Capítulo 8 : Alvoroços
O primeiro dia de Outubro começou nublado e os alunos levantaram,um tanto quanto relutante.Ninguém, absolutamente ninguém,queria deixar sua quente e macia cama.
No dormitório feminino da Grifinória...
- Mas ela precisa de mim! – Disse uma sonolenta Julyanna,sentando-se em sua cama e voltando a deitar embaixo do edredom. – Olha como ela ta carente. – Disse,passando as mãos pela cama, e fechando os olhos,mas no exato instante seguinte...
- JULYANNA! – Mione gritou,descendo as escadas do dormitório do quinto ano,acordando quem (ainda) dormia. – Vamos! Levanta! – Disse puxando os edredons e fazendo cócegas na amiga, que finalmente, se deu por vencida, levantou e foi ao banheiro fazer sua higiene pessoal.
- Não demora,se não vamos perder o café! – Disse Gina, apressando-a.
A menina andava pelos corredores pensativa quando trombou em alguém.
- Ai. Desculpa,eu...- Parou de falar quando viu em quem trombara.
- Ta tudo bem?
- Ahan.
- Tem certeza?
- Tenho. Olha,eu tava indo tomar café,então se você...
- Vamos juntos,assim a gente conversa.
A garota o olhou,surpreso.
Numa certa aula de poções...
Julyanna,Pâmela e Gina estavam na mesma mesa,preparando a poção,quando Julyanna sentiu uma cólica horrível e ergueu a mão.
- Sim?
- Posso ir ao banheiro?
Slurgon deixou assim que ela pediu.
A aula estava quase no fim e a menina foi ao banheiro da murta-que-geme,no primeiro andar(n.a.: eu não lembro se o banheiro dela é mesmo no 1º andar!) e não viu o aguaceiro que saía dele,por isso,ao pisar no chão correndo,escorregou e caiu. Estaria tudo bem,se não fosse por um certo garoto tê-la visto levar o maior e pior tombo de sua vida e ainda por cima ria dela.
- Muito engraçado,né?
- Desculpa,eu...- Ele a encarou e parou de rir na mesma hora. – Bem, quer ajuda? – Ele se aproximou dela e estendeu a mão,que a garota pegou,mas algo ali, a denunciou.
- Obrigada,Jack. Mas, eu juro que se houver uma pró...- O garoto a interrompeu,perguntando num sussurro :
- Você ta...menstruada?
Julyanna o encarou, furiosa e depois do que pareceu séculos, é que viu algo vermelho,beeem vermelho em meio a água e olhou pro chão e viu escorrendo o que nõa queria ter visto. Porque tinha que passar tanta vergonha na frente do...aha,caramba! Logo na frente do bonequinho de plástico?
A menina ficou vermelha,depois roxa,depois verde,enfim...quando respondeu,já estava na porta do banheiro.
- É...eu tô! – E entrou correndo. Jack pôde ouvir um estrondo dentro do banheiro,de novo. Sabia que estava perdendo aula,mas não resistiu e foi até a porta,que tava trancada.
- Sabe,Juh,eu acho que você deveria tomar mais cuidado!
- Alguém pediu sua opinião?
- Não,mas...
- Então...calado, bonequinho de plástico! Entendeu bem? C-a-l-a-d-o!
- Tsc,tsc,tsc...você não deveria me tratar assim,sabia?
- E você pode me dizer porque? – Julyanna tirou um absorvente do bolso da saia. E odiou constatar que o que ouviu de Jack realmente era verdade,porque o absorvente tava completamente molhado e manchado e aquilo era nojento. A menina jogou ele no lixo.
- Eu posso ser a única pessoa que pode te ajudar agora,sabia?
- Olha aqui...eu...ahaaaaaaaa!!! – Julyanna viu a murta-que-geme a olhando,com os olhos inchados de tanto chorar.(n.a.: se é que isso era possível!!!)
- Que foi? Deu de cara com a murta-que-geme?
- É...dei. – Uma idéia começou a passar pela cabeça de Julyanna. – Murta...
A fantasma a encarou.
- Quero que faça um favor pra mim,pode ser?
- Claro! – O rosto da fantasma se iluminou.
