...O fim

Uma vez que coloquei as mãos no exemplar de "a Ordem da Fênix" , não consegui mais parar de ler. Novos mistérios para se indagar; um novo Harry, mais confuso e instável, mais adolescente. O mesmo estaria acontecendo comigo naquela mesma época.
Os personagens, tão cuidadosamente trabalhados como sempre, com suas personalidades distintas e jeito de lidar com as coisas, começavam a ser testados. Que história!
Não tive como esperar o lançamento do 6º por muito tempo, uma vez que já dominava o inglês muito bem, aproveitei-me da "galera" da internet e consegui o livro assim que este foi lançado no exterior. It could not be better!
a surpresa do final foi estragada pela própria internet, infelizmente, mas confesso que enquanto lia, tinha esperanças de que fosse mentira, era muito cedo para ficar sem Dumbledore.
Li todos os seis livros novamente como uma fã louca, decorando minhas partes favoritas, ignorando ainda o fato de muitos dizerem se "feito para crianças", afinal, fora esta história que despertara naquela criança de 10 anos a paixão pela leitura. Como esquecer um livro com tamanho poder?


Há uma semana atrás, no dia 21, eu estava passando pela livraria Saraiva, deviam ser umas 6 horas da tarde. Eu já nem lembrava o dia do lançamento do último livro, mas a movimentação dentro daquela loja não deixou dúvidas.
Chegara a hora do adeus.
E ler Harry Potter tornou-se a prioridade da semana. Cada página daquele livro era uma emoção diferente. Diferente de todos os anteriores, ".. and the deathly hallows" é a maneira única de escrever de J.K. com algo a mais. Confesso que, pela primeira vez, eu temi o vilão de uma história.
A cada capítulo que eu li, vi que o final aproximava-se. E eu não quis dizer adeus. parei no último capítulo.
O epílogo seria o fim. Mas eu escolhi não ler naquela hora.
Foi então que eu entrei aqui na Floreios, resolvi escrever o que foi Harry Potter pra mim, como sempre esteve presente e como, provavelmente, definiu muitas coisas na minha vida. Não estou exagerando, e você que é fã deve saber isso. Não é só um best seller, mas um clássico!
Despedir-me de Harry Potter foi dizer um adeus definitivo a minha infância. Lembrar que aquela criança que um dia quis ir para Hogwarts cresceu, mas não perdeu a magia. Isso nunca.


O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas do mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não se compactuavam com esse tipo de bobagem...

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