O Usurpador
-É hoje!! Por que Dumbledore não dá nenhum sinal?
-Calma Draco ele não pode, lembre-se que ele disse que viria buscá-lo hoje.
-Mas e se ele estiver esquecido?
-Ele não esqueceu, o Alvo sempre cumpri o que promete – disse Tonks que havia acabado de entrar na cozinha
Os dois agora se falavam sem trocar insultos, o que deixou Andrômeda muito feliz.
-Alguma notícia nova sobre o meu seqüestro?
-Não, o Ministério acha que o tal invasor trabalha para Voldemorte, Lúcius lançou a hipótese de você esta sendo controlado pelo próprio, da para acreditar?!
Draco se levantou irritado:
-Ele sempre faz isso.
-Querido você já fez suas malas?
-Já!
-Ele não vai precisar mãe.
-Como não vou precisar?Você esta dizendo que eu não vou?
-Claro que não Malfoy, vejo que eu estava certa... Você é mesmo burro.
-Pronto estava demorando... Desembucha Ninfadora!! – Retrucou irritado
-Se você vai se passar por esse tal de Gustavo, não pode levar suas coisas, muito menos seu malão com um M do seu sobrenome estampado.
-Ninfadora, como você sabe disso? – Perguntou a mãe preocupada
-Ah eu ouvir.. assim atrás da porta
-Ninfadora será que você nunca vai perder essa mania?
Draco não pode deixar de rir da prima, mas deveria concordar que ela tinha razão.
Voltou ao seu quarto e separou apenas o que tinha realmente de importante, colocou o anel deixado pela sua mãe, e guardou uma caixa dentro da outra, estava pronto.
A hora do embarque já havia passado, Draco lembrou da sensação que teve quando seu pai prometia brincar com ele e não cumpria, isso acontecia com freqüência quando ele era criança.
Todos os alunos já deveriam ter almoçado dentro do trem e ele estava ali naquela casa esperando que o diretor resolve-se dar algum sinal de vida. Draco se deitou e começou a tentar relaxar.
TOC TOC TOC
-Malfoy!!Malfoy!!!Draco?! – Tonks havia interrompido o seu sono, ele olhou pela janela e percebeu que já estava escurecendo. – Malfoy você estava . dormindo? Dumbledore está lá embaixo. Anda!
-Serio?! Quer dizer... estou indo. – Draco estava feliz, no fundo ele tinha medo que nada acontece-se.
Desceu as escadas e encontrou Dumbledore ainda de pé, ele parecia mais cansado do que da ultima vez.
-Professor Dumbledore! – Disse Draco tentando conter toda sua euforia apenas para si.
-Olá Draco, espero que esteja pronto, você não vai precisar de muitas coisas apenas o essencial, Gustavo já me enviou sua mala, e o ingrediente essencial para a poção polissuco, é importante que você a beba antes de aparatarmos em Hogsmead.
O Mago colocou um único fio de cabelo e entregou um frasco com um líquido que se tornou fortemente verde oliva.
Draco bebeu em um único gole, sentiu-se enjoado, seu estomago começou a queimar e sua pele começou a borbulhar, ele ficou tonto e caiu sentado na poltrona mais próxima, percebeu que sua pele tomara uma cor levemente mais escura do que o pálido habitual, suas pernas cresceram alguns centímetros, seus ombros se esticaram e seu abdômen se contraiu ferozmente, como se ele tivesse acabado de ganhar músculos. Ele olhou para as mãos estranhas que agora o pertenciam e notou um leve sinal nas costas da mão esquerda.
-Você esta bem querido? – Perguntou Andrômeda se aproximando emocionada e o abraçando, ele retribuiu.
-Sim, estou bem obrigado! Vamos?! – Quando falou Draco se surpreendeu com a mudança da voz habitual arrastada, para uma voz grossa e calorosa.
Ele estava curioso para ver a forma que havia tomado, mas não quis parecer vaidoso e pedir para se olhar no espelho.
-Segure a minha mão!- Falou Dumbledore estendendo sua mão boa – Agradeço pelo seu tempo Andrômeda!
Falando isso os dois desaparataram em um bar, Draco conhecia esse bar chamava-se Cabeça de Javali, era mal arrumado e pouco freqüentado.Alvo acenou com a cabeça para o homem atrás do balcão:
-Olá Aberforth! - Este apenas acenou rapidamente com a mão e voltou aos seus afazeres.Dumbledore saiu do bar sendo seguido de perto por Draco.
-Professor?!E as minhas malas?Quer dizer as dele.