- Você poderia ir até o dormitório feminino da grifinória e pegar um...- Julyanna baixou mais o tom de voz – absorvente pra mim? Por favor,é realmente muito urgente e importante!
- O.k.
O sino tocou.
As amigas andavam pelo corredor em direção as estufas,para a aula de Herbologia,quando Pâmela falou :
- Cadê a Julyanna?
- Não sei,mas...- Dino,que estava perto,ouviu a conversa.
- Ela sumiu? Se vocês quiserem minha aju...
- Não queremos sua ajuda,Dino! E mesmo que tivéssemos que pedir ajuda,você seria o último a quem recorreríamos.
Gina puxou a amiga e as duas acabaram se afastando mais da turma,distância suficiente para que começassem a procurar por Julyanna. Pâmela ia falar,mas Gina teve uma idéia. Não sabia bem o porque,mas tinha certeza de que a amiga estaria lá.
Chegaram ao primeiro andar e avistaram o aguaceiro de longe. Ao se aproximarem mais,puderam ver Jack,sentado no chão, próximo a porta,olhando para um ponto fixamente,o que as assustou.
Pâmela bateu na porta,ao que Julyanna respondeu :
- Quem é?
- Sou eu,sua doida!
- Oi,Pâmela! Não sabe como estou feliz em ouvir sua voz.
- O.k.,eu nem deveria,mas me darei ao trabalho de perguntar...o que você faz aí?
- Aha,é uma longa história!
- Então,a senhorita poderia começa...
- Ahaaaa! – Gina gritou,quando Jack segurou sua perna, a assustando.
- O Jack ainda ta aí?
- Ta. – Pâmela se virou pra ele. – O que você faz aqui?
- Bem, eu tava...enfim,quando vi Julyanna entrar por aqui correndo,escorregar e cair, daí eu ri,ela ficou brava e eu ofereci ajuda pra ela se levantar. E ela entrou correndo no banheiro, aí eu fui até a porta,exatamente onde você está agora e comecei a conversar com ela,aí fui tentar entrar,mas a porta simplesmente...trancou. E eu resolvi sentar aqui.
- Portas não trancam sozinhas,certo? – Gina disse,mas não esperava pela resposta de Julyanna.
- Pois eu é que não tranquei!!!
Gina ficou pálida como uma folha de papel em branco. Pâmela encarou Jack,ameaçadoramente.
- Se eu descobrir que você tem alguma a ver com isso,eu vou...
- Me matar?
- Isso seria pouco pra você!
O garoto deu de ombros,enquanto Gina conversava com Julyanna.
- ...E foi o que aconteceu!
- Aha,ta. Eu pensei que vo...o que??? – Gina deu um grito agudo,ao perguntar “o que ?”
- É Gina,eu pedi ajuda pra murta-que-geme!
- Você não tem cérebro,né?
- Aí,Pâmela,também não precisa ofender,né? Eu tava desesperada e precisava de ajuda e o Jack,bem ele não era exata...
- Jack! – As meninas ouviram uma voz arrastada perto de si. – O que faz aqui? Eu tava ficando preocupado,cara! Você pede pra sair e some e o professor Snap estava começa...- O loiro parou no meio da frase,ao olhar para as duas amigas. – Há! Você não estava aqui com...elas,estava?
- Na verdade,só com a Julyanna,mas aí ela resolveu entrar no banheiro e ficou presa.
Pâmela estava irritada e quase estressada e Gina estava brava,pela presença inesperada de Malfoy ali e Julyanna estava desesperda,pois a murta-que-geme não voltava.
- Alorromora. – Pâmela murmurou e a porta destrancou e a morena entrou,arrastando Gina junto.
- Julyanna,mas...o que significa isso? – Pâmela perguntou,ao olhar para um canto do banheiro,onde estava desenhado no chão,uma estrela de cinco pontas. E havia velas,uma em cada ponta da estrela. A amiga tratou de tirar Julyanna o mais rápido dali.
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A noite chegou rapidamente e os amigos estavam no salão comunal da grifinória,onde Harry,Rony e Mione ouviam as meninas contarem a história. Conversaram muito,enquanto faziam os deveres e recuperavam matérias perdidas,até que o sono chegou e foram todos dormir.
