Tudo o que você quer

Tudo o que você quer



E eu quero compartilhar todo meu amor com você,
Ninguém mais irá fazê-lo.
E seus olhos, eles me dizem o quanto você se preocupa.
Oh sim, você sempre será meu eterno amor.


 Foi uma linda festa! – uma jovem ruiva, de olhos azuis, estatura mediana, corpo bem feito, vestida em um vestido rosa estilo romântico, conversava sorridente com outra moça de cabelos castanhos e volumosos, talhe esbelto, elegante, enquanto comiam o que parecia ser um grande pedaço de bolo de casamento.
 Tem razão, foi linda de verdade. Adorei tudo, foi perfeito.
 Você esta com uma cara... – disse a ruiva que reparava na expressão da amiga.
 É que as vezes eu fico pensando em como será meu casamento. – a jovem morena sorria sonhadora.
 Ah Mione, vai ser lindo, tenho certeza, vai ser aqui na Toca, e eu vou usar roupas assim bonitas mais uma vez, seu vestido vai ser mais bonito que o da Fleur, Rony vai estar mais nervoso que o Carlinhos, e todos vamos estar felizes! – ela disse de uma maneira natural.
 Gina! De onde você tirou essa idéia! Imagine, eu e Rony!– Mione quase engasgou, ela estava corada.
 Não sei, mas tenho certeza que vai ser assim. Depois, todos vêm que você e Rony se gostam, não sei o porquê de tanta resistência. Pensei que quando eu e Harry começamos a namorar vocês fossem deixar de besteiras e fossem se assumir também.
 Você esta ficando louca, deve ter bebido alguma coisa na festa. – Mione disse com tom reprovador, mas ainda corada.
 Eu não, você sabe que não, não bebo Mione. Você e o Rony vão ficar juntos ainda, não sei quando, mas vão! Eu espero que seja logo, que vocês deixem de besteiras! Mas mudando de assunto porque eu estou vendo que você esta sem graça - a ruiva disse sorrindo de forma debochada da amiga - Estava bem divertida a festa, tudo calmo, feliz, nem parece que estamos em guerra.
 Ai Gina, não lembra disso agora, vamos tomar banho, precisamos dormir, amanha terá reunião da ordem e nos precisaremos estar bem tranqüilas pra tomar novas decisões. Mas por enquanto vamos aproveitar a paz. – Ela disse enquanto recolhia os pratos e botava na pia.
 Ah, eu não lembrava da reunião, e você ainda me diz pra não falar disso! – Gina disse com um ar de tristeza.
 Gina você e o Harry, vocês... – Mione calou-se.
 Nos o que? – Gina olhava confusa pra amiga que estava de costas pra ela.
 Vocês terminaram mesmo? – Mione perguntou sem graça enquanto virava pra olhar pra Gina.
 Sim, ele insiste em dizer que não quer me por em perigo. O que ele não entende é que isso não muda nada, Tom vai vir atrás de mim de qualquer jeito, não importa se eu namoro o Harry ou não. – Gina falava com o olhar desfocado.
 Ai gina, não diga uma coisa dessas, Voldemort não vai atrás de você. As vezes você fala cada coisa, ate me assusta!
 Não se preocupe, são besteiras. Vamos subir!

Elas saíram da cozinha e já iam subindo as escadas quando Rony chamou por Hermione na sala. Gina murmurou um “tomara que seja hoje” e deu um sorrisinho encorajador pra amiga depois continuou subindo as escadas. Quando entrou em seu quarto deparou-se com um rapaz alto, forte, muito bonito, cabelos negros e desalinhados, olhos de um verde chamativo, era Harry, estava sentado no parapeito da janela esperando por ela.

