Allan MaClin, o comensal traíd
Era uma manha fria e cinzenta de inverno. Ginna acordou com Mione trinando azarações no quarto.
-Mas o que você esta fazendo?
-É pra nos precaver. Não sabemos o que vamos enfrentar.
Ginna e Mione se arrumaram e desceram para tomar café e encontrar o único homem que poderia ajudar.
No pe da escada, a senhora da recepção logo as cumprimentou:
-Bom dia queridas. Podem ir para o salão para tomar café. Allan esta esperando. Ele fica no balcão. Aproveitem e peçam a ele uma cerveja amanteigada de inverno, é uma especialidade dele.
-Obrigada – disseram as duas juntas.
O salão era um pouco escuro, mas bem convidativo. Mesinhas de madeira escura com quadro cadeiras ao redor. Duendes conversavam e bebiam uma bebida que soltava uma fumaçinha azul-gelo e conversavam animados perto da janela. Em outra mesa um casal de bruxos trocava carinhos na mesa perto do balcão.
No balcão estava Allan. Um homem alto, de cabelos compridos, negros e ondulados. Vestia uma camisa preta com os dois primeiro botões abertos. Tinha uma cara emburrada enquanto limpava os copos com um pano branco.
Mione e Ginna o olhavam encantadas. Era realmente muito bonito. Devia ter uns vinte e cinco anos.
-Bonito não é? – disse uma voz doce atrás delas. – todas as hospedes ficam caidinhas por ele. Mas desencantam quando... – a mulher parou – vão la falar com ele. Acho que é mais importante do que ficar babando na porta do salão.
Ginna e Mione deram um sorrisinho e se dirigiram a ele.
-Ola – disse Ginna – nós somos...
-Hermione Granger e Ginna Weasley. A Sra. Lyss já me falou de vocês. O que é que vocês querem comigo?
-Bem nós queremos saber, algumas coisas sobre... – Mione respirou fundo e encarou Allan – Voldemort!
Allan encarou as garotas com seus profundos e grandes olhos verdes.
-O Lord das trevas? Bem tem muitas coisas que sei. E vou contar a vocês.
Mione se perguntou por que motivo ele iria contar tudo que sabe sobre o Lord das trevas.
-“Quando Voldemort teve seu primeiro momento de gloria no mundo bruxo, eu era muito jovem. Talvez por medo, resolvi me aliar a ele. Ele me colocou de vigia de muitos bruxos e bruxas. Descobriu muitos esconderijos por intermédio meu. Arrependo-me muito por isso. Os Longbotton, por exemplo. Depois de ter feito tudo o que fez e eu ter ajudado, Voldemort se negou a me aceitar como comensal da morte.”.
-Ora, mas por quê? Quero dizer pra ele quanto mais ajuda melhor. – perguntou Ginna.
-Porque? – Allan saiu de trás do balcão – porque eu não sou inteiramente bruxo.
Allan era um centauro.
-Minha mãe era bruxa e meu pai um centauro. Voldemort viu em mim a vontade de ser comensal e se aproveitou disso. – Allan voltou para trás do balcão. – depois que me usou, foi fácil me descartar.
Hermione e Ginna se olharam. Era compreensível que ele estivesse disposto a contar tudo sobre Voldemort, era uma vingança.
-Bem – começou Hermione – você esta mesmo disposto a nos ajudar?
-Sim – disse Allan de olhos vidrados nas duas. – a senhora Lyss me disse que vocês fazem parte da OF não é mesmo?
-Sim – e estamos atrás das... – Ginna abaixou o tom da voz para que ninguém pudesse ouvi-la. -... Das Horcruxes.
Allan fez uma cara de espanto que logo se transformou em um olhar de coragem.
-Terão que fazer uma longa viagem senhoritas. E estou disposto a guiá-las ate onde possivelmente esta a ultima Horcruxe.
-Creio que será necessário – disse uma voz conhecida atrás das meninas.
-Harry!
-Rony!
As duas se levantaram e agarraram no pescoço dos garotos.
-Graças a Merlin vocês estão bem. Rony seu rosto! Ele esta todo cortado...
-Acidentes de percurso. Eu estou bem.
-Senhor Potter! – disse Allan – esperava sua chegada.
-Você me conhece?
-Tiago e Lílian sim. Moraram aqui e eu esperava que você viesse pra cá. Digamos que quando eu o vi pela primeira vez você era um pouco menor e não tinha esse enfeite na testa.
Harry sorriu colocando a mão na cicatriz que era seu cartão de visitas para quem o via pela primeira vez.
-O que você dizia Harry? – perguntou Ginna.
