Um novo começo?



Encostou o corpo contra a parede da escadaria entre o primeiro e o segundo andar, observando a doce ruiva no sofá, lendo um livro de capa grossa e azul, de forma compenetrada.




Remexeu nos cabelos ainda molhados, deixando-os um pouco mais bagunçados não que fosse de propósito,pensando depois se aquela era uma roupa certa de se usar, enquanto subia o zíper do jeans. Era um jantar na casa dos Weasley, e eles eram como sua família; Então, não havia motivos para que fosse vestido em roupas de grife, não?




Desceu completamente as escadas, colocando por fim uma camiseta que trazia em mãos, cobrindo o peito másculo.




Observou-a mais uma vez. Parecia sequer ter reparado que ele estava ali.




As mechas em sua vista pareciam não incomodá-la, e suspirava pesado uma ou duas vezes.




Olhou para o relógio no pulso. Já estavam mais que atrasados, pensou, Mas ela não parecia que estava se importando, estava?




_Gina?




Ela deu um sobressalto sobre o sofá, jogando o livro um pouco distante de si.




_Meu Deus do céu, quer me matar do coração?! –disse num tom de voz alto, irritado. – E é Virginia, ou Weasley para você, Seu... Seu...




_Termine. –não estava irritado. Na verdade, estava se divertindo muito com aquela irritação dela.




_Grande idiota!




_Que bonitinho você irritada, Gina. –enfatizou, vendo-a se levantar e pegar o livro, caminhando até ele. – E que livro é esse?




_É um livro que tive de estudar sobre algumas precauções de magias negras, ensino avançado que eu tive de estudar no terceiro ano da academia, e, não vou mais atender se você me chamar de Gina, seu palerma. - completou numa ponta de raiva na voz.




_Ótimo, Virginia. –suspirou, dizendo numa maneira entediante, de pouco caso com aquilo. Jogou a franja negra para trás, fingindo não notar que o olhar da ruiva o acompanhava. – É melhor irmos, já estamos atrasados, e de preferência, ir aparatando seria mais eficaz.




_Tanto faz. –soou indiferente, ajeitando um vestido leve e amarelo bebê, de verão, o que o fez virar bruscamente em direção a porta para tentar ignorar a vontade de admirar aquelas pernas que para si, eram tão perfeitas.




Praguejou. Iria fazer algo para que livrasse sua mente de certos...




Pensamentos.




_Admita. –murmurou num som arrastado e malicioso, enquanto não notava ela arquear a sobrancelha e dizer numa voz novamente, indiferente:




_Admitir o que, Potter?




_Que você ainda é louca por mim.




A resposta foi uma gargalhada histérica, para depois de um tempo, soar sarcástica.




_Claro, claro. Não sabe como sou louca para meter a mão em você.




_Ah, é mesmo? – ele se virou, deixando-a ver o brilho malicioso no olhar.




Céus, brilhavam intensamente, numa forma que a fazia delirar em circunstancias que, se perdesse a cabeça, ficaria em uma situação muito constrangedora.




Tentou se equilibrar mentalmente, ainda o encarando.




_Sim, Potter. Sou absolutamente louca por meter a mão na sua fuça. –disse, chacoalhando a cabeça num gesto irônico e divertido para si própria, prendendo o cabelo num bico de pato, enquanto alguns poucos fios caiam emoldurando seu rosto alvo.




Ele fez uma careta fingida, mostrando como se tivesse ficado magoado com a expressão, acompanhado de um bico inocente.




_Acho que não é na minha fuça que você quer colocar a mão, Gininha.




Ela ignorou o comentário, passando pela porta em que ele deixara aberto.




_Vamos, feche a casa e vamos aparatar logo de uma vez. A essa altura, o esfomeado do meu irmão e o resto de todas as visitas já deva ter comido o peru.




Ele escondeu um sorriso, trancando a porta com a chave e após, um feitiço próprio.




Ele a observou caminhar graciosamente até mais ou menos a calçada, a encarando com desejo.




Soltou um assovio alto, fazendo-a ficar vermelha, mas não se importou em esconder por estar de costas a ele.




_Nunca pensei que a baixinha que eu conheci ia ganhar um corpo desses. –disse chegando perto dela, e se surpreendeu que, ao vê-la virar, ela estava apenas sorrindo. Nem encabulada nem nada, mesmo podendo jurar que tinha certeza de que ela estava vermelha anteriormente.




“Devo ter imaginado coisas...”




_Bem, estou aparatando. E, antes que repita, eu já sabia que você é louco em me tocar. –sorriu. –Até daqui a pouco.




E antes que ele pudesse dizer alguma coisa, ela havia aparatado.




Balançou negativamente a cabeça, murmurando antes de aparatar:




_Ai, ai, ai...




***




Ela sorriu abertamente ao ouvir o monte de barulho dentro do ligar que fora seu lar há anos. A Toca.




A pequena casinha construída, ate mesmo meio torta, mas tão amada,
especialmente por seus habitantes, com o qual viveu. Sua tão amada família de cabeças vermelhas.




Arrumou a barra de seu vestido amarelo bebê, soltando um de seus melhores sorrisos. Aquele sorriso sincero.




Eram tantas lembranças, tantos sentimentos ali, que comoviam. Uma vida maravilhosa, uma ótima fase da sua vida.




Creque.




Olhou para o lado, revirando os olhos. Harry havia chegado.




_Já tocou a campainha?




_Não.




_Você ficou todo esse tempo parada aqui olhando para uma porta?




_Fiquei. -respondeu com uma ponta de ignorância




_Pra que?




_Não sei. –deu os ombros. – Hoje eu vou rever toda a minha família. Isso é... Estranho. Comovente, acho que seria a melhor palavra. –completou.




Ele sorriu compreensível, deixando-a meio estupefata. Nada de tratamentos maldosos ou malicias em dois minutos? Aquilo era recorde.




_Isso é normal, oito anos sem ver a família... Você fica apreensivo.




Ela sentiu algo apertar seu coração com força e espreme-lo até que sentisse uma forte pena dele. Havia tristeza em seus olhos ao dizer tal coisa.




_Harry... – ele ergueu os olhos, meio tonto por vê-la chamá-lo pelo primeiro nome. - Nós... Quero dizer... Eles são sua família, certo? Mamãe e papai sempre consideraram você como um oitavo filho deles, mesmo não tendo cabelos vermelhos. –ela soltou um sorriso doce, deixando os olhos amêndoas num brilho doce, que o fez sorrir. – Vamos lá, vamos os dois entrar e comer aquele peru logo de uma vez.




Não entendia. Estava sendo doce com ele. Era como se sua cabeça girasse em completa confusão.




Ai, ai, ai!




Sua vontade fora de ir até um gnomo no jardim e chuta-lo longe, para conter essa raiva de si mesma, e isso aumentara quando ele sorrira em forma de gratidão para ela. Num belo sorriso. Cativante.




_Certo, então vamos entrar.




Ele pigarreou, batendo na porta três vezes.




_Senhora Weasley, somos nós. Harry e a – chamaria de Gina ou Virginia? – Sua filha.




Demorou alguns minutos para que a Sra. Weasley abrisse a porta e soltasse um pequeno gritinho agudo e o semblante se contorcer como o de uma pessoa que logo choraria.




_Oh meu Deus! Gina, minha filha!




Gina pensou em dizer um “olá mamãe”, mas foi algo meio impossível, pelo menos, não antes que a mãe a afogasse em seu peito e começasse a soluçar.




_Meu bebê voltou. Ela voltou!