 Harry, o que faz aqui, já estão todos dormindo! – Gina dizia baixinho enquanto se encaminhava ao ex-namorado. Aproximou-se dele lentamente.
 Nós precisamos conversar Gin, eu preciso dizer uma coisa pra você. – A expressão dele era completamente ansiosa.
 Harry eu não quero falar sobre nada agora – o Tom de Gina era de magoa, lembrava da ultima conversa com Harry quando ele terminou com ela, desde então não se falaram
 Gina, não queria magoar você, mas você tem que entender que faço isso pra proteger você de Voldemort, não me perdoaria se perdesse você também.
 Harry nós já conversamos sobre isso antes e não foi nada agradável, por favor, não quero mais falar sobre isso, quero esquecer o que aconteceu, esquecer você.
 Gina
 Não estrague esse dia Harry, ele foi feliz demais pra terminar com um adeus seu. Deixe-me fazer desse dia a memória mais forte para suportar os dias de guerra que estão por vir, aqui estão todas as pessoas que eu amo, reunidas e felizes.

Gina tinha os olhos marejados. Harry olhou-a com carinho e a abraçou. Gina começou a chorar e ele virou seu rosto para ele. Enxugou as lagrimas que caiam e sorriu pra ela. Beijou-a docemente enquanto a envolvia em um abraço apertado. O beijo tornou-se mais intenso e os corações acelerados. Ambos ansiavam por aquilo desde que se separaram. Um barulho na escada tirou-os da realidade que se encontravam e eles se afastaram bruscamente. Gina correu ao banheiro e Harry virou-se para olhar para fora. A porta abriu.

 Harry, onde esta a Gina? – Mione perguntou olhando pelo quarto e sorrindo bobamente.
 No banheiro – Harry respondeu sem olhar para.
 Aconteceu alguma coisa Harry – ela disse aproximando-se dele.
 Não, nada de novo, o mesmo de sempre você sabe. Estou apenas pensando em como e quando vai acabar tudo isso. – O moreno olhava-a tristemente.
 Não pense nisso agora, aproveite os bons momentos, Rony esta chamando você lá embaixo, na sala. – Ela corou e dessa vez Harry sorriu para ela.
 Estou indo, diga a Gina que depois continuamos a conversar.
 Pode deixar. – mione acompanhou-o ate a porta.


Pouco depois Gina saiu do banheiro com roupas de dormir, ainda pensava no beijo que havia trocado com Harry, naquele instante desejou que o tempo parasse para que pudessem ficar juntos para sempre como ele sonhava. Sentiu-se diferente, o beijo havia sido diferente, ela sentiu o quanto Harry não queria acabar com aquilo, então porque toda aquela historia de proteção. Era demais pra ela, estava cansada, queria apenas dormir.

 Gina! – a morena sorria ainda envergonhada – eu e Rony, nós, nós...
 Vocês se acertaram e estão namorando! – a ruiva sorriu sinceramente sentindo felicidade e reparou na expressão boba e envergonhada da amiga.
 Isso Gina, como você sabe? Estou me sentindo tão bem, tão feliz, isso e tão mágico! – mione abriu os braços e girou feliz.
 Não é difícil imaginar né Mione, desde o primeiro ano que Rony gosta de você!
 Eu não imaginava! Se eu soubesse tudo seria sido diferente! – Mine disse surpresa.
 Não há tempo para isso agora, o que importa é que se acertaram e estão junto, agora me conte mais!
 O beijo foi tão... - Mione tinha uma cara sonhadora que Gina lembrou imediatamente de Luna, sua amiga da corvinal.
 Doce, mágico, perfeito! – ela ajudou a amiga.
 Isso Gina, estou tão feliz – Mione abraçou a amiga.
 Eu também, onde estão os garotos?
 Lá embaixo, na sala eu acho, por quê?
 De repente me deu uma vontade de ficar perto do Harry, como se pra aproveitar o máximo de tempo que eu puder tê-lo aqui comigo. Em breve vamos nos separar e não sei quando o verei novamente.
 Ai Gina, não pense assim, eu nem consigo me imaginar longe do Ron, você não vai se afastar do Harry, vamos todos juntos na batalha, precisamos estar unidos.
 Eu sei que vou me separar dele Mione e não sei quando nos veremos de novo.
 Gina as vezes você fala de uma jeito, como se soubesse o que vai acontecer, eu fico ate com medo. – a morena olhava-a intrigada, como se a investigasse.
 Não comece Mione, isso é obvio, tenho só 15 aos, meus pais não vão me deixar envolver na guerra! Alem do mais o Harry já terminou comigo, mesmo gostando de mim, ele preferiu terminar. As vezes eu acho ele tão tolo. Ai, não quero mais pensar nisso, vamos descer!