-Acho que vamos precisar de uma companhia como a dele para viajar. Os Voldemort já sabe que fugimos, e já deve ter mandado os comensais a nossa busca. Vamos precisar de uma a ajudinha na viagem.
Ginna e Mione se olharam assustadas.
-E o que vamos fazer agora?
-Ir atrás da Horcruxe. Possivelmente Voldemort já deve ter mandado comensais pra la ou ele mesmo esta indo pra la.
-Vocês vão destruí-la? – perguntou Allan.
-Claro.
-Acredito que vocês serão capazes. Todos vocês, mas... – Allan olhou para a janela. Harry já sabia que os centauros tinham essa mania. Contemplavam o céu quando queria descobrir alguma coisa de um futuro próximo. – creio que não será nada fácil. Voldemort colocou um exercito de algo que não consigo destingir, para proteger a Horcruxe.
Harry e Rony se olharam.
-Por que vocês tanto se olham? – perguntou Mione.
-Ham, Mione é uma longa historia. Podemos conversar em outro lugar. Não se importa não é? – perguntou Rony à Allan.
-Não. Vocês devem ter mesmo muito que conversar. Enquanto isso eu vou informar a senhora Lyss e conversar com alguns companheiros meus para prepará-los para a viagem.
Os quatro subiram para o quarto em que Mione e Ginna estavam hospedadas.
Ao entraram se sentaram nas camas e Rony começou a contar:
-Quando Bellatriz apareceu, ela nos levou para a mansão dos Ridlle onde Voldemort e a corja dele está vivendo. Voldemort me forçou a conjurar o Patrono como eu sonhei naquela noite. Lembra-se Mione?
-É difícil esquecer.
-E la nos encontramos minha tia – continuou Harry. – ela estava sendo torturada por Voldemort. Estava toda ferida...
-E vocês a deixaram la? – perguntou Ginna indignada.
-Bem de certa forma sim – continuou Harry sem graça – mas a OF já foi avisada, já devem estar indo pra la.
-Mas e o seu Patrono Rony? O que Voldemort queria com ele?
Rony respirou fundo e disse:
-Bem essa é a melhor parte de certa forma – Rony se encheu de orgulho, o que fez Harry soltar uma risadinha. – ele descobriu que assim como ele mesmo é o herdeiro de Sonserina, existia o herdeiro de Grifinoria. Que bem... Sou eu.
Mione levou as mãos à boca e seus olhos se encheram de lagrimas. Ginna olhou para Harry que concordou com a cabeça. Ginna pulou em cima do irmão.
-Maninho estou orgulhosa de você. Eu sempre te achei especial.
Hermione continuava sentada na cama imóvel. Ate que não agüentou e saiu do quarto ainda com as mãos na boca.
Rony olhou para Harry e Ginna e saiu atrás de Hermione.
Desceu as escadas e viu a senhora Lyss:
-A senhora viu...
-A senhorita Granger? Saiu daqui chorando e foi para a praça. Se correr consegue alcançá-la.
-Obrigado – disse Rony saindo pela porta correndo.
Rony corria olhando para os lados para ver se achava Hermione. Ate que a avistou sentada em um banquinho na praça abraçada com as pernas e de cabeça abaixada.
Rony se aproximou da garota e acariciou seus cabelos.
-Mione – disse ele baixinho – o que ouve? Você não esta feliz por mim?
-Ah Ronald. Como poderia?
-Você não esperou que terminássemos de falar. Isso é bom. Se acontecer algo a Harry eu vou poder ajudá-lo e ate salvar a vida dele se...
-E você Ronald? Se acontecer algo a você, quem vai te salvar?
Rony não tinha pensado nisso. Realmente, se ele fosse atacado, quem iria ajudá-lo?
Rony não soube o que responder. Abraço Hermione e fazia carinho em seus cabelos.
-Nada vai me acontecer – dizia ele para confortar a garota. Mas sabia que era só pra isso mesmo, nem ele sabia direito as outras vantagens de ser Herdeiro de Godric Gryffindor – agora pare de chorar, por favor – disse ele docemente. – eu estou com fome, todo machucado e preciso de um banho. Vamos voltar?
A garota deu um sorrisinho e se levantou enxugando os olhos na manga da blusa.
Rony abraçou Hermione e juntos voltaram para o hotel. Ao entrarem, Sra. Lyss se dirigiu a eles:
-Allan me pediu que lhes entregasse isso – a mulher lhes entregou um pedaço de pergaminho. – já falou comigo que vai precisar viajar. Desejo boa sorte á vocês.
Mione pegou o pedaço de pergaminho e sorriu para senhora Lyss ao subir as escadas em direção ao quarto.
