Capitulo Único



Se Os Olhos Não Tivessem Lágrimas






Noite vazia de carinho Sentimentos escondidos


...A morena pôs os braços em seus longos ombros, e lhe beijou os lábios. O que mais queria era isso. O rapaz soube corresponder aquele beijo, à altura. O tempo parecia ter parado, parado para aquela paixão continuar, sem ter medo do tempo acabar. Ambos se amavam, ambos se queriam, ambos se desejavam há tempos. Um sentimento que soube esconder, para não se machucar. Ele agora, não tinha mais medo. Só queria amá-la, e não só por um momento, e sim por uma eternidade...

Partículas de vida que se foram Estranhos caminhos Vazios, sombrios, tristes, melancólicos


Sim...Era uma boa lembrança. Era isso que o fazia continuar a lutar. Não morreria, pois queria beijar-lhes os lábios só mais uma vez. Venceria, porque queria tê-la em seus braços todas às vezes que quisesse. Olhou ao seu redor, na trela, e a viu lutando, com todo vigor. Queria sorrir, mas não podia, havia sido atingido e tudo que sentia agora era dor. Uma grande dor...

Vida vivida por seres que lutam Por um pouco de amor, carinho, paz Lutam para encontrar um alimento para a alma Para a vida


Sua vista estava quase escurecendo, não podia fraquejar, não agora. Se desmaiasse ali, seria morto. E não era aquilo que queria. Tornou a se levantar, ainda fraco. Iria morrer ali? Naquele momento? Não daria o prazer, para Voldmort fazer aquilo. Não agora, em um dos melhores momentos de sua vida, quando encontrara em uma amiga, um verdadeiro amor. O mataria pois era o que queria por todos esses anos. Mataria Voldmort, pois o mesmo, matara seus pais, seu colega, seu mentor. Apontou a varinha para o peito do homem, que berrava algo para algum comensal...

Um rumo, um caminho… Algo em que possam acreditar para continuar a viver Caminhar com passos lentos e cautelosos


Não sabia o que Voldmort estava fazendo, mas dava graças a Merlin que ele se encontrava distraído. Todos acreditavam em Harry, todos sabiam que ele venceria. Deu um passo à frente, e mentalizou um feitiço. O único que lhe veio à mente. O feitiço que aquele homem, usara contra várias pessoas. Teria ele força o bastante para matar seu arquiinimigo? Não pensou duas vezes, e então gritou o feitiço contra ele...

Com medo de enfrentar os caminhos espinhosos Medo do escuro, do frio do sombrio.


Harry tentou abrir os olhos, mas sentia dificuldade. Eles pareciam pesar bastante, tentou se levantar, mas sentiu uma dor nas costas, e gemeu. Não conseguia abrir os olhos, teria ficado cego? “Oras...Não seja burro, Harry. Cego.”, pensou ele, balançando a cabeça negativamente, então sentiu uma mão sobre seu braço. Encostou a cabeça no travesseiro, e finalmente conseguiu abrir os olhos. Ao abri-los, viu Ginny em sua frente. Ela lhe deu um sorriso fraco, e o abraçou forte. Separaram-se, e Harry sentou-se com dificuldade. Ele esperava ser outra pessoa, embora feliz. Os olhos da jovem estavam marejados, parecia triste, apesar de sorrir com bastante alegria. - O que aconteceu, Ginny? – perguntou ele, preocupado. - Durma, Harry. Avisarei aos outros que você já acordou... – disse ela caminhando até a porta, até que parou. – Chamarei o Rony primeiro, ele precisa conversar com você. – quando Ginny deixou a sala, deixou também um rapaz desesperado. Estava assim por causa dele? Tinha de haver outra coisa. Levantou-se da cama com dificuldade, trocou de roupa, e saiu do quarto lentamente. Ficara receoso de uma hora pra outra. O que tinha acontecido? Escutou a voz de Rony, virou a cabeça e ele estava em um quarto, sentado ao lado da cama, dela. Naquele momento, sua boca se entreabriu, mas ele teve medo de perguntar.

Medo do que podem encontrar nos caminhos Que loucamente procuram


Sentiu seu estomago revirar, queria voltar no tempo, não queria ter aparecido ali para ver aquela cena. Rony o encarou, seus olhos de longe, pareciam estar marejados. Ele se levantou, deu um beijo na testa da garota, e passou por Harry sem falar nada. O moreno olhou, e na sua frente viu o que vinha a ser seu pesadelo todas as noites. Mione estava estendida naquela cama, mais branca do que nunca. A cada passo que ele dava, seu coração parecia fraquejar, ele queria que isso não tivesse acontecido. Foi sua culpa. Tudo sua culpa. Ela estava em coma naquela cama, por sua culpa. Não sairia daquela cama nunca mais, ele sabia disso, sentia isso no fundo de seu coração, mas sua mente não lhe deixava acreditar. Venceu, mas perdeu ao mesmo tempo. Perdeu alguém que amava, alguém que daria a vida para vê-la feliz, estava na sua frente. E não podia fazer mais nada, além de lamentar. Sentou-se no mesmo banco que Rony estava sentado há minutos atrás, e encostou a mão, no rosto frio e pálido da amada. Um frio passou por sua espinha, e logo pelo seu coração, deixando-o gélido. - Hermione... – sussurrou levemente, fazendo lágrimas caírem de seus olhos. – Eu te amo. Desculpe-me por não ter dito isso todos os dias em que estive ao seu lado. Simplesmente, me desculpe. Amo você! E... – limpou as lágrimas que escorriam de seus olhos verdes, e tocou-lhe os lábios, levemente. – Desculpe-me por não ter te protegido. Você podia estar aqui comigo, acordada ao invés de estar estendida nessa cama, em coma. – alguns minutos se passaram, horas se passaram, dias, até anos...A morena não acordou. E mesmo não tendo sinal de melhora, Harry continuava indo todos os dias visita-la. Era melhor do que ficar sem ver seu rosto, sem ter a esperança de que um dia ela acordaria. Sabia que isso algum dia aconteceria, mas...talvez demoraria. Mas ele não desistiria, nunca. Harry a amava, e não era porque ela estava em apagada em uma cama, que deixaria de amá-la. Era um amor eterno que ele sentia por ela, um amor diferente dos outros. E isso fazia com que ele continuasse tendo esperanças. Por mais que fosse impossível, ele tinha.

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