Traidores



Cecília esticou as pernas torneadas no sofá do hotel em que estava hospedada enquanto não voltava a Paris e gemeu de dor.
_De tanto andar aqui, eu vou ter câimbra para o resto da vida. – resmungou, enquanto encostava as costas no sofá.
_Ou talvez você não queira admitir uma coisa, Lia – Lucas comentou, largando-se no sofá sem cuidado algum com um pacote de batata chips.
_Ah, é? E o que seria isso? – ela arqueou uma sobrancelha, esfregando os joelhos.
_De que você está ficando velha. – ele provocou, com um sorrisinho irônico antes de encher a boca de batata.
_Se eu estou ficando velha, meu bem – ela estava se segurando para não rir daquele comentário idiota. – Você está com os dois pés na cova. – ele deu os ombros, displicente.
_Mas é diferente. Nunca ouviu falar que os mais velhos, por uma boa alimentação têm uma saúde de ferro hoje em dia? – ela riu debochada, deitando no sofá.
_Estou vendo a sua alimentação perfeita. - comentou, apontando para o pacote de batatas.
_Meu colesterol está perfeito e nunca tive de fazer cirurgia alguma – ele contrapôs, dando os ombros. – Aliás, Lia, você deveria agradecer que eu ainda posso sentir o gosto de alguma coisa, já que passei quatro anos e meio comendo coisas que até hoje tenho medo de descobrir o que é.
Ela sorriu, balançando a cabeça.
_Vamos, deixe de ser dramático, a comida de lá não era tão ruim.
_Oh não – era notável o puro sarcasmo utilizado – Depois que você vê que infelizmente só tem aquela porcaria para comer ou você morre de fome, você acha aquilo a coisa mais suculenta do mundo. – ele pensou um pouco – Eu lembro daquilo hoje e – ficou mais um tempo pensativo. – É melhor deixar pra lá, hoje tenho coisas muito melhores comigo.
_Como a batata chips? – ela revidou sarcástica.
_Exatamente! – ele sorriu, antes de encher a mão mais uma vez. – Mas uma cervejinha, um cheesburguer e churrasco seriam excelentes também.
Cecília soltou uma gostosa gargalhada, antes de encarar o teto, com um sorriso na face.
Ela tinha que admitir; se Lucas nunca tivesse aparecido na vida dela, era ela quem estaria em Azkaban, por ter matado não se sabe quantas criaturas e enlouquecido com um irmão paranóico.
Ele a fazia se esquecer da guerra que ocorria depois daquele concreto do hotel. De fato, ele a fazia se sentir mais humana, mesmo tendo passado por tudo que passou, ele ainda era o mesmo rapaz divertido, que soltava as coisas mais idiotas nos momentos certos que conhecerá a quatro anos atrás.
Ela o encarou, ainda deitada. Ele jogara o pacote meio vazio na mesinha de centro e estava cantarolando, distraidamente uma musica trouxa. A camisa azul estava totalmente aberta, deixando a mostra o peito sexy do moreno. O cabelo bagunçado e a barba um pouco rala poderiam dar o ar de preguiçoso a qualquer homem, menos a ele. Ela o achou incrivelmente sensual, mesmo todo desgrenhado.
_Hei, Lucas.
O moreno a encarou, com aqueles fantásticos olhos cor de jabuticaba, de um jeito confuso, mas incrivelmente lindo.
Cecília se levantou e, andando até o moreno, abaixou-se e apoiou as mãos nas coxas do moreno, fazendo suas faces ficar extremamente próximas um do outro.
_Sabe de uma coisa?
Delicadamente, ele tocou na face de Cecília, acariciando seu rosto.
_O que?
Ela sorriu, encostando sua testa com a dele. Ela estava perdida naquele mar negro que eram seus olhos, e estava perdendo um pouco sua linha de pensamento quando ele escorregou a mão para seus cabelos.
_O que? – ele tornou a perguntar, quando ela fechou os olhos e ficou em silencio, apenas apreciando cada toque dele.