No corredor ela abriu o pergaminho que dizia: “Me encontrem na praça as 00h00minh de hoje. Consegui companhia segura para a viagem. Ass. Allan.”.
Mione olhou para Rony que tinha um olhar pensativo.
-O que você acha? – perguntou Mione para Rony enquanto seguiam no corredor em direção ao quarto.
-Não sei – disse ele parando na porta – mas é a única ajuda que temos nesse momento.
Quando abriram a porta, se depararam com Harry e Ginna aos beijos. Mione dava uma risadinha abafada, enquanto Rony ficava vermelho.
-Harry – gritou Rony – Ginna!
Os dois se afastaram.
-Ah vocês já voltaram – disse Harry tão vermelho quanto Ginna – é que caiu um cilho no olho de Ginna e...
-Harry, eu conheço suas desculpas – disse Rony agora sorrindo – sou seu amigo esqueceu? Essa desculpa é pior que a das formigas.
Mione mostrou o pergaminho a Harry que não teve outra reação a não ser concordar em encontrarem Allan no local combinado.
-É meio suspeito não é? – disse Ginna – quero dizer, ele queria ser um comensal da morte e de repente resolve contar tudo relacionado a Voldemort e contar onde ele esconde a Horcruxe.
-Ele tem um bom motivo pra isso – continuou Mione – você o ouviu dizer que Voldemort o rejeitou por ser mestiço. Isso depois de se aproveitar de sua vontade de ser comensal e forçá-lo a fazer coisas horríveis.
-É como eu disse – interrompeu Rony – é a única opção que temos. Se não for ele, quem será?
Harry olhou para o amigo. Parecia que a descoberta sobre o que ele era, havia lhe dado mais confiança e uma grande vontade de lutar.
Os quatro passaram o resto do dia bem agradável, passeando por Godric Hollow.
Faltando alguns minutos para partirem, voltaram para o hotel para buscar seus pertences.
Subiram as escadas em total silencio. No quarto as malas já estavam prontas.
-Vou avisar ao Moody – disse Harry pegando o prisma no bolso. – Comunicos!
O prisma se iluminou e a imagem de Moody cochilando fez os garotos sorrirem.
-Ah desculpe – disse ele sem graça – não sou de ferro. Mas então, o que descobriram?
-Muita coisa.
Harry explicou tudo a ele. Desde a historia do herdeiro de Godric Griffindor ao centauro que iria guiá-los.
-Allan – disse Moody coçando o queixo deformado – já ouvi falar dele.
-É confiável? – perguntou Rony.
-Acho que sim. Só é frustrado por ter sido rejeitado por Voldemort. Concerteza vai poder ajudar. Ele disse que conseguiu companhia para a viagem?
-Sim.
-Isso é bom. Afinal depois da fuga de vocês dois e de termos libertado Mila...
-Vocês conseguiram?
-É claro que conseguimos! Este nos sibestimando rapaz?
-Não – disse Harry tentado se livrar da saia justa – nunca. Só queria saber.
-Conseguimos. A Sra. Weasley esta cuidando dela. Ronald sua mãe poderia trabalhar no St. Musgos.
-Não. É melhor não.
-Bom, falando em sua mãe Rony, ela pediu que eu avisasse a você e a Ginna para que se alimentassem direito.
Rony e Ginna coraram. Já conheciam a mãe que tinham.
-Bem, acho que são essas as recomendações. Centauros como companhia nessa viagem é uma boa pedida. Mas saibam que Voldemort já deve estar indo aonde a Horcruxe esta. Não demorem. Qualquer noticia nos avise. Boa viagem.
E assim o prisma se apagou.
-Bem hora de ir. – disse Mione se levantando e colocando a mochila nas costas.
Os quatro desceram as escadas. Ginna acertava a conta com Sra. Lyss enquanto os outros seguiam para a praça.
Ginna logo os alcançou. E ao chegar a praça, se deparou com um grande grupo de centauros.
No meio deles, Harry reconheceu ao lado de Allan, Firenze.
-Harry Potter – disse ele com sua voz sonhadora de sempre – que prazer em revê-lo.
-Ola Firenze – disse Harry surpreso – o que faz aqui? Você não deveria estar em Hogwarts?
-Eu não posso voltar à floresta se lembra. Não dou mais aula depois que Dumbledore se foi, resolvi me demitir. Então meu primo Allan me avisou da sua viagem com os Weasleys e a menina Granger. Então resolvi ajudar na viagem.
-Muito obrigado.
-Vamos? – perguntou Allan – Temos um longo caminho pela frente.
O caminho era realmente longo. Começava na entrada da floresta que cercava Godric Hollow.
