A Atitude Estranha de Pichí
Rony não tinha mais dúvidas quanto aos seus sentimentos, porém não sabia como lidar com eles. Como poderia conseguir o que queria? Como contar à Hermione que seu amigo agora a amava? Era apenas nisto, em que Rony pensava quando estava só. E agora, não era diferente, estava mergulhado em seus pensamentos e em algumas lembranças. A cada imagem que se passava em sua cabeça, um sorriso surgia-lhe à face. Suspirou fundo e continuou a perder-se por horas, ali em seu quarto, pensando naquela que queria namorar, mas dessa vez, um barulho o interrompeu. Era seu estômago gritando desesperadamente por socorro.
Contrariado, desceu as escadas e segundos depois lá estava ele degustando o seu desjejum. À mesa, também estavam sua mãe e sua irmã, que não perceberam a presença de Rony, elas estavam em cargo de organizar a cerimônia de casamento do Gui com Fleur.
Os preparativos do casamento estavam a mil por hora e pode-se dizer que estava tudo bem adiantado, mas a Sra. Weasley não conseguia relaxar nem mesmo um segundo.
- Convites? – perguntou a Sra. Weasley à Gina, que estava com uma lista dos preparativos do casamento.
- Ok – disse Gina um pouco entediada, riscando o respectivo item da lista.
- Decoração... Buffet e...
- Ok, ok e ok. – interrompeu Gina. – Mãe, a gente já checou essa lista 200 mil vezes!
- Não seja exagerada, Gina, querida.
- Eu não agüento mais... Eu desisto. Não quero saber de casamento nenhum. – disse a garota, levantando-se dando às costas e finalmente, saindo em direção ao quintal.
- Pela Barba de Merlim, o que está acontecendo com esta menina?
- Euacaminiarum.
A Sra. Weasley virou-se rapidamente para ver quem conjugara tal feitiço, mas ao perceber que não se tratava de um, lançou um olhar de desaprovação para Rony que tinha acabado de falar de boca cheia.
- Harry – disse Rony ao terminar de engolir.
- O que tem o Harry?
- Mãe, você não tá sabendo que eles terminaram?
- Não estou entendendo... Eles terminaram o quê?
- Ops! –Rony sabia que uma vez que tinha começado a contar o motivo pelo qual Gina estava tão irritada, sua mãe não iria parar de lhe fazer perguntas. Por sorte sua mãe foi distraída com a chegada do Sr. Weasley.
Aliviado, já em seu quarto; afinal, se Gina soubesse que Rony contara sobre o relacionamento dela com o Harry para a sua mãe, ele estaria realmente numa fria, e ele sabia muito bem que a garota possui uma excelente azaração de bicho-papão.
De volta aos seus pensamentos,Rony não via a hora de encontrar seus amigos. O que ia acontecer agora que Hogwarts fechara? Este questionamento foi o suficiente para fazê-lo se lembrar da primeira vez, em que chegou à escola. Nunca se esqueceria das aventuras, o quadribol, a amizade que se estabeleceu entre ele e Harry, das brigas que teve com Hermione e da própria. Não entendia como o seu relacionamento com Mione mudou desde a primeira vez em que a viu. Primeiro, o ódio. Segundo, a amizade. Finalmente, a paixão.
Rony sacudiu a cabeça, um modo de espantar tudo aquilo, não queria ficar pensando nessas coisas. Isso, de alguma maneira o perturbava de uma forma inexplicável. Olhou em volta e deparou-se com o tabuleiro de xadrez, arqueou o cenho e decidiu enfrentar a si mesmo em uma partida. Parece loucura jogar xadrez sozinho, pensou ele; mas o que poderia deixar um homem louco senão o amor.
Aquela sem dúvida, era a partida mais difícil que Rony enfrentara em toda a sua vida. Nem o xadrez da McGonagall, Rony teve de pensar muito em quais jogadas faria, ficou tão entretido, para notar a presença de um gato.
- Bichento... Mione! - Chegou tão rápido à sala que parecia ter aparatado, mas tinha valido a pena, pois lá estava Mione. Como estava linda, pensou Rony.
Hermione estava na companhia da Sra.Weasley, que parecia falar sobre o casamento de seu filho mais velho.
- Mione? - disse fazendo-a notar que ele estava na sala.
- Oh... Oi, Rony. Como você tá?
- Tudo beleza! Harry veio com você?