As amigas encontraram Rony e Harry na sala, conversando sobre quadribol. Gina aproximou-se de Harry e sentou-se a seu lado no sofá. Mine ficou de pé e foi preciso Rony chama-la e indicar o lugar a seu lado pra que ela fosse sentar-se. Ficaram conversando sobre a festa e coisas felizes. Hogwarts, Dumbledore e tudo o que se referisse a guerra estava proibido. Quando o sono chegou foram pra seus quartos e só acordaram quando Molly os chamou para tomar café.

Gina acordou com a impressão de ter sonhado com algo relacionado a Harry, Malfoy e Tom, mas não conseguia lembrar o que era. Decidiu esquecer e desceu pra tomar café. A mesa estava posta para muitos, e Gina reparou que seriam mais boas memórias pra si. Viu todos os seus irmãos descendo as escadas, sem exceção, sorriu para eles feliz. Viu seu pai e sua mãe, a esposa de Carlinhos, Mione e Harry e viu que a família estava completa, não faltava ninguém. Fechou os olhos e decidiu que apagaria de sua memória todas as lembranças da guerra, abriu os olhos e concentrou-se apenas em aproveitar e gravar todos os momentos que vivenciaria na mesa. Os gêmeos começaram a falar de suas novas invenções e todos se divertiam. Rony contou muito envergonhado que ele e Mione estavam namorando fazendo com que a família soltasse umas exclamações de “até que enfim”, “demorou”, “pensei que não seria nessa vida”. Fleur parabenizou-os e desejou que eles casassem logo para que pudessem se sentir tão felizes quanto ela e Carlinhos, ao que Rony engasgou com um biscoito e todos riram mais ainda. A conversa foi alegre e Gina se sentia feliz, muito feliz. Quando terminaram o café foram arrumar suas malas, iriam pra sede da ordem da fênix ao meio-dia.

Ao chegarem a Ordem, no largo Grimuald n° 12, Minerva, Tonks, Lupin e alguns outros que ela não conheciam estavam lá, sentados na mesa da cozinha. Minerva pediu para que todos sentassem e começou a falar.

 Todos nós sabemos que a guerra explodiu, não podemos mais evitar, agora é uma questão de lutar e vencer, e sei podemos fazer tudo isso muito bem.

Gina olhou ao redor e viu que todos estavam inseguros quanto ao que ouviam, mas tinham consentido o que demonstrava coragem acima de tudo. Minerva continuou

 Encontrei uns papeis no quarto de Dumbledore que falavam sobre duas outras ordens, de outros países, França e Rússia. Contatei-os e soube que eles são velhos amigos da ordem da fênix. Estão envolvidos na luta contra Voldemort desde que ele surgiu e que Dumbledore tinha conhecimento, trabalhavam juntos, todos da ordem da fênix sabem disso, portanto, estarão conosco na guerra.

Os integrantes da mesa fizeram caras de espanto e soltaram exclamações de surpresas. Gina olhou para Minerva que havia parado de falar e pensou em como a professora estava forte e decidida como ela nunca havia visto. Viu que ela afez uma pausa pra respirar, parecia que se não falasse logo não conseguiria falar mais. Ela puxou mais ar e recomeçou a falar.

 Contaremos também com a ajuda de três conhecidos envolvidos diretos com os comensais da morte e espero sinceramente que vocês não criem resistência contra isso, pois posso garantir que estamos certos em acreditar na inocência deles.
 Inocentes? Como assim? Quem são? – era Harry quem perguntava.
 Severo Snape, Narcisa Malfoy e Draco Malfoy.

A confusão foi total na ordem, ninguém mais entendia o que estavam dizendo, todos falavam coisas como assassinos, traidores, comensais malditos, loucura, confiança demais que havia sido a causa de sua morte. Gina não disse nada, apenas olhava pra todos e viu que apenas ela tinha essa atitude, os demais estavam vermelhos de raiva.

