Cap único
Faltavam apenas alguns dias para os feriados de páscoa, entretanto isso não teria grande influência sobre a vida dos integrantes da Ordem da Fênix. Sírius e Remus estavam na cozinha de Grimmauld Place verificando alguns relatórios entre os restos do jantar quando uma Fênix prateada surgiu. Era o patrono de Dumbledore que trazia a informação de que o diretor havia saído de Hogwarts e queria que fosse marcada uma reunião urgente com todos os membros da Ordem para o dia seguinte.
Quando Alvus chegou para a tensa reunião todos já sabiam o que havia acontecido na véspera. Sírius estava se sentindo um pouco culpado por ter dado força ao afilhado para criar a AD. Dumbledore, porém não o culpava e chegou inclusive a dizer que tinha certeza de que os garotos haviam aprendido muito mais com Harry do que com a atual professora de DCAT. Minerva tentou olhar severamente para ambos, mas não conseguiu inibir o sorriso de orgulho do anímago.
Apesar do clima de tranqüilidade que o ex-Diretor tentava criar, não foi difícil perceber o quanto a situação era complicada. Dolores Umbridge sabia que todos os professores eram leais a Dumbledore e que alguns pertenciam à organização ilegal auto denominada Ordem da Fênix. Ela ainda não sabia quem eram esses e apesar de ter algumas suspeitas não tinha provas contra qualquer um deles.
Em vista da nova situação da escola seria arriscado para Snape continuar produzindo a Wolfsbane para Lupin e isso preocupou muito Tonks. Nas últimas luas cheias ela sempre esteve ao lado dele e dessa forma suas transformações estavam sendo menos dolorosas. Porém sem a poção a aproximação não seria possível.
Ao final da reunião Tonks decidiu conversar com Remus, a lua cheia seria daqui a três semanas, mas era melhor começarem a pensar logo em uma solução.
-- Irei para a floresta – disse conformado olhando as estrelas brilhantes que tomavam conta do céu naquela noite de lua minguante.
-- Não Remus! – ela o abraçou pelas costas – fico muito preocupada quando você tem que ir para a floresta.
-- Mas Nym, não posso colocar você em risco! – virou-se para encará-la – Preciso ficar longe.
-- Tem que ter outro jeito! – falou decidida – Eu tenho medo que você encontre outros lobisomens, brigue com eles e fique ferido – os olhos dela se encheram de lágrimas.
Remus sentiu um aperto no peito, odiava vê-la preocupada com ele. Porém o lobo ficava mais feroz quando preso, suas piores transformações foram nos tempos em que estava em Hogwarts e ficava trancado na casa dos gritos, por outro lado assim estaria mais seguro. Teve um arrepio ao se lembrar do estado de um lobisomem que havia morrido vítima de um ataque de uma matilha rival. Inibiu tal pensamento.
-- Está bem Nym. Nós vamos pensar em alguma coisa – apertou-a ainda mais em seus braços e a beijou lentamente.
Quando Tonks já estava completamente entregue aos beijos dele, Remus aparatou ambos para seu quarto dois andares acima.
-- Remus Lupin, você está me saindo um grande sem vergonha! – falou entre os beijos ao perceber onde estavam.
Ele a soltou apenas tempo suficiente para imperturbar o quarto. Mas ela aproveitou para fugir de seus beijos e entrar no banheiro.
-- Nym não esqueça da poção! – falou para a porta fechada.
-- Tomei antes de sair de casa – respondeu voltando para o quarto vestindo um babydoll.
-- E depois eu é que sou sem vergonha – falou olhando-a com um sorriso maroto.
Ele não conseguia entender como uma mulher jovem, sexy e inteligente como Nimphadora poderia ser apaixonada por ele. Mas naquele momento ele não quis pensar sobre esse assunto. Ela havia tomado a poção anticoncepcional , estava maravilhosa com aquela (pouca) roupa e ele havia “imperturbado” o quarto. Eles iriam aproveitar bem aquela noite.
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Nas semanas seguintes eles pensaram e decidiram que a melhor opção seria encantar um quarto na mansão e trancar Remus lá algumas horas antes do nascer da lua. Tonks decidiu passar a noite em Grimmauld Place para assim que fosse seguro estar ao lado dele.
Como Remus havia imaginado a transformação foi muito ruim, o lobo havia passado muitos meses sob o controle da poção e quando se viu preso naquele pequeno cômodo ficou ainda mais violento.
Durante algumas horas Tonks e Sírius sofreram ouvindo os uivos, os rosnados e a tentativa dele de arrombar a porta. Em um determinado momento ouviram um estrondo e o barulho de vidro se estilhaçando. Eles que estavam no quarto ao lado correram para a janela, chegando a tempo de ainda ver o lobisomem pular o muro e sumir na noite.
-- Temos que ir atrás dele! – disse Sírius já seguindo para a porta de saída.