Ela abriu os olhos, antes de sorrir.
_Eu amo você.
Ele abriu um largo sorriso e Cecília sentiu suas pernas terem virado geléia. Lucas a puxou gentilmente, fazendo-a sentar-se em seu colo.
Lentamente, ele deslizou sua mão das madeixas castanhas até a curva do pescoço, e aproximando-se, depositou um beijo ali.
Em seguida, ele foi roçando seus lábios por um caminho até onde encontrasse com os lábios da francesa. Sua mão correu até a nuca de Cecília e ele começou a aprofundar o beijo.
O beijo era de uma maneira gentil, e imediatamente Cecília esqueceu de praticamente tudo que ainda ocupava sua cabeça; Danem-se os comensais, Dane-se seu irmão patético e Dane-se o fato de que seu celular começara a tocar. Ela somente queria tê-lo ali com ela naquele momento, e que aquele momento, para os dois fosse eterno.
Quando ele a afastou, seus olhos queimavam de pura paixão.
_Hei, Lia.
_Hum?
_Eu também amo você.
Ela sorriu, mas agora de uma forma marota.
_Potter comentou comigo que não voltaria hoje para o Ministério, a fim de deixar Gina descansando.
_E daí? – ele perguntou confuso.
_E daí que os dois principais aurores da missão não vão – ela sorriu maliciosamente – acho que não vão se lembrar muito da gente. O que comprova que hoje temos um dia de folga.
A única coisa que sua consciência gravou antes de se dissipar completamente quando ele a beijou novamente, agora com mais fervor, foi vê-lo pensar por questão de milésimos antes de soltar um sorriso de canto, incrivelmente malicioso.









_Eu estou absolutamente bem, é verdade. – Gina resmungou pela décima vez, em vão.
Harry estava toda hora perguntando se ela estava bem, se ela estava confortável ou se ela queria mais comida. Na verdade, depois daqueles dez minutos seguintes ela pensou que talvez nunca mais conseguisse comer de tanto que ele a lotara de tranqueiras como bolachas, sorvete, lanches e tudo o mais.
Confortável, também achou que isso era outra coisa que nunca mais conseguiria. Estava se sentindo um bichinho de pelúcia coberto com travesseiros por todos os lados e cobertas.
Jogou a cabeça para trás, bufando e jogando os inúmeros edredons sobre sua cabeça quando ouviu Harry chegando. O cheiro não negava: mais comida!
_Gina, não finja que está dormindo, eu escutei você bufando! - ele resmungou ao entrar no quarto, acendendo a luz. Ela puxou os edredons, encarando o moreno. Ele estava patético com aquele avental de cozinha e com uma bandeja de cheesburguers.
Ela suspirou profundamente, antes de perguntar:
_Isso não é pra mim, é Potter? –apontou para a bandeja. Ele abriu um largo sorriso.
_Tem um molho novo dessa vez. – seus olhos brilharam um orgulho estranho.
_Diga-me uma coisa, meu bem – ela perguntou, arqueando a sobrancelha. – Duarte disse que eu vou ter que usar algum tipo de disfarce para os Comensais ou algo do tipo?
Ele piscou.
_Não que eu saiba. E eu acho que você devia não pensar em trabalho hoje, Gin, é sério.
_É que eu estava me perguntando se depois de todas essas suas gentilezas, eu vá conseguir, um dia, sair dessa cama de alguma outra forma que não seja rolando. – ela comentou com uma fingida inocência.
Ele deu os ombros.
_Cheesburguers não são tão gordurosos, Gina. – ela soltou um risinho maldoso.
_Não quando você os ajunta com quase meio pote de sorvete de morango, macarrão, cookies e sabe-se lá mais o que você me entupiu de comida. E só tranqueira.
Ele fez um bico fingido de ofensa.
_Ah, mas fui eu quem fez o macarrão. Você não pode negar que tava gostoso.
_Okay. Você tem uma ótima mão para fazer – ela já ia dizer ‘tranqueiras’. – comida, Harry, satisfeito? – ele soltou um sorriso. – Agora, por favor, eu ainda não estou muito interessada em ser confundida com uma goles, então, chega de comida por hoje, por favor.