_Mãe. –disse em meio a um sufoco. – Você está me esmagando.




A mãe a afastou, começando a passar a mão pelo seu rosto e cabelos. Pode notar que Harry observava as duas com um sorriso, mas ela sentia que ainda o conhecia, por começar a pensar que era um sorriso falso e por dentro, ele estava chateado com algo.




Sabia que ele ainda estava triste.




_Mas vamos, vamos! –exclamou a Sra. Weasley com um sorriso que ia de orelha a orelha. – A comida está esfriando, e vocês devem estar com fome, vamos!




A casa parecia menor do que ela lembrava; Talvez, seria pelo tanto de gente que havia dentro daquela casa, concluiu ao ver diversos aurores que trabalhavam no ministério da magia que vira de manhã, e alguns pareciam ser...




_Curandeiros? – murmurou olhando diversos homens e mulheres vestidos de branco, muitos até com plaquetas de identificação.




_Mione se formou como curandeira, Gina querida. –disse a Sra. Weasley, com um sorriso orgulhoso.




A ruiva retribuiu o sorriso, começando a passar o olhar para todos os rostos, a ver se encontrava algum conhecido. Notara uma ausência.




_Mãe, onde estão Fred e Jorge?




A mãe pigarreou, dizendo numa meia ponta de irritação:




_Eles estão na loja de logros, vão chegar meio tarde. Junto com o seu pai e o Gui. Carlinhos está conversando com uma mocinha que sinceramente, eu nunca vi. Deve ser alguma amiga da Mione que ele conheceu.




_Certo, vou procurá-lo e dar um oi para ele antes de ver os noivos. –anunciou com um sorriso animado.




Virou-se para ver Harry, mas notou que ele parecia muito animado já junto com uma roda de homens com uma garrafa de cerveja não mão.




_Idiota. –murmurou, revirando os olhos.




Começou a se espremer no meio de varias pessoas, até chegar a conclusão de que seria inútil começar a se espremer no meio de tanta gente que para ela era completamente desconhecida (o que era inacreditável, era sua própria casa!). Começou a se espremer até o jardim.




O lugar parecia bem... movimentado também, mas pelo menos, era possível respirar ali. Olhou ao redor. Viu Neville bebendo algo que lembrava ponche, muito distraído para encará-la e, finalmente, seu irmão num banco, rindo e falando agitadamente com uma morena que lhe lembrava estranhamente alguém.




Caminhou mais perto, até ver a morena sorrir-lhe e acenar com uma das mãos.




Seu queixo caiu. Como ela conhecia seu irmão?




_Cecília?




A morena abriu ainda mais o sorriso, anunciando divertida:




_É a festa de noivado do seu próprio irmão e você chega atrasada. Que coisa feia. –riu ao ver a cara incrédula da amiga. – É incrível como esse mundo pode ser pequeno Gina. Nunca pensei que o Carlinhos era seu irmão, mesmo sem me tocar do “Weasley” no sobrenome.




A morena dizia numa forma tão rápida que já começava a transparecer o sotaque francês na sua voz. Parou depois de falar inúmeras coisas sem sentido para Gina, soltando um longo suspiro e olhando ela com um sorriso.




_Acalmou? –A morena sorriu ao olhar interrogativo da amiga.




_Sim, obrigada. Mas vejo que ainda está com duvidas, certo?




_Certo.




_Bem, vamos ver. Há uns dois anos atrás eu havia ido à Romênia e lá eu acabei conhecendo o Carlinhos. –ela notou que a morena soltara aquele sorriso; O mesmo quando estava interessada em algum homem ou quando ficava com algum.




Mas não restou duvida que rolara algo entre os dois quando dirigiu o olhar o irmão e o mesmo estava com um sorriso idêntico ao dela.- Sabe, eu agora estou me chamando de burra por não ter notado que os dois tinham o mesmo sobrenome. Erros humanos. –sorriu. –Pelo menos prova que sou normal. –riu por fim, encostando a cabeça no ombro do ruivo, que sorria.




A primeira coisa que veio a mente da ruiva naquele momento fora desatualizada. Meu Deus, ele era seu irmão simplesmente ela nem sequer notara que...




_Estúpida. –murmurou.




_O que disse Gi? –indagou Carlinhos com um sorriso.




_Eu? Não disse nada.-mentiu, ainda se xingando mentalmente.




_Sei. – murmurou Cecília, lançando um olhar de esguelha a amiga, que deu os ombros e soltou um sorriso a ela.




_Mas - começou Gina. – Há quanto tempo vocês estão juntos?




_Juntos? –ela arregalou os olhos aos dois, que a encaravam de forma incrédula e disseram em total uníssono.




_Eu... Pensei que...- Alou?! Estava enganada ou só estava dando mancada com os dois?




_Imagino o que você deva ter pensado, mocinha. –disse um Carlinhos incrédulo. – Ela foi minha melhor amiga na época. – Gina teve de piscar duas vezes para ver se o que estava enxergando era real - Nunca estivemos juntos.




_E seu irmão é bem mais velho do que eu. –explicou a morena soltando um enorme sorriso, voltando numa voz brincalhona. –O que é um triste desperdício.- deu os ombros, fingindo desapontamento, junto com um suspiro.




Os três soltaram uma gostosa gargalhada.




_Nem tanto Lia... Jorge ainda é solteiro. Todos da família têm cabeça vermelha, se isso é seu fetiche. –sorriu maldosa, fazendo a amiga, arquear uma sobrancelha e revirar os olhos.




_O único em que eu me interessei já está para casar. E, observe a ironia do destino - ela ergueu o indicador, apontando o céu. – O cara ali de cima ainda me fez vir à festa de noivado dele... Incrível, não?




Os três começaram a rir até que Gina parou e encarou melhor a face da amiga. Foi então que notou. Havia um pequeno corte pouco acima de sua sobrancelha, que parecia ter sido feito recentemente; além disso, havia uma mancha vermelho sangue estancado na leve blusinha rosa claro.




_Lia, o que aconteceu?




A morena parou de rir, contorcendo o rosto numa careta desentendida; Só depois se tocou de onde os olhos da ruiva partiam e aonde encontravam.




Puxou a blusinha um pouco para baixo e lançou um pequeno olhar para Carlinhos, insinuando que não contaria nada enquanto ele estivesse presente.




_Nada. –disse num tom casual. Era o que Gina muitas vezes mais admirava na amiga. Sua forma de não mostrar o que pensava ou até mesmo suas aflições. E claro, aquele rostinho de anjo escondia muitas vezes a personalidade forte e diabólica que ela tinha.




Cecília soltou um sorriso, cheirando o ar.




_Acho que a comida foi servida, finalmente. O noivo estava quase para armar o circo se você não chegasse logo.




Balançou a cabeça, deixando balançar os cachos perfeitos e começou a se encaminhar para dentro do local. Gina suspirou, deixando um pequeno sorriso preso aos lábios.




Encarou o irmão, passando o braço em torno dos seus ombros.




_Vamos comer.




***







Parecia que nem todos estavam dispostos a comer. Uns pegavam o que queria na mesa, se serviam à vontade; enquanto outros pegavam na verdade era mais cerveja amanteigada, cerveja normal ou wisky de fogo.




Já havia feito uma recepção calorosa aos noivos, abraçando e desejando toda a felicidade do mundo, então agora estava sentada no sofá com um copo de wisky de fogo na mão, dando alguns goles às vezes.




Gina não era uma pessoa de beber até cair de costas e gritar feito louca. Na verdade, ela nem era de beber; bebia apenas um ou dois goles em reuniões sociais para fazer bonito. Mas só.




