ragnarok é um grupo fundado por Harry Potter, maior bruxo da Grã-Bretanha da atualidade, ao lado de Voldemort, nosso maior inimigo. O Ragnarok foi criado para enfrentar Voldemort independente de qualquer governo, seja bruxo ou trouxa, mas acabamos ganhando os governantes como aliados e quando digo aliados, quero dizer que eles obedecem a nós. E como a Irlanda está sob meu poder, eu vim aqui ordenar que o IRA se apresente na Leinster House, para ser nomeado um grupo especial de apoio, na guerra. Ou seja, a partir de agora vocês obedecem a mim e caso pense em resistir eu refaço meu caminho, prendo todos, que generosamente poupei, e levo todos vocês para Dublin como presente para os irlandeses. Alguma objeção?

-Não senhora. –Sem qualquer outra opção de escolha, Olsen apenas consente, limitando-se a encarar Hermione nos olhos, enquanto apertava o ferimento do braço para estancar o sangramento.

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Já fazia algum tempinho que Hermione havia saído e Harry agora estava em um dos gabinetes da mansão Granger, pelo menos assim passou a ser chamada aquela casa de campo. Estava pensativo e olhando atentamente para um pergaminho na mesa, tinha alguns nomes escritos de pessoas que ele conhecia e provavelmente podia contar. O primeiro passo seria ir atrás dos amigos, não demoraria muito e ele iria para a França, mandara uma carta urgente por meios seguros diretamente para o ministro bruxo francês, mas ele tinha de ter mais do que sua palavra para estreitar mais ainda a aliança, ele precisava de um aliado poderoso e com influência no governo bruxo francês, já que com o trouxa ele lidaria da maneira certa.

_Me chamou? -Perguntou Rony entrando no gabinete. Logo depois dele veio Lupin e Moody.

_Sentem-se. -Disse Harry de forma calma, os três se sentaram nas cadeiras em frente à mesa do escritório e olharam para ele esperando o moreno falar. _Eu terei de me ausentar por algumas horas, vou atrás de alianças com um governo vizinho nesse meio tempo você, Rony, com o auxilio de Lupin e Moody deverá ficar em meu lugar no comando. –Houve uma leve agitação dos três, mas nenhum disse uma única palavra. _As ordens são as seguintes: não quero que ninguém vá para frente de batalha se lançar em frente a uma maldição, a missão de vocês é proteger e evacuar, cuidem dos feridos e caso haja qualquer coisa, tirem o máximo de pessoas do local que for atacado.

_Esta esperando outro ataque tão cedo? -Perguntou Lupin mal reconhecendo o rapaz a sua frente, ele parecia mais velho ou mais imponente.

_O agrupamento das forças inimigas deve levar algum tempo. -Disse o moreno em tom pensativo. _Mas de qualquer jeito é bom prevenir, pegue todos que estão aptos e, se acontecer algo, ajudem a evacuação rápida. Dane-se o segredo da magia ou algo assim. -Ele olhou para os três bruxos a sua frente. _Preparem para a transferência de alguns feridos e nobres não pertencentes a câmara dos Lordes, deixe os comensais que os aurores não levaram aqui, aprisionados em algum quarto sem água ou comida.

_Para onde enviaremos os feridos? -Perguntou Lupin.

_Belfast, ou melhor, a nova sede do governo de lá. -Disse o moreno de forma calma. _Os Granger’s devem ter alguma propriedade lá que possa ser usada como abrigo e base, mas se não tiverem. -Harry colocou a mão dentro das vestes e em seguida tirou uma chave de ouro jogando para Rony, que a pegou no ar com agilidade. _Compre com o ouro que está em minha conta, creio que os Black e os Potter’s tinham mais contas que as que estão aqui na Inglaterra, então não será difícil conseguir o dinheiro. -Rony parecia que ia falar algo, mas o olhar de advertência do amigo o fez calar. _Podem sair, menos Moody. -Rony e Lupin saíram ficando apensas Moody e Harry no escritório.

_O que quer Potter? -Perguntou Moody de forma mordaz.

_Quantas pessoas você julga ser de inteira confiança sua? -Pergunta o moreno de forma calma.

_Dá para contar nos dedos. -Disse Alastor os dois olhos estavam firmes olhando para o moreno.

_Ótimo traga-os se puder, o mais rápido possível. -Disse o moreno de forma firme e que não aceitava questionamento. _Onde Madame Máxime costuma passar as férias?

_Por causa dos movimentos recentes de Voldemort e seu bando de covardes, ela resolveu abrir a escola mais cedo, essa decisão foi aceita ano passado. -Disse o ex-auror pensativo. _Quando ela soube da morte de Alvo, se juntou com o governo bruxo francês e eles concordaram.

