Não precisa Mudar
Virginia Weasley:
Ela sabia que tudo o que fazia era errado, e não podia culpar ninguém, pois estava em sã consciência.
Se encontrar com ele era deliciosamente perigoso, ele era seu vicio.
Desde que tinha terminado com Harry nunca mais havia gostado de ninguém. Mas o que sentia por ele era bem mais forte do que qualquer coisa que um dia havia sentido por qualquer pessoa.
Essa manhã teve a oportunidade de troca-lo por Harry, que foi pedir perdão pelo termino do namoro, alegando esta arrependido, a pedindo novamente em namoro.
Não entendia o porque de não ter aceitado, afinal Harry era amado por sua família, e ela não tinha nada concreto com o Malfoy.
Sabia apenas que ele era seu vicio, e como todo vicio era difícil de largar.
Desceu as escadas, olhou no relógio eram 22:00 hs saiu do castelo estava indo encontra-lo nas estufas, estava atrasada sabia disso, ela sempre se atrasava, ele sempre reclamava dos atrasos.
Draco Malfoy:
Ela estava atrasada, como sempre, onde ele estava com a cabeça quando começara a encontra-se com uma Wesley?
Céus ele não conseguia evitar, a ruiva não saia da sua cabeça, é obvio que ela não sabia, e se dependesse dele, nunca iria saber.
Olhou no relógio 22:00 hs, eles tinham marcado 21:30, ela estava meia hora atrasada. Ele estava começando a ficar aflito, não era seguro sair do castelo, e ela ainda se atrasa.
Tentava se convencer que essa aflição era apenas stresse pelo atraso da sua ruiva, e não era preocupação.
Olhou para trás ela estava vindo, mais perfeita que nunca.
Seus cabelos vermelhos, na altura dos ombros, estavam voando. Linda era assim que a definia. Sua ruiva, sua só sua.
Virginia Weasley:
Finalmente havia chegado nas estufas, ele estava a sua espera, como sempre, e estava impaciente. Ele estava lindo, seus cabelos loiros (já não mais cheios de gel) estavam voando, sabia que ele se irritava com isso.
Ele se levantou e chegou perto dela, a abraçou pela cintura sussurrando :- “Está atrasada novamente ruiva.”
- “Eu sei, desculpe”.Disse enquanto chegava perto dele e o beijava.
Sentaram-se e observaram as estrelas, um silencio confortável se instalou, não precisam de palavras nem juras eternas de amor, precisavam apenas da companhia um do outro, se amavam e mesmo sem declarações e com tentativas frustradas de não demonstrar, sabiam disso.
Era sempre assim, sempre se encontravam, permaneciam em silencio durante uns cinco minutos apreciando, a companhia um do outro.
Naquela noite a ruiva estava estranha, não sabia o motivo, sabia muito sobre ela, conhecia seus defeitos, sua caras, por isso sabia que algo errado estava acontecendo. Chegou mais perto dela, trazendo-a mais para perto, a abraçou perguntando:- “Ruiva o que houve?”
-“Nada doninha”
Olhou para ela, fazendo-a sentir como se houvesse um iceberg em sua barriga, a largou, e se sentou longe dela.
Gina se sentiu irritada com a atitude quase infantil dele, mas mesmo assim foi ate lá.
-“Draco?” disse ela meio receosa.
“O que foi?”
“Desculpa?”
“Porque? Por você não confiar em mim, e não me contar o que esta acontecendo? Não se preocupe em pedir desculpas”
“Não é isso, eu só não queria estragar o breve momento em que ficamos juntos falando de coisas ruins”
“...”
“Você quer mesmo saber o que houve?”
“Acho que se eu perguntei, é porque eu quero saber”
“O Harry veio me procurar hoje me pedindo para voltarmos”
“E você ficou em duvida? Não se prenda a mim Weasley, se quiser voltar para o Potter testa rachada sinta-se a vontade não quero ser seu empecilho, acho que paramos por aqui Weasley.”
E com essas palavras ele se levantou, ela estava ali vendo seu vicio ir embora, sabia que mesmo ele indo embora, para sempre ele seria seu vicio.
Não tinha forças para impedi-lo, queria mais não tinha forças.
E assim ela viu o seu vicio partir sem fazer nada.
Um mês desde que tudo entre eles havia terminado.
Ela e o Potter ficaram durante uma semana.
Não tinha a encontrado, sabia disso apenas por comentários. Tentava parecer bem, mas não estava, queria tê-la outra vez, mas seu orgulho Malfoy era mais forte.
E foi pensando assim que chegou ao lago e sentou.
Saudades dele, sempre o procurava com os olhos, mas tinha exatamente um mês que ele não almoçava mais no salão, soube por outros que ele ia na cozinha quando o toque de recolher já havia batido.
