Capítulo Catorze



Olá, meu nome é Lílian Evans e tenho dezesseis anos.Agora que já sabe quem sou, quer me matar?

Não se preocupe se acusarem-no(a) de homicídio culposo, eu deixo uma carta de suícidio, mas não quero cometer suícidio porque é a pior idiotice que alguém faria, entããão... Quer me matar?

Normalmente, você quererá saber o porquê de eu querer que você me mate.Isso é normal, não se acanhe.É simples : EU DEIXEI POTTER BEIJAR MEU PESCOÇO! Sim, eu estou surtando loucamente em minha mente.Aonde eu estava com a cabeça, pensando besteira, pensando idiotices que só iriam me desonrar? Eu acho que isso acontece só com garotas que não querem que isso acontece, ou melhor, isso acontece porque eu não queria que acontecesse para não complicar mais minha vida e acontecer mais coisa!

Entendeu?

Pois é, sempre que eu falo que vou ser honrada, que irei seguir meus deveres, aparece um bastardo que...que...Peraí.. Eu sou uma bastarda................

Em todo caso, homem só serve para distrairmos de nossos objetivos e uma coisa que eu não suporto de morte é aguentar alguém egoísta, ciumento e que me quer só para ele.Isso para mim é pior do que ser a tia velha solteirona que fica na beira de tacho ganhando a vida.E é por isso que eu irei ser a velha solteirona que fica na beira de tacho ganhando a vida, porque só um grande amor faria com que eu me casasse, ou seja, não existe amor, aonde quer que eu procure, então... Vou ser a velha solteirona que fica na beira de tacho ganhando a vida e, de noite, ficar fofocando sobre as vizinhas, desejando tudo de ruim para elas.

Não, não sou maldosa, apenas amargurada da dimensão da vida que possivelmente terei, mas nenhuma vida que eu conheça as pessoas são felizes e, quando são, falta alguma coisa como dinheiro ou alimentos ou casa ou família ou amigos ou...

Em todo caso, eu preferiria ter nascido em outra época para esfregar na cara de um homem o quão boa sou sem ele.Não, não sou maldosa, apenas amargurada com essa perspectiva de vida.

E bem, se formos pensar, eu não sou feliz de modo algum, olhe isso: Eu não tenho dinheiro, nem família, nem amigos, nem dinheiro, nem alimentos, nem nada.Pelo menos agora, até receber essa tal de 'recompensa', mas digamos que não seja muito, quero dizer, o Rei não perderia tempo comigo... eu sou apenas uma simples camponesa que... Que precisa mudar o discurso.Eu sou apenas uma simples bastarda órfã, antiga camponesa que quase fora estuprada, que matou um homem, que deu ousadias para outro, que no caso é um Lord, que descobrira que a família era da alta sociedade, que...

Aaargh.Alguém me traga um chá para acalmar meus nervos, senão eles explodem e eu morro...

Se bem que era essa a idéa do princípio...

Mas...Mas...

Uma visão fez com que estes pensamentos fossem embora assim como vieram.Uma paisagem que fez meus olhos encherem d'água, porque agora eu realmente compreendia o que o destino estava me reservando.

Entramos em Londres, cheia de homens arrumados e mulheres em seus longos vestidos.Os jovens almofadinhas ricos esbanjavam dinheiro em uma joalheria ali perto, o que me fazia pensar na vida que eu tinha antes.

Era tão difícil conseguir 5 moedas de ouro por dia lah na aldeia e o anel da vitrine custava dez mil moedas de ouro, uma quantia totalmente astronômica.Lembrei do sofrimento de minha mãe para me criar, a nossa pequena cabana, uma pobreza desgraçada.Em Londres, com seus vários palacetes,mansões e casas decoradas artísticamente, me fazia pensar o quanto aqui era diferente.Parecia tão fácil para se ganhar dinheiro, a vida parecia tão... atraente.

As mulheres, em seus lindos vestidos de seda e cetim, me fazia parecer mal vestida e, com suas jóias, chapéus e leques, as deixavam mais deslumbrantes ainda.O cabelo delas era arrumado até o último fio, de um jeito que eu nunca vira antes.

Mas, por incrível que pareça, todas as pessoas na rua, inclusive as mulheres elegantes, estava olhando para mim.Ou melhor, estavam olhando para Lord Potter.Parecia que ele era bem famoso na cidade e, pela agitação de todas as mulheres ali presentes, percebi que ele era o solteiro mais cobiçado, principalmente se é um nobre.

Eu não acho Lord Potter lá essas coisas, quero dizer, ele é um homem um tanto quanto bonito, mas não é de me tentar.

Ahh...Ok, Lord Potter é de fazer uma mulher se tentar, porque senão eu não teria caído em suas garras aquela hora na vinda para Londres, com ele beijando meu pescoço e passando aquela...aquela enguia...

Em todo caso, eu percebi que, como Lord Potter era famoso na cidade e ele que iria me apresentar a sociedade inglesa, eu logo ficaria conhecida... Isso não é bom, porque gosto de manter minhas coisas em total segredo, em total privacidade.

Nós estramos em uma área, que eu pensava ser um bosque, mas logo vi várias mansões e palacetes, todas com um jardim admirável, de impressionar até a pessoa mais especializada em botânica.Muitas mansões eram de cores fortes, como amarelo.Então, o cavalo parou de andar e Lord Potter desceu e me ajudou a descer, quero dizer, desci sozinha, o que o fez rir discretamente.

-Então...?-Perguntei um pouco confusa, querendo explicações do porque que paramos em frente a uma determinada mansão.

-Esta é a sua mansão, srta. Lílian.Se quiser, eu a acompanharei, mas eu tenho um compromisso importante daqui a pouco, mas posso adiá-lo.Quer minha companhia?

Ele estava com aquele ar conquistador e eu logo cortei o mal pela raíz.

-Não, não precisa.Uma criada me mostrará os cômodos-Respondi arrogantemente.

Ele pareceu um pouco desapontado, mas, para esconder tal descontentamento, riu formalmente.

-Como a senhorita desejar.E sua tutora virá daqui algumas horas para mostrá-la como vestir, como agir, como se comportar,etc.Coisas de mulheres da alta sociedade.Até a sua festa de apresentação na Corte, srta. Lílian.Adeus.

-Minha festa?-Repeti, surpresa.Mas ele já estava galopando com seu cavalo, seguindo o bairro de mansões e palacetes nobres.

Eu voltei meu olhar para a mansão e reparei o quão bonita ela era.Ela era tão imponente, tão forte, com um gênio indomável.... Como eu.ERa a mansão feita para mim, embora não precisava ser tão exageradamente grande.

Suas janelas, algumas Bay Window, brancas, com vidraças maravilhosas e a cor da fabulosa casa era cor de pedra fria.Seu jardim sustentava um ar de superioridade, com um lago enorme e grandes cercas-vivas cortadas artisticamente.

O tamanho da casa era de se impressionar, quero dizer, acho q a minha aldeia inteira eram do tamanho da mansão e do jardim.A mansão sustentava dois pavimentos, mas a sua largura era uma coisa impressionante.Logo, uma criada me chamou, me acordando do sono de admiração.

-Srta. Lílian Reikjavic?-Perguntou ela com os olhos baixos.

-Sim, eu mesma-Respondi simplesmente.

-Queira vir comigo? Eu lhe mostrarei sua mansão-E ela adentrou o jardim comigo atrás, enquanto olhava espantada uma cerca-viva em forma de um elefante.

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