Diferente da floresta da escola, logo em sua entrada a luz já não iluminava mais. Hermione segurava no braço direito de Rony e Ginna andava ao lado de Harry com varinha em punho tentado se manter firme, mas tambem estava assustada. Os quatro estavam cercados pelos centauros que andavam com machados nas mãos para garantir a segurança.
Mais adiante, Harry pode ouvir um som doce e encantador.
-Os segurem. – disse Allan a Ginna e Hermione – Ali adiante tem um lago. Há sereias la dentro. O canto delas seduz quem entra na floresta. Já devem ter ouvido falar disso não?
-Sim – respondeu Mione – Mas e vocês? O canto não os atinge?
-Não somos totalmente humanos. Elas só atingem quem é totalmente humano. Infelizmente não temos outro lugar para passar. Senão sairemos da trilha certa e poderemos nos perder. O que será um grande problema.
-Agora os segurem – disse Firenze – se souberem algum feitiço é até melhor. Pois analisando o garoto Weasley é notável que a menina Granger não consiga segurá-lo.
Hermione fez uma cara feia para Firenze. Mas analisando melhor era verdade, Rony era muito grande, ela não ia conseguir segura-lo.
-Tudo bem – disse Ginna segurando os braços de Harry que parecia não estar nesse planeta.
Enquanto andavam, Mione tentava segurar Rony pelos braços. Mas o garoto estava indo na direção do lago. Hermione fazia força para o garoto não se aproximar do lago.
-Hermione – gritou Ginna que estava conseguindo segurar Harry – ele vai cair.
-Eu sei – disse Mione que já estava na beira do lago segurando na cintura de Rony e tentado puxá-lo.
Hermione viu um corpo se levantar da água. Era uma mulher de rosto pálido, olhos brancos e cabelo muito azul. Ela segurava a mão de Rony e o puxava para dentro do lago.
-SOLTA ELE – gritou Hermione.
A sereia a olhou com fúria. Mas Hermione estava ainda mais furiosa. Mesmo correndo o risco de perder Rony, Hermione o soltou e tirou sua varinha do bolso.
-IMOBILUS – gritou Mione apontando a varinha para Rony que ficou parado ainda olhando a sereia que fuzilava Hermione com os olhos brancos.
-Carpe Retractum – disse Mione.
Nesse momento um cordão iluminado surgiu ao redor de Rony e o levou ate Hermione.
A sereia ainda encarava Mione.
-Ele é meu – disse Mione olhando para a sereia e logo beijando Rony.
Os olhos do ruivo que estavam brancos como os da sereia pelo seu estado de transe, logo voltaram à cor de sempre. O garoto sacudiu a cabeça como se acordasse de um sonho ruim.
A sereia soltou um grito horrendo e voltou para dentro do lago.
-Mione eu...
-Cala a boca Ronald – disse Hermione furiosa puxando Rony e continuando o caminho.
-Hermione – disse Rony puxando Mione pelo braço – olha pra mim. O que você queria que eu fizesse? Eu não podia me controlar. Era como o feitiço que você lançou pra me puxar, eu não conseguia me soltar.
-Então quer dizer que você tentou se soltar?
-Bem...
-Menina Granger – chamou Firenze – acredite nele. Ele não podia fazer nada. Estava enfeitiçado.
Rony olhava para Mione esperando que ela acreditasse.
-Tudo bem. – disse descruzando os braços.
-Que bom – disse Rony abraçando Hermione – olha, mesmo não estando consciente, eu vou lhe pedir desculpas. É o mínimo que posso fazer.
-Esta desculpado.
-Vocês podem deixar pra conversar depois – disse Harry como se estivesse muito cansado. – temos um longo caminho pela frente.
-É melhor descansarmos menino Potter – disse Firenze – por mais que não dê para notar, mas já é noite e não é bom viajarmos a essa hora.
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-NÃO ACREDITO – gritava Voldemort. – todos incompetentes. Mila fugiu, as sereias não conseguiram capturar nem o Weasley nem o Potter.
Uma fila de comensais ouvia atenta na frente de Voldemort.
-O que é que eu faço com vocês? – disse ele coçando a cabeça.
-Eu sugiro – disse uma voz fria e baixa surgindo de um canto escuro – o mesmo que o Potter e o Weasley fizeram aos gêmeos idiotas.
-A morte seria uma ótima escolha Snape – respondeu Voldemort – mas porque matar, se posso torturar? Cruccio... Cruccio...
A fila de comensais caiu ajoelhada no chão e rolavam desesperados derramando lagrimas dos olhos cobertos pelo capuz de suas vestes.