- Sim. Tá lá fora, conversando com Fred e Jorge.
- Veio sozinha? – Gina perguntou esperançosa.
- Não... Harry e eu viemos... - Gina sequer esperou a amiga terminar de falar, imediatamente saiu ao encontro do seu ex-namorado. - Espero que eles se acertem.
- É, eu também.
- Mas, diga, por que você usou o telefone para me convidar para o casamento? - indagou Hermione mudando de assunto. - Aconteceu alguma coisa com o Pichí?
Flashback
- Vamos Pichí - disse Rony desesperado - Entrega esta para Mione - atou um pergaminho que parecia estar perfumado na pata direita do animal - e esta outra para Harry. - colocou um pergaminho que todo amassado, na outra pata. Em outros tempos, a ave não hesitaria em voar, era um gesto automático: atar e depois voar, mas agora era diferente, pois todos os esforços de Rony para convencer à coruja a entregar seus recados, foram em vão. O animal se mantinha imóvel. - Droga, porcaria de coruja. – chutou o ar, bufou. – E agora?
Como Rony poderia fazer para se comunicar com seus amigos? Matutou durante algum tempo até que lhe surgiu uma idéia:
- O felitone!- Exclamou exitante.
Fim do Flashback
- É, tive de usar o felitone.
- Você não quer dizer telefone?
- Tanto faz se é felitone ou felifone...
- Então, o que aconteceu com Pichí?- perguntou a garota impaciente com a conversa.
- Não sei. Simplesmente aquele inútil se recusa a levar minha correspondência.
- Rony, por um acaso você fez algo com ele?
- O quê? Que tipo de pessoa você pensa que sou? – disse incrédulo.
- Oh! Desculpa... Eu não queria... É que eu achei estranho, uma coruja se recusar a levar cartas e... Bem... Levando em consideração, o jeito que você tratava o Perébas, eu pensei que...
- Por que o casalzinho de amigos discute tanto? – perguntou Fred Weasley, interrompendo a conversa.
- A gente não tava discutindo, só estava comentando como o Pichí está estranho ultimamente - explicou Hermione.
- Sei... - disse Fred desconfiado.
- O que tem de errado com o Pichí? – Perguntou Jorge.
- Ele está se recusando a levar minhas cartas. Sei lá, ele está esquisito... Quieto e meio abobado, sabe?
- Fred, lembra daquela revista trouxa que o papai trouxe pra casa?
- O que tem?
- Aquele artigo que fala dos animais e seus donos.
- Ah! É mesmo – disse Fred.
- Dá pra ser mais específico? – disse Rony, entediado.
- O que tem a revista? - perguntou Mione, esperando escutar uma resposta de imediato.
- Vamos explicar, Jorge?
- Claro, Fred.
- O artigo... Ah! Oi, Harry – Disseram os gêmeos, assim que viram o bruxo que estava na companhia de Gina.
- Oi, tudo beleza? – disse Harry, cumprimentando seus amigos.
- Tudo ótimo. – disse Jorge.
- Tudo nas mil maravilhas – complementou o outro gêmeo.
- Sabe Harry, Jorge e eu estamos contando para Rony e Mione sobre um seriíssimo artigo trouxa que lemos.
- Mesmo? – disse Harry, dando risada, pois sabia que qualquer assunto que envolvesse Fred e Jorge seria tudo, menos sério.
- Exatamente! Então, retomando, o artigo aponta semelhanças entre os donos e seus animais.
- Isso mesmo... Exemplificando, aqui temos Harry – disse Jorge, ao colocar a mão no ombro do garoto... “E sua coruja Edwiges. Ambos são espertos e chamam a atenção por onde quer que vão.”
- E, aqui, temos nossa Hermione e o bichento – disse Fred, aproximando-se de Mione. - Que são muitíssimo inteligentes. - Ao ouvir aquilo, Hermione corou. - Finalmente, Rony e Pichí. – aproximou-se do irmão caçula.
- O que o Pichí tem a ver comigo?
- Ora, os dois são tapados e totalmente retardados.
Risos. Sim, risos. Até Hermione rindo de mim, dá para acreditar?
Comentários (3)
Pra variar, Fred e Jorge sempre colocando o Rony pra baixo (não gosto muito deles por isso).Mas eu gostei até agora. Comecei a ler hoje!
2013-07-24uma risada perdida aqui, q linda!!
2012-08-05kkkkkkkkkkkk
2012-04-22