Aquela do porco ;
Aquela do porco ;
Porque nem dias chuvosos daqueles com tempestades paravam-na.Toda família tem aqueles garotos insuportáveis, malcriados, fissurados em super-heróis e vilões, que se acham os maiores e batem em todos.Mas nesse caso, era uma menina.A menina mais travessa e delicada que já conheci.Apesar do que falavam dela, descobri que nem seus pais conheciam-na realmente.Apenas eu sabia os talentos verdadeiros dela.Eram ocultos, por ela ser a ovelha-negra da família e ter muito pouca atenção, uma vez que o preferido era seu irmão mais velho, Samuel.
Uma pessoa esquisita, brilhante, gesticulada, irônica, simples, metida, inteligente, talentosa, romântica, fissurada por HQ trouxas, espalhafatosa, despojada e dona de um porco.Essa era Sthephanie Joulie Stener.
No momento, ela se encontrava pulando poças no jardim com seu porco, Bradley.Ele fedia.E como fedia.E comia tudo pela frente.Mas como eu dizia...Ela usava uma saia verde, de pregas que iam até os joelhos.A blusa rosa era cheia de rendas e babados.Os cabelos eram coques, mas agora estavam sujos, soltos e molhados.Fazia de propósito.Sua mãe a vestira assim para receber seus avós maternos após uma longa viagem pela América.
' Danem-se eles!Se gostam de mim, não importará minha roupa!' - pensava ela, que achara um barranco cheio de barro e começara a escorregar.
- JOULIE!!!!JOULIEEE!!!!Onde você est.....JOULIE!!!??É por isso, Ephran, é por isso que eu não quis dar esse porco a ela! - Délia olhava a menina censuradamente, enquanto colocava as mãos na cintura aborrecida.Segurou Sthephanie pelo braço e levantou-a. - JÁ PRO BANHO, JOULIE!
- Vovô! - A pequena livrou-se da mãe e abraçou o senhor que ia em direção a eles.
- Délia!Que modos deram a essa menina?Ela veio da guerra? - Murmurou Walquíria, a avó ranzinza de Sthephanie.
- Darei um jeito, nela, mamãe! – Délia retornou a puxar a menina violenta.
- Sam!!! – A loira soltou-se de novo e correu até um garoto de aparentemente de dezesseis anos, que pegou-ano colo.
- Ei, Phanie!Vovô, Vovó, Mãe, Pai!Ei, minha princesinha...O que houve com você? – Samuel beijou-a na testa e retirou os cabelos landuzos que cobriam sua face.
- Eu odeio essa roupa idiota!
- STHEPHANIE!!! – A mãe olhou-a irritada.
- Halley!Eu vou me chamar Halley daqui pra frente! – Ela mostrou a língua e levou um tapa na boca.
- Para, mãe! – Samuel abraçou a garotinha que fazia careta de choro, mas não chorava.
- Santo Merlim! – Délia erguia as mãos para o céu após dar o guarda-chuva na mão do marido. – Por que meu filho perfeito defende a nossa diabinha?!
- Mãe!Para!Ta traumatizando a Phanie! – Ele levou-a para dentro apressado.
- Halley, Sam, Halley!
- Ta bem, Halley!
- Hey, Sam!E meu coelhinho?
- Você já é a minha! – ele colocou-a no chão. – Mas prometo te dar um antes de dizer Quadribol!Agora...Pro banho antes que a bruxa velha arranque sua orelha! – Ele falava da mãe.A menininha riu e correu para o chuveiro.
Quase todos os dias eram como esses.Brigas constantes cercavam a casa dos Sternes.Mas descobririam que o pior iria acontecer.
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