-- Você não pode sair – Tonks tentou argumentar, mas estava desesperada.
-- Sozinha você não vai conseguir nada, Tonks! Eu vou como cão. Temos que encontrá-lo logo, Remus nunca se perdoará se atacar alguém! – Já estava na porta.
Tonks sabia que isso era verdade, Remus já havia dito a ela que seu pior pesadelo era contaminar ou matar uma pessoa.
-- Precisaremos de mais ajuda – falou nervosa – Ah droga, e Kingsley está de serviço!
-- Chame Arthur ou Moody! Mas vamos logo, estamos perdendo tempo! – disse já se transformando em cachorro e se erguendo nas patas traseiras abriu a porta.
-- Certo! Vou chamar Bill – enviou seu patrono e correu atrás do primo que já estava quase na outra esquina.
Eles demoraram cerca de meia hora para encontrar o rastro do lobisomem, a esta altura o mais velho dos Weasley já estava com eles. Por sorte a noite estava fria e aquele bairro era essencialmente residencial, dessa forma não houve ninguém que Remus pudesse atacar.
Quando finalmente o viram decidiram que inicialmente Tonks e Bill ficariam longe enquanto Sírius se aproximaria. Ele rosnou para o cão quando o viu, porém em seguida não o considerou uma ameaça, isso o distraiu e permitiu uma lenta aproximação dos outros dois.
No entanto a brisa da noite trouxe até Remus o cheiro de Tonks e aquilo atuou sobre seus instintos mais primitivos. Ele percebeu a proximidade de sua fêmea. Uivou feliz, um uivo diferente daqueles que havia emitido enquanto preso, e seguiu na direção dela para tomar o que lhe era de direito. Sírius tentou impedi-lo, porém foi lançado a uma grande distância sem dificuldades. Esses segundos foram cruciais e o lobisomem foi atingido por dois feitiços “estuporantes” e caiu desacordado. Eles aparataram de volta para a segurança de Grimmauld Place.
Tonks tinha lágrimas nos olhos por ter tido que atacar Remus. Ela sabia que havia sido necessário, mas a forma como ele se aproximou não era agressiva ou feroz e por alguns segundos ela teve a impressão de que de alguma forma o lobo a havia reconhecido. Balançou a cabeça, ela estava sendo tola.
Por precaução eles conjuraram tijolos para fechar a janela e mantiveram o lobisomem amarrado com cordas mágicas. Uma boa parte da noite Tonks passou cuidando dos ferimentos de Sírius.
Ela dormiu por apenas algumas horas e assim que amanheceu já estava ao lado de Remus, desamarrou as cordas e esperou um pouco. Como ele não acordou, ela terminou adormecendo novamente deitada ao lado dele.
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-- Nym?!
Ela acordou com o som da voz fraca dele chamando seu nome, encarou aqueles olhos cor-de-mel, hoje tão cansados que tinham dificuldades de se manterem abertos.
-- Não fale nada, meu amor. – disse lhe dando um beijo casto – Eu já volto.
Foi rapidamente à cozinha onde já estava preparado grande parte do café-da-manhã/ almoço dele. Voltou para o quarto trazendo tudo, ele havia conseguido se sentar, mas parecia um pouco pálido com tal esforço. Ela descansou a bandeja ao seu lado.
-- Você está se sentindo bem? – perguntou preocupada.
Ele acenou afirmativamente com a cabeça, mas segurou-a como se aquele pequeno movimento lhe causasse desconforto.
-- Estou ficando desacostumado. – sorriu brevemente – parece até que fui atingido por um feitiço “estuporante”.
Ela prendeu a respiração por um momento. Claro que teria que contar a ele o que havia acontecido, mas ela esperava ter mais tempo. Disfarçou seu mal estar.
-- Tome, coma um chocolate! – disse lhe dando um pedaço.
-- Acho que prefiro um chá – olhou meio de lado para o enorme pedaço de chocolate que ela lhe dava.
-- Vamos! Você precisa de energia! – Sorriu.
Ele assentiu a mordeu um pedaço e em seguida mais outro. Apesar deste não ser seu doce preferido era fato que ele o deixava mais disposto. E também com o raciocínio mais claro. Não demorou muito para Remus perceber que o quarto estava muito escuro e ele tinha certeza de que lá havia uma janela de onde acompanhou o pôr-do-sol na véspera. Olhou pelo quarto e viu num canto algumas cordas. Mais uma mordida e a melhora rápida não lhe deixou mais ter dúvidas. Ele pousou o restante do doce no chão.
-- Nym, o que aconteceu noite passada? – perguntou baixo olhando para o chão. Medo, angústia, raiva. Tudo se misturava dentro dele.
Ele a olhou com um misto de desespero e desamparo, os olhos dela marejaram.
-- Terminou tudo bem, Remus! Vai ficar tudo bem! – veio para abraçá-lo, mas ele a impediu.
