Capítulo único.
Quando tudo acaba bem
Ele abriu os olhos e os fechou novamente, não querendo acordar.
Tudo o que Harry queria era de um momento, apenas um momento de paz. Os últimos dois dias foram os mais felizes de sua vida e, ao mesmo tempo, os mais estranhos. Ele havia derrotado seu maior inimigo, Voldemort e havia sido idolatrado por todos por causa disso.
E aquilo estava deixando-o farto.
Ele ouviu a porta do quarto ser aberta lentamente; ele (assim como Ron e Ginny), estava na casa de Hermione Granger o local mais apropriado (segundo Dumbledore) para ele não ser encontrado; ele ouviu passos em direção a cama do quarto de hóspedes e instantes depois um toque leve em seu ombro. Abriu os olhos novamente e deparou-se com os cabelos de Hermione quase tocando sua face.
“Bom dia Harry” ela disse, ele sorriu levemente para ela, desejando-lhe o mesmo, com um bocejo. – “São quase meio dia e minha mãe está arrumando a mesa do almoço, ela me mandou vir chamar-lhe”
“Obrigado, Hermione”, ele desejou, sorrindo para a amiga, ele sentou-se na cama e ela sentou-se mais perto dele.
“Eu não tive a oportunidade de agradecer-lhe, Harry, por ter nos salvo e eu sei”, ela disse quando Harry abrira a boca para retrucar, “que você está mais do que farto de tudo isso, de todas essas pessoas, mas é que você faz parte da minha vida há tanto tempo, e eu vi o quanto você lutou para acabar com Voldemort”, Harry sentiu a mão dela segurar a dele. “Eu queria te parabenizar e te agradecer”
Então ela aproximou-se alguns palmos do moreno e espalmou um beijo no rosto dele, ele a observou levantar-se e seguir em direção até a porta. “Hermione!”
“Sim?”
Ele queria falar que ela não saía do seu pensamento esse tempo todo; que ele devia a ela a derrota de Voldemort; que ele não teria conseguido nada sem ela (sair do alçapão no primeiro ano, descobrir os segredos do bicho da câmara no segundo ano, libertar Sirius no terceiro, agüentar o ataque de ciúmes/inveja de Ron no quarto, lidar com Umbridge no quinto, descobrir mais sobre Voldemort no sexto e acabar com ele no sétimo); que ele não conseguia mais...
Viver sem ela?
“Eu só queria... Te agradecer por tudo”, Harry sentiu seu estômago despencar quando ela sorriu e piscou para ele, dizendo.
“Disponha”, ela estava quase fechando a porta quando se voltou para ele novamente, “Ah, Harry? Venha logo para o almoço!”
Mas ele não poderia simplesmente se declarar para ela. Havia Ron, e Ginny, e todos aqueles que torciam para que Harry Potter acaba-se com Ginny Weasley.
Para falar a verdade, Harry pouco se importava com eles (mesmo porque o seu caso com Ginny ficou no passado, assim como Cho, o caso com Ginny foi... Um impulso), o que o transtornava era o fato de que Hermione poderia amar Ronald Weasley e ele nada podia fazer a respeito disso.
“O almoço estava ótimo, Sra Granger”
“Obrigada, Harry”, a mulher sorriu para ele, e o olhar de Harry encontrou com o de Hermione e ela desviou-lhe com um sorriso no canto dos lábios.
“Eu vou escrever uma carta para Lilá, com licença”, Harry observou Ron dirigir-se ao andar de cima da casa, em seguida olhou para Hermione com interesse, ela apenas maneou a cabeça.
“Gostaria de ajuda, Sra Granger?”
“Oh, por favor, Ginerva”, Harry viu a careta de Ginny com a menção do nome e riu levemente, levantando-se com as outras, passou por Hermione, que lhe chamou, ele olhou para a morena, que indicou os jardins. E assim o fizeram.
“Ele conversou comigo ontem e descobriu que não me amava assim como não o amo”, Hermione disse.
“Não o ama?”
Harry perguntou espantado.
“Não”, ela virou-se para ele, sorrindo “Surpreso?”, Harry aproximou-se de Hermione.
“Um pouco”, ele pendeu a cabeça para o lado e suspirou. Dane-se. “Hermione... Eu-”
“Você me ama”, ela riu levemente. “Eu sei, Harry”, ela piscou para ele, e Harry sentiu-se mais confuso ainda.
“’Mione... Como?”
“Você é o mesmo Harry Potter de sempre”, ela suspirou, “E você se esqueceu que eu te conheço mais do que mim mesma?”, ela sorriu levemente, “Eu também te amo”
Harry sentiu-se incrivelmente quente e quando se curvou para beijá-la sentiu que fazia a coisa certa, de uma vez por todas. E quando ela passou as mãos pelo pescoço dele e o trouxe mais para perto, aumentando assim o contato entre os corpos deles, ele teve a certeza de que não a deixaria nunca mais.
Separaram-se e Hermione virou-se para ele, sorrindo quase que timidamente, um sorriso que Harry nunca tinha visto no rosto da amiga antes. “Vamos dar uma volta?”
Ele segurou sua mão direita e eles saíram tarde afora para dar um passeio.
¨¨
“James! James!”, Uma ruiva lhe chamou. “JAMES POTTER!”
“O que foi? O que foi? Eu não posso nem mais tirar um coch...”
