Aflição e satisfação

Aflição e satisfação



Os quatro andaram por um longo tempo, ate ver as luzes do céu sumirem.
-Acho bom descansarmos. – disse Harry.
Hermione tirou a varinha das vestes e conjurou quatro barracas.
-Não são pequenas demais – perguntou Rony que era mais alto que os demais.
-Não – disse Mione abrindo uma delas – aprendi a fazer nas férias. São iguais as da copa mundial de quadribol.
Eram espaçosas e tinha tudo que se imaginava dentro dela.
-Boa noite – disse Ginna se dirigindo a sua barraca.
-Boa noite – responderam os outros.
A noite estava fria, mas a barraca que Hermione conjurou era quentes e aconchegantes.
Harry estava deitado pensando em Ginna. Como será que a garota estaria na sua barraca? Harry dava alguns sorrisos involuntários ao lembrar do rosto da garota. Depois de um tempo adormeceu.
“Em uma casa mal cuidada, uma cobra subia a escadaria molhando a tapeçaria com a água da chuva que caia la fora. Entrou em uma porta entreaberta.
-Nagini. Onde eles estão?
Um homem encapuzado o arremessou para dentro da saleta. Mais um corpo foi jogado ao seu lado.
-O que você que comigo? - Perguntou o outro.
-Você vai saber.
Harry conhecia aquela voz. Mas quem era?
Harry viu Valdemort pegar o outro pelos cabelos e sussurrar algo em seu ouvido.
-Não! Eu não vou fazer o que você quer.
-Ora garoto. Não seja tolo. Faça um Patrono, é só isso que eu quero.
O outro tirou das vestes uma varinha. Estava ofegante.
-Expectro...
-Vamos garoto. Eu não tenho a vida toda.
-Expectro Patrono...
Uma luz fraca tomou conta da saleta.
-Não é possível. Vamos garoto, com mais vontade.
Harry só podia ver os olhos do garoto. Verdes, e tinham lagrimas escorrendo deles, possivelmente de raiva.
-EXPECTRO PATRONO...
Uma luz ainda mais forte tomou conta da sala. Harry tampou os olhos com as mãos e não pode ver. Só viu por entre os dedos, que Valdemort apontara a varinha para o garoto.
-Achei – disse ele.”
-Harry, Harry...
Era Ginna. Harry se levantou e abriu a barraca.
-Você esta bem?
-Sim – disse Harry colocando a mão na cicatriz que queimava muito. – só senti uma dor forte na cicatriz e tive um sonho.
-Você esta bem mesmo? – disse Ginna com um ar de preocupação.
-Estou sim, serio. Pode voltar a dormir.
Ginna deu um beijo em Harry e se dirigiu ate a sua barraca.
Na manha seguinte, Harry acordou com o cheiro de bacon que invadiu sua barraca.
-Bom dia – disse Ginna ao ver Harry sair da barraca.
- Bom dia. – disse Harry – onde esta Rony? – perguntou coçando os olhos.
-Rony? – disse Ginna se levantando e indo a direção ao namorado – ele não acordou muito bem. Teve um sonho. Sonhou que estava na mansão dos Ridlle com mais um garoto que ele não conhecia. Valdemort pediu que ele conjurasse um Patrono. Ele acordou aos prantos dizendo que Valdemort apontara a varinha pra ele e ia matá-lo.
Hermione o levou para esfriar as idéias em um lago aqui perto.
Harry estava em choque. Era exatamente o mesmo sonho que ele tivera a noite. Então Rony é o garoto.
Mas o que Valdemort queria com seu Patrono?
-Ginna, vamos procurá-los. Tenho a impressão que não é aconselhável deixá-los sozinhos. – Harry puxou Ginna pelo braço e se embrenho na densa floresta.
Ginna e Harry correram de mãos dadas ate ver o lago.
-Cadê eles?
-Eu também não estou vendo.
O coração de Harry deu um salto. Correu ainda segurando a mão de Ginna.
Parou a beira do lago. Não tinha nem Rony nem Hermione.
-Será que eles foram pra outro lugar? – perguntou Ginna.
-Não. Hermione teria avisado.
O casal soltou as mãos. Nesse instante se viram cercados de Comensais da Morte.
-Ola Potter – disse uma voz feminina. – sua amiguinha de sangue ruim é bem inteligente, mas não o bastante.
-Onde eles estão? – perguntou Harry apontando a varinha para a mulher.
A mulher tirou o capuz. Era Bellatriz.
Nesse instante, Hermione saiu do meio da floresta cambaleando e indo a direção a Harry.
-Harry... Rony! – dizia Mione com dificuldade. – Ela o pegou.
-Onde ele esta agora?
-Você vai saber Potter – Bellatriz apontou a varinha para Harry – PETRIFICUS TOTALIS.
Harry ficou com uma estranha cor azulada no rosto e caiu imóvel no chão.
-Harry, fala comigo... – gritava Ginna sacudindo Harry pelos ombros.
Hermione estava pálida.
-Vamos Potter. Ainda tenho que pegar seu amiguinho. – disse Bella pegando a mão de Harry e desaparecendo em um estalo.
-Mione – gritava Ginna – levanta.
-Ginna, ela levou Rony. – Mione chorava desesperada.
-Eu sei. Também levou Harry. Mione, agora somos eu e você. Temos que ir a busca deles. O plasma...
-Prisma – corrigiu Mione.
-Que seja. Esta com Harry, não temos como avisar a OF. Temos que nos virar. Vamos pro acampamento vem... – dizia Ginna erguendo Mione pelos braços. – temos que recolher nossas coisas e ir em busca de Rony e Harry.
Mione se levantou e encarou a amiga.