Porém não teve tempo de falar mais nada. A porta do quarto se abriu um pouco e Sírius colocou apenas a cabeça para dentro.
-- Tonks?! Remus já acordou! – perguntou baixo, não querendo despertar o amigo caso ele ainda estivesse adormecido. Mas vendo que ambos estavam sentados sobre o colchão entrou.
Remus notou que ele mancava um pouco, esperou que ele sentasse próximo a eles e então levantou parcialmente coberto pelo fino lençol. Aproximou-se da parede oposta e passou a mão onde na véspera havia a janela.
-- Então?! Quem fala primeiro? – perguntou de costas para seu melhor amigo e sua namorada. Não viu o olhar ansioso trocado entre os primos.
-- Escute Moony – Começou Sírius.
-- Não me venham com meias verdades! – falou mais alto e virando-se para eles – Vocês sabem que eu tenho como descobrir! Mas prefiro que vocês me contem!
Tonks levantou-se também, Sírius tentou impedir sem sucesso.
-- Você conseguiu quebrar a janela e fugiu – falou aproximando-se dele.
Ele fechou os olhos e suspirou, ela o ouviu dizendo “Meu Deus” e seu coração se apertou, aproximou-se mais, porém ele se afastou novamente.
-- O que eu fiz? – perguntou em um sussurro.
-- Nada Remus! – falou mais alto, as lágrimas correndo livres pelo rosto dela.
Ele a olhou e ela viu nos olhos dele que ele não acreditava nela. Suspirou tentando manter a calma.
-- Nós fomos atrás de você, conseguimos “estuporá-lo” e o trouxemos de volta.
-- Nós?! – perguntou calmo demais.
-- Eu, Sírius e Bill. – respondeu voltando a ficar nervosa com a calma dele.
-- Certo! – balançou a cabeça – E você Padfoot? Está mancando porque tropeçou na escada? – perguntou sarcástico.
-- Pare com isso Moony! – falou sério – Você sabe que o único motivo pelo qual me tornei anímago foi para poder estar ao seu lado nas noites de lua cheia.
Remus pareceu murchar um pouco com essa reafirmação de amizade.
-- Já estive pior do que isso após encontrar o lobo. – falou mais tranqüilo – E você não atacou ninguém! – Remus o olhou inseguro – Confie em nós!
-- Confiar em vocês? – ele explodiu – Como posso confiar em vocês se na primeira chance vocês já fazem tudo errado! – escondeu o rosto nas mãos – Oh Droga! Quantas vezes eu te pedi Nym? – perguntou virando-se para a moça parada próximo a ele – para que você nunca se aproximasse de mim quando eu estivesse como lobisomem e sem a poção? Você não entende que eu não tenho nenhum controle! Eu poderia ter te atacado, ter te mordido!
Ela tentou se aproximar dele, mas ele se afastou mais uma vez.
-- E você Sírius, não podia ter se arriscado a sair da Mansão! E se eu tivesse te machucado seriamente? Como iríamos te tratar sem poder te levar ao St Mungus?
-- E o que você queria que a gente fizesse? – perguntou Sírius irritado. – Te deixasse vagando pelas ruas de Londres até você ser pego por uma carrocinha, ou ser levado para um zoológico trouxa? Me poupe Remus! Esse seu drama já deu! – ficou de pé com alguma dificuldade e se aproximou do amigo – E quer saber mais, eu já estou cheio de ficar aqui tentando me justificar. Você conseguiu fugir, isso não estava nos planos, mas nós fomos atrás de você para evitar que algo realmente grave acontecesse! E se você não gostou, eu não posso fazer nada!
Saiu batendo a porta. Tonks se aproximou de Remus que propositalmente permaneceu de costas. Ela tentou entrelaçar os dedos nos dele, mas ele não permitiu.
-- Me deixe um pouco sozinho! – disse sem olhá-la quando mais uma vez ela tentou algum contato.
Tonks suspirou, mas não conseguiu evitar as lágrimas, deixou a varinha dele sobre o colchão e saiu fechando a porta atrás de si.
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Ela esperou por algumas horas, mas ele não saiu, quando já começava a escurecer Tonks decidiu que era hora de conversar com Remus novamente.
Entrou no quarto silenciosamente, ele havia desfeito a nova parede e olhava o pôr-do-sol, ela se aproximou, mas antes que o tocasse ele falou.
-- Só me diga por quê? – ele virou-se e ela viu a tristeza nos olhos dele – porque você se arriscou indo atrás de mim?
-- Não havia tempo para chamar mais pessoas e Sírius não conseguiria te controlar sozinho. Na sua época de Hogwarts havia James para ajudar.
-- E porque não avisaram a unidade de captura de lobisomens?!
-- Oh, por Merlin Remus! Você sabe que eles poderiam te machucar – dessa vez ele não conseguiu impedi-la de abraçá-lo – Eles iriam te levar para um lugar horrível, talvez até quisessem te manter preso!
