Faça-o sofrer



(N/I/A: Agora não é mais o Harry que narra a história, é um narrador)

Cho se sentia absurdamente desconfortável no corpo de Gina. A ruiva era bem mais baixa e magra dando-lhe a sensação de ser uns dois anos mais nova. Os cabelos pouco mais longos que o dela a incomodavam bastante, se sentia outra pessoa e de certo modo, era.

- Ora, ninguém merece habitar um corpo tão ruim assim.

Murmurava baixinho, mais por despeito do que por outra coisa. Gina tinha um belíssimo corpo e Cho sabia disso embora se recusasse a admitir.

-Gina...

Cho sobressaltou-se. Estava distraída, não imaginava que havia outra pessoa na casa. Virou-se lentamente e respirou aliviada. Deparou-se com ninguém mais ninguém menos do que Draco Malfoy.

- O que faz aqui?

Ele ignorou a pergunta, apenas aproximou-se e a abraçou forte. Tivera tanto medo de nunca mais tornar a vê-la... Medo que a matassem...

-Ainda bem que está aqui... Aonde se meteu? O que houve?

Ela, por sua vez, mal escutava o que Draco dizia, apenas lembrava da fala de seu mestre quando lhe deu a poção polissuco...

“ ...Faça-o sofrer... Faça- o pagar por tudo o que fez a mim, quero dizer, a nós. Ele te fez muito mal não é verdade? Pois bem, faça- o pagar...”

A garota sabia que Voldemort a mataria se matasse Harry com as próprias mãos, e a verdade é que não queria que morresse, por enquanto. Suas reuniões com o lorde transformaram todo o amor que sentia por ele em ódio, um ódio tão grande que seria capaz de dar a sua vida, se antes de morrer ela pudesse ver sua ruína. Queria vê-lo sem namorada, sem amigos, sem parentes, sem dinheiro, sem qualquer coisa que pudesse lhe dar um pingo de felicidade. E sabia exatamente como começar.

- Draco...

Ela abraçou o loiro com mais força e desandou a chorar em seu ombro. Draco acariciava seus cabelos ruivos e lhe dava beijos na testa de vez em quando. Ele não entendia a mudança repentina de comportamento que Gina tivera com ele, mas gostava disso, adorava tê-la em seus braços e poder ajudá-la nesse momento tão difícil. Afinal, onde estava Potter agora?

-Foi... Foi horrível... Por pouco eles não me pegaram! Por que Harry me deixou sozinha? Por que fez isso comigo?

Sem dúvida ela estava estranha. Draco nunca vira Gina lamentar nada, ela sempre enfrentava bravamente seus problemas... Mas entendia o porquê estava assim... Ela fora perseguida por comensais, eles podiam tê-la matado.

Cho agarrou Draco com mais força derramando rios de lágrimas na camiseta do garoto. Ele continuava ali, abraçado a ela imóvel. Ela soltou-se dele por uns segundos e passou a encará-lo aparentemente amedrontada.

(N/I/A: Boa atriz a vaquinha né?)

-Eu não quero que ele saiba o que me aconteceu Draco... Não diga nada a Harry nem a ninguém. Deixe o pensar que não houve nada comigo, que eu saí apenas para comprar produtos de limpeza. Não quero que se preocupe... E depois, não tenho mais tanta confiança nele.

O ânimo de Draco melhorava a cada palavra que ela dizia... Não desejava mal nenhum a Harry, realmente estava do seu lado na guerra contra Voldemort. Mas se Gina o quisesse, se desse bola pra ele, nada nem ninguém o impediria de dar a ela todo o amor que ela merecia.

-Não diga a ninguém... Eu confio em você...

Cho alisava o peitoral de draco com uma das mãos e acariciava seu rosto com a outra. O garoto fechou os olhos sentindo as carícias da “ruiva” e desejando que aquele momento não acabasse nunca. Como a amava... Não tinha palavras para explicar o quanto aquele momento significava pra ele.

Ela aproximava seu rosto do dele devagar, suas mãos iam do pescoço para as costas dele, das costas pro peitoral, deu vários selinhos no loiro e ia beijá-lo. Ele estava imóvel completamente bobo com o que estava acontecendo. Sentia as mãos da garota passeando por todo o seu corpo, a respiração ofegante de ambos, queria beijá-la, e como queria. E neste momento aparentava que esse também era o desejo dela mas quando iam se beijar...