 Não adianta discutir, a decisão esta tomada!

Uma voz diferente foi ouvida e todos se calaram virando para a porta de entrada e deparando-se com um homem que aparentava meia idade, era alto e magro, vestia roupas formais e azuis marinho, tinha intensos olhos azuis e cabelos brancos desalinhados, pelo sotaque, Gina concluiu que ele fosse russo. O homem caminhou ate Minerva e atrás dele vinham varias pessoas, uns 30, com o mesmo tipo de roupa, expressões serias, todos homens.As pessoas apenas o observavam e ninguém parecia mais ter energia pra falar ou perguntar alguma coisa.

 Sou Adolph Simon, líder da ordem da águia, e esses são os membros coordenadores dos vários seguimentos ordem. Somos um total de 300, existimos desde a ordem da fênix, e funcionamos desde então. Estamos aqui para unir as três ordens e lutamos pra vencer essa batalha.
 Boa noite!

Outra voz foi ouvida na porta, dessa vez era um senhor loiro, também de meia idade, mais baixo que o primeiro, magro, olhos verdes, pele pálida e expressão cansada. Atrás dele tinham mais uns 10 homens, trajavam roupas verdes como as dele e sérios como os primeiros.

 Marius! Entre, estávamos aguardando você! – foi Minerva que disse.
 Como vão todos? Sou Marius de Lioncurt, líder da ordem do dragão, estes são os lideres dos seguimentos da ordem, estamos aqui também para nos unir nessa luta contra o mal. – ele dizia enquanto se encaminhava ate minerva e Adolph.
 Obrigada por terem vindo! - Minerva tinha uma expressão de esperança no rosto.
 Dumbledore nos era muito caro e nossa missão é essa, salvar nosso mundo. – Adolph falou.
 Agora, temos aqui algumas pessoas que vão trabalhar conosco na caça da ultima horcruxe. Entrem! – Marius ordenou e ela viu seu antigo professor de poções e o comensal da sonserina.

Novamente a confusão se armou enquanto eles entravam com superioridade e se dirigiam ate Minerva. Snape como sempre com aquela capa esvoaçante e o cabelo firme e de aparência oleosa, parecia agora mais cansado e com as vestes um pouco sujas. Narcisa tinha uma pose de superioridade que ela nunca havia visto antes, e uma elegância também, era loira e alta, esbelta e muito bonita. Atrás dele vinha Draco Malfoy, sempre com aquela cara de desprezo e a aparência impecável.

 Calados! – minerva ordenou – vamos ouvir!
 Aqui estão os participantes diretos da morte de Dumbledore, mas eu quero dizer a vocês que eles são inocentes.

Mais protestos foram ouvidos. Dessa vez as pessoas se exaltaram e começaram a fazer menção de levantar e agredir os dois que acabaram de entrar.

 Nós fizemos todas as investigações e estamos certos que eles não têm culpa. Usamos todos os meios de provar a veracidade do depoimento deles e não há mentira no que eles falam, podem confiar.
 E o que eles disseram? Que verdade é essa? Porque eu estava lá e vi quando Snape matou Dumbledore! – Harry estava vermelho como Gina nunca vira, concluiu que era raiva, Harry devia odiar aquelas pessoas e ela também, mas tudo o que sentia era compaixão, podia sentir que eles estavam falando a verdade.
 Eu pedi a Bela que me levasse a casa do Snape assim que meu filho foi iniciado comensal da morte e recebeu sua missão, que era matar Dumbledore.

Narcisa começou a falar e todos calaram-se. Gina podia ver os olhos emocionados e o esforço que ela fazia pra se segurar, viu que as pessoas ao redor a olhavam com incredulidade, mas sentia mais uma vez que ela estava sendo sincera.

