capítulo 8
nota da autora: quem tem fic aki nu potterish sabe como é chato ter que ficar colocando
no final das frases e etc... Bem, se eu quisesse eu colocava toda a fic de uma vez, mas é muuuuito mais legal, vocês ficarem esperando... Capítulo por capítulo... E como eu já disse cada capítulo na realidade está sendo dividido por dois, pois são imensos!!
***
Capítulo 4 – O Feitiço veritas.
Por um momento, eles só olharam um para o outro. Então Hermione chegou perto de Draco, que estava totalmente despreparado para o ataque dela e deu um tabefe nele. Ele caiu no chão com Hermione batendo com ambas as mãos em suas costas.
- ONDE ESTÁ HARRY?_ ela berrou – O que você fez com ele? Onde você está escondendo ele? Você não o matou, você precisa dele para continuar fazendo a Poção Polissuco...
- Hermione!_ disse Draco sem fazer o menor esforço para se defender dos tapas nas costas que estava levando de Hermione – Eu juro para você que eu não o machuquei...
- MENTIROSO!_ ela o agarrou pelo colarinho das vestes, puxou sua cabeça para cima e bateu-a de novo no piso de pedra. Draco viu estrelas quando ela remexeu suas mangas em busca de sua varinha. Ela apontou para o coração dele – Se você o machucou... se você cortou os dedos dele para fazer sua poção horrível...
- Olhe!_ disse Draco, lutando para ficar calmo – Eu não fiz nada mais que dar um corte de cabelo no seu namoradinho idiota. Se é que ele pode ter um corte de cabelo... Eu não tenho feito a Poção Polissuco. Esta é a mesma da aula de Snape, mas simplesmente não voltamos ao normal.
Hermione estava tremendo, mas seu aperto na varinha continuou na mesma intensidade.
- Você espera que eu acredite nisso?_ ela berrou o empurrando para o lado.
Draco olhou para ela.
- Meu pai me ensinou Magia Negra, Artes das Trevas, você sabe...
- Não mude de assunto, Malfoy!
- Ponha um feitiço da verdade em mim!_ ele disse – Eu te mostro como fazer isso!
Ele pegou um livro grosso com a capa que parecia feita de couro na mochila e pôs em cima da mesa. Draco o abriu numa página e deu pra hermione ler.
- Isso é Magia Negra Avançada!_ disse Hermione, parecendo muito pálida – Seu uso é severamente controlado pelo Ministério...
- Muito bem!_ disse Draco, agarrando a varinha dela, que estava apontada para o seu coração e falou, sem move-la:
- Veritas!
Um jato de luz preta saiu da varinha e atingiu Draco no peito. Ele já havia visto seu pai usar o feitiço da verdade em várias pessoas, mas nunca havia imaginado como era a sensação de estar sob o efeito dele. Agora ele sabia, e sabia porque era considerada Magia Negra, Sentiu como se dois enormes ganchos de prata tivessem entrado em seu peito, bem embaixo de suas costelas, e estava rasgando tudo, deixando seu coração sem nada para protegê-lo.
- Me pergunte rápido!_ ele disse – Isso dói!
Hermione olhou para ele chocada, mas ela ainda tinha sua inteligência. Rapidamente, ela perguntou:
- Harry… Harry está bem?
- Sim!_ disse Draco, sua voz parecia esquisita e estranhamente transparente, até para seus próprios ouvidos.
Ela pestanejou.
- Por que você roubou a aparência dele?
- Quando nós tomamos a poção na aula do Snape, nós não voltamos ao normal como todo mundo. Harry pensou que eu tinha feito algo à poção, mas eu não tinha feito nada. Ele não acreditou em mim, ele me bateu, eu bati nele de volta e ele foi a nocaute. Aí eu percebi que todos pensavam que eu era ele. E... levei isso adiante.
- Por quê?
- Eu queria saber como era isso._ disse Draco – Eu primeiro pensei que fazendo isso, eu poderia ver o que tinha de bom em ser o famoso Potter. Descobrir seus segredos. Usá-los contra ele. Mas não funcionou como eu queria._ ele disse ofegante, cada palavra parecia arrancada de dentro dele – Foi como se alguma coisa dele, como se uma parte dele tivesse ficado dentro de mim por causa da poção. Eu comecei a agir como ele e eu não posso controlar isso. Eu salvei o sapo de Neville, e você do balaço. Eu sinto coisas, agora. Coisas que eu nunca senti antes.