_Muito obrigado. -Disse Harry fazendo sinal com a mão para que Moody saísse, este não gostou muito e olhou mordaz para o rapaz que pareceu não se importar e, quando notou que o velho auror não saía, lançou um olhar gélido em sua direção, o que fez Moody se arrepiar e sair rapidamente, fechando a porta.

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Os enormes e suntuosos terrenos da famosa e renomada Academia de Magia de Beauxbatons estavam calmos, alguns alunos caminhavam por ele e não pareciam nem um pouco incomodados em voltarem mais cedo para a escola, alguns riam e conversavam alegremente, outros liam alguma coisa concentrados, pareciam que não tinham nenhuma noção do que acontecia no mundo a sua volta e aquilo poderia ser algo perigoso.

O grande palácio em estilo francês, que era a escola, parecia imponente em meio aqueles jardins cuidadosamente cuidados. Ao leste se encontrava um grande lago, não tão grande quanto o de Hogwarts, mas tão belo quanto, nele havia várias criaturas mágicas e não mágicas. Não havia nenhum bosque ou floresta nos terrenos, mas parecia não fazer diferença. O sol já estava um pouco alto, quase duas da tarde, e o calor típico de verão não importunava os alunos de vestes leves, a diferença era clara entre o uniforme dos rapazes e das garotas. Enquanto o das garotas era de um tom azul claro e bonito, o dos rapazes era em um tom azul muito escuro quase preto.

Então um forte barulho, como o de um trovão, fez tudo se silenciar, nem mesmo o vento soprava ou pássaros voavam, o tempo sem nuvens descartavam algum trovão real. Em seguida, a pelo menos cinqüenta metros da entrada do suntuoso palácio, algo aparece com força, o chão treme por inteiro e afunda um pouco ao redor do rapaz, que ali apareceu com os joelhos meio dobrados, a poeira levantava do chão e havia uma leve fumaça como vapor que saía de seu corpo. As vestes eram totalmente diferentes de qualquer coisa que os outros já viram, lembravam uma túnica de um verde esmeralda muito belo, que parecia brilhar com o mínimo toque de luz, em um lado do peito, “manchando” a cor verde, estavam linhas, algumas retorcidas, outras não, que lembravam tribais em um azul muito belo. O ar imponente e a forte presença faziam aquela pessoa parecer um verdadeiro imperador.

O medo por um instante se espalhou pelo corpo de quem estava por perto, brancos feito papel, aqueles que não reconheceram o rapaz se afastaram rapidamente e os que reconheceram pareciam maravilhados. Ele olhou em volta como se tentasse se localizar e pareceu satisfeito, aquele lugar era onde ele queria estar.

_O que é isso? -O chão tremeu levemente com as passadas fortes e pesadas de madame Máxime, que descia rapidamente as escadas do palácio e corria em direção de Harry Potter, que ainda parecia distraído com as coisas em volta. _Como entrou aqui sem minha autorização? -A varinha da diretora da academia francesa estava apontada para a testa de Harry que parecia não se importar.

_Me desculpe pela entrada brusca. -Disse Harry de forma branda. _Mas como imaginei que aqui tinha tantas proteções quanto Hogwarts, tentei colocar um pouco mais de poder para aparatar. O rosto da diretora ficou branco como cera, alguém conseguira transpor as defesas mágicas de lá, mas parecia impossível, ali havia tanta magia defensiva quanto Hogwarts. _Imagino que para não causarmos mais comoção, devemos entrar e conversar em particular, mas aqui em frente de todos mais uma vez peço desculpas pela invasão.

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Já dentro do escritório da diretora de Beauxbatons, Harry se mantinha em silêncio enquanto a diretora andava de um lado para o outro falando algo em francês, que ele não conseguia entender, mas achou melhor ficar sem saber, não queria entrar em discussões sem sentido.

_Estou com um pouco de pressa. -Disse o moreno interrompendo a meio giganta, que finalmente parou de praguejar em francês o quão os ingleses eram descorteses.

_Muito bem, o que veio fazer aqui e como conseguiu transpassar as defesas da escola? -Perguntou a diretora olhando atentamente para o jovem rapaz, estranhando ligeiramente as vestes dele.