Olhou em volta. Na verdade, não era chegada em musica alta e varias pessoas dançando e se divertindo, como naquele momento. Lembrava tempos de escola. Isso é, se ela algum dia fora convidada para alguma festinha intima escolar.




Claro que não havia sido. Virginia Weasley nos tempos de escola podia ser até mesmo chamado de trasgo na versão nerd que todos iriam concordar.




Todos... Menos ele.




Por que ninguém a conhecia tão bem quanto ele nos tempos escolares. Ele sabia que ela não era o trasgo nerd. E sim alguém de personalidade forte e sensível ao mesmo tempo.




Soltou um suspiro, passando a mão pelos cabelos lisos e sedosos. As coisas da vida haviam mudado, assim como ela.




_Então você é a caçula da família?




Ergueu os olhos. Era um homem desconhecido aos seus olhos, mas incrivelmente atraente. Cabelos louros e olhos azuis, numa combinação de camisa meio aberta e calça jeans.




Ergueu-se, apertando sua mão.




_Sim, sou eu. Virginia Weasley, prazer.




_O prazer é todo meu, Srta. Weasley. Ouvi falar muito de você. Sou Nicholas Anderson.




_Prazer, Sr. Anderson, mas, como ouviu falar tanto assim de mim?




_Sou um colega do ministério da magia, no mesmo setor do seu irmão. Ele me falou muito sobre você... Mas não me disse que era tão bela. E, me chame de Nick.




Ela soltou um sorriso cativante, sem notarem em que havia certo moreno que dera um gole na cerveja, encarando o homem com fuzilamento.




_Talvez por que eu não fosse tão bela. –sorriu, dando os ombros. Cecília vivia dizendo que sua forma doce ao tratar uma pessoa que acabara de conhecer era incrivelmente cativante, que até mesmo o homem mais duro do mundo sorria e não conseguia ficar sem reparar nela mais do que talvez ela quisesse.




_Então estou cego. –ele estava encantado com todo aquele charme que a ruiva possuía. Rony havia lhe dito sobre ela, mas dissera que era desleixada e pouco estranha das outras que ele conhecia. Mas não parecia isso. –Ouvi dizer que vai começar a trabalhar em Londres. Sabe como é o Ministério, é um poço de fofocas que muitas vezes, nem verdades são.




Gina sorriu, enquanto um moreno se controlava para disfarçar aquele acesso que se recusava a denominar ciúmes.




Não estava com ciúmes dela, ela podia sair com quem quiser.




Observou-a soltar uma gostosa gargalhada, enquanto ele segurava seu drink e colocava a mão no ombro descoberto e delicado dela. Grunhiu, segurando sua raiva. Deu mais um gole de cerveja, desviando o olhar dos dois, para não dar suspeita de que estaria com ciúmes dela. Além de que adolescentes sentiam ciúmes, e com toda a certeza, ele já havia passado dessa fase.




Algo então iluminou sua mente, fazendo-o se dirigir até a mesa e pegar um copo de vidro e nela, bater três vezes com um pequeno garfinho torto de sobremesa.




Em poucos segundos, a sala toda ficara em silencio e olhavam para ele.




Deus, o que fizera?




_Er... –sorriu, passando a mão pelos cabelos negros num gesto nervoso e desconcertado. Pelo menos, havia atraído a atenção da ruiva para si. Mas que diabos falaria agora?




“Pense em algo, sua anta!”, sua mente borbulhava, mas nada saia da sua boca.




Fazia mais ou menos quarenta segundos que pareceram uma eternidade em silencio para ele. A ruiva o encarava num gesto entediado, enquanto os outros aguardavam ansiosos para o que “o grande Harry Potter” falasse.




_Bom - deu uma pausa, pigarreando. – Todos nós sabemos por que estamos presentes aqui hoje. - a ruiva revirou os olhos, dando um pequeno gole no drink de cor avermelhada que segurava – Mas queria que por um momento, todos não levassem pelo fato lógico do assunto. Estamos aqui não somente por que fomos convidados, mas... - pensou um momento. – Por que somos importantes para esse casal que futuramente irá se unir em seus laços de matrimonio. – “E se for pensar assim mesmo, quanta gente é importante, não?” , pensou, irônico. – Por que eles sabiam que todos nós queremos que toda a felicidade do mundo seja posta à mesa para eles, quem tem tudo para ficarem juntos. Eu posso dizer, sou o melhor amigo dos dois. – a ruiva olhou para um lado oposto, dando mais um gole. – Eles, eu acho que são o melhor significado para dizer o que é amor. Por mais que houvesse brigas, nunca se traíram. – ao dizer isso, lançou um olhar a Gina, que o encarou com indiferença e entregou a taça a um garçom contratado por todos que ajudaram a colaborar com a festa. - Por mais que houvesse discussões entre eles, sempre foram leais um ao outro, isso é prova de que merecem ficar juntos. Não por que se amam, mas por que tem uma relação mais do que isso. Por que um relacionamento não é somente amor e... sexo. –alguns curandeiros riram. – E sim respeito e uma amizade duradoura. Por que sexo e amor passam, mas a amizade sempre fica em nosso peito, até o resto de nossas vidas. É isso. Desejo todo o amor e amizade do mundo para esse casal. Rony e Mione.




Todos começaram a bater palmas, até mesmo Rony e uma Hermione emocionada. Todos, menos uma ruiva, que apenas encarava o moreno, de braços cruzados. Quando ia soltar um sorriso para ela (Depois de se convencer que seria algo normal), uma morena de cabelos cacheados nas pontas cutucou-a e ambas foram para fora.




Pensou por um momento, até decidir ir atrás. Iria falar com ela, ou pelo menos, tentar conversar.




Não queria voltar com ela. Mas queria esclarecer que pelo menos amigos poderiam ser.




“Vida confusa.” , pensou. “A pouco eu a odiava e agora quero ela como uma amiga, vamos Potter, aprenda a pensar com a razão”




Contorceu-se entre algumas pessoas paradas na entrada que dava para o jardim, até finalmente sair.




Caminhou um pouco, até começar a ouvir uma voz. Feminina. Doce. Delicada... Ele soube dizer de quem era; Gina.




_Agora me conte, o que aconteceu com você?




Ele ouviu outra mulher suspirar, onde deduziu ser a morena que havia levado-a para fora.




_Eu fui ao barraco onde você foi pega pelos comensais para ver se achava alguma pista deles.




_Você foi sem minha permissão, Cecília. Podemos ser melhores amigas, mas ainda sou sua superior. Você terminou o treinamento recentemente, e seu irmão me deixou a observar seus primeiro passos até -.




_Meu irmão é um idiota. E eu estou suspeitando dele, Gina. –a morena abaixara o tom ainda mais. – Mas eu sei que não deveria ter ido sem sua permissão, mas, eu me sinto culpada pelo o que aconteceu com você. Eu... Eu não me toquei que você iria correr um perigo maior do que eu imaginava. Era... Era para mim te estado no seu lugar, e -.




_Lia. - cortou Gina, num tom de voz doce e calmo que fez Harry fechar os olhos e guardar aquele som doce que a muito não escutava mais. – Quero que você entenda que não estava preparada para entrar no completo ninho dos comensais. Eles não são somente bruxos em capas negras com
tatuagens nos braços. São em principal, homens guiados com desejo de morte e ódio é a palavra que os conduzem pela vida de trevas. Você só tinha dois meses como auror. Era perigoso.




_De qualquer forma, você sofreu o que era para eu sofrer. Isso me faz sentir culpada por completo.




