A Tempestade
Em uma tarde chuvosa, fria, cheia de nuvens carregadas e cinzentas de agosto, um garoto moreno de olhos verdes e cabelos pretos compridos via a chuva passar diante da janela de seu quarto. O jovem garoto estava no auge de seus 15 anos, tinha espinhas, marcas da adolescência. Aparentava ser triste, tinha sardas e cabelos enormes que tapavam seus olhos. O jovem garoto observava a lua que acabara de aparecer diante de tal tempestade. Ele estudava em Hogwarts e cursava o 5° ano, era um grifinório e era um dos melhores alunos de sua classe. Vivia juntamente a sua mãe, em uma pequena casa que ficava em uma vila um pouco distante do centro de Londres.
Enquanto ficava na janela, uma bela mulher ia entrando em seu quarto. A mulher não era muito alta, tinha os cabelos cor de mel cacheados, vestia um lindo vestido preto e estava segurando um mapa em suas mãos. Percebendo que o garoto estava meio avoado, a bela mulher chamava sua atenção:
- Derek? Derek. Filho?- O garoto virou-se lentamente meio desanimado.
- Hum... o que é?- Respondeu ele meio desinteressado e observando os mapas na mão dela.
- No que estava pensando, querido?- Ele olhava para os lados e depois para sua mãe.
- Estava pensando sobre o que irei fazer nessas férias.- Mentiu, ele tirou a franja um pouco de seu olho.
- Filho, terei que ficar alguns dias fora, tudo bem?- Ela fica ansiosa e espera por uma resposta positiva.
- Tudo, claro. Mas para onde irá desta vez? É um caso muito sério? Ao menos perigoso?- disse o garoto aflito e triste por causa da ausência de sua mãe novamente.
- Irei para a Irlanda e não é nada de muito sério, muito menos perigoso, meu anjo, irei a um congresso muito importante para a minha carreira. Já falei com Rony sobre minha saída e vocês irão para a casa de seus avós. Prometa-me que vai se cuidar.- Ela abraçou-o fortemente e beijou-lhe o topo da testa, acabara de largar os mapas de suas mãos, fazendo com que esses caíssem no chão.
- Srta. Hermione Granger, srta. Hermione...- O garoto deu um pequeno sorriso, coisa que não era muito comum. Eles dois se afastaram por alguns segundos e o silêncio pairou sobre eles.
Hermione trabalhava como auror, para o Ministério da Magia. Começou como auror assim que se formou em Hogwarts. No mesmo ano, no qual virou auror, ajudou um de seus ex- amigos, Harry Potter, a derrotar o Lorde das Trevas.
- Derek, viajarei amanhã pela parte da manhã. Mas terei que dormir em um hotel hoje, porque todos os aurores terão de ouvir algumas instruções sobre o congresso pelo próprio ministro, daqui a pouco. E a reunião acabará muito tarde. Cuide-se meu querido e boas férias. – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Hermione. Ela nunca tivera tempo para Derek.- Tenho que ir, querido. Os aurores já devem estar sentindo minha falta.- Ela beijou a testa de Derek novamente.- Ah... já ia me esquecendo, seu pai só irá voltar amanhã de manhã, tá?
- Tudo bem mãe. Boa sorte.
Hermione pegou suas coisas(mala, livros, mapas, sua varinha...) e partiu para o congresso aparatando.
Derek ficou sozinho e voltou a admirar a lua. O garoto já estava acostumado em ver sua mãe partir em suas férias. Nas férias, sempre ficava na casa de seu até então, pai ou na casa de seus parentes. Uma coisa que Derek não conhecia, era ódio, sempre fora calmo e lívido.
Derek assistia a chuva que estava parando, já era tarde e decidiu dormir. O garoto deitou-se em sua cama, ligou seu abajur e pegou um álbum de fotos que ficava em uma gaveta, dentro do móvel onde ficava o abajur. Ele olhava o álbum velho, do tempo de colégio, de sua mãe(Derek havia pego o álbum no quarto de sua mãe, escondido). Neste se encontravam algumas fotos dela, de Harry Potter e de seu pai juntos. O garoto adormeceu depois de observar algumas das fotos.