Ele instintivamente a abraçou, ele amava aquela mulher, mas já havia tomado sua decisão e não podia fraquejar. A proximidade dela o entorpecia, ele fechou os olhos e respirou profundamente. O cheiro dela era inebriante, então ele se lembrou da memória que havia acessado do lobo. A soltou e fez com que ela também o soltasse.
-- Tonks – e ela sentiu um aperto no coração – Não posso deixar você continuar se arriscando; se expondo por minha causa. – ele afastou-se dela. Tinha que se manter firme.
-- O que você quer dizer com isso Remus? – mas ela sabia! As lágrimas rolaram por sua face sem controle.
-- Eu sou muito perigoso! – falou mais alto – entenda isso. Eu não sou um homem comum!
-- Eu sei disso, Remus e eu não me importo! Eu amo você – se aproximou para abraçá-lo novamente, ele se esquivou.
-- Você não entende! O lobo e eu somos um só. Ele reconheceu o seu cheiro ontem! Ele quis você! – ela arregalou os olhos, então não havia sido loucura sua, o lobo realmente a tinha reconhecido. – Ele... eu poderia tê-la ferido – falou baixo.
-- Mas não foi o que aconteceu! Nós vamos nos preparar melhor para a próxima lua – Ela se aproximou e ele se afastou balançando a cabeça negativamente.
-- Não haverá próxima vez Tonks – disse de costas para ela olhando o melancólico pôr-do-sol. – Tudo que houve entre nós foi um sonho. Eu não mereço alguém como você, eu sou um amaldiçoado e não posso envolver você nisso.
-- Não Remus! – ela se desesperou – não faça isso comigo!
Ele passou por ela, estava exausto precisava sair dali. Não poderia vê-la daquele jeito tão frágil. A lua daquela noite não o tornava fera, mas sugava suas forças. E naquele momento ele precisava de toda a sua determinação.
-- Você merece alguém melhor, alguém que possa lhe dar um futuro. – disse já com a mão na maçaneta da porta – Aceite que acabou. Adeus Tonks.
Ele saiu no momento em que o último raio de sol morria no horizonte. Tonks deixou-se cair no chão, sentindo uma dor que ela não seria capaz de descrever.
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Na semana seguinte ela chorou muito, ainda tentou conversar com Remus por duas vezes, mas ele a evitava. Na segunda semana após a lua cheia, Tonks começou a sentir um pouco de mágoa do ex-namorado. Ela entendia que ele quisesse protegê-la, entendia que ele houvesse ficado assustado com o fato do lobo reconhece-la como “dele”. Mas não entendia esse amor que a queria longe.
Conversou com Sírius, ele disse não ter a menor dúvida de que Remus ainda a amava, mas teve que concordar que também não entendia essa atitude dele. Ela começou a se questionar se toda aquela história não havia sido uma desculpa, ele já havia tentado terminar o namoro antes, dessa vez ele finalmente tinha conseguido um motivo nobre. Talvez ele simplesmente não a amasse tanto quanto ela achava. E se fosse isso era melhor mesmo esquecê-lo.
No início da terceira semana ela estava no auge de sua irritação, mas também estava frustrada, porque não havia passado uma noite sequer que não houvesse sonhado com ele. Na tarde de sexta-feira no beco diagonal encontrou Bill e um amigo saindo do Gringotes.
-- Tonks! Há quanto tempo – disse lhe dando um abraço.
-- Oi! Beleza?! – mas ele percebeu rapidamente que ela não estava em seu melhor humor.
Todos os membros da ordem ficaram sabendo do fim do namoro dela e Lupin, mas na presença do colega ele não poderia perguntar muita coisa.
-- Esse é um amigo meu. Kevin – apresentou a ela o rapaz de cabelos castanhos claros e olhos bem azuis – e essa é Nimphadora... – ela teve um arrepio – ... Tonks. Ela é auror, e odeia ser chamada pelo primeiro nome. Esclareceu com um sorriso
-- É um prazer, Tonks – falou Kevin apertando a mão dela.
-- O prazer é meu – sorriu brevemente, não deixando de reparar como o jovem era bonito. Ela podia estar triste, mas não havia ficado cega.
-- Estamos combinando de tomar umas cervejas amanteigadas mais tarde, não quer vir conosco?
Ela suspirou, na verdade ela não andava muito animada, mas seria bom sair um pouco, ver gente diferente. Concordou.
Aquela foi uma noite muito agradável. Não era um encontro de casais, apesar de Bill ter chegado junto com Fleur havia vários outros colegas do Gringotes. Kevin, no entanto, quase monopolizou a auror. E ela não pode deixar de observar como ele era simpático e inteligente. Mas no fundo de sua cabeça aquela vozinha irritante apenas repetia “ele não é Remus”.