 Bela não queria que eu fosse, ela não confiava em Snape, sempre achou que ele era espião deste lado. Quando chegamos lá eu pedi que ele protegesse Draco, ele é só um menino, não é um assassino, ele não faria uma maldade dessas, um crime desses, eu tentei pedir pro Lucius, mas ele... – Narcisa estava vermelha e com a voz embargada. Respirou fundo e continuou. – ele não quis me ouvir. Então eu pedi pra Severo, ele sempre fora meu amigo, sempre tivera carinho por Draco, eu precisava que ele defendesse meu filho, que me ajudasse. Severo disse que faria qualquer coisa e então eu pedi pra que ele fizesse um pacto de sangue, se Draco morresse, ele morreria também, era minha garantia, sabia que Severo não deixaria que nada acontecesse ao meu bebe. – Ela respirou fundo mais uma vez - Bela sabia disso, ela estava lá, e quando chegou perto da hora, ela me disse que não deixaria os planos do Lorde serem arruinados por uma bobagem minha, disse que faria o possível pra que Draco cumprisse a tarefa dele. Ela disse que me amava e me lançou um feitiço pra me deixar inconsciente.
 Eu já havia contado tudo para Dumbledore, realmente eu era espião da ordem. Assim que Cissi me procurou eu fui ate ele e contei-lhe tudo, inclusive do pacto. Dumbledore disse que Draco não faria isso, que já o estava observando e havia visto um lampejo de luz em seu coração. – Gina pode ver que Draco fizera cara de desgosto diante da “luz em seu coração” - Estávamos certos de que não haveria nada, Dumbledore me garantiu que estava tudo sob controle. Foi então que Bela mandou uma coruja dizendo que Cissi precisava falar comigo urgentemente na orla da floresta proibida. Eu desconfiei, mas Dumbledore me disse para ir, eu concordei e fui ate lá. Nem bem vi o que aconteceu e logo estava inconsciente. Acordei nas masmorras da Mansão Malfoy, e vi Cissi ao meu lado. Procurei minha varinha, mas não encontrei, sabia que Bela tinha armado aquilo tudo para que eu não pudesse interferir, não sabia quais eram seus planos, fiquei desesperado. Cissi acordou em seguida.
 Descobri que minha varinha ainda estava comigo e tirei-nos de lá, precisava achar Draco, temia o que pudesse ter acontecido. Mesmo que não houvesse comensais na Mansão, porque sabíamos que eles estavam reunidos na casa dos Riddle, preferimos ir pelas masmorras e usar chave de portal para aparatar em Hogsmeade, o colar de Snape foi a chave de portal. Enfeitiçamos alguns pedaços de madeira e fomos voando como se estivéssemos em vassouras ate a floresta proibida. Fomos iluminados por uma forte luz verde e Severo caiu no chão de dor, olhamos para o céu e lá estava ela, a marca negra, alguém tinha morrido e eu rezei a Merlim que não fosse Dumbledore a vitima. Ouvimos alguns barulhos perto e então paramos. Foi então que ouvi a voz de Bela dizendo pra alguém fugir, desaparecer para sempre. Ouvi o som de aparato e então corri para ver com quem ela falava e encontrei meu filho. Draco estava em estado de choque.
 Aparatei imediatamente na sede do Dragão, não teriam como nos rastrearem, e desde então estamos com eles. Somos tão perseguidos quanto você Potter. – Disse Snape com desgosto.
 Quando eles chegaram até nós e contaram o que todos aqui ouviram nos duvidamos, então usamos Veritas e tudo o mais que estava ao nosso alcance, inclusive, retiramos as memórias deles. Tudo o que disseram é verdade. Draco foi enganado pela tia que se fez passar por Snape e o levou ate lá, vendo que ele não conseguia fazer o que tinha que ser feito ela pegou dele a varinha e matou Dumbledore. Depois lançou a marca negra e arrastou-o ate a floresta. Essa é a verdade. Espero que aceitem e que não se desviem do foco de nossa causa, que não são problemas pessoais e sim a segurança do mundo mágico!
 Dumbledore morreu e você vem falar em problemas pessoais? Ele foi o maior bruxo que já existiu. Isso é segurança? Aceitar comensais assassinos é seguro? – Harry estava emocionado, sua voz saia rouca. Era dor o que ela mostrava.
 Não permito que fale assim diante de minha mãe Potter! Se você não tem uma pra respeitar, respeite a minha! – Gina assustou-se ao ver Draco falar daquele jeito. Nunca pensara que ele tivesse tanto amor pela mãe. Na verdade, nunca pensara que ele pudesse sentir amor na vida.
 Eu sei o quanto esta sofrendo Harry, todos nos estamos, mas temos que continuar, e isso que temos que fazer. – Minerva disse com tom súplice.