Estava preocupada com ele, sentia saudades, vontade de abraça-lo, beija-lo, sentia saudades das crises de ciúmes dele, das caras que ele fazia, e do modo como ele pronunciava “ruiva”.
E foi com esses pensamentos que chegou ao lago e se sentou.
Só não esperava que já tivesse alguém sentado ali
“Wesley?” Seu coração pulou ao ouvir aquela voz, porém, ao mesmo tempo foi como se estivessem furando seu peito com mil facas quando ele pronuncio seu sobrenome de uma maneira fria, como nunca havia pronunciado antes.
“Draco eu...” tentou se justificar, dizer que naquela noite queria impedi-lo de ir, queria dizer a ele o quanto sentiu sua falta, o quanto o amava, queria abraça-lo, mas era fraca, não tinha forças, lagrimas rolavam em seu rosto.
“Não Wesley, eu nunca te dei permissão para me chamar pelo primeiro nome, nunca mais ouse pronunciar meu primeiro nome. NUNCA MAIS” já não se controlava mais, não conseguia, sua raiva era enorme, nunca havia se entregado assim a ninguém. Amava aquela ruiva e ela não retribuía.
“Malfoy, se é assim que quer que eu te chame, é assim que eu o chamarei. Eu só quero explicar o que aconteceu, e se depois disso você quiser ir embora, sinta-se à vontade”.
“Ora Weasley, que noite? Não me recordo de noite nenhuma”- Dizendo isso ele foi embora a deixando sozinha
Estava vendo seu vicio partir novamente, lágrimas surgiam, porém desta vez iria atrás dele... E com esses pensamentos ela correu atrás dele...
Ouviu passos atrás de si, sabia que não era a sua ruiva, ela era orgulhosa demais para isso... Foi interrompido de seus pensamentos por uma mão lhe tocando o ombro... Olhou e viu uma ruiva ofegante... Surpreso, não teve tempo de falar nada, quando deu por si a ruiva já estava se pronunciando
“Eu só quero que você saiba que eu te amo, eu nunca iria te trocar pelo Harry, se após terminarmos eu fiquei com ele, foi para tentar te esquece em uma inútil tentativa. É só isso que eu tenho a dizer” Gina saiu, não sem antes entregar a ele um papel e dizer “Fiz para você, era para te entregar no dia em que fizéssemos dois meses”
Olhou para ela partindo, olhou o papel, não queria abrir, mas sua curiosidade foi mais forte.
Na carta estava escrito:
Draco hoje nós estaríamos completando dois meses, nunca pensei que escreveria uma carta para um Malfoy, mas a vida é imprevisível concorda?
Eu Virginia Molly Weasley apaixonada por um Malfoy.
Sim você leu certo, eu quis evitar teus olhos, fugir, só que esse sentimento foi mais forte do que um dia eu poderia imaginar em sentir.
Draco Malfoy não precisa mudar vou me adaptar ao seu jeito, seus costumes, seus defeitos seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?Não precisa mudar vou saber fazer o seu jogo, saber tudo do seu gosto sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada.
Você é meu vicio, meu maior vicio.
Brigas, discussões, ciúmes, caras feias, sempre irão existir entre nós, afinal somos Weasley e Malfoy, somos como fogo e gelo.
Mas eu sei que no final fica tudo bem, a gente se ajeita em uma cama pequena...
Meu eterno vicio, cheio de manias, e que cisma em utilizar uma mascara de gelo.
Só escrevo essa carta para me desculpar de tudo.
Com amor, Virginia M. Weasley.
Enquanto lia a carta, seus pés o levaram para as estufas, sabia que a encontraria lá.
E lá estava ela, sentada atirando pedrinhas, ele chegou por trás e disse
”Sozinha nas estufas Weasley, pode ser perigoso”
“Malfoy não enche” disse saindo, não queria mais ser humilhada pelo homem que amava, mas foi impedida por dois braços fortes segurando sua cintura
“Olha só Malfoy me esquece, esquece tudo...?”Não podia mais conter as lágrimas, aquele toque a fazia tremer, a fazia voltar no tempo...
“Xi não fala nada”enxugou as lágrimas de sua ruiva e logo após a beijou, um beijo calmo, intenso, um beijo de saudade.
Ela sorriu e se entregou de corpo e alma ao beijo.
E com esse beijo eles souberam que por mais divergências que tivessem, seus corações pertenciam um ao outro.
Estavam dispostos a enfrentar tudo e todos, juntos.
Afinal é amor, e com o amor vem a aceitação, por isso eles sabiam que não iriam precisar mudar.
N/A: Fic revisada...
Espero que gostem...
Comentem...
Beijos, leitores lindo...
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