O Começo...



Seria uma manhã de sábado qualquer se não fosse por um detalhe, Hogwarts inteira partia para um passeio de duas semanas. Todos os alunos estavam entusiasmados, afinal, seria a primeiro acontecimento deste tipo desde que a escola fora fundada.
Já eram onze da manhã quando Gina acordou. Estranhou por não ter ninguém no dormitório, ficou mais espantada ainda quando chegou no Salão Comunal e não viu pessoa alguma. Ao chegar no Salão Principal suas suspeitas se concretizaram: ninguém estava no colégio.
- Meu Merlim! Era hoje o maldito passeio! Fui esquecida! Nem para isso o meu irmão serve! Nem para notar que não embarquei! Merda!
- Weasley...
- O que você quer? Fala logo.- “Esse realmente não é o meu dia de sorte! Este traste resolveu dirigir a palavra a mim logo agora...”
- Onde está o resto?
- Que tal num trem para uma cidade a mais de mil quilômetros daqui?
- Merda! Era hoje! O que eu faço agora?
- Que tal esperar voltarem?
- Como é esperta essa menina!- disse sarcástico - E os elfos domésticos? Eles receberam duas semanas de folga! Fora nós, não há nenhum outro retardado aqui!
- Retardado é você.
- Tem certeza?
- Tenho.- “Como ele consegue me irritar tão rápido? Nem o Fred e o Jorge juntos conseguem!”
- É aí que se engana, Weasley...
- Ai, garoto! Como você é chato! Não sei como alguém pode suportá-lo!
Depois da rápida conversa, Gina seguiu a sala de DCAT. Se ficaria sozinha naquele castelo, ficar perto de Malfoy estava fora de cogitação, faria alguma coisa útil. Ela ficou treinando durante umas duas horas feitiços de defesa até que ao realizar um deles, acertou um vidro. Resultado: caco para todos os lados!
- Ai! – falou ao retirar um pedaço de vidro de sua própria mão- Está sangrando muito, será que na ala hospitalar tem alguma poção cicatrizante?
Correu para a ala hospitalar depois de fazer um feitiço que diminuía momentaneamente o sangramento, esforço em vão, não havia poção alguma pronta. Gina vasculhou todos os armários e nada. Resolveu, então, tentar na sala de Poções. Se o Snape a pegasse...
- Ele não poderia dizer nada; é uma emergência!- repetiu para si mesma.
Ao chegar na sala nem reparou na presença de Draco, pegou um livro, procurou a poção e retirou do armário dos alunos os ingredientes. Por sorte não teve que mexer no armário do professor. Começou a preparar a poção, quase que instantaneamente, sua mão voltou a sangrar.
- Droga! Essa porcaria não vai parar de sangrar tão cedo! E, para piorar, sou péssima nessa matéria! Que dia infernal!
Draco parara a sua pesquisa para observar a ruiva, ele era um tanto quanto engraçada, falava sozinha... E provavelmente acha que estava sozinha. A cada frase ele sentia mais vontade de rir, no entanto permaneceu calado.
Quando o monólogo acabou, Malfoy passou a observar o preparo da poção. Gina estava totalmente enrolada, murmurava de vez em quando algumas coisas, que pela expressão facial dela, Draco deduziu que ela estava se xingando.
“É impressão minha ou ela está errando o corte da madeira de cerejeira? Eu tenho que fazer alguma coisa, caso contrário, é bem provável que ela mande essa sala para os ares comigo dentro...”
- Fazendo uma poção cicatrizante, Weasley?
- É, agora dá para me deixar fazê-la em paz?
- Para quê? Deixar você mandar o castelo para o espaço? De jeito nenhum...
- Eu sou ruim em poções sim, mas não vou mandar Hogwarts a lugar algum.
- Se continuar cortando a casca de cerejeira na horizontal vai sim. Sabe qual a principal diferença entre uma poção cicatrizante e uma bomba? Não? A maneira de como se corta essa casca.
- Oh... Falou o sabe-tudo!
- Exatamente. Sou o único que passou com a nota máxima nos N.O.M.s dessa matéria, fora Granger, nos últimos dez anos. Faria mil vezes melhor do que você!
- Duvido!
- Eu provo, passe-me o caldeirão.
A garota prestava o máximo de atenção nos movimentos o garoto, suas mãos eram ágeis e habilidosas, ela não podia negar que ele era bom e que se recebia notas altas não era simplesmente porque Snape protegia os alunos de sua casa. Malfoy aparentava não notar que estava sendo observado tão detalhadamente, só trabalhava, de acordo com Gina ele mal parava para piscar. E o mais estranho era que ele parecia estar gostando do que estava fazendo. Ou ele amava essa matéria a ponto de não ligar para a função a poção ou tinha enlouquecido de vez. Ela realmente esperava que fosse a primeira hipótese... Não que ela ligasse para o estado de sanidade mental do Malfoy, porém não queria ter que conviver com um doido por duas semanas.