-Será que é tão difícil pra vocês fazer a coisa certa? – perguntou Voldemort aos homens que ofegavam no chão. – Os únicos aqui que conseguem fazer alguma coisa são Bella e Lucio. E muitas vezes ainda cometem besteiras. Quero que me ousam bem: não vou matá-los, embora merecessem. Vocês vão trazer a Horcruxe pra mim. A comando de Lucio e Bella. Ela esta protegida, e quando chegarem la quero que me avisem.
-Como Lord?
-Se virem – disse ele sorrindo – será que a incompetência de vocês é tanta que ate isso eu tenho que fazer por vocês? Será ótimo se chegarem depois do Potter. Pelo menos ele já vai ter se encontrado com meus velhos amigos. Bartô! – chamou Voldemort.
Um homem pálido com uma aparência de quem estava doente entrou na sala.
-Chamou MiLorde?
-Sim, sim. Quero que vá atrás do Potter e quero que o separe do Weasley para que chegue a Horcruxe sem ele.
-E os centauros?
-Eles podem estar com ele, assim como a Weasleyzinha. Tadinha, ira ver o Potter morrer, mas isso não importa. Só quero que tire o Weasley de perto dele.
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-Harry! Você esta bem?
Harry ouvia a voz de Ginna muito distante e quando se recuperou se viu no chão com a cabeça apoiada nas pernas de Ginna.
-Cicatriz! – disse ele se levantando e olhando para os outros que estavam ao seu redor. – Voldemort esta aprontando. Mandou os comensais para onde esta a Horcruxe.
-Moody falou que ele faria isso.
-Então é melhor nos apresarmos – disse Allan.
-NÃO! – gritou Harry – É isso mesmo que ele quer. Que nós cheguemos primeiro. Tem alguma coisa perigosa lá. E ele vai tentar nos separar. Vai tentar manter Rony longe de todos.
-Eu disse que essa historia de herdeiro não daria certo – disse Mione furiosa se levantando do chão molhado.
-Calma Mione – disse Ginna – se é isso que ele quer é isso que vai acontecer.
-Ginna não podemos nos separar – disse Harry.
-Podemos sim.
-Acho que estou entendendo. – respondeu Rony. – Sabem, passar a vida toda com Fred e Jorge é muito útil.
Harry olhava Ginna que sorria travessamente pra ele.
-Qual é a idéia Ginna? – perguntou Harry.
-Firenze, você sabe onde esta a Horcruxe?
-Sim. Allan me explicou. Porque menina Weasley?
-Você vai com Mione e Rony para lá pelo outro caminho enquanto eu e Harry vamos pelo caminho certo.
-Mas menina Weasley, o outro caminho é mais demorado.
-Essa é a idéia. Eu e Harry temos que chegar primeiro. Quando vocês chegarem será como um ataque surpresa aos comensais.
-E com quem fica o prisma? Temos que comunicar a OF.
-Vocês ficam com ele, é um modo mais rápido de se comunicar com eles. Enquanto nos – Ginna pensou – Edwirges! Ela é muito ágil.
-Mas como ela vai vir pra cá?
-O prisma. Falem com Moody para a mandarem pra cá. Ela ficara conosco. Mandara os recados com a rapidez necessária.
-Ginna – disse Rony abraçando a irmã – me orgulho de você. Gui estava certo quando falou aquilo tudo pra mamãe nos deixar vir.
-Comunicos! – disse Harry – Moody!
-Ola Harry! – era Tonks – Moody precisou ir ao banheiro. Era urgente. Então aqui estou eu, algum problema?
-Preciso que mandem Edwirges para onde nós estamos. É urgente, pergunte depois.
-Ok, Ok... – disse Tonks assustada com o pedido do garoto. – Ela daqui a pouco chega ai. Mas alguma coisa?
-Diga a todos que houve uma mudança de planos. Rony e Hermione seguiram por outro caminho com Firenze e outros centauros enquanto eu e Ginna vamos pelo caminho mais rápido ate a Horcruxe. O prisma ficara com Rony. Ele avisara quando estiver chegando e onde estam assim vocês podaram vir se unir a nós e surpreender os comensais.
-Caraca – disse Tonks empolgada – quem armou tudo isso? É melhor que o plano do Moody. Opa ele esta voltando. Vou avisar. Tchau e boa sorte.
O prisma se apagou.
Rony abraçou Ginna e apertou a mão de Harry.
-Boa sorte pra vocês.
-Obrigado. E a vocês tambem... Herdeiro.
Harry ficou observando Rony e Hermione sumirem pela floresta com Firenze e outros centauro. Ele e Ginna seguiram para o outro lado com Allan e mais quatro centauros.
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-Rony! – chamou Mione baixinho – você acha que a idéia da Ginna vai dar certo?