_Não fique. Foi minha decisão e todos concordaram com isso por eu ter oito anos de experiência. Certo? –ele a sentiu soltar um suspiro pesaroso, e como se mil agulhas perfurassem seu corpo, estremeceu. – Não importa o que... - sua voz ficou embargada, o fazendo sentir um aperto gigante na garganta. -... Aconteceu.




_Gina. Não é o corpo que dói, não é? – a voz da amiga parecia estar cuidadosa, como se medindo palavras. – é o orgulho.




_É a humilhação. – Harry arqueou uma sobrancelha, apurando os ouvidos. Todos erravam na vida, pra que esse embargo de voz todo então? – Eu poderia esquecer se não existissem marcas em mim. Mas nem isso eles fizeram. Eles sabiam que se, eu sobrevivesse, seria para eu toda noite chorar de desgosto. E isso me irrita e me corrói. Além de vencerem, me sinto exatamente como eles querem. Não me sinto mais... Mulher.




Ele ouviu um soluço, seguido depois de total silêncio.




_Ouça. – A morena começou, soltando um suspiro. – Amanhã você vai com o Potter até a sala 23 B do departamento de interrogatório. Tenho uma surpresa para você. Isso pode te animar um pouco.




_O que você fez?




_Eu disse a você que havia voltado ao barraco daquele dia. –ela ouviu algo caindo no chão. Como uma varinha. – Droga, eu não tenho pratica em rodar varinhas... Mas voltando ao que estava dizendo, eu disse que havia voltado lá para ver se encontrava algo que pudesse me dar alguma pista da onde os comensais poderiam estar agora. E foi o que eu achei, mas... Até melhor.




_E o que é? – ele notou que o tom de voz da ruiva mudara para um curioso, até entusiasmado.




_Um comensal.




***




Já passava das duas e meia da manhã quando Gina e Harry saíram da casa dos Weasley e decidiram voltar para casa. Mas nenhum dos dois pareciam cansados. Ela estava animada e afoita com algo e ele, confuso com o que ouvira horas atrás.




Comensal. Marcas. Medos. Humilhações. Departamento de interrogatório, 23 B.




Ficaram em silencio até aparatar em frente a casa de Harry, ambos guardando seus pensamentos.




_Foi bom a festa para você? –indagou Harry depois de um tempo de silencio, procurando a chave nos bolsos.




_Ótima. - respondeu, arrumando a alça do vestido que usava. – E para você?




_Igualmente a você.




Ele abriu a porta, dando espaço para ela entrar.




_Antes que eu me esqueça, temos um interrogatório amanha à tarde. Não marque nada. -ela passou pela porta, largando um presilha de cabelo no aparador, aonde começou a se olhar no espelho.




_Eu sei.
A ruiva parou de chofre, encarando o moreno a sua frente, com a boca entreaberta.




_Como você sabe?




Só então ele se tocou da burrada que armara para si. Uma perfeita armadilha para que ela descobrisse que ele ouviu toda a conversa. Coçou a nuca, tentando dizer no gesto mais displicente que conseguiu:




_Duarte me contou.




_Duarte não sabe disso. –seu tom saiu duro, junto com seu corpo que ficara enrijecido. Se ele ouvira algo... Teria ouvido tudo; Tudo que não queria que ele soubesse.




_Ele... Eu...- BURRO!




_Você ouviu alguma coisa do que eu conversei com Cecília, Potter?




_Cecília? Não! Claro que não! –disse, erguendo uma das mãos. – Acho que você precisa descansar Virginia, amanhã vai ser um dia cansativo e –.




_Alguém já lhe disse que você é terrivelmente horrível em mentir? –indagou, soando incrivelmente irritada e ríspida. – O que você ouviu?




O que diria? Meu Deus, o que diria?




_Tudo. –disse por fim. Oh Deus, estava morto.




Ela o encarou por um momento, até que passou a mão pela cascata ruiva, soltando um suspiro cansado.




_Você não deveria ter ouvido nada daquilo.




_Por que não?




“Por que você não tem que saber da minha vida, Droga!”




_Por que não.




_Mas deve ter um motivo.




“Tem um motivo! Já estou humilhada o suficiente e não preciso contar para o homem que eu odeio para me humilhar de vez!”




_Tem, e ele eu não preciso dizer para você. –revidou, cruzando os braços e o encarando.




Ela queria meter um grande tapão na cara dele por encará-la de uma forma preocupada, a mesma de quando havia saído do banho da ultima vez.




_Que marcas eram aquelas que você comentou?




Foi então que notou que ele havia tocado em uma ferida não cicatrizada.




Sua mão instantaneamente correu delicadamente para a coxa, sem que ele notasse; além de que notou que seus olhos começaram a marejar levemente, dando sinal de que cairia no choro.




_Não te interessa. –murmurou num tom de voz firme, suspirando meio que tremendo.




_Que marcas eram? –insistiu, como se não tivesse ouvido a ruiva.




_Cala a boca! –revidou, sem pensar. Não queria procurar bons argumentos contra ele, queria apenas que ele a deixasse em paz com aquela pergunta.




_Gina, eu-.




_Já disse para calar a boca! –sua voz saiu mais alta do que planejava, o que deixou fazer uma lágrima teimosa cair da face.




_Eu me preocupo com você, droga! – ela arregalou os olhos, encarando-o. – Você pode não ser mais, mais... Mais porra nenhuma minha, mas eu me preocupo com você! É a terceira vez que eu te vejo segurando lágrimas, a terceira vez que eu te vejo sofrer em silêncio, e eu não sei por que e estou com raiva até de mim, mas isso não tá só te machucando. Tá machucando a mim!




Fechou os olhos. O quão era bom àquelas palavras, soarem e soarem nos seus ouvidos. Era como canção, como uma musica de sintonia perfeita, que acalentava aos poucos. Ficou em silêncio, esperando que talvez ele dissesse mais alguma coisa.




_Eu não quero que a gente fique dessa forma. Discutindo, brigando, se atacando como gato e rato. Não confio mais em você, isso você sabe desde aquele dia. – Ela ainda continuava de olhos fechados. – Mas também não é para ter um ódio que dure o resto da minha vida. Oito anos já foram suficientes para nos odiarmos. Eu quero voltar a ter aquela amizade antiga que eu tinha com você antes de ficarmos juntos e antes de toda aquela briga.




_Aquela amizade já vai ser impossível. –sua voz soara a um fio. Ainda de olhos fechados, ela ainda podia ouvir todas as palavras que ele dissera numa cantiga para si. – Não temos mais a mesma confiança que tínhamos.




_Então teremos ela aos poucos. –murmurou, decidido.




O silêncio bateu. Por algum motivo, ela não queria abrir os olhos e encará-lo. Estava com a cabeça girando, onde todos os sentimentos batiam em si, de forma que a deixavam confusa. Então sentiu algo bater suavemente contra seu rosto, e, ao sentir o calor que junto o emanava, o corpo estremeceu e ela começou a chorar, por fim.




Ele enlaçou os braços em torno da cintura dela, apoiando o queixo no topo ruivo de sua cabeça, apenas em silencio, subindo e descendo a mão pelas suas costas, numa forma de acalentá-la.




Sentiu suas lágrimas molharem o peito, mas não se importou. A única coisa que importava era acalentar aquela ruiva como algo precioso demais para se perder. Havia novamente a amizade que tinha com ela, antes de tudo.




Apertou-a contra si, agora sentindo que um dos braços estava enlaçado em sua cintura, enquanto a outra ficava contra o peito dele.