-Ginna – disse em um tom baixo e paciente – vamos ate a casa dos Ridlle.
-Mas você disse que Val...
-Eu sei. Mas é o único lugar que consigo imaginar que eles estejam.
Ginna concordou com a cabeça e foi com Mione ate o acampamento.
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-ME SOLTA – gritava Harry – O QUE VOCÊ QUER CONOSCO?
-Calado Potter – dizia Bellatriz – ou eu congelo você outra vez.
-Onde esta Ronald?
-Não se preocupe com seu amiguinho. Ele esta aqui – disse Bella puxando a mão de Harry e fazendo-o encostar-se a algo.
-Este é Rony?
-Não – disse Bella com um tom sarcástico – é o braço dele. Arrancamos pra ficar mais fácil de trazer. Mais tarde chegaram as pernas. Eram muito longas.
Harry ouviu risadas ecoarem pelo corredor.
Harry sentia que o corredor não tinha fim. Não conseguiu contar os minutos que demorou ate chegar à porta que vira em seu sonho. Parados em frente à porta, um comensal tirou com violência o capuz que cobria sua cabeça. A cobra passou molhando o carpete com a água da chuva que caia la fora. Harry balançou a cabeça tirando os fios rebeldes de seus olhos. Quando olhou para o lado viu Rony sendo carregado por mais dois comensais que o arrastavam pelos braços. Harry só conseguiu ver que o amigo estava quase acordado. No mesmo instante a porta se abriu e Harry foi arremessado para dentro da sala assim como em seu sonho. Seguido de Rony, que o olhava demonstrando em seus olhos à mesma sensação que Harry sentia. A sensação de saber o que iria acontecer.
-Weasley – disse a voz fria de Valdemort – que prazer em vê-lo. Acredite, estou feliz em vê-lo.
-O que você quer comigo? Vai diz logo!
-Eu? Só vou te pedir um favor...
-Não eu não vou fazer um Patrono. O que te interessa o meu Patrono?
-Muito acredite. Ele vai me mostrar quem você realmente é. Agora – Valdemort tirou a varinha das vestes e apontou para Rony – Conjure!
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Ginna e Mione andavam pela floresta em total silencio.
-Mione – disse Ginna para amiga. – nos não sabemos onde fica a mansão dos Ridlle.
-Sei disso – respondeu Hermione.
-E como vamos pra la?
-Vamos para Godric’s, assim como Moody nos disse para fazer. Iremos atrás dos tais bruxos que ele falou e com a ajuda deles vamos à busca da Mansão.
Ginna não reconhecia sua amiga. Mione estava pálida e com uma voz estranha como um sussurro. Mas ela entendia afinal Mione estava longe de Rony assim como ela estava longe de Harry.
As duas estavam sendo guiadas por um mapa encantado que mostrava exatamente onde ficavam os locais que a OF precisava ir nessa jornada, incluindo Godric’s.
Depois de muito andar em silencio, as amigas chegaram à cidadezinha silenciosa e fantasmagórica de Godric’s Hollow.
-Finalmente – disse Mione se sentando em um banquinho na praça central. – não agüento mais andar.
-Temos que arranjar um lugar pra passar a noite. Aqui deve ter algum hotel ou coisa do tipo.
As duas andaram ate a rua principal que lembrava o Beco Diagonal. Tinha pequenas lojinhas escuras e no fim dela uma grande placa com um letreiro escrito HOTEL, em que algumas letras piscavam e outras não e tinha alguns pedaços pendurado.
-Acho que é nossa única opção – disse Ginna colocando as mãos na cintura.
As duas se encaminharam para a porta do hotel que tinha na recepção uma senhora de cabelos grisalhos arrumados em coque, usava um chalé lilás e uma camisola comprida rosa - bebe.
-Ola queridas – disse a senhora em tom doce como o da senhora Weasley – desejam um quarto ou dois?
-Ham – disse Mione – um só, por favor. Com duas camas.
-Só um minuto – a senhora se dirigiu a um pequeno armarinho azul – aqui esta a chave. Segundo andar quarto cinco.
Ginna apanhou a chave e se dirigiu as escadas. Mione se aproximou do balcão.
-Posso fazer uma pergunta? – disse à senhora que a olhou interessada.
-Diga querida.
-Por aqui nas redondezas – Mione soava frio com medo da reação da senhora – tem algum bruxo que tinha contato com... Val... – Mione foi interrompida pela cara de espanto da senhora e a exclamação que ela soltou – desculpe. Você-sabe-quem?
A senhora a encarou por um minuto.
-Tem sim. Mas só tenho permissão para falar desse assunto aos membros da O...
-Nos somos membros da OF. Viemos a serviço.
A senhora a olhou desconfiada.
-Hum, bem assim tudo bem – a senhora deu um sorriso para Mione – foram ordens de Dumbledore antes de morrer. Há um homem hospedado aqui. Ele tinha contato com você-sabe-quem, mas não era seu seguidor. Posso falar com ele para conversarem amanha pela manha.
-Tudo bem – disse Mione – obrigada. Qual o nome dele?
-Ah sim, já ia me esquecendo. Seu nome é Allan MaClin.
-Ah, obrigada. Boa noite.
-Boa noite para vocês tambem.
Hermione e Ginna subiram em direção a seus quartos para descansar. O outro dia seria um dia de descobertas.

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