- Como piedade?_ perguntou Hermione sem piedade.
- Sim. – ele respondeu.
- Onde está Harry?_ ela perguntou.
- Quando eu te disse que o pai de Draco Malfoy veio busca-lo, eu disse a verdade. Só que em vez de mim, ele levou ao Potter.
Hermione, sendo Hermione, percebeu a importância disso e estremeceu. Seu aperto na varinha, contudo, continuava firme e seguro.
- O que te faz pensar que ele está bem?_ ela questionou.
- Eu posso sentir isso._ disse Draco, ele se assustou com a própria resposta – Eu não tinha notado isso até agora, é como a cicatriz. Ele e Voldemort estão ligados pelo feitiço que falhou. agora eu estou ligado a ele pela poção que falhou. Eu pude sentir isso quando ele deixou o castelo, foi por isso que eu corri para cima durante o jantar. Eu pude sentir quando ele acordou.
- O que você está falando? Tá! Digamos que isso seja verdade.O que você iria fazer?_ ela perguntou – Continuar sendo Harry? Alguém descobriria. Eu descobri. Qual era o seu plano?
- Eu não tinha um plano._ disse Draco – eu estava pensando em uma forma de chegar ao Potter.
- O que te importa se algo acontecer a Harry? O que te importa se ele morrer?
- Olhe, eu estou te dizendo!_ disse Draco, cada palavra era um esforço – Tem uma parte de Harry em mim agora. Que me faz fazer coisas que normalmente eu nunca faria. Agora eu penso que é preservação pessoal. Harry tem uma força de vontade muito forte, eu acho. Tem uma voz na minha cabeça que não pára de dizer: vá até Harry, vá até Harry!_ ele sorriu, o espectro de seu detestável velho sorriso – Porque se fosse meu antigo eu, provavelmente o deixaria morrer.
Hermione não se assustou com essa afirmação. Ela olhava para ele.
- Por que você me beijou?_ ela perguntou.
- Não me pergunte isso... – draco disse, fechando os olhos, mas não pôde continuar, o feitiço não permitia, doía muito e ele tinha de responder. – Você. – ele ofegou – Eu gosto de você. Você me faz querer ser uma pessoa boa.
-Ele abriu seus olhos e olhou para Hermione. Por um momento, eles se entreolharam com expressões idênticas de espanto. Então, um sorriso matreiro apareceu no rosto dela.
- Malfoy!_ ela falou – Você é virgem?
- Não. – disse. – HERMIONE, TIRE ESSE FEITIÇO DE MIM AGORA!
- Está bem, está bem! – ela disse ao mesmo tempo assustada e rindo – Finite Incantatum!
A dor e o sentimento de ser rachado desapareceram. Draco puxou ar, ofegando; ele sentia como se tivesse corrido uma maratona.
- Hermione – ele disse, não sem alguma admiração – Isso foi sacanagem sua!
- Eu sinto muito!_ ela disse, porém ela não parecia nem um pouco sentida – Eu tinha apostado isso com o Ron. E você mereceu isso por ter me beijado e ter me feito pensar que foi Harry._ ela se levantou, e para surpresa dele, ofereceu uma mão para ajudá-lo a se levantar – Nós devemos ir. Há sensores por todo o castelo que podem detectar o uso de Magia Negra. Alguns professores já devem estar vindo para cá agora.
- Ah, sim!_ ele disse – Acho lembro de ter lido isso em Hogwarts, uma história!
Hermione, que um instante antes corria com uma terrível expressão de horror no rosto, parou e olhou dentro dos olhos verdes de Harry, mas que não parecia ser o mesmo, claro, a expressão era diferente:
- Você já leu Hogwarts, uma história?
- Foi o que eu acabei de dizer! – ele disse – Por quê?
- nada não! Vamos logo!
**
Depois que Macnair foi embora, Lúcio Malfoy desapareceu, dizendo a Harry e Narcisa que ele tinha trabalho a fazer. Harry, não querendo demorar e ter interessantíssimas conversas com a mãe de Draco, decidiu explorar a mansão e ver se encontrava as entradas do tal calabouço. Sirius estaria lá amanhã; Harry queria estar preparado.