-Sua Mala já foi encaminhada ao seu dormitório, e seu uniforme está na sala da professora McGonagall!Não se lembra Sr. Dellacour, você me enviou mais cedo para que ela fosse enfeitiçada com o Brasão da casa da Grifinória.
Ele ficou intrigado com a reação do diretor.Mas sabia que o velhinho estava fazendo isso para protegê-lo, ou será para proteger Gustavo?!
Pela primeira vez notou a presença de Testrálios guiando a carruagem, não foi muito surpreendente, ele já havia lido sobre os tais animais mágicos, mas não imaginava que fossem tão feios.
-São animais adoráveis não se deixe levar pela aparência rapaz.
Os dois embarcaram em uma carruagem, o expresso de Hogwarts ainda não havia chegado, mas já podia ser visto ao longe.
-Então como eu ia lhe dizendo Sr. Dellacour você será apresentado a escola como aluno transferido da Beauxbatons o que não é nenhuma surpresa para você, espero que aprecie a escola.
“Por que ele esta fazendo toda essa encenação... isso tudo é para eu incorpora o personagem?”
Ao chegarem Dumbledore se encaminhou junto a Draco para a sala da Professora McGonagall.
-Minerva?!Este é o aluno do qual falei.
- Gustavo Dellacou, Prazer!! – Disse Draco simpaticamente
-Oh ouvir falar coisas muito boas de você. –Disse Minerva sorrindo, coisa inédita para Draco Malfoy. – Fiquei muito feliz quando soube que fora escolhido para a minha casa, seu uniforme está aqui, os outros foram levados para o dormitório junto com suas coisas.
-Bem, está em boas mãos Sr. Dellacour, creio que devo ocupar-me em algumas coisas antes do jantar – Disse Dumbledore piscando para draco e deixando os dois a sós.
-Deixe-me acompanha-lo até o banheiro dos monitores, você poderá usa-lo para se trocar antes do jantar.
Os dois saíram pelo e começaram a subir as escadas enquanto Minerva fazia algumas apresentações sobre o colégio.
-Como eu ia dizendo a casa da Grifinória é protegida pelo quadro da..
-Mulher Gorda – Completou o garoto
-Como disse?Dumbledore já mencionou?
-Não Professora, na verdade quando soube que seria transferido para cá me dediquei a conhecer um pouco a escola e li Hogwarts, uma Historia.
Os olhos de Minerva brilharam.
-Tenho certeza que se adaptará muito bem aqui. A propósito a senha é “cauda de fênix” e se localiza no 7ª andar!!Basta subir mais dois andares.
-Obrigado! – Disse Draco finalmente entrando no banheiro dos monitores.
“Ah finalmente, não agüentava mais.”
O Banheiro estava vazio e não emitia nenhum sinal de vida a não ser pela sereia que cantava distraída em um quadro, era incrivelmente limpo, mas já era conhecido de Draco Malfoy, ele gostava de entrar ali escondido pára relaxar.O rapaz trocou suas roupas, fazendo as antigas desaparecerem. Teve que admitir que o seu “novo corpo” não era nada mal, o uniforme caiu como uma luva, obviamente, fora feito sob medida.
Draco se encaminhou até o espelho, ansioso e temeroso, teve que piscar duas vezes para acreditar no que via, primeiro por que era estranho olhar no espelho e ver outra pessoa a não ser você.
E segundo por que:
-Uooow! Gustavo não vai ser nenhum sacrifício ficar aqui. – Disse Draco ao espelho, lançando um sorriso sedutor. – Claro que você não é um Draco Malfoy da vida, mas dá pro gasto amigo.
Ele agora observava os traços do garoto, tinha um rosto largo, um nariz afilado, uma covinha acompanhada de um sorriso charmoso e um sinal perto da boca. Percebeu sua nova tonalidade de olho, antes cinzas e frios, agora eram de um puro azul, por ultimo seu cabelo antes loiros platinados agora contrastavam com o anterior, tornaram se castanhos escuros e caiam com uma certa elegância sobre os olhos.
Draco Malfoy começou a ouvir uma certa movimentação vinda do Saguão, resolveu se apressar, todos estavam se acomodando, ele buscou um lugar vago e tentou parecer a vontade enquanto distraia-se com o anel de serpente.
A Cerimônia começou, Draco encarava os antigos rostos familiares que apenas ficavam sem entender, buscou o rosto de uma castanha, mas não teve sucesso. Depois da apresentação do chapéu seletor Dumbledore começou seu discurso sobre a volta de Voldemorte, todos permaneceram em um silêncio aterrorizado.