Harry saiu da sala batendo pisando forte, estava com muita raiva. O silencio reinou. As informações de agora não eram possíveis de serem completamente digeridas, por isso Minerva pediu para todos irem descansar e pensar sobre tudo o que tinham ouvido ali. Marcou uma nova reunião para a manha seguinte já com planos e ações definidas para aprovação. Todos começaram a se retirar e dispersar conversando baixinho. Ela viu que Snape e os Malfoys permaneceram na sala com a diretora de Hogwarts e os homens que lideravam as outras ordens.

Gina encontrou Harry pouco depois, com o irmão e a amiga. Durante o resto do dia, ficou com o trio, tentaram conversar sobre outras coisas para não agravar a situação, mas podia ver nos olhos deles o que cada um sentia. Mione estava preocupada e receosa. Harry parecia profundamente abalado e dolorido, embora estivesse tentando aparentar estar bem. Rony parecia o mais tranqüilo, embora às vezes seus pensamentos vagassem perdidos. Não sabia bem o que sentia, apenas sabia que precisava ficar calma e manter-se consciente diante de tanta loucura. Ela pôde ver na casa que as pessoas estavam reunidas, em pequenos grupos como eles, conversando oras animados oras sérios demais. Sentia o clima de tensão no ar. Viu que alguns iam até os outros e se apresentavam, isso deixava o ambiente mais amistoso. Ela gostava desse ar de amizade e solidariedade que começava a se formar. Pelo menos todos estavam juntos, isso era muito bom.

O jantar correu silencioso, nem todos na mesa eram conhecidos e talvez por isso eles tenham ficado tão calados. Enquanto comia Gina pensava sobre o dia seguinte, quando haveria nova reunião. Sentia um aperto no peito ao pensar e isso não era bom, podia jurar que algo ruim estava pra acontecer. Como não sabia o que era, apenas poderia esperar para ver. Terminou de jantar a foi caminhando lentamente para seu quarto. Despiu-se e caminhou ate o banheiro. Ligou a água e deitou-se na banheira, precisava relaxar. um banho lhe faria renovar as energias. Fechou os olhos e começou a lembrar de seus momentos mais felizes na vida, entre eles os dias anteriores na Toca. Ouviu batidas na porta e disse um “espere um instante”. Enrolou-se em um robe e saiu do banheiro. Encontrou Harry em frente à porta do banheiro, ele parecia surpreso e envergonhado pelo modo com que estava vendo-a. Gina corou e puxou o menino para dentro do quarto, seria muito embaraçoso se alguém os visse daquele jeito. Harry virou-se para ela ainda sem graça e pegou-lhe as mãos. Gina olhou-o interrogativa e ele a levou até a cama onde a fez sentar de frente pra ele.

 Eu preciso te dizer uma coisa Gina – ele estava sério.
 Eu não quero conversar agora. – Gina sentia-se triste, tentava evitar pensar em seu relacionamento com Harry e sentia que era sobre isso que ele queria conversar.
 Eu preciso falar. – Harry estava nervoso, ela poderia sentir suas mãos suadas.
 O que é então? – Gina suspirou.
 Eu te amo Gin! – ele disse maneira suave e doce.
 Harry... – Gina emudeceu, não esperava aquilo, podia sentir o sangue subir-lhe as faces.
 Eu te amo como eu nunca amei ninguém na minha vida Gin e tudo o que eu mais quero estar com você pra sempre!
 Harry – Foi o que ela conseguiu dizer, ainda faltava-lhe o ar.
 Não precisa dizer nada Gina, apenas sinta o que sinto por você e guarde isso, não esqueça jamais que eu a amo e que quando essa guerra acabar nos vamos ficar juntos pra sempre, quero que case comigo.
 Eu também te amo! Casarei com você e serei a mulher mais feliz do mundo – as palavras escaparam de sua boca sem que ela pensasse em falar. Sentiu uma felicidade imensa tomar conta dela.