_Vamos direto ao ponto. -Disse o moreno, o leve sorriso que ele carregava nos lábios sumiu e Máxime ficou chocada com a mudança na expressão dele, parecia outra pessoa. _Voldemort atacou abertamente uma festa onde haveria lideres trouxas e bruxos e já declarou guerra abertamente. Eu estou montando um grupo para combater a Voldemort e, a Ordem da Fênix querendo ou não, já foi anexada ao meu grupo cujo nome é “Ragnarok”. Sei que sabe o significado desse nome, meu plano inicial era não me aliar a nenhum governo. -O moreno parou um pouco para que a diretora digerisse a informação. _O governo bruxo inglês é uma porcaria no momento, provavelmente está tão cheio de comensais e aliados das trevas que seria impossível cooperar com ele e em breve este irá cair, mas recentemente como a real condição do mundo foi posta a frente do Ministro inglês e de outros governantes da Inglaterra, foi decidido que Hermione, uma de minhas melhores amigas e meu braço direito no Ragnarok ,foi declarada ministra da defesa, forçando assim um laço entre o Ragnarok e o governo.

_E o que quer comigo? -Interrompeu Madame Máxime que já pensava rápido, a forma confiante e decidida como se não aceitasse nada além do que ele falava, era incrível os olhos sérios, mas pareciam olhar para além de onde ele estava.

_A condição do mundo é a seguinte. -Disse o moreno como se não tivesse sido interrompido. _Assim que as forças das trevas forem reorganizadas a Inglaterra cairá perante Voldemort, para salvar o governo e a população, em algum tempo será anunciada a evacuação de emergência das áreas mais populosas, que podem sofrer ataque, e a sede do governo foi transferida para a Irlanda do Norte, assim mesmo que Voldemort controle este país, o governo continuará nas mãos Inglesas. As forças armadas trouxas estão sobre o comando de Hermione, ou seja, também estão ao meu comando, nesse momento minha companheira está discutindo com as autoridades irlandesas sobre uma aliança.

_Impossível a Irlanda nunca aceitaria tais coisas, sem contar os grupos extremistas trouxas. -Disse Máxime de forma categórica, como se aquilo fosse absolutamente correto.

_Nesse caso, dei ordens para que ela tome à força o governo. -Disse o moreno de forma simples, cruzando as mãos em frente à boca, os olhos verdes brilhando de forma quase que selvagem. _Se a Irlanda se recusar, ela será dissipada e re-anexada ao governo inglês. -Agora os olhos dele pareciam intensificar o brilho selvagem. _Eu fiquei encarregado de vir à França para conversar com o governo francês bruxo e trouxa para a mútua colaboração nessa guerra, visto que assim que Voldemort ver o fracasso na Inglaterra, irá virar os olhos para os visinhos.

_Se veio falar com o governo, por que está aqui? -Perguntou a diretora com curiosidade, sabia que para entrar aparatando na escola precisava de uma energia tremenda, principalmente por ele ter entrado de forma tão selvagem. Ficou pensando se o moreno era tão forte quanto parecia ser, se ele evoluíra tanto desde a última vez que o viu.

_Você é parte da ordem e nunca anunciou sua separação dela, portanto agora está sob meu comando, mas também vim por que, por ser diretora de uma das maiores escolas bruxas, refúgio para alunos sendo filhos de comensais ou não. Você tem uma grande influência no governo bruxo de seu país e, estando ao meu lado nas negociações, creio que pelo menos a parte bruxa da França possa ter bom senso e se aliar a mim.

_E se me recusar a ajudá-lo e o meu ministro também, assim como o presidente francês? -Disse Madame Máxime, mas de repente ela sentiu um arrepio gélido como se a respiração da morte estivesse ecoando em seu escritório, por um instante ela pensou que até o sol escurecera e tudo que ela conseguiu ver foram os olhos verdes esmeraldas.

_O mesmo que direi aos governantes desse país se recusarem-se. -Disse o moreno de forma baixa e gélida, sua respiração parecia não existir. _Espero que não seja meu inimigo, pois se forem. -Ele abriu um leve sorriso e se endireitou na cadeira. _ Eu derrubarei o seu governo e tomarei conta de seu país, esmagando qualquer mínima chance de resistência, pois não precisarei de peões que não sigam minhas ordens.

_Assim você fala como o próprio Voldemort. -Disse Olímpia em tom calmo, apesar do leve arrepio que lhe percorreu a espinha.

_Não era a minha intenção, só não estou disposto a ver ninguém atrapalhando nessa guerra, nós temos de acabar com Voldemort e isso irá requer sacrifícios, alguns poderemos evitar, outros nem tanto.