_Eu quero ter a minha amizade com você. –murmurou, perto do ouvido dela. – Já cansei dessas brigas, que não levam a lugar algum. Quero minha amiga de volta.




Ouviu a resposta do silencio, mas era como se ele entendesse-o. Suspirou, levando uma mão ao rosto da ruiva, onde nele começou a brincar com as madeixas.




_Eu sou sua amiga. –murmurou depois de um longo silencio, onde ambos ainda estavam abraçados. Ela havia parado de chorar. – Mas eu tenho medo de confiar em você demais ao ponto em que eu me arrependa.




Ele a apertou mais contra si, numa forma de proteção.




_Não vai se arrepender.




_Estou com medo. –sussurrou.




_De se arrepender?




_Não. –ela acariciou com a ponta dos dedos o peito dele, levemente, de uma forma carinhosa, como uma criança que começara a notar que estava protegida. – De que eles venham me perseguir.




_Os comensais?




_É.




Algo parecia estar querendo fazer sentido. Comensais. Marcas.




_Eles que lhe causaram essas marcas que você comentou com a sua amiga?
Ela sentiu a garganta ficar seca.




_É.




_Mas... – Estava confuso. – Você já mostrou ser mais forte que eles. Matou os dois melhores do Voldemort.




_Não é de matar-me que eu tenho medo. Disso eu sei que acabo com eles antes que venham mais para cima, mas... –ela engasgou. – O toque deles ainda é fresco na memória. –sussurrou depois de um tempo.




_Gina - ele não estava entendendo. Ela parecia a ponto de contar, mas algo a prendia e a fazia murmurar coisas sem sentido para ele. –Eu não entendo.




_Era para ter o corte vivo aqui ainda - ela pegou a mão dele delicadamente com a sua, aonde fez um rastro de fogo vivo nele ao sentir aquele toque doce. Ela pegou a mão dele e passou em cima da cicatriz coberta pelo vestido, na região da coxa. – Mas... Eu pedi para a curandeira dar-me uma poção de cicatrização rápida, por que sabia que isso não ia mais sair de jeito nenhum.




Ele parecia ter uma leve noção, ela entendeu isso ao senti-lo prender um dos punhos com força.




_O que eles fizeram?




_Eu... - ela prendeu a cabeça mais ainda contra seu corpo, num gesto assustado, mas não falou depois disso.




_O que eles fizeram? – Ele parecia ter certeza, mas precisava ouvir a partir da boca dela.




Fechou os olhos, tentando apagar a imagem de horror que surgiu em sua mente.




_Eles me estupraram.




***




A pura fúria começou a correr pelas suas veias, pedindo espaço ao sangue ao ver a figura daquele homem abraçar ela dentro da casa.




Ela, tão perfeita, inteligente havia se enfraquecido nos braços daquele moreno, que agora a acalentava.




Não! Não deixaria que ele interferisse em seus planos e nos do mestre. Iria fazer como conforme estava sendo planejado. Ele usaria a doce e inteligente ruiva cumprir o propósito que o Lorde das Trevas planejara.




Suspirou. Ah...! Sua doce e perfeita Virginia Weasley.




Aquela pele delicada juntamente com os traços de seu corpo, que mesmo formando uma escultura angelical em si, sua personalidade forte provara mostrar uma mulher determinada e completamente sexy, que deixara ele louco de prazer a tocá-la... Novamente.




Pegou algo em que lembrava uma faca, com o cabo de marfim e alguns brilhantes, aonde pensou a mão oposta contra a lâmina, que ficara manchada de vermelho vivo. Suspirou de prazer. Em breve, talvez fizesse a ruiva sentir o mesmo, sorriu maldoso ao ver o sangue vivo escorrer dentre a mão.




“Solta as mãos de mim, seu psicopata doente!” , Aqueles gritos desesperados de uma mulher que não tinha como fugir, presa e sem defesas.
Segurou-se para não conter uma gargalhada. Aquele dia estaria por vir, novamente.




Observou o homem dos cabelos desgrenhados a aninhá-la perfeitamente.




Este veria seu corpo mutilado na porta de casa, quando saísse para trabalhar talvez... Ou quem sabe, acordaria dando de cara com o defunto dela? Riu ao ver a cara de espanto que Potter faria que, quando acordasse a visse.




Ele seria um poço de problemas, concluiu. Ele em seu caminho poderia deixar as coisas mais... Perigosas.




Parou de chofre ao se pegar pensando nisso. Não, ele era o assassino do bando, e tinha total orgulho nisso, especialmente por ter um talento nato para isso; tirar vidas. Então exatamente seria para ele perigoso, porém muito divertido.




Colocou a mão delicadamente ao braço quando sentiu a marca negra queimar em seu braço, de forma como mil facas perfurando o mesmo lugar, ao mesmo tempo.




Ergueu-se no tronco da arvore onde se escondia até agora, girou a capa em torno de si e aparatara de volta a seu mestre.




O dia da vingança chegaria logo.




***




Arrumou os óculos em torno da face, olhando-se no espelho. Talvez um dia fizesse o que Hermione dissera e compraria lentes de contato. Aquilo já estava começando a irritá-lo quando torto no rosto.




Soltou um bocejo, bagunçando os cabelos já bagunçados com a mão. Olhou para a própria imagem no espelho e deu os ombros ao notar que teria de fazer a barba hoje, pois já começava a dar sintomas.




Arrumou a capa negra sobre os ombros e observou a escada, aonde em poucos minutos, uma ruiva desceria.




Aquela situação do dia anterior o deixara completamente feliz por se falarem – não tão bem quanto antes, mas era um ótimo inicio. – porém, aquele fato dito com tanta amargura e medo perante os lábios que sempre eram tão confiantes em palavras daquela ruiva o deixaram com um profundo ódio do que acontecera.




Abaixou a cabeça, balançando-a negativamente, enquanto fechava os olhos e controlava a raiva que pulsava em suas veias. Eram homens inúteis, nojentos.




_Filhos da...




_Desculpa o atraso.




Ela estava parada ao pé da escada. Os cabelos presos em uma piranha, aonde uma mecha caia propositalmente ao lado de sua face, a longa capa marrom alinhava graciosamente as curvas bem expostas por uma calça jeans preta e uma blusa vermelha vivo, justa. Soltou um leve sorriso, observando o moreno, enquanto arrumava o coldre na cintura, e colocava nele, novamente aquele revolver prateado.




_Não estamos atrasados. –disse calmamente, observando o relógio no pulso.




_Não? –ela arqueou a sobrancelha. –Então meu relógio deve estar adiantado.
Por alguma razão, ele não conseguia observá-la muito tempo. Toda aquilo que ela havia confessado, voltava em sua mente quando a via. Isso o comprimia.




_Harry. – ele a viu se aproximar e dar-lhe um abraço, seguido de um beijo na bochecha, aonde se sentiu idiota ao sentir a própria queimar ao toque dos lábios da ruiva. – Eu queria te agradecer por ontem. Talvez fosse melhor eu ter te contado aquilo, me fez voltar a ter auto-estima de mim mesma. Fez-me voltar a ser mais eu, entende?




Ele deu um leve balançar na cabeça, fazendo-a a sorrir. Segurou sua mão, levando-o para fora.




_Estou a fim de olhar a paisagem. E quero detalhes desde que sai de Londres. Vamos de carro.




***




A viagem fora mais divertida do que os dois imaginavam que seria. A maior parte do caminho ria dos acontecimentos passados e muitas vezes, cruzavam olhares alegres, aonde fez o bom humor ficar disparado entre eles.