Primeiro, ele resolveu andar pelo lado de fora da mansão tentando ter uma idéia de seu tamanho e forma, Isso acabou sendo um erro. À primeira vista, quase interessante, mas também muito sinistro. A mansão era muito grande, feita do que parecia ser uma contínua laje de granito preto. Harry descobriu um jardim de pedras, alguns estábulos para cavalos (vazios), e lugares muito deprimentes, além de um labirinto enorme, que Harry repentinamente evitou, Sua última lembrança com labirintos não era muito boa. Em volta do labirinto, ele achou um pequeno jardim, no qual haviam arbustos esculpidos na forma de animais. Animais mágicos, ele se corrigiu: havia um hipogrifo, uma fênix, um unicórnio, um trasgo segurando um machadinho, e um dragão, além de mais algumas criaturas detestáveis que ele não reconheceu.
Desatento, Harry encostou no arbusto em forma de trasgo com seu dedo. Era tão real...
Harry berrou quando o trasgo virou e afundou seus dentes em sua mão. Ele esquivou-se ao mesmo tempo que o trasgo ergueu seu machado e tentou atira-lo em sua cabeça. O machado era feito de folhas e galhos, mas ele, todavia, fez um barulho muito sólido “TAC!” quando atingiu o chão. Ele apalpou suas mangas em busca de sua varinha, ergueu-a, apontou-a para o trasgo, e gritou:
- Estupefaça!
E o trasgo congelou em meio-movimento.
Harry saiu correndo do jardim. Se havia uma coisa que ele se orgulhava, era de seus feitiços. Mas mesmo ele, não estava certo de como um Feitiço Atordoante iria funcionar num arbusto, se em um trasgo de verdade não funcionava apenas um feitiço igual.
Sua mão estava sangrando copiosamente, onde o trasgo havia mordido. Quando ele chegou dentro de casa, a manga de sua camisa estava encharcada de sangue. Narcisa, que estava passando pela porta da frente, o viu e gritou de susto.
- DRACO!_ ela gritou – O que aconteceu?_ ela virou a mão dele examinando o ferimento, no qual ainda haviam algumas folhas cravadas na mordida – Draco, você sabe muito bem que não deve ir ao jardim dos animais! Seu pai ficaria tão bravo se... se..._ ela parou de falar e arrastou-o, protestando, até a cozinha, onde ela fez ataduras em seus ferimentos, primeiro lambuzando a mão de Harry com um ungüento roxo, que ardia muito.
:
- Você terá que vestir suas luvas esta noite, Draco!_ ela disse – Se seu pai...
- Esta noite?_ perguntou Harry em alerta, esquecendo de sua mão mordida – O que tem esta noite?
Narcisa, ao terminar de fazer as ataduras, se ajeitou, e olhou para ele surpresa.
– Você sabe que temos companhia às noites de sábado._ ela disse – Os... Colegas de seu pai estarão em pouco tempo.
- Hã... certo._ disse Harry – Eu tinha esquecido.
Não ajudava pensar nos jantares na casa dos Dursley com os colegas de tio Valter da companhia de brocas. Ele estava sentindo, contudo, que um jantar com Comensais da morte seria algo mais.
- Eu tenho que me vestir a rigor?_ ele perguntou sem pensar.
- Draco!_ Narcisa olhou para ele diretamente nos olhos – Você sabe que você tem que usar as vestes de gala da família Malfoy!
- Certo!_ disse Harry, mas Narcisa o olhava com suspeita, e ele sentiu que era melhor ir embora – É melhor eu ir me vestindo, então. _ ele disse andando até a porta – Você sabe como são essas vestes de gala... Cheias de zíperes...
Com Narcisa olhando para ele como se uma segunda cabeça tivesse acabado de crescer nele, Harry saiu da cozinha e correu pelos corredores até o quarto de Draco.
**
Dizendo a Draco para esperar no salão comunal da Grifinória porque “Eu sei melhor onde Harry guarda as coisas dele do que você”, Hermione disparou para as escadas, e invadiu o dormitório dos garotos, algo que ela só fazia em emergências (e em manhãs de Natal). Dino vestia seu pijama, ao perceber a garota, gritou e caiu atrás de sua cama.
- O que você pensa que está fazendo, Hermione?_ele perguntou em voz baixa, tirando sua cabeça do meio da roupa de cama – Você poderia ter visto... alguma coisa!