No fim da noite o novo amigo fez questão de acompanhá-la até sua casa e perguntou se poderiam combinar de sair novamente. Ela foi sincera, o fim do namoro ainda era muito recente e ela não queria iniciar algo com o coração tão machucado. Ele compreendeu. Quando o rapaz desaparatou ela teve ainda mais raiva de Remus, porque não conseguia simplesmente esquecê-lo como sempre havia conseguido com seus namorados antigos. Achou que talvez estivesse fazendo uma grande besteira dispensando Kevin, mas não queria magoá-lo.
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Remus chegou a Grimmauld Place de péssimo humor, subiu direto para seu quarto sem falar com ninguém. Ele estava vivendo o inferno naquelas últimas três semanas. Ver Tonks tão arrasada com o fim do namoro estava quebrando o coração dele. Por outro lado a falta que sentia dela era algo enlouquecedor.
Suspirou andando inquieto pelo cômodo. Ele nunca imaginou que pudesse se tornar tão dependente da presença de uma pessoa. A vida o havia forçado a ser um solitário e ele se acostumara com isto. Então Tonks surgiu como um furacão multicolorido e tudo mudou, e agora ele se dera conta de como ela havia se tornado essencial.
Hoje sem querer a havia visto em companhia de um rapaz no Beco Diagonal. Ele era jovem, estava bem vestido – Remus não pode deixar de olhar com desdém para a sua figura – e ela parecia estar se divertindo.
“Bem feito Moony” – ouviu uma voz em sua cabeça lhe dizendo – “Não foi o que você a mandou fazer?! Encontrar alguém mais jovem, mais rico?!” – Ele balançou a cabeça para afastar a voz que lhe perturbava.
Sentou-se por segundos então se levantou novamente e andou nervoso. “Será que ainda terei tempo?”. Ele já havia tentado terminar o namoro antes e sempre desistia quando concluía o quanto a amava. Não podia perdê-la. Ele teria que dar um jeito de mantê-la segura, mas próxima.
Era isso! Havia tomado sua decisão, amanhã após a reunião da ordem falaria com ela. A convenceria que aquele cara não era bom para ela, pediria, imploraria se fosse necessário, mas não a deixaria ir.
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Na reunião daquele sábado Tonks percebeu que Remus a olhava diferente das últimas vezes, mas tentou ignorar. Ainda lhe doía lembrar dos bons momentos que passaram juntos, mas ela não iria mais pedir para ele voltar. Quando a reunião terminou a auror saiu rapidamente para não ter que falar com o ex-namorado, porém lembrou-se que precisava pegar um livro que havia deixado no segundo andar.
Ele ficou para trás e quando a procurou não a viu mais, correu para tentar alcançá-la antes que ela saísse da casa.
-- Padfoot, você viu Tonks? – perguntou a Sírius que estava parado próximo a descida para a cozinha.
Sírius balançou a cabeça negando.
-- A vi subindo para o segundo andar – respondeu Snape que estava próximo a escada.
Remus nem agradeceu, subiu correndo. Ele estava determinado, não a deixaria ir. A queria de volta e provaria a ela que merecia uma nova chance. Ela vinha voltando pelo corredor quando ele se aproximou.
-- Tonks preciso falar com você – falou baixo, porém firme.
-- Estou um pouco atrasada, Remus – desviou dele e falou friamente – outra hora conversamos – desceu.
Em uma outra situação isso seria suficiente para Remus se trancar em seu quarto e aceitar que havia perdido a garota, mas hoje ele havia tomado uma decisão. Não iria aceitar sem lutar. Desceu atrás dela.
-- Já vou Sírius – disse aproximando-se e dando um beijo no rosto do primo. – Tchau Snape – seguiu para a saída da casa.
-- Tonks! – ele a segurou pelo braço, obrigando-a a parar. – Eu vi você ontem no Beco Diagonal.
Ela virou-se para ele e viu o ciúme que brilhava em seus olhos cor de mel, seu coração acelerou, mas ela teria que se controlar.
-- Quem é aquele cara? – perguntou elevando um pouco o tom de voz.
-- Não é da sua conta! – respondeu ainda mais alto do que ele.
-- Você está saindo com ele? Está... está ficando com ele? – só de pensar que ela estava namorando outro, que talvez até já tivessem ido para a cama, Remus enlouquecia.
-- Quem você pensa que é Remus Lupin – explodiu – Você passou um ano tentando arrumar motivos capengas para terminar comigo – ela se aproximou dele e parecia que crescia vários centímetros a cada palavra – e agora acha que tem algum direito sobre mim? – estava aos gritos.
O quadro da Srª Black acordou e começou a gritar as ofensas de sempre, mas nenhum dos dois deu atenção. Sírius por outro lado lançou rapidamente um “estupefaça” em sua querida mamãe, não queria perder nenhuma palavra daquele barraco.