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Acordou,assustada. Que pesadelo horrível. Resolveu descer,pois sabia que não conseguiria dormir de novo. Sentou-se na lareira,pensando... “Ele não pode ter feito isso! Não sozinho!” Lembrou-se de sua expressão e sentiu um calafrio ao pensar nessa possibilidade. Levantou-se e passou pelo retrato decidida. Iria falar com ele. Precisava saber se era o que estava pensando.
Hermione acordou de madrugada e desceu as escadas para o salão comunal. Acho que estivesse sozinha,mas ao se sentar no sofá,de frente para a lareira,notou que havia um ruivo do seu lado. Ele estava entretido em seus pensamentos,quando ela perguntou :
- Insônia? – Ele a encarou.
- Sim e você?
- Também.
Estava indo na direção certa,mais um pouco e ...
- O que faz aqui? – A voz a assustou,não mais que o dono dela.
- Oi. Eu queria saber se você tem alguma coisa a ver com...
- O que aconteceu?
- É.
- Porque você acha isso? – Acho melhor levar a irmã para uma sala de aula e começaram a andar.
- Bem,eu...eu vi,né?
- Viu,o que,hã?
- Aha, aquilo,sabe com a...
Ele pareceu lembrar-se.
- Aha,já sei.
- Então???
Entraram numa sala vazia e o garoto foi andando entre as carteiras,pensativo,enquanto a menina ali,sua irmã,esperava uma resposta.
Rony e Mione conversavam animadamente e descobriam que tinham algumas(muitas,como disse Rony) coisas em comum. Ela estava rindo, quando Rony parou de falar,para encara-la. A garota pareceu notar,pois também o fitava. Tinha um brilho nos olhos. Se aproximaram mais. Fitavam-se nos olhos. Sabiam que queriam aquilo,mas e se isso não desse certo? E se eles realmente sentissem mais do que carinho,um pelo outro?
De repente, eles realmente eram mais do que amigos. E agora,estavam ali,perto,próximos um do outro, rompendo a distância existente entre eles,ao teimarem em se aproximarem. E Harry? Como ficaria,quando soubesse? Mas eles não mais pensavam nisso,pois estavam tão perto que podiam sentir o hálito e o desejo,preso em seus corações,rompeu-se com um beijo.
Um beijo quente,doce, cheio de desejo e amor,como há algum tempo sonhavam em dar. A sensação era incrível. Pararam. Se olharam novamente e sem mais pedir,beijaram-se de novo.Precisavam sentir aquela sensação de ir ás nuvens durante o beijo novamente.
Parou de andar e falou,ainda de costas para a garota ali presente.
- É,pode-se dizer que sim,eu tive alguma coisa a ver com isso.
A menina levou as mãos á boca, tampando um grito que queria sair.
- Eu não acredito nisso! Olha pra mim,por favor.
O garoto sentiu uma tímida lágrima escorrer por seu rosto,mas ainda estava de costas pra ela,com os braços apoiado na carteira e a cabeça baixa.
- Por que você não vai dormir?
- Não consigo.
- E porque não consegue?
Ao falar,a menina foi se aproximando dele.
- Porque eu tive um pesadelo. – Ele a encarou. Doía fazer isso. A amava demais e não queria machucá-la. Tinha que protegê-la. Havia prometido isso á sua família. Cuidaria dela. Era sua única irmã. – Eu sonhei com aquele ritual macabro,mas foi tão estranho. Era como se eu fizesse parte dele. Aí,eu levantei e vim atrás de você. Precisava desabafar e sabia que você me entenderia.
A abraçou. Ela não tinha culpa de nada. Era vítima de tudo aquilo,tanto quanto ele.
A menina estranhou.Sabia que havia algo errado. E iria descobrir o que era. A se ia.
- Você está bem,né?
- Claro.
- Então,volte pro seu dormitório,maninha.Eu...
- Eu quero saber mais,sobre isso,ta? Não vou voltar pro meu dormito...
- Vai sim. Você não vai querer saber o resto. – Notou a expressão de indignação no rosto dela,mas foi firme. – Boa-noite,maninha. – E foi saindo da sala,quando percebeu que a garota continuava parada. – Quer que eu vá até lá com você?
- Não precisa,o.k.? To indo,já. – Ela andou e passou por ele,desejando um boa-noite e voltando para seu dormitório.
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