Varinha Sem Dono



Passado um tempo, ouviu-se o som da campainha tocando. O grito de Kendra Dumbledore resoou pela casa: “Atenda à porta, Abbie!”. Logo após, a porta do quarto de Alvo se escancarou, e Kendra esticou a cabeça para dentro, falando: “ Está na hora, querido, não se acanhe.”

Alvo mal podia esperar para encontrar-se com a pessoa que, naquele instante, encontrava-se na entrada de sua casa, e foi com grande alegria que descansou os olhos sobre a senhora Olivander. A mulher, com cabelos loiros e olhos muito azuis, mirou-o e falou, “Ah! O jovem Dumbledore! Que prazer conhecer o filho de minha grande amiga!”. Alvo encarou-a respeitosamente e respondeu, ”O prazer é todo meu, Sra. Olivander!”.

Kendra indicou a velha lareira da família e, sem avisos, a Sra. Ollivander puxou o garoto em direção à lareira, onde jogou uma pitada do pó que encontrava-se em um vaso negro ao lado da lareira, dizendo: “Loja Ollivander!”.

Ao encontrar-se em meio a tantas caixas de varinha, Alvo sentiu a velha sensação de poder lhe subindo à cabeça. Sentiu que poderia superar a qualquer bruxo, e que poderia fazer com que mil armários queimassem ao mesmo tempo. O que precisava agora era uma ferramenta; uma varinha.

A Sra. Ollivander mediu seus braços em diversos ângulos, pontos e modos. Finalmente, enfurnou-se nas estantes da loja, voltando alguns minutos depois, com uma caixa vermelha. Tirou de seu interior uma varinha muito escura, com entalhes dourados,
“Carvalho, 27 centímetros, pêlo de unicórmio, boa para encantamentos de proteção. Vamos, faça o teste!”, disse ela. Alvo sacudiu a varinha, que lhe foi tirada alguns segundos depois. A Sra. Ollivander passou muitos minutos tentando conseguir a varinha própria para Alvo. Foi então, depois de quase uma hora procurando, que trouxe uma caixa púrpura. De dentro dela, tirou uma varinha elegante, de cor acinzentada e entalhe glorioso. “Uma varinha única, devo dizer. Madeira petrificada, cerne de lágrima de fênix, 28 centímetros. Boa para magias ousadas.”

O efeito foi imediato. Alvo apontou a varinha para uma cadeira quebrada, que logo se consertou. Os olhos de espanto da Sra. Ollivander o acompanharam pelo aposento até que ela resolveu falar.

“Escute, rapaz, vou lhe falar algo sobre esta varinha. Ela é conhecida como a Varinha Andarilha, pois confia apenas em bruxos que têm algo grandioso a alcançar. Normalmente, depois que essa pessoa acha o que está procurando, ela a abandona. Não há efeito igual ou sequer semelhante em qualquer varinha existente.”

Naquela noite, quanto Alvo voltou para casa, dormiu em paz, com a varinha debaixo do travesseiro.

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