Nem ao menos parecia que havia oito anos em que eram brigados e que só se falavam direito mesmo fazia apenas um dia. Fazia que há anos eram amigos que riam e se divertiam juntos.




_Foi uma coisa de se sentir envergonhado para o resto da vida. –Harry disse, com um sorriso fraco no rosto e o semblante encabulado, enquanto Gina gargalhava às alturas.




_Imagino que tenha sido. Eu iria rir muito se visse a Luna saindo do banho e te abraçando. –ela se controlou para continuar a falar. – Não imaginava que ela era caidinha por você.




_E ela era... Mas não é um bom método sair do banho completamente nua e me abraçar dizendo que me amava. –suspirou, dando pequenas balançadas com a cabeça, num gesto inconformado e traumatizado. –Aquela cara desmiolada me deu medo.




Gina sorriu, mudando radicalmente o semblante para um maldoso.




_Vamos, confesse que você a olhou de cima em baixo.




Ele ficou em silencio por um tempo, até soltar um sorriso maroto nos lábios, de uma forma que o deixou incrivelmente irresistível a uma mulher.




_Mas é claro. Eu posso te-la descartado, mas sou um mero observador, oras. Ela mostrou, eu vi. –parou um momento de falar, jogando uma parte da franja negra que o incomodava para trás. –Além de que ela não tem um corpo de se jogar fora.




Ela riu, dando um leve soco no ombro dele.




_Não conhecia esse seu lado, Potter. –fingiu um tom de advertência na voz.




_Bom, agora se conforme. Acabou de conhecer. –dizendo isso, abriu mais um sorriso maroto, enquanto observava o trânsito calmo.




Ela sorriu, olhando um pouco a paisagem a fora. Tinha a intuição de que seria um dia perfeito.




_Quem você imagina que será o comensal? –ouviu Harry, num tom curioso mesclado com quem não queria silencio dentro do carro.




Ela continuou olhando para vidro afora para não mostrar-lhe um sorriso triunfante nos lábios.




Com um comensal capturado, já daria noção aquele bando de idiotas que ela era superior, da mesma forma como os deixaram furiosos ao matar Bellatrix e Lúcio. Mostraria que seu medo evaporou dando volta à antiga Virginia Weasley. Personalidade forte, mente criativa, pensamentos fortes.




_Não sei. –deu os ombros. – Mas vou amar ver um deles na minha frente.




_Não vai se sentir... Humilhada? – ele se xingou depois ao se tocar do que havia perguntado, mas ficou abismado ao vê-la soltar um belo sorriso, que o fez tremer nas bases.




_Aquilo foi enterrado ontem... Graças a você. Eles vão ter que começar a rezar.




Harry sorriu, a encarando tão confiante. Então, conheceria a tão boa auror de que tanto falavam.




_Ah é? E por quê?




_Por que eu voltei.




***




Ambas as capas balançavam com um belo compasse ao passo que ambos davam. Expressões sérias e um balançar confiável.




Cruzaram dois corredores, até se encontrarem com uma morena e um ruivo no corredor, ambos checando notas e parecendo meio estressados.




_Bom dia. –Gina fora a primeira a falar, soltando finalmente um sorriso desde que entrara no ministério.




_Estão vinte e cinco minutos atrasados. –soou Cecília, sem retirar os olhos do papel, que arrancara das mãos de Rony, que parecia incrédulo com isso.




_O réu não está nas condições de ser interrogado. Pode voar no pescoço do Harry ou da minha irmã.




_Não vou discutir com você, Sr. Weasley. Já falei com seu chefe sobre isso, e ele disse que esse interrogatório quanto antes melhor para as investigações. –cortou Cecília num tom de quem não queria ser contrariada.




Olhou depois para os outros dois aurores. Ficou em silencio por um momento, até entregar o papel que estava para Gina. –Diga o que você acha.




Os olhos da ruiva correram rapidamente pelo arquivo, até que como que num rápido e eficaz feitiço, seus olhos ficaram numa forma opaca e uma expressão fria ocupar sua face, acompanhada de um sorriso frio e fino que cortou seu semblante.




_Quem é o comensal? –perguntou Harry.




Ela o encarou, numa expressão macabra no rosto. Depois, mudou rapidamente para um rígido e frio.




_Você vai ver.




_Dois minutos. –murmurou Cecília, olhando no relógio.




_Por que não podemos entrar logo de uma vez? – A ruiva parecia incrivelmente impaciente, observando a amiga mal-humorada.




_Não sou eu que dito as ordens aqui, Gina. É seu novo chefinho e meu irmão estúpido. - a morena parecia tão irritada quanto Gina, mas com certeza eram por motivos diferentes, na qual Harry e Rony apenas davam os ombros.




A ruiva suspirou, colocando uma das mãos no bolso da capa enquanto usava a outra para jogar a cascata ruiva de cabelos para longe da visão, aonde num semblante perigoso, a deixou incrivelmente sexy; Harry balançou a cabeça a se livrar de tal pensamento, olhando janela afora.




Cecília abriu a porta, deixando somente uma fresta.




_Acabou o tempo de espera. Podem entrar.




Gina entrou primeiro que Harry, em passos que ele pode julgar completamente superiores que o normal. A coluna reta e os traços rígidos.




Deu os ombros e entrou.




Sua espinha congelou ao ver o comensal; A comensal.




Sentada em uma cadeira frente a uma mesa retangular, onde estavam postas apenas duas cadeiras - aonde a comensal já ocupava uma-, uma em cada canto da mesa.




Os cabelos embaraçados, negros e grandes caiam em desconcerto no rosto completamente pálido, aonde os traços eram fundos, aparentando de uma pessoa que um dia chamara muito a atenção dos homens.




Os olhos, fundos e sem vidas, numa forma opaca, enquanto os lábios roxos cortavam a face num sorriso assustadoramente medonho, revelando dentes não tão brancos mais.




_Olha quem veio para visitas.




Sua voz saiu arrastada e desdenhosa, enquanto observava a ruiva soltar um pequeno riso em deboche como resposta.




_Visitas? Não creio nisso... Não perderia meu tempo com vermes.




Ele observou da ruiva a comensal, da comensal a ruiva. Uma mantinha a expressão fria e sem vida, numa forma de quem quer matar brutalmente sua oponente, enquanto a outra apenas a corta com sorriso enigmáticos, ora sarcásticos e debochados.




Encarou a comensal por um tempo. A mesma expressão que vira antes, apenas notando na única coisa que não vira antes. Uma oriental.




_Além de não visitar vermes, eu vim para arrancar umas respostinhas de você, Chang e como você é uma comensal muito estúpida, vai me dizer calmamente todas que eu lhe perguntar. –disse a ruiva, retirando a capa e jogando no ombro de Harry, que ainda olhava pasmo a ruiva arrumar o jeans e retirar o coldre, colocando-o no chão. Ele não entendeu bem o porquê dela ter feito isso, mas apenas cruzou os braços em torno do peito e da capa dela, observando que duelo de palavras seria aquela.




Cho Chang. A comensal era a oriental com quem saíra há tantos anos atrás.




Aquele rostinho bonito que havia sumido dando espaço para um monstro que particularmente, era nojento.




_Os comensais estão com saudades de você, “Mirrelys”. –o riso da oriental encheu a sala, numa forma histérica, aonde fez Harry fazer uma careta. Gina apenas a encarou, sem expressão, como se estivesse estudando a oponente.




_A prisão está com saudades de você, Chang. –murmurou Gina, sem sorriso, dando apenas lugar a uma voz não tão perigosa, mas carregada de ironia.