-- Eu não gostei dele, Tonks – ele também falava mais alto. Precisou se controlar para não chamá-la pelo apelido. – Quem é ele? O que você sabe dele? – tentou fazer parecer que eram perguntas sem importância, mas teve um fracasso retumbante.
-- Pois fique sabendo, Sr. Lupin que eu saio com quem eu quiser! – bateu com o dedo indicador no peito dele – ou com quantos eu quiser, entendeu?!
Ele continuava olhando com irritação para ela.
-- Era só o que me faltava! – revirou os olhos – Você não quer ficar comigo, mas também não quer que eu fique com mais ninguém. Você é um egoísta, Remus – gritou novamente.
-- Eu não sou egoísta – respondeu ainda alto, mas aquela acusação o havia desarmado – eu... eu amo você – falou bem mais baixo.
Ela estava perto o bastante e ele foi rápido. Com uma mão a puxou pela cintura, enquanto com a outra trazia seus lábios para próximo dos dele. A beijou, um beijo faminto e cheio de paixão. Pega de surpresa ela inicialmente correspondeu àqueles lábios tão conhecidos e dos quais sentia tanta falta. Por alguns segundos ela quis perdoá-lo, esquecer aquelas três semanas, voltar ao que tinham antes, mas ela estava insegura quanto o amor que ele dizia sentir por ela. Então o interrompeu com um empurrão.
Sírius estava bobo com a iniciativa de Remus, até Snape ficou observando a cena.
-- Sinto sua falta Nym! – aproximou-se para beijá-la novamente, mas ela o impediu.
-- Não pode ser assim, Remus – falou baixo, toda a raiva se esvaia rapidamente e dava lugar a uma enorme tristeza. – Eu amo você demais! Pergunte a Sírius o que eu disse para ele quando nos encontramos em Athenas e depois quando nos reencontramos na sua casa! – ela olhou-o e ele viu a tristeza da alma dela. – Mas eu não posso continuar vivendo nessa montanha russa de sentimentos.
Ela virou-se de costas para ele, enxugou as lágrimas que teimavam em rolar. Ele não sabia o que dizer. Em todas às discussões anteriores tudo terminava quando eles se beijavam e ele reafirmava seu amor por ela. Porque dessa vez não estava funcionando? Será que ela havia se cansado dele?
Ela virou-se para olhá-lo novamente e sanou sem querer aquelas dúvidas.
-- Eu não quero alguém mais jovem ou mais rico. Eu quero alguém que não vá mudar de idéia em relação ao que sente por mim após algumas semanas e tentar me afastar novamente – ela acariciou o rosto dele e ele sentiu seu coração apertado. – Eu quero você! Nunca considerei a sua Licantropia um problema, Remus. Mas eu preciso acreditar que você me ama como eu a você.
Suspirou e quebrou o contato, ele sentiu frio.
-- Eu te disse uma vez, que seria difícil te esquecer, hoje será ainda mais difícil. E eu não sei por quanto tempo eu terei forças para lutar contra esse amor que me sufoca, contra essa necessidade que tenho por você.
-- Nym... – ele tentou dizer, ela pôs os dedos em seus lábios.
-- Eu não estou te cobrando nada. Só que qualquer outro motivo para não ficar comigo é fútil, mas se você deixou de me amar então me deixe partir.
Ela passou por ele e saiu deixando-o paralisado como uma estátua em meio ao hall. Sírius também parecia petrificado e até Snape estava surpreso com as palavras de Tonks.
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Quando Remus e Sírius entraram na cozinha, Snape estava em um canto escuro e permaneceu quieto. O anímago tentava animar o amigo, porém esse parecia alheio às palavras ditas.
-- O que ela disse a você Padfoot? – perguntou olhando cabisbaixo o tampo da mesa.
Sírius suspirou, ele queria animar Remus, mas no fundo achava que Tonks estava certa.
-- Ela disse que nunca havia se apaixonado de verdade por ninguém. Depois quando a encontrei em sua casa, vocês já namorando ela me disse que nunca havia sentido nada parecido e que ficava feliz simplesmente por estar com você, Remus!
Só então ele permitiu que suas lágrimas rolassem. Quando era jovem sonhava em encontrar uma garota de quem gostasse e que o aceitasse como ele era, mas agora se achava errado para Tonks. Seu lado racional sempre lhe dizia que era melhor para a moça que ele se afastasse dela, mas naquelas três semanas que ficaram separados ele percebeu o quanto ela era necessária. E quando ele a viu com outro e percebeu que estava a um passo de perdê-la para sempre, não conseguiu se controlar. Ela disse que ele era egoísta! Sim, talvez ele fosse!
-- É melhor assim, Padfoot! – suspirou resignado – Ela quer me esquecer, eu só não consegui controlar meu ciúme quando a vi com outro.