Noutro dia...
Derek acordou e foi até sua coruja, Gerard. A coruja estava um tanto judiada, fazia longas viagens para trazer as cartas para o jovem. Gerard tinha algumas cartas em seu bico, não eram muitas, porém uma delas chamou a atenção de Derek. Era um envelope preto com algumas letras cinzas brilhantes, o garoto não demorou muito para abrir a carta, curioso. Nela dizia:
“ Você está convidado(a) para o aniversário de 15 anos de Lílian Weasley Potter.
Aguardamos sua presença.
Venha fantasiado.
Horário: 19:00 às 24:00
Local: Mansão dos Potter”
Derek ficou parado por muito tempo incrédulo, havia algumas dúvidas em sua mente. “Por que ela me convidaria? Mal a conheço. Nunca conversei com Potter. Talvez seja o meu pai que pediu para eles me convidarem... só pode ser isso!” pensou ele.
No mesmo momento, o garoto tornou a escrever uma carta para Rony, relatando sobre o acontecido. Depois de escreve-la, colocou a carta com muito cuidado no bico de Gerard.
- É para o Rony, Gerard. Entregue esta carta o mais rápido possível.
Passaram-se alguns minutos enquanto o jovem garoto lia suas cartas ansioso para receber a resposta de Rony. Enquanto lia sua última carta, a campainha da casa tocou, o garoto desceu as escadas apressadamente e olhou pelo olho mágico para ver quem estaria ali. Abriu a porta, mais aliviado. Um homem de cabelos vermelhos e barba mal-feita entrava na casa, ele usava calças xadrez com cores chamativas, usava óculos quadrados, um colete também xadrez, um chapéu marrom, uma capa preta que vinha até seu joelho e sapatos surrados.
- Olá filho, como está? Recebi sua carta há pouco e decidi vir pra cá.- Disse ele abraçando o garoto e depois tirando um charuto de seu bolso e pegando seu isqueiro.
- Estou bem, por enquanto. Que bom que recebeu a carta, estava esperando pela resposta.- O garoto pegou o cinzeiro que estava em cima da mesinha da sala.
- Ah... sim, não lhe respondi pois decidi vir falar contigo pessoalmente.- O homem acendeu o charuto e depois tirou sua capa enorme, colocando-a na poltrona.
- Mas... eu não entendi até agora o porque que sua sobrinha me chamou para o aniversário dela.- Derek se recusava a dizer que a filha de Harry e Gina era sua prima. Ele estava sério e sentou-se no sofá bege juntamente a Rony.
- É muito simples, meu caro. Talvez não seja somente ela que deseja vê-lo. Muitas pessoas querem lhe conhecer, afinal é filho de...- Ele próprio engasgara- É filho da melhor auror que o Ministério conhece.
- Não importa, eu não irei a festa. E por quê deveria ir se minha mãe não gosta nem de tocar no nome do Potter e eu nem conheço a tal de Lílian direito.- O garoto parecia decidido. Rony tirou seu chapéu e seus cabelos ruivos ficaram mais a mostra.
- Isso é verdade, mas se decidir ir eu o levarei, já que sua mãe não estará aqui e aliás, filho, nós iremos ficar lá na casa de sua avó e de seu avô esses dias.- Ele colocou o charuto no cinzeiro e colocou um chiclete de nicotina em sua boca para disfarçar seu cheiro de fumo.- Que tal você fazer suas malas agora?!- Sugeriu ele.- Sabe como é, estou sem muito tempo e...
- Sim, claro, irei fazer minhas malas e é agora. Mas quantos dias iremos ficar na casa dos meus avós? – O garoto ficara muito feliz em saber que visitaria a Toca.