A mulher a examinou, enquanto Gina levantava-se da cadeira e afastava o coldre de perto de ambas.




_O que você estava fazendo ontem no barraco de Hotterfield? –indagou num tom de voz calmo e baixo, apoiando as duas mãos na mesa, e não desviando o olhar da oriental que ficava em silêncio, em desafio.




Harry observava as duas em silêncio, seu semblante, nada demonstrando, mas, por dentro seu coração estava a mil por ver o rosto de Gina encarar a comensal não somente com nojo, mas com pura frieza e raiva.




_Eu vou repetir, Srta. Chang. –Gina estava se mostrando completamente profissional, mas Harry notou que sua ira estava toda controlada ao vê-la fechar o punho direito vagarosamente e ficar prensado com certa força. – O que você estava fazendo no barraco de Hotterfield?




_Vá para o inferno.




Cho estava sendo displicente, mas isso não fez a ruiva mostrar sua ira, apenas sorriu e passou a mão vagarosamente pelos cabelos ruivos.




_Eu irei depois que acabar com a sua raça nojenta de comensais. –Harry tremeu ao ver sua voz sair como a de uma noite fria de inverno. – Agora, você vai me ajudar com o meu propósito. Isso pode não ajudar a mim como você. Eles podem demorar a chamar os dementadores e te dar um beijo.




_Dementadores não me dão medo. Pode fazer o que quiser você não vai arrancar nada de mim. Não uma mulher manchada como você.




Ele entendeu o que a oriental queria dizer, soltando o ar pela boca com força, mas não foi por isso que deixou de olhar para Gina de uma forma preocupada pela sua reação, que fora uma das melhores fingidas, na opinião dele.




Ela soltou um leve sorriso, colocando as duas mãos no bolso da jeans.




_Me diz Chang. Você tem certeza que Voldemort – ele arregalou os olhos ao vê-la soltar o nome com tanta facilidade e desprezo até. – Iria te aceitar se você fugisse daqui agora? Você foi burra, e ele não aceita mulheres ou homens burros em sua “tribo” de homens inúteis. O que imagina que ele iria fazer?




Chang começou a se mexer levemente para frente e para trás, com um sorriso medonho no rosto.




_Ele iria vibrar ao ver que eu trouxe o seu cadáver como troféu – seu sorriso se manifestou mais ainda, deixando bem claro que seu rosto estava mais pálido do que se imaginava. – Por que você é o troféu de isca por tê-lo feito capturar o Potter.




_Voldemort não vai me pegar enquanto eu conseguir lutar. –Harry pela primeira vez falou ali dentro, observando com um pouco de desprezo a oriental, que parecia uma louca.




_Ela está tentando nos enganar. –Gina murmurou, com os lábios cerrados. – Quer que peguem à pista errada. – Ela caminhou até a oriental, pigarreando. Fechou os olhos por um momento, procurando calma em algum lugar divino. Quando abriu os olhos, estavam cerrados em uma pequena linha que demonstrava: perigo. – Se você nos ajudar, vai ajudar a si mesma. O que Voldemort quer fazer agora? –ela apoiou uma das mãos na mesa, observando a oriental, que soltou uma gargalhada histérica e sarcástica.




_Acha que eu vou realmente dizer? – olhou diabolicamente os dois aurores – Vocês vão morrer em breve, depois que ele planejar a vingança... –ela viu um pequeno sorriso de satisfação se formar nos lábios de Gina, fazendo-a se calar. Aquilo já era um começo, e Cho havia ajudado nisso.




Quer respostas de um criminoso? Duvide de seu ego.




_Vingança contra quem? –murmurou olhando Cho apenas a observar em silêncio.




A oriental pareceu pensar por um momento. Observou a ruiva e soltou um sorriso debochado, superior.




_Você vai apodrecer nas mãos dos comensais, Weasley. Guarde minhas palavras. Vai ser carne de vitória, igual aos defuntos que você achou no barraco de Hotterfield.




_Não vou. –sussurrou sem expressão no rosto, observando a oriental.




_Eles vão pegar você. Vão pegar e se eu morrer, vou estar no inferno rindo de você, da mesma forma que ri quando eles te pegaram. –ela olhou maliciosamente para a ruiva, vendo se ela havia entendido. A ruiva continuava sem expressão, com o punho fechado sobre a mesa. –Está com raiva, Gininha? –Ela soltou mais uma gargalhada. – É bom que tenha medo, por que dessa vez eles vão fazer pior, eles -.




_Estou lhe dizendo mais uma vez. – cortou-a. Harry a encarou afoito ao ver seu tom sair meio tremido de puro ódio agora. Ele podia sentir o calor desse sentimento rodeá-la ao ouvir a respiração pesada. – O que você estava fazendo naquele lugar? É sua ultima chance de -.




_Eles estão todo o dia comentado dessa sua bunda empinada, sua vaca. Não deram nem mais lugar a Bellatrix e como você acabou com ela, eles estão sem brinquedinho. – cortou Chang em lugar, encarando Gina com malicia. – Não vêem a hora de que você -.




_Te dou três segundos. –murmurou, erguendo a mão com apenas três dedos erguidos. – Para você não tomar um dementador direto nessa sua carinha amassada.




_Você não vai arrancar nada de mim, admita. Você é uma fraca como auror, como comensal, como em tudo.




_Um.




A oriental a encarou, gargalhando de orelha a orelha.




_Vai ser fantástico você choramingando feito uma cadela para eles de novo. – Harry já estava se irritando com toda aquela ofensa à ruiva, que já abaixara o segundo dedo, sem expressão.




_Dois.




_Eles sabem, assim como você, que mesmo chorando, por dentro você uiva feito uma put -.




A única coisa que Harry viu foi Cho caindo com o rosto contra o chão frio, aonde cortara levemente a sobrancelha e dele saiu um filete de sangue.




Olhou estupefato para Gina, que respirava com dificuldade, e um punho erguido.




_Gina, você... –começou Harry, atônito.




_Três. –murmurou, terminando a contagem.




Chang se ergueu, tentando se libertar das algemas nos pulsos. Começou a caminhar perigosamente até a ruiva, que ficara parada encarando sombriamente a oriental.




_Eu vou matar você, sua vaca!




Gina arqueou uma sobrancelha, deixando sua fúria se extraviar do corpo.




_Você vai é se sentar e calar a sua boca nojenta, dizendo o que eu exatamente quero ouvir! –puxou a varinha com rapidez, murmurando algo que fez Chang bater contra a parede e escorregar com as costas até o chão, onde soltou um gemido de dor.




Gina caminhou até ela abaixando-se e encarando em seus olhos fundos com um profundo nojo.




_Eu já cansei desse seu joguinho de se fazer de muita coisa, quando você não é nada. –Harry queria muito ou gargalhar da cara estupefata da oriental, ou bater palmas a ruiva que a agarrara pela camiseta suja e cinza e a erguera a ponto que a oriental ficasse de pé e ambas pudessem se encarar – Você correu para o rabo-de-saia do Voldemort por que sabia que ninguém iria lhe dar o valor que você não merecia. Aliás, Lucio me contou muito bem por que você é comensal. –A ruiva riu sarcástica, lançando um olhar fulminante. –Acho que a puta presente nessa sala, não é eu Chang, e sim você, que costuma se esfregar com o temível Lorde. –enfatizou, ainda esmagando a oriental contra a parede. –Você devia ter nojo de si mesma, por ser uma pessoa tão baixa a ponto de se vender para conseguir o que quer não importando o quanto custe. Isso não faz de você uma pessoa boa. –ela ergueu um pouco mais o rosto, revelando um magnífico sorriso superior. – Faz de você o ser mais nojento dessa face da Terra. –Ela afrouxou a mão, de modo que Cho pudesse encostar os pés no chão. –Agora se você tem um pouco de compaixão por si mesma, acho bom você me dizer exatamente os planos que o seu querido “cafetão” tem com seu bando de comensais nojentos, ou eu não vou me importar de te torturar até você começar a se humilhar pedindo perdão.