-Acho que sim. A Ginna é esperta. Essas idéias mirabolantes dela lembram as idéias de Fred e Jorge, e elas sempre deram certo.
-É – disse Mione dando um risinho. – Espero que eles estejam bem.
-Algum problema? – perguntou Firenze.
-Não. Só uma preocupação com Harry e Ginna.
-Sei que estão preocupados, mas Potter e a menina Weasley são espertos eles vão se sair bem.
-Eu prometi a minha mãe que voltaríamos todos bem.
-E você vai cumprir. – disse Firenze confiante – Palavra de Herdeiro não falha.
Rony corou. Tudo aconteceu tão rápido. E como todos podiam ter certeza de que ele era o herdeiro? Ninguém nunca vira seu Patrono antes.
-Espera ai – disse ele de repente – como você sabe? Eu não me lembro de ter contado.
-Nós centauros vemos tudo nas estrelas. Você não precisa ns contar nada, nós já vimos antes mesmo de você saber.
-Então sou eu mesmo?
-Sim – disse Firenze olhando para Hermione que estava mais uma vez com os olhos lacrimejando – menina Granger, não tem porque se preocupar. O Herdeiro é forte, mesmo que ninguém nunca tenha visto isso. Entendo a sua preocupação. Mas ele vai provar a você e a todo mundo que ele é capaz.
-Eu sei que ele é capaz – disse Mione olhando pra Rony que agora tambem tinha lagrimas nos olhos – eu sempre soube.
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-Ginna você me surpreendeu – disse Harry à namorada e fazendo Ginna corar. – esse plano foi incrível. Mas será que dara certo?
-Tem que dar Harry. Acho que todos estão em um momento que não podemos dar o capricho de elaborar planos perfeitos e demorados. Qualquer improviso é bem vindo.
-Isso é verdade. Será que Rony e Mione vão ficar bem?
-Vão sim. Depois da descoberta sobre Rony, ele esta ainda mais confiante e tenho certeza que ele faria tudo pra se defender e defender Hermione.
Os centauros os guiaram ate uma grande árvore no interior da densa floresta.
-Acho melhor descansarmos aqui. Amanha pela manha poderemos continuar a viagem. Imagino que faltam poucos quilômetros.
-Allan – chamo Harry – o que é a ultima Horcruxe?
Allan abaixou a cabeça e olhava para os próprios cascos.
-Potter – disse ele voltando a encarar Harry e Ginna – você conhece a espada de Godric Gryffindor?
-Sim. Já ate a usei. Mas Dumbledore disse...
-Dumbledore não mentiu pra você Harry. Ele era sábio, mas nem de tudo ele tinha conhecimento. Como você sabe, Voldemort é o herdeiro de Sonserina, e por isso ele tinha que ter como horcruxe um objeto da única casa que poderia derrotá-lo.
Harry e Ginna encaravam Allan com um olhar de duvida.
-Voldemort – disse Allan se abaixando em uma espécie de reverência para os garotos – tinha que guardar sua alma em um objeto da casa de onde viria o único que pode derrotá-lo e o único que pode ajudar. No caso, você e o menino Weasley.
Harry estava abismado com o que acabara de saber. Mas seu momento de profundos pensamentos foi interrompido pelo pio distante de Edwirges se aproximando.
-Edwirges – disse Harry ao avistar a coruja descendo em um pouso leve.
O garoto esticou o braço para que ela pudesse pousar.
A coruja descansou no braço de Harry e lhe dava picadas bagunçando o cabelo do garoto.
-Então essa é a eficiente Edwirges? – perguntou Allan acariciando a coruja.
-É sim.
-Sim ela parece ser muito eficiente por ter nos achado no meio dessa floresta. Vamos passar a noite aqui como já disse amanha pela manha colocamos em pratica o plano da menina Weasley.
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-MAS O QUE DEU NELES PARA SE SEPARAREM? – gritava Voldemort.
-O que faremos Lord? – perguntou uma voz temerosa no canto da sala.
-Não sei. Mandei Bellatriz ir atrás do Potter para me trazer o Weasley e deixar o Potter seguir sozinho ate a Horcruxe. Mas não esperava que eles se separassem.
-Isso é bom não é? – disse a mesma voz – Quero dizer, a intenção era separar o Potter do Herdeiro e...
-E TRAZE-LO PRA MIM ROOKWOOD SEU GRANDE IDIOTA! – disse Voldemort mais uma vez gritando – Você já deixou eles escaparem uma vez seu incompetente. E agora fica me fazendo essas perguntas ridículas.
Nesse instante, uma luz verde tomou conta da sala. E a cabeça de Bellatriz surgiu na lareira.
-Lord...
-Bela como você...