-- Deixe de ser tapado, Moony! – falou irritado – Ela te ama! Com todas as suas qualidades e todos os seus defeitos!
Remus arregalou os olhos ao ouvir a explosão de seu amigo.
-- Que inferno homem! Você conseguiu algo mágico, conquistou o coração de uma Black! Isso é quase uma maldição, nós seduzimos com o olhar, envolvemos com um sorriso, mas não somos capazes de entregar nosso coração. Você foi o único que conquistou o amor dela. – Sírius estava muito sério, sentou-se ao lado de Remus. – Você acha que foi fácil depois da noite que passamos ouvir ela me dizer que poderia ter se apaixonado por mim, mas isso não foi o que aconteceu? E depois descobrir que era porque mesmo sem saber ela já te amava.
-- Mas naquele dia na minha casa, você disse que não iria tentar nada! – falou surpreso.
-- Eu percebi que você não havia resistido ao sorriso dela, ao brilho dos olhos negros e estava apaixonado, Moony. Eu sabia que o coração dela já tinha um dono, nunca ia disputar uma mulher com você, cara! – ele estava bem mais calmo agora.
-- Até porque eu não teria nenhuma chance se você tentasse – tentou parecer divertido, mas naquele momento foi impossível.
-- Não se faça de burro, Remus! – a forma como ele falou fez com que Lupin o olhasse rapidamente – Você entendeu o que eu disse, para Tonks não faz diferença se é Sírius Black, o Príncipe da Inglaterra ou o Ministro da Magia, ela só quer você! – Ele estava sério como poucas vezes Remus o havia visto – Pense um pouco! Você acha que James teria tido alguma chance com Lilly se o Snape não tivesse dado um fora nela?
Snape quase inconscientemente apertou sua varinha dentro das vestes, mas permaneceu quieto ouvindo a conversa dos dois Marotos. Nunca os havia visto comentar sobre o período em que ele namorara Lilly Evans.
-- Não! – falou baixo – tenho certeza que não. – Olhou-o novamente.
-- Então é isso que eu quero dizer! Ela não quer te esquecer, mas se você continuar agindo feito um idiota ela vai precisar te esquecer. E pode demorar um pouco, mas da mesma forma como Lilly conseguiu Tonks também vai.
-- Comigo é diferente, Padfoot, eu sou....
-- Todos sabemos o que você é, Moony! – interrompeu-o novamente irritado – Nós sempre te apoiamos, sabíamos que não seria fácil uma garota te aceitar por causa da Licantropia, mas Tonks te ama! Caramba deixa de ser masoquista! – levantou-se agora no auge de sua irritação – Parece que você gosta de sofrer, sempre que está feliz fica tentando arrumar motivos para acabar com a alegria. – Remus o olhou outra vez surpreso pela nova explosão – As suas desculpas não colam mais, meu amigo! Ou você assume que a ama e fica com ela de vez, ou então saia da vida dela. E não se iluda Remus em pouco tempo vai haver uma fila de homens dispostos a ajudá-la a te esquecer. – Lançou-lhe um olhar ainda irritado e saiu.
Remus ainda estava perplexo com a explosão e a saída repentina de Sírius quando percebeu que Snape estava na cozinha e se aproximava lentamente. Ele apenas registrou em algum canto de seu cérebro que talvez o Mestre de Poções tivesse ouvido toda a discussão, mas antes que pudesse falar qualquer coisa o outro se dirigiu a ele.
-- Lupin, não deixe sua chance de ser feliz passar! Você pode não ter outra – falava sério, mas não havia seu traço característico de sarcasmo. Sua expressão era indecifrável!
-- Porque esta me dizendo isso Severus? – perguntou pasmo.
-- Nunca esqueço um favor – falou sem parar de andar em direção a saída – você cuidou de alguém importante para mim – deu de ombros – e eu nunca pude agradecer – sem dizer mais nada saiu.
Se Remus não estivesse tão confuso teria percebido que Snape se referia a Lilly, mas ele não estava raciocinando com clareza. Levantou-se e saiu da casa. Caminhou sem ver para onde ia por muito tempo.
“Será que eu gosto de ser sempre o sofredor e o incompreendido” – perguntava-se – “Não! Eu não gosto de me sentir assim, não quero que os outros tenham pena de mim! Então porque sempre que estou feliz tendo estragar as coisas?” – balançou a cabeça como se dessa forma suas idéias pudessem se organizar e lhe dar respostas.
“Ela disse que eu sou egoísta, mas eu sempre quis que ela fosse feliz! Ela mais que qualquer outra pessoa.”
“Então porque você a esta fazendo sofrer, Remus?” – a pergunta veio do fundo de sua mente e ele teve certeza que a voz era de Lilly. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao lembrar da conversa que teve com a amiga pouco depois de Severus terminar o namoro deles.
********************************** Flashback ************************
-- Mas se ele te ama tanto Lilly, porque terminou o namoro? – perguntou abraçando a amiga e deixando que ela chorasse em seu ombro.