- Aproximadamente uma semana já que sua mãe volta daqui a uma semana.- Rony sorriu meio desajeitado. – Ande garoto, é agora ou nunca. – Disse ele arrumando os arcos de seus óculos quadrados.
Derek o obedeceu, subiu até seu quarto, pegou seu malão e foi colocando suas roupas amarrotadas dentro dele, não demorou muito para fazer sua mala, só demorou na hora de fechá-la pois havia colocado tudo de qualquer jeito neste. Havia pego também sua varinha, sua coruja Gerard e algumas penas para escrever em seus pergaminhos, além de alguns de seus livros. Rony continuava na sala esperando-o, até que Derek apareceu fazendo um barulho estrondoso na escada por causa de seu malão.
- Pegou tudo?- Perguntou Rony convencido de que sim por causa de tal barulho.
- Que dúvida.- Respondeu Derek com um sorriso. Os dois se dirigiram porta afora e aparataram no jardim da casa dos Granger.
Os dois foram para à Toca, lá havia um pequeno quarto escuro, onde Derek iria ficar até a chegada de Hermione. O garoto havia passado a tarde inteira pensando na carta que havia recebido. Ele estava sentado em uma cadeira antiga de madeira e ficava olhando para as oliveiras que estavam crescendo rapidamente na horta da Toca, a Sra. Weasley que havia plantado as oliveiras, o garoto sentia a brisa e olhava um pouco mais tranqüilo, para aquilo tudo.
Na Toca dos Weasley’s só ficaram ali, Jorge e Fred e o Sr. e Sra. Weasley, já que os outros Weasley haviam tomado rumo na vida.
Rony havia voltado para Hogwarts, já que tinha alguns assuntos a serem resolvidos e acabara de receber o cargo de professor de Quadribol por mais aloprado que fosse e os irmãos Fred e Jorge só voltariam mais tarde para jantar com a família, já que trabalhavam muito na loja de logros e brincadeiras. Jorge e Fred construíram várias filias da Gemialidades Weasley por todo o mundo mágico, eram muito ricos porém trabalhavam muito em cima de seus negócios. Quanto a mãe dos Weasley, Sra. Weasley, esta estava perto de seus 70 anos e morava com Arthur em uma pequena vila afastada do centro de Londres, os dois só iam para à Toca quando era férias. Carlinhos ainda morava na Romênia, em busca de novos tipos de dragões. Percy, havia virado ministro há algum tempo, após a morte do ministro e ainda permanecia rebelde com a família. Gui passara a ser lobisomem, tivera 3 filhos com Fleur e foi casado com ela, porém, Fleur não agüentou mais as transformações do marido e separou-se dele, após 4 anos casou-se novamente com Erick(um bruxo francês que trabalhava no Hospital do St. Mungus) para a alegria de Gina.
Enquanto isso, Hermione...
Hermione já havia chegado à Irlanda fazia um final de tarde lindo, estava muito ansiosa para o início do congresso onde somente aurores poderiam comparecer. Já estava no anfiteatro onde haveria o congresso. Hermione estava muito bonita, como o que era de costume, vestia um vestido preto, usava brincos prateados e cabelo preso. A luz do anfiteatro se apagara e uma luz focalizava o rapaz que seria o “instrutor” do congresso. Hermione prestava muita atenção, até que percebeu algo de diferente no palco, o homem que apresentava o congresso, usava roupas formais e era moreno, ela não conseguia vê-lo mais profundamente, pois estava sentada no meio da arquibancada. Ao final do 1° dia de Congresso, Hermione saíra do anfiteatro rapidamente e iria direto ao hotel, pensava e pensava sobre aquele homem, mas tinha pouca certeza de quem seria. Ao apertar o botão do elevador, o mesmo homem do anfiteatro aparecera por ali.