_Mas você comeu tão pouco...
_Pelo amor de Deus, Harry Potter! Você ta começando a ficar extremamente pior que a minha mãe! – ela bufou, tentando jogar aquele monte de edredons e cobertores para o lado. – Eu só sofri uns dois arranhões e tive dor de cabeça. Daqui a pouco eu vou é começar a sofrer de dor de estomago se depender de você.
_Okay, Okay. – resmungou mal-humorado indo levar as bandejas até a sala. – Então quem vai comer sou eu, com licença.
Ela riu, enquanto o observava caminhar pelo corredor. Atencioso como ele, ela tinha que admitir, não existia.
_Hey, Potter. – ela o chamou. Ele se virou, com uma sobrancelha arqueada.
_Que é?
_Belo avental vermelho de florzinhas.
Ele bufou, mas logo em seguida lembrou de uma cena em que a ruiva estava molhada com uma camiseta branca, situação de não muito tempo atrás, e soltou uma gostosa gargalhada.
_Mas você tem que admitir ruivinha, ele não ganha do seu belo sutiã preto.
Ele desceu as escadas correndo com a bandeja em mãos para não levar uma travesseirada na cabeça.
_Idiota! – ela gritou do andar de cima, quando ele já estava na sala. – Deixa só quando eu... Maldição! Eu estou presa em edredons!
Ele soltou uma gostosa gargalhada, jogando-se no sofá.
_Quem diria em querida? Um objeto conseguiu te imobilizar. – ele comentou em voz alta, fazendo a ruiva soltar um riso nervoso.
_Coisa que você nunca conseguiu seu grande idiota! Ah, espero só quando eu sair daqui. – ele ouviu um baque no andar de cima. – Cacete!
Ele segurou uma gargalhada, comentando inocentemente:
_Gi, querida, aconteceu alguma coisa?
_Claro que aconteceu! É culpa sua, de tanto colocar edredom enrolado em mim e em cima de mim, eu to no chão presa, merda!
Ele jogou o cheesburguer na badeja e subiu as escadas em silencio, preparando-se para se deslumbrar com a cena de uma auror com 24 anos, tão condecorada e tudo o mais, presa no chão a um monte de edredons.
Aproximou-se da porta com um sorriso maldoso nos lábios já.
_Coitadinha da – ele parou de repente, olhando a cena. A maioria dos edredons já estava no chão, mas sem Gina alguma. Alguns travesseiros estavam no chão também, mas ainda tinham alguns em cima da cama. Em compensação.
Quando ele se virou para o lado direito da porta, a ultima coisa que viu foi um sorriso maroto de uma ruiva e uma gargalhada, antes de tomar uma travesseirada na cabeça.
Ele colocou os braços na altura da cabeça, protegendo-a das travesseiradas de Gina, que gargalhava.
_Seu ingênuo – provocou em meio às risadas. – Acha mesmo que eu ia esperar você vir aqui me zombar antes de me soltar?
_Gina, Gina! – ele comentou, tentando parecer sério. – Você está sendo injusta. Eu estou desarmado.
_Pois eu nem ligo! – ela gritou, mudando o rumo do travesseiro no estomago dele. – Você não é o ‘famoso Harry Potter’? Então você tem algum truque na manga, meu bem.
Quando a ruiva ergueu mais uma vez o travesseiro, este explodiu, fazendo com que uma chuva de penas brancas caísse sobre a ruiva. Ela fez um bico, ao encarar o moreno, que agora estava sentado no chão rindo, com a varinha ainda erguida na direção dela.
_Você usou magia, seu estraga-prazeres. – resmungou, cruzando os braços. – Assim não vale.
_Ah, vale sim, eu estava em desvantagem. – ele comentou com um tom de riso na voz antes de se levantar. – E você quem pediu um truque na manga.
_Seu sem graça. – ela disse num tom zombeteiro, dando um pequeno tapinha no peito dele. Ele sorriu de canto, maroto e a puxou para perto dele.