-Sem mais delongas gostaria de apresentar-lhes com prazer um novo aluno – Falou apontando para a mesa da Grifinória, Draco se levantou rapidamente com um sorriso para o diretor, ouviram-se muitos murmúrios por todo o salão. – Este é Gustavo Dellacour, foi transferido da Beauxbatons, sua seleção foi feita através do chapéu seletor ,obviamente, e ele agora pertence a Grifinória.
Os Grifinório aplaudiram com veemência, aquilo foi tão irreal, estava sendo aplaudido por todos os Grifinórios, ele nunca se atreveu a imaginar uma coisa dessas, claro que ele sabia que não era exatamente ele que era aplaudido, mas eles não conheciam Gustavo, aplaudiam apenas por que era da Grifinória, independente de quem fosse. Sentiu-se acolhido por uns instantes e não pode deixar de sorrir. Foi quando viu finalmente Hermione ela estava com uma expressão séria, mas também o aplaudia, ele sorriu para ela que não pode deixar de corar.
Depois da cerimônia todos foram para seus Salões Comunais Rony e Hermione como monitores vieram se apresentar e encaminha-lo até a nova casa.
-Olá eu sou Hermione..
-Granger! – Completou Draco fazendo a garota corar
-Como sabe o meu sobrenome?
-Ah já ouvi coisas boas sobre você. – Falou ele contendo sua amargura
Rony tentou cortar o assunto dos dois.
-E eu sou Ronald Weasley – Draco fez um esforço irreal para sorrir sem parecer falso.
-Mas o que você ouviu falar sobre mim? – Perguntou a garota curiosa
-Ah alguns comentários sobre você ser uma garota muito inteligente.
Ele havia conseguido, pegara o ponto fraco de hermione, ela corou tão fortemente quanto o vermelho do seu brasão.Draco lançou o sorriso sedutor que havia treinado na frente do espelho.Rony revirou os olhos e ficou emburrado.
-Hermione você não tem que acompanhar os alunos do 1ª ano?!
Ela concordou envergonhada.
Os outros dois caminharam em silencio até o quadro da mulher gorda
-Droga, qual é a senha mesmo? – Disse Rony para si mesmo
-Cauda de Fênix – Interrompeu Draco
-Finalmente alguém que lembra das senhas por aqui. – Comemorou a Mulher Gorda
Rony ainda irritado apontou para o dormitório masculino:
-É ali, o dormitório masculino subindo a escada a direita. – Draco seguiu em frente arrancando suspiros de um grupo de garotas sentadas em frente a lareira.O garoto estava imensamente impressionado com aquele lugar.
É mais bonito do que em seus sonhos, extremamente aconchegante, nem de longe lembrava as frias masmorras.
Ele subiu deslumbrado e encontrou uma mala com um D gravado e a caixa de prata em cima da cama, Draco abriu a mala curioso notou que as roupas de Gustavo eram todas de bruxo e descoladas, o que Pansy chamaria de “ultimo grito da moda”.
“Ele deve ser um puro sangue”
-Como se isso fizesse diferença agora! – Falou ele emburrado se jogando na cama
Draco sentiu algo fofo e olhou curioso para os seus pés; lá estava um gato cinza com as patas pretas e os olhos azuis da cor do céu em noite de lua cheia.
-Saia...passa!! – Falou Draco empurrando o gato da cama para o chão, este voltou para a cama sem se importar, veio andando por cima de Draco e estacionou em seu peito.
-Mas que bola de pelo é essa?? Saia de cima de mim!!
O gato olhou para ele confuso, Draco notou que o nome do gato estava escrito no pingente da coleira:
Sirius Narciso Dellacour
13/04
-Sirius?Seu nome é Sirius?Pior você pertence a mim!!Ninguém me avisou que eu iria ter que tomar conta dessa bola de pêlo.Como se dividir o quarto com o Potter e o Weasley já não fosse ruim o bastante.
O gato se aconchegou em seus braços, ele sentiu pena do gato este só queria carinho..
-Ta bom bolinha de pêlo – Falou enquanto passava a mão sobre o gato, tentando acaricia-lo, ele não estava acostumado com isso, mas fez o melhor que pôde.
Draco escutou passos e fingiu estar dormindo para não ter que socializar, começou a lembrar das coisas que haviam acontecido durante o dia:
“Draco Malfoy o que você estava pensando quando foi simpático com aquela Sangue-ruim? Onde esta o seu orgulho não se lembra do que ela fez?Expulsou você da casa dela.Não!!!Eu estou apenas me vingando..vou me fazer de amiguinho e descobrir todos os podres da sabe tudo.É só isso.. e eu tava sendo simpático com ela por que tenho que ser, só isso, afinal eu agora sou esse tal de Gustavo..”
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