- Gina! – Gritava Harry ao longe – Onde você está? Venha se juntar a nós.

Ela afastou-se do loiro deixando ele aparentemente transtornado.

- Eu tenho que ir... Se ele me pega com você Eu... Não sei o que faria. – Ela piscou pra ele. – Eu falo com você depois... Não se preocupe.

- Gina! – chamou Harry

- Já estou indo querido.

Ele observou a “ruiva” se afastar ainda sem entender direito o que acontecera. Ela ia beijá-lo. Esquecera Potter, ela o amava. Uma felicidade imensa invadiu seu peito. Resolveu ir até a casa que fora de seu pai, não teria coragem de adentrar o Largo Grimmaud depois do que acontecera. Sabia que daria bandeira, estava completamente apaixonado por ela, e ela também o amava.

(N/I/A: Cara até eu fiquei revoltada agora. Essa vaca vagabunda! Nem o Draco merecia isso tadinho)

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Gina estava encolhida em um canto do enorme casarão aos pedaços em que fora aprisionada. Lágrimas de raiva desciam pelo seu rosto e a varinha em sua mão, por pouco não se partia devido à força com que a segurava.

- Essa puta de cú arrombado e esse rato fedorento vão me pagar. Eu tenho que dar um jeito de avisar Harry. Ele não pode vir pra cá.
- CALA A BOCA! - Berrava Rabicho do lado de fora do quarto. - EU ESTOU COM SUA VARINHA, NÃO TEM COMO AVISAR NINGUÉM.

Gina levantou a mão e olhou para sua varinha. Riu baixinho, ele era sem dúvida o comensal mais incompetente de todos.

A alegria da ruiva não durou muito. Logo em seguida Rabicho adentrou o quarto e roubou sua varinha.

- Eu... Esqueci, de pegar. Mas agora eu já peguei.

A ruiva estava sem varinha, não tinha nem idéia de onde estava e não sabia como sairia dali, mas mesmo assim não podia deixar de rir. Ele era muito BURRO.

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- Gina você nos assustou DEMAIS!

Rony andava de um lado para o outro fervendo de felicidade. Nunca escondera a obsessão que sente por proteger a irmã de todos os possíveis perigos e agora que ela estava ali, de novo ao alcance de sua visão, se sentia felicíssimo.

- Eu sei, eu sei. Desculpa... Não pensei que fosse nada de mais. – Cho respondia com mau humor, ninguém desconfiou da falta de interesse da morena uma vez que Gina sempre respondia de má vontade as coisas que Rony lhe dizia. – Por que você pega tanto no pé da... Digo... No meu pé?

- Por que eu quero te proteger! E você deveria dar mais valor a isso. Pode me responder COMO É que a namorada de HARRY POTTER sai por aí andando sozinha?

- Eu não preciso de escolta.

- Eu não esperava que dissesse o contrário.

Hermione entrou na Biblioteca com varias xícaras de chá quentinhas e depositou a bandeja sobre a mesa.

- Eu acho que Draco poderia cuidar da escolta dela.

Todos se serviram de chá. Rony sentado em uma poltrona tentando assimilar o que a amiga dissera.

- DRACO MALFOY CUIDANDO DA MINHA IRMÃ???

Hermione Ignorou a pergunta. Já dissera milhões de vezes que Draco agora estava do lado deles, mas Rony não escutava, então que ficasse pensando o contrário, não iria mais se preocupar.

- Hermione, o pai dele matou meus pais.

-Rony, - Harry agora adentrava a biblioteca com mais uma pilha de livros. – Hermione tem razão, Draco conhece os comensais, sabe como eles agem e... – Interrompeu a fala como se tomasse coragem para dizer algo, em seguida continuou – Ele jamais faria nada que poria a vida dela em risco... Ele a ama.

Cho, sentada em um canto da sala, estava muito satisfeita com a decisão dos “amigos”. Já tinha uma desculpa para passar mais tempo com Draco, e depois, na hora certa, comunicaria a todos sua decisão de casar-se com o loiro. Isso com certeza acabaria com Harry e tudo o que precisava fazer era convencer Draco de que o amava tanto quanto ele a amava.

Continua...

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N/I/A: Mayra obrigada por comentar de novo e mil perdoes pela demora. A minha mãe teve um probleminha de saúde mas ela já ta melhor. Eu espero que goste desse cap. Beijos.

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