Ela espalmou suas mãos no peitoral dele e sorriu levemente de canto, enquanto ele assoprava o topo de sua cabeça para retirar uma pena suspensa. Ela sorriu e ele suspirou.
Mesmo com a bagagem da idade em suas costas, Gina tinha do dom de fazer com que ele se sentisse mais novo, como uma criança. Era incrível. Estava pra nascer uma pessoa que completasse ele tão bem quanto ela o fazia.
Beijou o topo da cabeça da ruiva, e quando a encarou seus olhos queimavam de paixão.
_Tanta coisa aconteceu nesses anos todos, não foi? – ele perguntou suavemente, deslizando a mão pelos cabelos sedosos de Gina.
Ela fez um aceno com a cabeça. – Foi. Uma loucura.
Ele deslizou os dedos lentamente até o pescoço dela.
_Teria sido tudo mais fácil se nos tivéssemos ficado juntos. – ela ia abrir a boca para retrucar quando ele respondeu: - O mundo parece muito mais simples quando você está ao meu lado, Gi.
Ela suspirou, segurando um gemido baixinho quando ele subiu a caricia até seu ponto sensível abaixo da orelha.
_Bom, acho que oito anos atrás a gente não estava muito interessados em ficar juntos, se você me entende. – ela arqueou uma sobrancelha. Ele sorriu.
_Éramos dois idiotas. Meu amor por você é maior do que isso. – ela não deixou que ele continuasse.
_”Isso” o que, Harry? – ela fechou a cara ao o ver ficar em silencio. – Me responda. – pressionou.
Ele parou a caricia, passando a mão pelos cabelos.
_Diabos, Gina, você sabe. A tudo aquilo que aconteceu entre você e o Malfoy -.
O rosto da ruiva foi ficando rapidamente da cor dos cabelos.
_Faça-me o favor! – ela o interrompeu, balançando a cabeça freneticamente. – Depois de tudo o que aconteceu você acha mesmo que eu te traí com o Malfoy? Harry, eu desde aquela época amava você, eu era louca por você desde que te vi na estação quando você estava no seu primeiro ano! Você acha que eu iria te trair com um ser tão desprezível e nojento?
Ele tentou se aproximar dela, mas ela se afastou. Havia certa magoa em seu olhar que ele pela primeira vez, não soube explicar de onde vinha.
_E como você explica aquela cena que eu vi? Aquela onde desencadeou tudo? – ele perguntou, elevando o tom de voz.
_Eu tentei dizer a você, maldição! – a voz dela se elevou e ela notou. Ficou um tempo em silêncio, tentando recobrar a calma. – Tentei te dizer aquele dia, mas você não me escutou. Você teve um ciúme possessivo e infantil, Harry. Você preferiu acreditar no que os outros disseram e no que você viu, sendo que você mesmo diz que nosso amor é maior que tudo isso. Então vem a pergunta: Será que é mesmo?
Ela mordeu o lábio, tentando evitar que começassem a brotar lágrimas. O problema era que todas as lembranças – e somente as péssimas – a partir daquela começaram a surgir em sua mente.
Mas isso Harry conseguiu interpretar.
Aproximou-se dela e ela tentou se afastar mais uma vez, mas desta vez ele não permitiu. Puxou-a para si e a abraçou com força.
_Eu não quero mais lembrar disso, principalmente se magoar você. Se é ou não verdade, não quero saber. O que me importa agora é que eu tenho você aqui, comigo. Nada mais. – suspirou. – Gina eu te amo. E te amo demais pra deixar que uma birra boba do passado interfira algo que a gente tem hoje. Você me entendeu?
Ela afirmou com a cabeça, tentando bloquear imagens nojentas de Malfoy.
_Eu quero algo sério com você. Um tipo de relacionamento maduro.
_Um tipo de relacionamento? – ela perguntou, com a voz abafada. Ela sentiu queimando em seu peito e sua garganta apertar dizendo que ela devia abrir a historia completa para ele. – Harry, eu tento que te falar exatamente o que -.