-Eu tinha que falar com o senhor – disse ela mais pálida que o normal – eu e Lucio invadimos uma casa de bruxos e estamos usando a lareira.
-Vocês invadiram? – disse Voldemort – Ficaram loucos? Isso pode chamar atenção.
-Sabemos. Mas o que temos que falar é mais urgente. – Bella piscou os olhos e abaixou a cabeça que ainda flutuava no fogo verde-esmeralda – o Potter e o Weasley se separaram.
-Já sei disso querida. – disse ele irônico – tem mais alguma novidade?
-O Potter esta indo para o caminho correto e o Weasley e a sangue ruim pelo outro, o mais demorado.
-Mas o que é que eles estão tentando fazer? – perguntou Rookwood.
-Rookwood não faça mais perguntas! Adoraria saber o que estão tentando fazer.
-E nós Lord? Eu e Lucio?
-Você vai continuar atrás do Potter. Lucio ira atrás do Weasley. Rookwood vá ao encontro de Bellatriz e Lucio e vá junto com Lucio. Não sei o que eles estão tentando fazer, mas seja o que for não vão conseguir.
A cabeça de Bellatriz sumiu para dar lugar a Rookwood que sumiu envolto na chama verde.
-Lord – disse Snape – o que o senhor esta planejando?
-Snape meu caro! Tenho que manter o Weasley longe do Potter, em meu poder se for possível. Essa historia dele ser o Herdeiro, dificulta meus planos.
-Entendo! Mas o senhor não acha que eles tambem estão tramando? Uma armadilha talvez? – disse Snape com uma voz baixa, mas confiante.
-Armadilha? – Voldemort encarou Snape por alguns segundos – Armadilha? – repetiu ele andando pela sala. – Bem... Se for uma armadilha, não vai dar certo! Afinal os dois estão sendo seguidos agora. Espero que amanhã pela manha aquele bando de incompetentes já tenha alguma noticia.
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Na manha seguinte, Harry acordou com a cicatriz em chamas como já era de costume.
-Ginna – chamou Harry – você dormiu bem?
-Sim. Poderia ter dormido melhor se estivesse na minha casa, na minha cama... Mas dormi bem sim e você?
-Bem tambem. Só acordei com a cicatriz doendo como sempre.
-Potter, menina Weasley – chamou Allan – podem tomar café pelo caminho? Ainda temos um longo caminho pela frente.
-Ok – disseram Harry e Ginna juntos.
Enquanto andavam pela floresta, Harry pensava em como estava seus amigos. Será que estavam seguros? E se Voldemort já sabia que eles haviam se separado?
-Você esta bem Harry? – perguntou Ginna.
-Não muito. Ginna seu plano foi perfeito, mas e se Voldemort já descobriu e estiver seguindo Rony e Mione?
-Acredito Potter – disse a voz de Allan atrás deles – que seu amigo precisa de um momento para se virar sozinho.
-O que? – perguntou Harry indignado – Como assim, entregá-los de bandeja aos comensais?
-Não foi isso que eu disse! Se os comensais estiverem seguindo ele e a menina Granger como você esta pensando, ele saberá se virar sozinho. Agora que ele sabe quem ele é, tem mais confiança para mostrar a capacidade dele. Sei que você teme pela vida de seus amigos e isso é muito nobre, mas pense bem: foi por esse seu temor que o menino Weasley nunca revelou suas capacidades e ainda teme o que vai acontecer se ele fizer.
Harry parou para pensar um pouco. Realmente era verdade. Como Hermione lhe dissera uma vez ele tinha certa mania de salvar os outros e essa mania fez com que Rony temesse o que iria lhe acontecer se ele se colocasse no lugar de Harry tendo que salvar a vida de alguém.
-Você esta dizendo que eu tenho que dar uma chance ao Ronald?
-Isso. O herdeiro tem todas as qualidades que um membro da Grifinoria tem que ter. Mas nem ele sabe disso.
A imagem do amigo veio à mente de Harry. O que será que ele teria de enfrentar de tão terrível que mostrariam a todos o que ele realmente é?
-Talvez mais algumas horas e já chegaremos Potter. – disse Allan despertando Harry para o mundo real.
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-Rony tem certeza que você dormiu?
-Tenho sim. Até sonhei se você quer saber.
-Com o que? Você não para de bocejar. – disse Hermione bocejando tambem. – Ta vendo. É culpa sua.
-Desculpa, não posso evitar. Acordei muito cedo.
Os dois andavam cercado pelos centauros que os acompanhavam.
-Mais já que perguntou, eu sonhei com a espada de Griffyndor...
Nesse momento, Firenze tropeçou em uma pedra e foi segurado por centauro ainda mais forte e alto do que ele.