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Depois de um tempo, finalmente lá estava Harry, bem em frente ao ministro da magia francês e o próprio presidente da França. Ambos se encaravam de forma estranha, era fácil de perceber que a grande autoridade trouxa e bruxa mantinham contato de forma sigilosa, mas pelo jeito pareciam não gostar muito de se encontrar, não que isso lhe incomodasse, ao seu lado estava Olímpia Máxime, que depois de uma longa conversa com o rapaz aceitou participar da reunião e até a providenciara no escritório do presidente da França. O moreno analisou melhor o trouxa, era de estatura mediana e cabelos de um castanho tão escuro que se confundia com preto, os olhos era de um azul muito escuro e forte, carregava um ar sério e respeitoso, principalmente no alto de seus quarenta e cinco anos.


Já o ministro bruxo francês era um tanto incomum, parecia absurdamente mais novo que o presidente, ou seja, no mínimo aparentava ter metade da idade do trouxa, mas pelo que pôde perceber ele era mestiço com alguma raça mágica, o que poderia ser algo comum, os cabelos eram negros e os olhos amarelados, a face limpa e carregava sempre um semblante de estúpida calma. O clima estava pesado e parecia que ninguém ia começar a falar, o moreno suspirou olhando para os dois homens sentados a sua frente, cada um em uma poltrona, ao seu lado estava Madame Máxime sentada em um enorme poltrona que ela mesma conjurara.

_Muito bem diga o que tiver de dizer logo. -Disse o presidente, o tom de voz sério e cortante demonstrava impaciência, afinal aqueles três simplesmente apareceram em seu escritório dizendo que tinham assuntos urgentes, o obrigando a desmarcar dezenas de compromissos.

_Meu caro Lui Bourbon. -Começou a falar o rapaz, todos na sala olhavam para ele, que pareceu não se importar. _Compreendo sua irritação, mas o assunto que eu tenho a tratar com vocês é muito importante e delicado. -Harry olhou para o ministro bruxo como se esperasse algo, este pareceu se tocar e saiu de seus próprios pensamentos.

_Eu sou o Ministro da Magia Francês, Arthos. -Disse o ministro de forma cordial, apesar de que tanto o presidente quanto Harry captaram um certo tom de seriedade distinta. _O assunto que teria a se tratar por acaso tem um nome?

_Sim, tem. -Disse Harry de forma mais branda, o presidente pareceu se interessar. _O nome, creio que até o caro presidente aqui já ouviu falar, por obrigação é claro. -A tensão aumentou no ar. _Presidente, na Inglaterra, há muitos anos, um bruxo maligno tentou tomar o poder, ele tinha um imenso poder, mas um dia ele desapareceu, muitos pensaram que ele estava morto, porém quando ele estava ativo houve mortes, não só pela Inglaterra, mas pela França e outros países que a cerca, isso tudo fora obra de tal bruxo e seus subordinados.

_E o que isso tem haver com a situação atual? -Perguntou o presidente apesar de já ligar os pontos com rapidez.

_Esse bruxo chamado Voldemort retornou e está mais forte do que antes, ontem ele atacou a residência de uma família nobre Inglesa na tomada de posse de um título, onde até mesmo a família real estava. -Conforme Harry falava o presidente se lembrava de telefonemas que recebeu sobre o misterioso falecimento do Príncipe Inglês Charles. _Durante o ataque eu e meus companheiros conseguimos defender o local e salvar a maioria das pessoas, mas alguns morreram, entre eles o príncipe que era o primeiro na linha de sucessão e isso só foi o primeiro ataque.

_Fiquei sabendo disso por alguns contatos que tenho no ministério Inglês. -Disse Arthos em tom brando e pensativo. _O ataque foi de uma magnitude incrível, o pior desde a primeira queda do lorde negro.

_Sim. -Respondeu o garoto com simplicidade. _O fato é que o governo bruxo da Inglaterra não está nem um pouco apto a lidar com a situação, eles estão mais preocupados em manter suas imagens do que proteger os demais, isso acabou por revelar aos trouxas, ou como preferir, os não mágicos a existência não só do mundo bruxo, mas também da guerra que já estourou. Um clima estranho pousou no local, agora não parecia uma mera reunião, parecia um conselho de guerra. _O governo não mágico Inglês também não está preparado para tal guerra e, vendo que o governo bruxo Inglês era e ainda é incompetente, pediu ajuda ao meu grupo, o qual formei para combater a Voldemort e nomeou Hermione Granger ministra da defesa, ela é uma grande amiga minha, uma das pessoas em que eu mais confio.

_Até agora você só deu voltas em círculos. -Disse o presidente, mas entendia a gravidade da situação, aparentemente o governo Inglês estava frágil e a mercê de um ataque inimigo ou aliado, não importava quem queria tirar vantagem.