_Eu quero me casar com você, Virginia. – ela se afastou dele, arregalando os olhos.
_O QUÊ? – seu queixo caiu. Suas pernas tremeram. Seu coração acelerou e, momentaneamente ela se esqueceu do que precisava falar com ele.
Ele continuou como se ela não tivesse gritado.
_E só não confirmo isso agora pra que aquele gordo maldito não me afaste de você por ele achar que estamos ‘emocionalmente envolvidos’ no jogo. – pelo semblante dele, ele não estava brincando. – Mas quando tudo isso terminar, Gina, eu quero me casar com você.
Ela piscou. Harry sentia que suas pernas tremiam, mas estava ao mesmo tempo, seguro.
Ela desabou num choro de felicidade.








Espreguiçou-se na enorme cama do hotel, deixando que a mão espalmasse o peito do moreno, acariciando lentamente o tórax nu. Ele estremeceu levemente e ela sorriu. Virou-se para ele e murmurou debochada, mas com uma ponta de vergonha:
_Acho que achamos uma forma de descarregar o stress, não?
Lucas soltou um riso ao comentário da morena, e a aproximou dele.
_Céus, Lia. – seu tom era fingido indignado. – Como você pode fazer um comentário tão arrogante?
Ela riu, fechando os olhos e exalando o perfume gostoso que o moreno tinha.
_Se eu não falasse isso, mais cedo ou mais tarde você falaria seu exibido.
_E por que diabos você acha que eu falaria isso? – como ele sabia que ela não estava olhando, permitiu abrir um enorme sorriso.
_Porque você já disse isso uma vez.
Ele havia esquecido desse detalhe e ela, naquele momento lhe fez o favor de lembrar. Naquela época, Lucas era um idiota egocêntrico e se sentiu arrogantemente satisfeito ao acordar com aquela magnífica mulher em seus braços.
Ele pensou que ela nunca ia o deixar esquecer daquilo.
_Eu me lembro qual foi a sua reação. – ela riu ao o ver estremecer.
_É para você aprender que eu sou muito inocente para ouvir certas coisas.
Ele gargalhou.
_Lia, meu amor, você pode ser qualquer coisa, mas inocente você deixou de ser há muito tempo.
Ela lhe beliscou o traseiro.
_Idiota. – resmungou e ele a apertou mais contra ele, beijando-lhe o topo da cabeça.
_Você é a coisinha mais irritada que eu já vi na minha vida. – ela abriu a boca para reclamar. – Mas de qualquer forma não consigo me imaginar sem você. Ficaria sem chão.
Ela sorriu e beijou seu pescoço. Ele estava acariciando suas costas com ternura.
_Você é um porre, egocêntrico e tem os comentários mais idiotas mas, digo o mesmo sobre o que você disse.
Ele sorriu.
_Então eu sei o que isso quer dizer.
_Sabe?
Ela pensou que ele ia começar a dizer palavras de amor para ela.
_Que eu sou irresistível.
Cecília ficou um tempo em silêncio, não acreditando no que ouvia. Lucas estava gargalhando.
_Acho que eu vou tomar um café e ver se eu acordo. – ela levantou-se da cama e vestiu um robe felpudo. – e fingir que não ouvi isso. – Ele levantou-se da cama num sorriso maroto.
_Só falo a verdade.
Foi à vez de Cecília gargalhar.
_Não tenho culpa de fazer você perder os sentidos quando está comigo, ao ponto de achar que você é irresistível.
Ele deu os ombros.
_Não é o seu nome que você gritou horas atrás.
Cecília ficou vermelha.
_Bem – tinha uma pequena nota defensiva em sua voz –Eu seria absurdamente idiota se gritasse o meu nome. – antes que ele parasse de rir, ela deu as costas e rumou para a cozinha.
Ele sorriu olhando a morena andar. Amava irrita-la, ver seus olhos faiscarem e seu rosto tingir-se de vermelho.