-Algum problema Firenze? – perguntou Hermione.
-Problema? Não nenhum. Só achei curioso o menino Weasley sonhar com a espada de Godric.
-Curioso? – perguntaram Mione e Rony juntos.
-Sim, curioso. Se não estou enganado, me lembro de Allan ter comentado comigo que o objeto escolhido para ser a ultima Horcruxe era um objeto que pertencia a Godric.
-A espada? Mas Dumbledore nos disse que não seria possível.
-Pode ser outro objeto ou não ser objeto nenhum. Allan é quem sabe. Vamos continuar a viagem, o caminho é longo.
Rony e Hermione se olharam por um minuto. Será que Harry sabia disso?
-Que barulho é esse? – perguntou um centauro erguendo o arco para o alto.
-Não! – disse Mione – É Edwirges.
A coruja vinha voando alegre entre os enormes pinheiros. Pousou em uma pedra e esticou a pata para Hermione pegar a carta que Harry e Ginna haviam mandado.
“Rony e Hermione, como estão?
Espero que bem. Eu e Ginna estamos bem, e Allan nos disse que em algumas horas já devemos ter chegado a onde esta a Horcruxe.
Allan tambem nos disse que a Horcruxe é a espada de Godric Griffyndor. Incrível não? Tambem achamos. Ele nos disse que a horcruxe tinha que ser um objeto da casa de onde viria o que pode derrotá-lo e o único que pode ajudar. Eu e Rony.
Qualquer imprevisto, lance faíscas vermelhas para o céu e nos daremos um jeito.
Se cuidem e ate mais.”
-Que bom saber que eles estão bem.
-É isso nos anima um pouco.
Hermione tirou da mochila um pedaço de pergaminho e uma pena e escreveu uma resposta para Harry dizendo que ela e Rony estavam bem e que não precisava se preocupar.
Amarrou na pata de Edwirges que levantou vôo suavemente.
-Puxa que coincidência não é? – disse Rony ajudando Hermione a levantar. – Primeiro eu sonho com a espada e depois Harry manda Edwirges confirmando o significado do sonho.
-Pois é que coincidência.
O grupo continuou andando.
-Caramba – disse Rony parando de repente – que barulho é esse?
Os centauros ergueram os arcos. Rony e Hermione tiraram as varinhas das vestes e giravam um de costas para o outro em posição de ataque.
Cinco comensais surgiram em uma fumaça negra ao redor deles. Entre eles Bellatriz.
-Ora vejam se não é o herdeiro!
-Sou eu sim. O que você quer? – disse Rony com ferozidade.
-Nada garoto. Somente te levar ao Lord. PETRIFICUS...
-PROTEGO! – gritou Rony. – Dessa vez você não vai conseguir.
-O menino Weasley agora esta corajoso. Pare de bobagem moleque. Você esta sem o Potter para te proteger...
-Ectucempra!
Bellatriz voou entre as arvores.
-SUBAM – gritou Firenze.
Rony ajudou Hermione a subir em outro centauro e montou em Firenze que saiu em disparada pela floresta.
-Já carreguei o menino Potter pela floresta de Hogwarts – disse Firenze ofegante – mas devo dizer que você é um peso muito maior.
-Sei disso. Mione e minha mãe dizem que eu como demais.
-Não é bem isso. Bem é isso tambem, mas carregar o Herdeiro? É um peso muito maior. – Continuou Firenze sorrindo para Rony.
-Mione, você esta bem?
-Estou. Já é um alivio saber que eles não voam.
Bellatriz surgiu ao lado de Hermione que conseguiu atrasá-la jogando água nela.
Mais dois comensais surgiram um de cada lado de Rony, que consegui petrificar o que estava a sua direita e arremessar o que estava a esquerda.
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-Eu sabia que ele tava seguindo a gente.
-Calma Harry – disse Ginna que estava montada em Allan e lançando feitiços para todos os lados – eles não vão conseguir.
-Será que estão atrás de Rony e Hermione tambem?
-Se estiverem eles vão saber se virar.
Allan e os outros centauros corriam como loucos.
-E agora como vamos avisar a Ordem?
-Já estamos chegando menino Potter! – disse Allan ofegante.
Harry e Ginna lançavam feitiços e azarações aos comensais que apareciam de repente.
Quando Allan finalmente parou, eles estavam diante de uma casinha que parecia uma capela. Estava caindo aos pedaços e tinha uma luz estranha saindo de suas janelas quebradas.
-Chegamos. – disse Allan sorrindo para Harry.
Harry desceu e foi em direção a Ginna para ajudá-la.
-Então é aqui que esta?
-Sim. Eu ajudei Voldemort a escondê-la.
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