Sem que ela esperasse Harry aproximou-se dela e beijou-lhe. As mãos dele envolveram seu rosto e ela pos as mãos sobre os ombros dele. Harry aproximou-se um pouco mais e Gina sentiu o coração bater mais rápido. O beijo tornou-se mais intenso e eles foram deitando na cama. Estavam ainda de frente pro outro quando ela o abraçou mais forte. Harry sentiu imensa vontade de tê-la mais perto e pôs-se sobre ela. Gina sentiu o peso do corpo de Harry sobre o dela e sua respiração tornou-se mais rápida. Desejou tê-lo mais perto se é que aquilo era possível. Harry a sentiu embaixo de si, percebeu que ela estava tensa, ele também estava, nunca havia feito nada daquilo antes, nunca ousara nem beija-la mais longamente. Gina apertou Harry em seus braços e ele desejou poder unir os dois corpos em um só. Desceu os lábios ate o pescoço dela, ao que Gina estremeceu. Ele beijou o pescoço dela mais forte ao que ela suspirou de leve. Sentiu vontade de tocá-la sob aquele robe e a esse pensamento afastou-se dela ficando de pé no quarto.

 Desculpe Gina! – Ele mantinha a respiração acelerada.

Gina não respondeu, ainda respirava pesadamente. Apenas sentou-se na cama, o rosto corado, encarava os pés, ainda atordoada com as sensações que tivera agora a pouco.

 Preciso ir agora, não sei o que me deu, não consegui me controlar, boa noite! – Harry estava sem jeito. Envergonhado, ele dirigiu-se ate a porta.

Gina viu quando ele se encaminhou ate a porta e sentiu algo dentro de si dizer pra ela que ele tinha que ficar. Não pensou mais.

 Espere!

Gina levantou-se e foi em direção a porta, Harry a olhava. Ela trancou a porta e virou-se pra ele. Sem que ele esperasse, ela juntou os lábios ao dele, e o beijo era necessitado, como se daquilo dependesse sua vida, ta intenso que parecia que ela nunca o havia beijado antes. Harry sentiu o mesmo e correspondeu na mesma intensidade. Gina pos as mãos na nuca dele, segurando seu cabelo, ele apertou-a mais. Perderam a razão, não pensaram em mais nada a não ser estarem juntos. Lentamente foram caminhando ate a cama e caíram sobre ela. Harry estava em cima de Gina e a beijava com desejo. Ela correspondia. Sentiu as mãos dele em seu ombro, erguendo-a para que ele pudesse beijá-lo. Ela afastou as pernas e ele se encaixou entre elas. Ela enfiou as mãos por debaixo da camisa dele e acariciou as costas dele. Harry sentiu o corpo arrepiar ao toque dela. Desceu os lábios e chegou ao pescoço dela, beijou com mais intensidade. Gina puxou a blusa de Harry e ele ergueu-se para tirá-la. Olhou pra Gina e viu que ela o olhava.

 Eu te amo Gin!
 Eu também amo você Harry!

O toque das mãos dela nas costas dele fez com que ele tivesse vontade de tocá-la também. Desceu as mãos ate o cordão do robe dela. Gina enrijeceu. Ouviram barulhos e gritos. Levantaram-se bruscamente. Harry vestiu a camisa e Gina correu ate a mala pegando umas roupas e vestindo-as rapidamente. Gina pegou sua varinha e eles abriram a porta. No corredor varias pessoas que ela não conhecia corriam de um lado para outro fazendo coisas confusas, carregando objetos, malas. Rony veio ate Harry e saiu puxando-o pelo final do corredor, foi quando Gina viu s Sra. Malfoy conversando com Marius, Snape e Adolph. Caminhou em direção a eles, por onde Rony foi com Harry. Sentiu que alguém puxava-lhe pelo braço

 Vamos Weasley, esta na hora.