“Shh, olha lá”, a ruiva apontou para baixo, para o bairro vizinho de Godric's Hallows, aonde dois jovens andavam de mãos dadas, sorrindo e conversando, “É o nosso filho”
“E aquela não é a namorada do melhor amigo dele...?”
“Não! Aquela é a melhor amiga dele, Hermione Granger, e ele finalmente enxergou que ela ama ele”, Lily Potter sorriu, “Ahh, Jamie, eu estava torcendo por isso”
“Hm, mais que garanhão, han?”, Potter abraçou a esposa pela cintura, fazendo-a rir.
"James!"
¨¨
ANOS DEPOIS...
“O que foi, mamãe?”
“Quantas vezes eu disse para você não pegar a varinha do papai?”
“Mamãe...”
“Querida, cheguei”, Harry aproximou-se da esposa e depositou-lhe um beijo nos lábios, virando-se para o pequeno James “E aí, campeão?”
“Mamãe estava brigando comigo porque eu estava brincando com sua varinha!” O menino de cinco anos disse, de maneira infantil.
“Para falar a verdade”, uma voz atrás de Hermione disse, e Harry deparou-se com Hannah, a filha mais velha do casal, com onze anos “Ele conseguiu fazer o brinquedo da Lil flutuar”, a menina com os cabelos cacheados apontou para a bebê no berço, que tentava pegar uma pequena pena em forma de almofada que voava sobre sua cabeça, “Ele conseguiu um Vingardium Leviosa com CINCO ANOS!”
“É sensacional!”, Harry desixou escapar.
“MAS, ele tem cinco anos, Harry!”, Hermione virou para o filho, “E isso não é certo, vai ficar uma semana sem assistir As Aventuras De Billie Em Sua Vassoura Mágica"
“Mamãe!”, James pediu, os olhos verdes implorando.
“Nananinanão!”, Hermione disse, “Não me venha com Dramas”
“Do-dó!”, a bebê falou, fazendo que todos voltassem suas atenções para ela.
“Meu Deus! Harry! Lílian falou! Ela...”, franziu a testa “Disse vovó?”
A bebê olhou mais uma vez para a imagem da ruiva a sua frente que lhe sorria e dizia: “Mais uma vez só pequena! Fale: ‘Papai’; ‘mamãe Mione’!”
“Líli-an!” A bebê disse para a ruiva, fazendo seus olhos se encherem de lágrimas, Lílian Potter sentiu os braços de seu marido a afagarem e ele dizer perto de seu ouvido “Vamos querida... Vamos voltar para casa”.
“Tchau, Lil!”, e dizendo isso eles abandonaram a família Granger-Potter sorrindo. Seu filho achara a pessoa certa. E isso deixava Lily e James transbordando de felicidade.
“Do-dó!” A bebê virou-se para Harry “Cadê?!”
Hermione encarou Harry e sorriu “No céu, minha linda”.
Harry entrelaçou sua mão com a de Hermione.
Tudo estava bem agora.
fin .
*****
Ntoda da Autora: Foram anos amando H&H, anos dedicando dias que eu tinha para estudar, para escrever fics, horas nos fins de semana somente para acabar AQUELE capítulo...
Harry Potter e Hermione Granger foram às personagens que me fizeram sentir de tudo, de riso ao amor, de ódio a paixão.
E eu devo muito a eles; hoje eu fecho a minha conta aqui, na Floreios,e no FF.net, deixando algumas fics (que eu prometi acabar), abandonadas, e as deixo com um sorriso porque eu sei o quão boa foi a idéia para começá-las, que eu senti aquele friozinho na barriga enquanto escrevia o primeiro capítulo e aquele alívio quando vinha um comentário pedindo por mais.
Eu vou sentir falta disso, gente, mas eu estou deixando Harry Potter para trás com consciência que fez parte da minha vida e que eu mergulhei nesse mundo de penas e pergaminhos com todas as minhas forças, que eu fui para Inglaterra imaginando os possíveis locais para possíveis encontros amorosos entre um cara de olhos verdes e uma menina que, como eu, tem cabelos armados, rebeldes e vive com um livro debaixo do braço.
Por fim, eu queria pedir a vocês para que não deixem de acreditar na magia de Harry e Hermione, porque tudo o que a gente criou aqui tem sim fundamento, e que tudo o que a gente apóia tem nexo. Deliciem-se com o sétimo livro, criem fan fics novas e sigam em frente, enrole esse pergaminho e guarde no fundo de sua mochila porque um dia seu filho vai te perguntar ‘Você conhece Harry Potter?’, e você vai dizer que sim, com saudade dessa época aqui...
Bom, gente, é isso, MUITO OBRIGADA A TODOS QUE LERAM AS MINHAS FICS, e se alguém quiser continuar alguma delas (Como Officer, Frisson, etc), sintam-se a vontade, somente me dêem um toque antes e divirtam-se escrevendo Harry e Hermione, como eu me diverti escrevendo até a última palavra dessa fic que vocês acabaram de ler.
Eu guardo todos vocês do mundo das fanfics no meu coração!
Grandes beijos,
Nathalia Rosa Potter.
Que estará sempre ‘rondando’ por aí; já pensaram que ela pode escrever no nome de uma outra pessoa?
#Desculpe pelos erros da Fic =D!
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