Ele tinha que admitir; amava tudo naquela doida.









Seu punho fechou-se com força, em seguida para esmurrar a mesa de mármore do bar de sua casa. Olhou com os olhos injetados de puro ódio para os dois comensais. O dois homens se encolheram, a única mulher, não.
_Como vocês podem ser tão incompetentes?! – vociferou, adiantando-se até eles e agarrando o homem dos olhos azuis pelo colarinho da camisa. – como vocês podem ser tão imprestáveis?
_Solte-o. – A mulher sibilou, encostando-se na parede. – Não foi nossa culpa se você fez um plano amador.
O Comensal parecia estar à beira da loucura. Avançou contra a mulher.
_Eu fiz um plano amador? Eu? Antes de você pensar em ser Comensal da Morte, eu já era! Com dezesseis anos! O servo mais novo do Lorde das Trevas!
Ela o interrompeu com um tom sarcástico:
_E o mais covarde! – ele foi abrir a boca para replicar, mas a mulher avançou contra ele. – Você está tão excitado para conseguir um plano perfeito para que o Lorde das Trevas te vanglorie como o melhor servo que você que está agindo como um amador! Eu não vou duvidar que ele vá para água abaixo se você continuar explodindo a cada besteira que resolver fazer. – Jogou a franja mel para longe dos olhos azuis, que brilhavam perigosamente. – Para que diabos você nos obrigou ir matar Ronald? – ela não esperou resposta. – Para fazer show, somente por isso.
Ele a segurou pelos ombros, com força. Ela o incentivou a continuar, com um olhar.
_Não consegue suportar a verdade? – Os olhos de ambos estavam como duas fendas. – Então vamos lá, mostre sua covardia e me de um murro bem dado.
Ele a encarou por um tempo, transbordando fúria. A Camensal não parecia nem um pouco atingida. Logo depois, ele a soltou e caminhou até a janela, derrotado.
_Você está certa, Bárbara. Se quero fazer uma coisa bem feita, tenho que fazer sem demoras e não em joguinhos. – ele se voltou para o francês. – Arranjou a casa, Lowrdasky?
O francês afirmou com a cabeça, empolgado esfregando as mãos nas vestes. O outro comensal sorriu.
_Não é muito longe. É no interior... Talvez uns noventa quilômetros. Suficientemente bem escondida para que você possa torturar a mulher sem que incomode ninguém.
_Ótimo. – a calma voltava a reinar no corpo dele. Ele sabia que não haveria mais escapatória, agora que ele tinha o plano perfeitamente feito em sua mente. Sem erros, desta vez. Ele vingaria seu pai e honraria seu mestre e, com um pouco de sorte, conseguiria talvez levar Harry Potter de bandeja ao Lorde das Trevas. – Que dia estamos?
Bárbara ficou um momento pensativa.
_Vinte e um de julho, quarta-feira.
Draco Malfoy sorriu de forma macabra, colocando as mãos no bolso das vestes.
_Nós a seqüestraremos na sexta. E então, tudo estará acabado.
Bárbara, Ivon e Nicholas sorriram.
_Devo avisar aos outros comensais, Draco? – Nicholas perguntou, sorrindo abertamente.
_Porque não os chama aqui, agora? – ele riu. – Vamos comemorar.




Continua...



N/A: Oh, sim! Este foi o capitulo mais sem nexo e mais curto que eu jpa escrevi xD
Queria pedir desculpas pelas demoras horriveis... to quase sem tempo de acessar a internet. Eu tenho provas todos os dias, e já tenhu a absoluta certeza que fikei de vermelha de alugmas delas.
É... não é fazil ser colegial i.i'
Mas espero que gostem! Vou tentar nao demorar TAAANTO assim nos capitulos (Apesar de que vou ter que começar a fazê-los um pouco menor então)

Obrigada por todos os comentários e não, NÃO VOU DESISTIR DA FIC!

É minha primeira fic, eu não posso desisitir dela xD~

Brigaduh pelo carinhu pessoas =*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.