Cho deu um risinho debochado, olhando a ruiva.




_Você não pode, mesmo eu sendo uma comensal, eu ainda tenho meus direitos.




_Ah, é mesmo? –ironizou, torcendo o nariz.




_É, e o Harry – Gina teve vontade de vomitar ao ouvir o tom meloso de sua voz.Ela notou que Harry parecia ter imitado seu semblante enjoado – iria contar para seu chefinho que você tortura nos interrogatórios.




_Por que eu faria isso? –indagou Harry, arqueando uma sobrancelha. Pensou por um momento, ironizando em seguida: - Eu prezo minha vida, sabe. –ao dizer, soltou um sorriso cúmplice a ruiva, que apenas deu os ombros, satisfeita.




Cho parecia a ponto de engolir os dois com os olhos.




_Vocês não vão arrancar nada de mim, escrevam o que eu digo, nem que tenham que me matar.




_Bom, você tem razão. –murmurou Gina, girando nos calcanhares com a oriental. –Não vou conseguir arrancar nada de você. –Ela a encarou, seus olhos lacrimejando. –Eu já venho - murmurou, abaixando a cabeça e saindo da sala, parecendo cabisbaixa.




_Como ela é idiota. –murmurou Cho, com um sorriso desdenhoso. - Não me diga que você voltou com ela?




“Que coisinha meiga. Eu contar intimidades a um comensal... meu Deus.”




Demorou um pouco até Gina voltar. Tinha a cabeça abaixada ainda, mas ele podia jurar que havia um sorriso maroto em seus lábios.




_Olha só!- Chang começou a dar pequenos risinhos desdenhosos. –A acabada voltou.




Gina ergueu o rosto, revelando um belo sorriso num semblante diabólico, a qual deixou uma Chang incrédula e um Harry com as pernas bambas.




Mediu Chang com o olhar, jogando os cabelos para trás.




_Não, Chang. A acabada não saiu da sala até agora. Bom, aonde eu havia parado?




_Você estava chorando. –replicou Cho de forma mordaz, mas a única coisa que Gina fez foi soltar uma gargalhada.




_Eu nunca iria chorar na sua frente. –deu os ombros, replicando ríspida. – Eu estava atuando.




_É mesmo? –debochou Cho. – E atuando para o que?




_Bom – aquele sorriso diabólico sumira, dando lugar a um inocente. –Eu não queria estragar a minha surpresinha a você, por que, já que você não quer contar para mim e ao Harry...




Harry sentiu instantaneamente sua espinha gelar, mas em menos de um segundo, estava relaxado, como se não tivesse sido um dementador que havia entrado na sala deslizando, com a cabeça direcionada a Chang.
Ele sentiu os braços de Gina enlaçarem contra os seus e seus lábios chegarem aos seus ouvidos, murmurando:




_Somente finja às vezes que sente algumas contrações na presença do dementador.




Ele não entendeu, vendo-a se afastar enquanto o lugar ficava instantaneamente congelado, observou ao ver uma janela ficar embaçada.




_Vamos lá, Chang. –murmurou Gina, manifestando a cada momento um sorriso maior ainda ao ver a cara desesperada da comensal. –Dê oi a um amiguinho que vai ficar a vida toda com você.




***




A primeira coisa que Rony viu foi ver um moreno completamente confuso, com o olhar vago, uma ruiva com um enorme sorriso de satisfação nos lábios, e “o dementador”.




_Conseguiram alguma coisa?




Gina observou o irmão, com um incrível sorriso no rosto, mas o dele mostrava meio tédio, até mesmo, incredulidade. (?)




_Você nem imagina. Nunca imaginei que uma idéia estúpida podia dar tantos resultados, e - Ela foi até o moreno, dando-lhe um beijo no rosto. - Você foi magnífico na atuação. Merece um Oscar.




Harry observava alarmado o dementador ao lado dele, parado, sem menção de se mover.




_Acho que você já pode ir embora. –murmurou, observando o dementador nem se mexer. Ficou mais alarmado ainda ao ver o ruivo e a irmã arquearem as sobrancelhas.




_Por que iria embora? –indagou Rony, observando o dementador.




_Dementadores tem que ficar em Azkaban, não? –Aquilo realmente estava muito confuso, concluiu Harry.




Gina abafou um pequeno riso, deixando-o carrancudo.




_Harry... Você não tá achando que isso aí é um - ela não o deixou responder, dando lugar a uma alta gargalhada, aonde Rony a acompanhou por um tempo.




_Qual é o motivo de tanta graça?! –soou carrancudo.




Gina foi até o dementador, puxando a varinha e proferindo algo que fez soltar uma leve fumaça arroxeada. Depois, puxou a capa, aonde ele pode notar os cabelos castanhos caírem perfeitamente aonde seus cachos alinhava as costas coberta pela longa capa negra e rasgada, aonde um sorriso maroto em mescla diabólico cortava o rosto angelical que faria qualquer um se enganar só de olhar para o par de olhos verdes que beiravam a um cinza.




Ele deixou cair o queixo, olhando para o ruivo que girava os olhos.




_Eu não creio que você caiu nessa, Harry. Realmente, eu não creio. –murmurava, balançando a cabeça para o moreno.




Ele soltou um pequeno sorriso, encabulado, enquanto observava as duas se dobrarem com as mãos no estômago de tanto rirem.




_Errar é humano.




_Se... Fazer de idiota... Já é questão de “monguice”. –disse Cecília, ofegante, tentando parar de rir - sem sucesso.




Ele ia responder, quando sentiu algo passar entre seu braço, fazendo sua pele queimar em brasa. Gina pendurava-se nele, com um enorme sorriso.




Aquele doce sorriso que o encantava em diversas horas.




_Vamos levar as novidades ao Duarte.












Notas da Autora: Heiiii!!! Vocês não imaginam o tanto que eu estava com saudades de postar aqui...


Na verdade, meu castigo não durou nem duas semanas, mas eu realmente empaquei pra escrever esse capitulo, que eu já disse pra ela mas vou dizer aqui, dedico com toda a felicidade para a garota que representa a "Cecilia" perante mim: A Karine, minha melhor amiga que me ajuda em momentos dificeis ^^, mas essa person, ela eh uma mistura de todas as minhas melhores amigas: Palhaça como a Ka, Ironica como a Nani, e não se abala com mta coisa...como a Hellen ^^


Ká, se sabe, que essa fic só tah publicada pq você pediu e pq a Nani, a Quel me obrigaram (xD) Mas isso me fez acreditar que é tentando que se consegue, e essa fic é em homenagem as três, mas esse cap, especialmente a você e a Allis *_* (Camilla)


Queria de novo, agradecer MUITO pelos comentarios que vocês vem deixando, que me deixam cada vez mais emotivada a escrever e não largar essa fic enquanto eu não terminar.


Agora...é esperar pelo quarto capitulo ^.^


E por favor...não me matem caso eu demore *já se encolhendo*


Bjusss meus amores da minha vida, paixões do meu viver, meus fofos, lindos, xD~~ vocês entenderam...

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