- Está bonita hein, Granger?- Ela voltou-se para ele na mesma hora, olhava-o com ódio e nojo, pois sabia quem era só pelo jeito de falar e pelos olhares maldosos. Agora sim, conseguia vê-lo por inteiro, ele tinha olhos verdes e cabelos pretos arrumados.
- Você não tem mais ninguém para irritar?- Perguntou ela irritada, também com olhares maldosos.
- Mas o que é que custa elogiar uma mulher tão... bonita. Quero vê-la no aniversário de minha FILHA.- Diz ele alto.- Aquele moleque irá?
- Pois mande sua FILHA ir para o inferno juntamente com você. Se você está se referindo ao meu filho, saiba que MOLEQUE, é você! Francamente, Potter. – Ela ficara enfurecida. O elevador chegara e ela entrara juntamente com Harry Potter.
- Muito engraçado de sua parte, Granger. Sei que ainda sente falta de algumas coisas.- Disse ele maliciosamente e Hermione deu um tapa no rosto dele, sem reação nenhuma de sua parte.- Não precisava, Granger. Agora deixe me ir, pois Gina me espera.- Disse ele quando o elevador abriu suas portas.
Hermione olhava para ele com desprezo e enojada, apertou o botão do andar que iria novamente, mas desta vez fora com tanta força que quase quebrara o botão. Depois de quinze segundos as portas do elevador se abriram e ela saiu dali rapidamente e fungando o mais alto que podia, além disso xingava baixinho e pisava forte enquanto andava até chegar na porta do número de seu quarto. Abrira a porta e fechara-a com muita força. Ela sentou-se na cama e começou a chorar baixo.
Flashback:
- Mione, aconteça o que acontecer eu lhe protegerei de tudo!- Disse Harry abraçando Hermione.
- Harry, quero que isso acabe logo, não estou agüentando mais essa guerra.- Disse ela baixinho.
Harry olhava para Hermione com amor, beijou-lhe o topo da testa e sussurrou algo em seu ouvido. Hermione levantara sua cabeça e ficava olhando para ele, ela limpava seu rosto marcado por lágrimas. Harry se aproximava de seu rosto cada vez mais e mais até ficar praticamente a poucos centímetros dela...
Flashback...
Hermione parara de chorar e dizia para si:
- Ora, ora, chorando por este babaca?! Ele não merece nada que venha de você. – Enxaguou o rosto e tornou a se levantar. Lembrara-se de ter de avisar a Derek e Rony que tinha chegado à Irlanda. Sentou-se na escrivaninha, pegou um pergaminho e tornou a escrever, mas não vinha nenhuma idéia para dizer frases como “A Irlanda está cada vez mais magnífica” ou coisas do tipo. E apenas escreveu a carta relatando sua viagem e após escrever a carta mandou-a por meio de sua coruja. Depois disso, ela se deitou na cama do hotel e ficou pensando.
“Como a Gina teve a coragem de se casar com um babaca dessa laia?!” Gina, apesar de tudo ainda era sua amiga, elas se comunicavam direto por meio de cartas ou quando iam para a casa da senhora Weasley.
Pensando cada vez mais, alguém batera em sua porta e Hermione acabara de voltar ao mundo. Foi até a porta e se perguntou quem seria, abriu a porta bruscamente e já começou falando.
- Olha aqui, vai encher a paciência dos outros e me deixa em paz!- Disse ela como um texto decorado, porém após isso olhou para quem estava em sua frente e corou levemente.- Ah... me desculpa Gina.- Disse ela envergonhada. Gina olhou-a com de “Você está passando bem?”.
- Com quem você estava falando?- Disse a mulher meio assustada com tal ferocidade. Hermione ficou mais envergonhada ainda.
- Com ninguém Gina, com ninguém. Sabe como são essas camareiras de quarto, já vieram aqui duas vezes.- Mentiu e deu um sorriso amarelado.
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Espero que vocês gostem do 1° cap.!!! Críticas e comentários serão bem vindos!
Obrigada de qualquer forma! ;D
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