- Dino, eu não vi nada!_ disse Hermione – Eu juro! Eu só vim aqui para pegar umas coisas para o Harry. Me dê cinco minutos e você pode voltar a ficar pelado em paz!
Ela abriu o baú de Harry e começou a mexer nele. Tirou a capa de invisibilidade deJames, o Mapa do Maroto, e algumas suéteres para o caso de frio. Ela procurou alguma coisa para guardar tudo, e de repente viu a mochila de Harry embaixo da cama. Puxou-a vagarosamente.
Ela havia comprado aquela mochila para Harry em seu quinto ano em Hogwarts. Era uma mochila bem vagabunda, mas ela havia colocado vários feitiços nela: um feitiço que a mochila nunca iria rasgar, outro que Harry poderia trancá-la, outro que ele poderia achar a mochila se ele a esquecesse por aí, o que freqüentemente acontecia. Ela viu também palavras sobre a mochila, não palavras magicamente colocadas lá, na verdade escritas à mão: “HARRY POTTER APANHADOR DA GRIFINÓRIA”.E além de apanhador, este ano se tornara capitão do time de quadribol, algo que o recompensou do ano passado.
A visão da mochila a fez lembrar-se de Harry, de um modo tão agudo, que ela ficou asfixiada, e um soluço escapou de sua garganta antes que ela pudesse contê-lo. Ela fazia tudo até agora como em piloto automático, tentando não pensar em Harry, porque se ela pensasse nele em perigo, iria cair completamente em pedaços, e não seria mais de nenhuma utilidade...
- Hã... Hermione..._ Dino aproximou-se dela pelo chão, alertado pelo som das lágrimas. Hermione não era o tipo de garota que chorava a toda hora – Não chore...
- Obrigada, Dino._ disse Hermione, levantando uma mão para precavê-lo – e eu... hã... agradeço o apoio. Você deve quere vestir umas calças, é tudo o que eu digo, mas eu agradeço o apoio do mesmo jeito... e você sabe onde está o Rony?
Ele que a pouco sorria, a olhou com surpresa:
_Hermione, Você não sabia que ele está na detenção?
_O que?! – ele perguntou em tom desesperado – Por que??!
_ora, ele e Gina fizeram uma pequena traquinagem com as roupas de Snape... Mas ela conseguiu escapar... eh... Gina é uma grande garota...
Mas ela não ouvia, estava muito desesperada pensando como poderia salvar Harry sem seu grande amigo pra protege-la de Draco.
**
O mau humor de Hermione não melhorou quando ela voltou ao salão comunal e encontrou Draco sentado em uma das macias poltronas de lá, dormindo. Ela andou até ele e o observou.
- ACORDA!_ gritou sem piedade.
Ele abriu seus olhos verdes e olhou para ela.
- Estou acordado!_ ele disse.
- Certo!_ ela disse se sentindo idiota – Estou indo atrás de Harry._ ela continuou – Eu pensei em pegar a Firebolt dele, mas eu tinha certeza de que você não consegue conduzir uma vassoura para fora de Hogwarts. Então eu estou andando até Hogsmead. Há um trem que parte à meia-noite que vai para a vila mais próxima de Londres o possível...
Mas ele se levantou.
- Você não vai sem mim._ ele disse, suavemente, mas firme – Você nunca achará a Mansão Malfoy, ela está fora do mapa, assim como Hogwarts. E mesmo que você a achasse por algum milagre, existem dezessete feitiços na porta da frente, e cada um deles exige um Feitiço que desarma específico...
- Malfoy,_ disse Hermione – Eu não estava sequer pensando em ir sem você. Na verdade, eu iria te ameaçar com o feitiço Veritas se você não concordasse em me levar até sua horrível casa.
Agora era a vez de Draco se sentir idiota e não deixar por menos:
- Hermione, você não pode fazer o feitiço Veritas._ ele disse asperamente – Fazer magia Negra não se resume a dizer as palavras mágicas.
- Eu não exibiria tanto meu conhecimento de Magia Negra se eu fosse você._ disse Hermione rapidamente.
Ela colocou a mochila de Harry sobre seus próprios ombros e saiu pela passagem do quadro da Mulher Gorda. Draco correu atrás dela. Ele detestava a forma com que ela sempre dizia a última palavra.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!