-- Ele disse que é perigoso continuarmos juntos! – falou entre soluços.
-- Como perigoso? – Surpreendeu-se.
-- Severus não explicou – mais lágrimas – Eu disse que não me importava e que queria ficar com ele em qualquer situação. Mas ele ficou irredutível, me mandou ir embora, falou que as coisas entre nós haviam acabado e que era melhor eu aceitar! – novos soluços.
-- Lilly fique calma – mas Remus estava furioso. Como aquele sonserino teve coragem de magoar aquela garota incrível! – Talvez seja melhor você esquecê-lo mesmo. Ele não te merece.
-- Não diga isso Remus! – afastou a cabeça do ombro dele para olhá-lo – Severus é uma boa pessoa!
-- Se fosse não estaria fazendo você sofrer desse jeito! – um pouco da raiva já aflorando.
Ela piscou os olhos algumas vezes e o abraçou novamente, voltando a chorar.
-- Talvez ele só tenha deixado de gostar de mim, Remus – mais soluços – e se for isso é melhor mesmo eu tentar esquecê-lo. Mas não vai ser fácil.
-- Não Lilly, nunca é – afastou-a apenas para olhar em seus olhos – mas você vai conseguir. E sabe que pode contar comigo sempre!
Ele lhe deu um breve sorriso e ela tentou retribuir concordando com um aceno.
****************************** Fim do Flashback **********************
Ele suspirou e impediu que as lágrimas rolassem, “Eu sou louco por ela, não tenho nenhuma duvida de que a amo! Então porque fico tentando me convencer que ela ficará melhor longe de mim? É claro que ela será mais feliz ao lado de alguém que a ame mais que tudo. E eu tenho certeza de que no mundo não existe ninguém que sinta isso mais que eu”.
Ele havia tomado sua decisão! Só então se deu conta de que estava a uma quadra do prédio onde Tonks morava. Ele sorriu por um minuto imaginando se haveria alguém tentando controlar seu destino. Apertou o passo pensando em como falar com ela. Nesse momento passou em frente a um jardim cheio de tulipas que pareciam ainda mais lindas e vermelhas a luz do pôr-do-sol. Ele não se conteve e colheu algumas.
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-- Remus?! – disse Tonks surpresa ao abrir a porta.
-- Nym desculpe aparecer assim de repente – olhou-a nos olhos, mas sorriu ao entregar-lhe o pequeno buquê – Podemos conversar?
Ela aceitou as flores, porém estava um pouco receosa, não sabia se teria forças para resistir aquele Remus tão determinado novamente.
-- Nym me desculpe por aquela cena ridícula mais cedo, eu não consegui controlar meu ciúme. – suspirou – Depois que você saiu Sírius me jogou mais umas verdades na cara.
-- Oh! Mas vocês não brigaram, não é? – perguntou preocupada já procurando alguma marca.
-- Não! Mas às vezes palavras ferem mais que socos ou azarações! – sorriu brevemente – Ele me fez ver como eu estava sendo idiota por tentar te afastar de mim. Eu quero muito que você seja feliz, Nym e tudo que eu consigo é te fazer sofrer!
Ele aproximou-se e acariciou o rosto dela. Tonks fechou os olhos, ela sabia, não conseguiria resistir a ele. Mas quem disse que ela queria!
-- Não quero que você pense que eu só te procurei porque vi você com outro cara. Isso só serviu para eu aceitar como você é essencial para mim. – passou um braço pela cintura dela – O que mais me machucou foi ver como você estava triste. Eu não sou egoísta. Se eu achasse que aquele cara ou qualquer outro poderia te amar mais que eu, eu não estaria aqui. Mas eu quero que você seja feliz! E sei que eu posso fazer isso, porque eu te amo! Me dá outra chance?
Ela sorriu e balançou a cabeça, então ele a abraçou com força e a beijou. Aquele beijo calmo, exigente, delicado, apaixonante. Ele a beijava como se ela fosse feita do mais caro cristal, da mais fina porcelana. Somente Remus era capaz de um beijo como aquele. E ela jamais resistiria áquele beijo.
-- Eu senti tanto a sua falta, Remus – sussurrou próximo ao ouvido dele.
Voltou a beijá-lo. Um beijo de saudade, faminto de paixão, aquelas poucas semanas de separação era tempo demais e eles precisavam voltar a ser uma só alma. Nenhum dos dois tinha consciência de como chegaram ao quarto ou do que aconteceu com suas roupas. Só sabiam que queriam um ao outro e naquela noite o mundo poderia ter acabado que eles sequer tomariam conhecimento.
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Aí estamos com mais um romance Remus/ Tonks cheio de tentativas dele de se convencer como ele é indigno do amor dela e dela nunca desistindo dele.
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Um Beijão a todos Diana Black
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