Snape arrastou-a escada abaixo e ela viu que a Sra. Malfoy os seguia. Ao chegarem na sala ela viu Snape pegar em uma caixa de metal e sentiu que alguém pegava em sua mão. Sentiu a fisgada no umbigo e quando viu caiu num chão de mármore. Levantou e viu que Snape ainda puxando-a caminhava em direção oposta a da Sra. Malfoy. Olhou bem para os lados viu que o lugar que ela estava tinha muitas pessoas, feridas, sangrando e gemendo de dor. Passou por uma grande porta de madeira branca e mais pessoas feridas entravam e outras que as ajudavam, vestidas com roupas azul celeste. Assustou-se, onde estaria? Onde estariam aqueles que ela conhecia? Pensou em sua família, seus amigos, Harry. Snape levou-a por um corredor longo, cheio de doentes que pediam ajuda, ao final entraram por uma longa porta de madeira, desceram uma escada e chegaram a mais uma porta, azul celeste. Viu Snape por a mão onde havia uma forma de mão e a porta se abrir. Entraram por mais um corredor, Gina sentiu frio, ate que pararam em uma porta onde ela leu o seu nome: Virginia Weasley.

 Este é seu quarto Weasley, estamos em um centro de atendimento aos feridos da guerra e isso e tudo o que precisa saber. No final desse corredor tem uma biblioteca e você pode ir lá pra aprender mais obre como tratar os ferimentos, sei que você precisara. Precisamos recuperar todas essas pessoas o mais rápido possível, são vitimas da guerra. Espere que não seja tão preguiçosa quanto em Hogwarts e qualquer coisa pode me perguntar.
 Cadê minha família?
 Weasley, sua família não esta aqui. Tivemos uma emergência e fomos divididos em grupos de acordo com nossas habilidades, fomos distribuídos por todo o mundo em missões confidenciais. Não sei onde seu amado Potter e o resto de sua família está, só sei que eu, você e Cissy estamos aqui para socorrer estas pessoas, isto é tudo.
 Não pode ser, o que houve de emergente? Quero ver minha família, quero lutar na guerra – Gina disse com raiva, não poderia ter sido assim, ela nem sequer despedira-se de seus familiares e amigos, como poderiam fazer isso? Tinha algo errado.
 Não seja infantil Weasley, estávamos para ser atacados por comensais, a ordem fora descoberta, precisamos agir rápido. Agora cale a boca e conforme-se, não seja tola e não tente nenhuma gracinha. Você não ira lutar em guerra alguma, ficara aqui para cuidar das pessoas, temos muito trabalho a fazer.

Snape virou-se, abriu a porta e saiu andando pelo longo corredor. Gina suspirou inconformada. Olhou para o local onde se encontrava. O cômodo era pequeno, de moveis tinha apenas uma cama e uma mesa com cadeira, que ela concluiu que devia ser pra estudar, havia também um pequeno banheiro. Viu suas malas feitas no canto do quarto, admirou-se. Abriu - a e viu uma carta. Enquanto lia, as lagrimas corria por seu rosto, era de seus pais e dizia o mesmo que Snape havia dito a ela agora pouco. Era a letra de seus pais, não tinha como contestar. Era verdade, ficaria longe daqueles que amava não sabia por quanto tempo. Sentia uma tristeza enorme, mas não poderia ser fraca, tinha seu papel a fazer, precisava cuidar das pessoas, faria o que Snape havia dito, embora sentisse contrariedade em concordar com ele. Imagina o que teria que agüentar, mas seria forte. Vestiu a roupa azul celeste que ela concluiu ser das pessoas que tratavam dos doentes e subiu em direção ao atendimento. Pensou em Harry e em tudo o que havia acontecido e poderia ter acontecido! Depois de tudo, eles tinham que se separar sem nem se despedir. Ainda bem que tinha tido ótimos momentos antes de ir parar ali, assim poderia pensar nisso e esquecer a tristeza que sentia agora. As lembranças de sua família, seus amigos e seu amor animaram-na um pouco mais.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.