A Escolha



-Ah imagino que sim, mas mesmo assim preciso falar com você, então... Me espere mais tarde, quando seus pais dormirem.

Harry levantou e me deu um beijo, saindo rapidamente do quarto. Na verdade minha cabeça não conseguiu raciocinar direito, pois Hermione segundos depois entrou no quarto.

-Você vai ficar onde? – perguntei a ela. Claro que Harry tinha falado com Mione antes, afinal, duvido que ele fosse querer ela ali conosco.

-Eu pretendo ficar lendo algo na sala ate vocês conversarem.

-Rony?

-Depois que Rony dorme, nem “As Esquisitonas” tocando na sala o acordariam.

Suspirei e deitei na cama, esperando o tempo passar. Harry já tinha ido ao meu quarto falar comigo às escondidas, mas nunca foi tão secreto, nem tão esquematizado...


**


Os minutos passavam como horas e nada era dito. Hermione parecia estar distraída com algo, enquanto eu estava perdida em meus pensamentos há muito, muito tempo mesmo.

-Meninas! – falou mamãe abrindo a porta do quarto, já vestida de pijama– Você já é da casa querida, mas qualquer coisa que precisar me chame tudo bem? Botem os pijamas que já passou da hora de dormir! Boa noite. – Respondemos boa noite, e ela saiu.

Hermione sorriu rapidamente e se esticou na cadeira enquanto girava para mim e perguntava:

-Você sabe o que Harry quer com você?

-Não... Na verdade ele me pegou de surpresa. Ele nunca foi do tipo que gosta de fazer surpresas... E nunca foi tão misterioso com algum presente, tem que ser algo muito especial.

Hermione arrastou a cadeira até perto de mim, parecendo que ia contar um segredo.

-Vi Rony e Harry conversando entre os cantos da outra vez que estávamos aqui... Não sei... Mas esses dois estão me aparecendo muito estranhos!

-Espera um pouco, esses dois estão armando algo?

-Não sei... Talvez seja só impressão...

-Mas então, Rony sabe que Harry vem aqui, não?

-Talvez ele só saiba o presente, não quando Harry vai dar... Sei lá.

Ouvimos batidas na porta. Hermione olhou para mim e foi abri-la. Era Harry.

Ele entrou e ela rapidamente saiu, fechando a porta atrás de si.

Harry olhou para mim envergonhado. Chegou mais perto e ofereceu a mão para eu levantar. Nos fitamos por alguns segundos.

-Então veio mesmo Harry! Diga logo... Estou morrendo de curiosidade!

-Acho... Que agora que vamos voltar para Hogwarts... Queria que todos soubessem, entende? De nós... E também, é um modo de dizer... Bom, eu amo você. Queria te dar isso.

Harry pareceu em dúvida por um momento, mas olhou para meus olhos e tirou do bolso uma caixinha, azul-escuro, que ele abriu e virou para mim.

Era uma aliança. Na verdade um par delas, pratas, e uma particularmente com uma pedrinha afixada nela.

O que eu sentia era simplesmente inexplicável. Antes de conseguir expressar qualquer reação, Harry pegou a aliança com a pedrinha.

-Você aceita?

Palavras não saíram da minha boca. Simplesmente minha mão direita se levantou, e meu dedo anelar foi elevado mais que todos.

O sorriso envergonhado de Harry, eu tinha certeza que ficaria na minha memória para sempre. Aquele mesmo sorriso logo depois que me beijou pela primeira vez.

A aliança foi colocada calmamente no meu dedo. Algo desse porte era novo para mim, já que meus antigos namorados foram meio que rápidos, sem quase nenhuma importância, fora experiência. Experiência que não existia mais, agora que eu via meu dedo com uma grande aliança de prata.

Respirei fundo e peguei a outra aliança que tinha dentro da caixinha, junto com a mão de Harry. Coloquei a aliança no seu dedo, que abaixou a mão rapidamente.

Meu olhar cruzou o dele e ficamos nos fitando um longe tempo. Até que eu o abracei.

Ficamos ali por um tempo, até que os lábios dele tocaram nos meus e o beijo foi inevitável.

Nunca fiquei tanto tempo beijando Harry sem parar. Parecia uma boba ali parada no meio do quarto, beijando ele calmamente sem me importar com mais nada.

-O Monstro dentro de mim urra pedindo por você Gina.

Rapidamente meus pensamentos maliciaram aquelas doces palavras, mas sentido Harry ali comigo, vi que não era aquilo que queria dizer. Não era nada sensual, era sim muito mais interno.

Separei-me dele e o puxei para sentar na cama comigo, e ficamos ali, nos beijando por algum tempo.

-Tenho que descer e mandar Hermione subir, acho que ela vai querer dormir ainda – falou Harry quase sem fôlego, olhando para mim com os lábios inchados.

À hora era essa. Nunca tive tanta certeza de alguma coisa na minha vida... Mesmo depois de tantas coisas na minha cabeça, parecia que não havia nenhuma dúvida. Em fração de 5 segundos, tanta coisa passou em minha cabeça. Quando Harry e Rony me viram com Dino... Quando Harry me beijou ombros depois do jogo de Quadribol...

-Hermione gosta de ler. Deixe-a lá.

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