_Chegarei lá. -Disse calmo. _Como uma voz minha no governo inglês, Hermione tinha autonomia para fazer o que quisesse. Ela aconselhou o ministro inglês a mudar a sede do poder para a Irlanda do Norte e posicionar nossas forças armadas contra a Bretanha, de forma que possamos impedir qualquer propagação indevida do caos para fora da Inglaterra.

_Está dizendo que vocês vão abandonar o seu próprio país e sem lutar? -Perguntou o presidente francês meio chocado.

_Apenas uma retirada estratégica, atualmente estamos planejando uma evacuação de toda a Bretanha para os países vizinhos, inclusive das autoridades e nobreza, dando assim a Voldemort uma falsa sensação de ter vencido, mas mesmo assim temos de estar atentos, pois depois de perceber que fracassou ele irá virar os seus olhos para outro lugar, irá atacar aos países vizinhos. Ele propositalmente ignorará a Irlanda, visto que no conceito dele, vencendo a Inglaterra, todos se renderão a ele e então o alvo mais próximo e de mais fácil acesso será a França. -Agora chegara ao ponto e ele notou que as duas autoridades a sua frente entendiam a gravidade de tal coisa. _Então, em um ato de tentar impedir mais catástrofes, eu e meu grupo saímos atrás de formação de uma aliança com os países mais próximos da Inglaterra e talvez na Europa inteira tenhamos que fazer isso. Apenas assim estaremos um passo a frente do Lorde Negro e poderemos agir de forma rápida.

_Esse tal Voldemort é tão poderoso assim? -Perguntou o presidente, só que agora para Arthos.

_Na primeira guerra ele matou milhares e controlava diversas criaturas das trevas. -Disse o ministro bruxo, seus olhos pareciam turvos como se lembrasse de tempos negros e longínquos. _Muitos de nós fugimos de nossos países por causa dele, você deve ter percebido a pelo menos dezessete anos atrás que coisas estranhas aconteciam, desastres climáticos inexplicáveis, prédios caindo, tudo isso era obra dele, mas naquela época ele tinha em mente primeiro dominar ao mundo mágico e depois o trouxa.

_Agora, Presidente Bourbon, ele não se preocupa em atacar abertamente, mostrando o mundo mágico para os demais. Isso irá acarretar reações adversas a favor e contra dos dois povos. -Falou Madame Máxime de forma firme e forte.

_Na Inglaterra ele está eliminando as pessoas de certa influência, nobres e pessoal do governo, para que não haja oposição quando ele quiser se declarar “Rei”. -Disse Harry, agora se levantando e indo até o Presidente e lhe estendendo a mão. _Estou aqui para pedir ajuda nessa guerra. Assim como você, não quero que civis morram desnecessariamente, nem que o mundo mergulhe no caos, algo que acho inevitável, mas podemos adiar o máximo possível. -O Presidente se levantou e olhou atentamente o rapaz a sua frente, um pouco maior que ele, logo o ministro bruxo também se levantou e os três ficaram em pé se olhando.

_Você está aqui a mando do seu governo ou independente dele? -Perguntou Lui Bourbon.

_De certa forma independente, mas o governo inglês é meu aliado. -Disse Harry de forma branda.

_Acredita que tem poder o suficiente para entrar nessa guerra de cabeça? -Perguntou Arthos em tom profundo.

_Não só para entrar nela, mas como para acabá-la. -Disse Harry devolvendo o mesmo tom profundo de voz.

_Então temos um trato, a partir de hoje o povo bruxo francês se alia a você, Harry Potter. -Respondeu Arthos de forma firme e forte. _E a grande maioria do povo mágico concordará com isso, assim como ganhou o apoio da diretora da academia de magia francesa, ganhou a do governo.

_Para prevenir um caos maior, aceitarei, mas de forma pública a aliança será com a Inglaterra. -Disse o presidente francês de forma firme, como se aquilo não fosse discutível. Em seguida apertou a mão de Harry, que ainda estava estendida, e o ministro bruxo colocou sua mão sobre a dos dois firmando assim a aliança.

_Sejam bem vindos ao Ragnarok. -Disse o moreno.

N/A: Desculpem a demora mas tive problemas de saude entaum paciencia sabe como é meu pulso nao anda bem e coisa e tal.............em breve posto mais um da Armagedon pelo menos vou me esforçar para ser rapido t+

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Quando terminar a guerra a dupla HH deveria seguir a carreira diplomatica.Pq a Maya não foi com a cara da Hermione?Ciumes?Bem agora o jogo ja começou.

    2011-03-24
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