Capítulo 26: Dor & Sofrimento

A porta da sala se abriu, revelando uma aflita Alma e um aturdido Blaise, que permaneceu em pé, perto da mesa do diretor. Alma correu a abraçar a filha que chorou um rio de lágrimas pra mãe, que a confortava. Dumbledore ficara conversando com Blaise. Sabia muito bem das intenções do garoto e sabia que ele jamais se aproveitaria dessa situação, pois perder seu amigo fora um golpe terrível e cruel demais.
Sala da Grifinória:
Pâmela ainda chorava, enquanto Harry a sentou em seu colo e a confortava. Rony e Mione faziam o mesmo. Gina não estava entre os amigos. Andava pelo castelo, indignada com a situação.
- Ele sempre tentou te proteger,Pâm!
- Ele te amou e te protegeu até onde pôde!
- Ele deve ta bem melhor agora!
Pâmela parou de chorar e encarou Rony.
- Ronald Weasley!
- Não,tudo bem,Mione.Ele realmente deve estar melhor que nós.
Sala do diretor:
Estavam apenas Blaise,Julyanna e Dumbledore na sala,onde o diretor dizia:
- E Jack Smith sem sombra de dúvidas lutou para cumprir a promessa que fizera a mãe e protegeu as duas muito bem.
- Que promessa?
- Quando Kate,á beira da morte,pediu para falar com Jack,que tinha 7 anos até então, ela o fez prometer que protegeria a irmã das garras do pai comensal. Ele protegeria a irmã e seu verdadeiro amor e mesmo sem entender muito bem,ele prometeu e Kate veio a falecer depois disso.
- É, ele não gostava que falássemos sobre sua mãe.
- Seu gesto,senhor Blaise,ao renunciar aos fatos,foi o mais nobre,pois o senhor pensou na felicidade de seu amigo.- Disse olhando para Julyanna – Sei que não é agradável,mas você entenderá o que foi essa renuncia. Jack lhe ensinou o mais nobre dos sentimentos,Julyanna.Não disperdiçe seu aprendizado.
- Jack terá um...funeral?
- Certamente senhor Blaise. Providenciaremos tudo. Não precisam se preocupar com nada.Agora,no entanto,devem voltar a suas respectivas salas comunais.
Os dois saíram da sala e Blaise chamou Julyanna.
- O que você quer?
- Talvez você não acredite,mas vale a pena tentar.
- O que é,Zabine? Eu não to com paci...
- Eu te amo. Eu me apaixonei por você.
A ruiva o fitava incrédula,mas lembrou-se das palavras de Dumbledore.
- Mesmo? Então por que deixou Jack me conquistar?
- Porque ele já sofria demais em casa. E eu não vi mal algum em renunciar a você.Sabia que seriam felizes e que o namoro de vocês seria eterno. – O moreno disse fitando a ruiva profundamente.
- Blaise,eu não to pronta pra outro relacio...
- Eu espero,Julyanna. Esperei por você,praticamente a vida toda.
- Desde quando é apaixonado por mim?
- Desde o ano passado. Eu espero,Julyanna. Cure sua dor primeiro e conversaremos depois.
No corredor:
Malfoy teve uma lembrança súbita dos fatos após ver seu melhor amigo caído no chão... Morto. Não podia tê-lo de volta, mas podia ir atrás de seu grande amor, que por sinal, esbarrou nele.
- Desculpa, eu...
- Oi, Gina.
- Oi Draco. Escuta, eu tava...
- Eu lembrei minha criança. – O loiro sussurrou as palavras em seu ouvido, fazendo-a estremecer.
- Mesmo?
- Sim. Meu pai quer me matar, mas e daí? Quem liga pra ele?
Gina pôs a mão em sua testa, como que para checar sua temperatura e perguntou:
- ‘Cê ta bem?
- To. Ele viu nossas coisas na enfermaria e disse pra eu terminar com você,mas eu não ligo,sabe por quê? – Malfoy foi se aproximando de Gina devagar, até que a ruiva sentiu a fria parede em suas costas. – Eu te amo pequena. E nada vai mudar isso.
A beijou.
Sala comunal da Grifinória:
Quando entrou, Julyanna deparou com a seguinte cena:
Pâmela com a cabeça encostada no peito de Harry (sentada no sofá) dormia. Harry também dormia. Rony e Mione (próximos) jogavam xadrez bruxo em silêncio. A ruiva J se aproximou:
- Oi.
- Juh!
A ruiva desabou. Desatou a chorar. Estava confusa. Não sabia mais se queria ter Jack de volta ou Blaise. Quando Mione conseguiu acalmá-la, ela contou tudo o que se passou na sala do diretor e fora dela.
- Caracas! E eu que pensava que o Zabine era um idiota!
- Eu não sei o que fazer Mione.
- Nem precisa saber Juh.
- Como assim, Mione?
- Deixa a poeira abaixar. Zabine não lhe disse que vai esperar por você?
- Disse.
- Então. Ponha sua cabeça em ordem, analise seus sentimentos e tome sua decisão.
- Quer jogar xadrez?
Juh encarou Rony e respondeu com um sorriso, enquanto Mione ia para o dormitório.
Sala comunal da Sonserina:
Blaise estava sentado num sofá, perto de Natalie e próximo a Pansy. Natalie dizia:
- É muito bem feito que ele tenha morrido!
Pansy a encarou:
- Cala a boca sua piranha desgovernada! Loira falsificada! O Jack era um ótimo amigo!
- Escuta aqui sua tainha revoltada, eu não...
- CALA A BOCA!
Natalie olhou para Blaise.
- Querido,eu não vou...
- Será... Que... Você... Poderia... Poupar... Meus... Ouvidos... Dessa... Sua... Voz... Enjoada? – Blaise perguntou entre os dentes. Natalie não respondeu. Saiu da sala. Blaise pensava em Julyanna. Queria tanto confortá-la agora.
Draco e Gina namoravam num corredor deserto. Juras e promessas reafirmadas com tanto carinho. Tudo tão lindo.
- Eu queria ver como a Juh está.
- Bem, provavelmente, já que o Blaise a ama desde o ano passado.
Gina encarou o namorado, perplexa:
- É sério. Ele abriu mão dela para Jack. Jack merecia muito ser feliz.
- Uau! O Blaise é um ótimo amigo então.
- É.
- Eu tenho uma notícia, Draco.
O loiro a fitou e o fato foi recíproco.
- O que é?
- To grávida.
- O QUE?
- Schiii! Não grita, Malfoy!
- ‘Cê ta brincando, né?
- Não.
- Quanto tempo?
- Três meses.
Malfoy a beijou intensamente e depois passou a mão em sua barriga e conversou com o bebê.
- Eu tenho que proteger vocês! Somos uma família agora, né?
- Ahan. Eu vou pra minha comunal.
- Eu também. Preciso conversar com o Blaise.
- Te amo.
- Eu também, meu anjo.

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