Vinte minutos depois, a poção estava pronta. De cheiro adocicado e coloração ligeiramente avermelhada, exatamente como deveria ser. A ruiva perguntou-se por um instante como Hermione faria, capacitada ela era e isso era incontestável. Mas será que a forma do preparo seria idêntica? Se fosse ela realmente estaria ferrada, já que faria de maneira totalmente diferente.Gina a tomou num gole só, arrependeu-se, pois ela tinha um gosto bom, ao contrário da maioria.
- Obrigada.
- Nem pense que responderei educadamente.
- Nunca pensei, só agradeci.
O louro retirou-se da sala, a garota ainda ficou ali por algum tempo. Quanto ao seu ferimento, ele cicatrizou segundos depois da ingestão do “remédio”. Ao observar o relógio, notou que já se passavam das duas e que seu estômago doía.
- Bem, se ele foi capaz e fazer aquilo por mim, sou capaz de fazer o almoço para nós!
Enquanto Gina estava na cozinha preparando o almoço, Draco estava em seu dormitório. Estava morrendo de fome, porém não sabia fazer coisa alguma para comer e ir à Hogsmead para comprar algo seria impossível, o castelo deveria estar cercado de feitiços de proteção. Malfoy ficava cada vez mais mal humorado, esse era um dos seus vários defeitos, ficar com humor péssimo quando sentia fome.
Estava entrando em desespero, já tinha quebrado tudo ao seu alcance, seu estômago não parava de doer e pedir algo à Weasley estava fora de cogitação. Acabara de amaldiçoar a décima geração de todos os membros do corpo docente do colégio por terem o deixado ali quando viu uma coruja entrando e entregando-lhe um bilhete.

“Malfoy,
Eu preparei algo para o almoço, se quiser venha, estou na cozinha. Pode ficar tranqüilo, não estou tentando envenenar ninguém.
Assinado: Gina Weasley”
- É, acho que ela vai ser útil...
Alguns minutos depois, Draco chegava na cozinha, Gina já estava almoçando e não demorou mais que dois segundos para reparar na presença do rapaz.
- Recebeu meu bilhete, suponho...
- Recebi.
- Bem, fiz um suflê de legumes que está dentro do forno, uma torta de chocolate que está na pia e suco de abóbora.
Gina voltou sua atenção ao prato e Draco continuou imóvel, a garota estranhou a atitude dele.
- O que foi?
-Não sei onde estão os pratos e muito menos os talheres.
- Estão no armário debaixo da pia.
- Certo.
O louro se serviu e foi s sentar-se à mesa respectiva a da Sonserina, ao contrário da ruiva que não se importou em sentar na da Corvinal. Ao terminar, Gina foi lavar a louça dos dois.
- Você sabe que eu não vou agradecer, não sabe?
- Nunca tive essa pretensão. Draco Malfoy agradecendo por algo a Gina Weasley? Impossível.
- Prática você, hein?
- Não, realista. À propósito, o jantar deve sair lá pelas nove..
- Certo.
O que eles não imaginavam era que seria uma tarde muito monótona, e que por mais que negassem veemente, um queria a companhia do outro. As horas se arrastaram, para eles não havia passado sete horas, e sim sete séculos.Gina ainda teve um pouco mais de sorte, se comprometera em preparar o jantar o que lhe custou entorno de meia hora de distração. Enquanto o melhor passatempo arranjado por Malfoy fora concertar as coisas que ele tinha quebrado mais cedo, quebrá-las de novo e assim por diante.
- Como eu queria fazer algo decente... Jogar xadrez seria uma ótima. Mas é jogo de dupla! Malditos sejam todos que ousaram me deixar aqui sozinho! Bando de incompetentes! Retardados mentais! Como é possível esquecerem um aluno assim?! Ai! Vou armar um escândalo quando chegarem, aqueles inúteis e irresponsáveis que eu chamo de professores! Eles vão ver só! Ninguém simplesmente deixa Draco Malfoy para trás e sai ileso!- dizendo isso quebrou pela décima vez o mesmo abajur da sala comunal.- Já são nove vinte, já posso ir lá. Ou melhor, ainda são nove e vinte, se essas duas semanas demorarem tanto assim para passar, vou ser o primeiro na história a morrer de tédio...
A ruivinha estava terminando a refeição quando o loiro chegou. Pela expressão dele, o dia do sonserino devia ter sido mais tedioso que o seu próprio. Levando em consideração que dificilmente o semblante do garoto mudava, que nunca demonstrava suas emoções ou sentimentos, e que estava óbvio que aquelas horas foram terríveis, o humor dele devia estar péssimo. E as conclusões de Gina estavam completamente certas.
Malfoy chegou no recinto, foi direto pegar as louças e talheres. Serviu-se, sentou-se e em momento algum dignou-se a olhar a grifinória. Estava mais interessado em torturar a comida. Sua irritação era tanta que suplantava a fome. Em pouco mais de alguns minutos desistiu de comer, empurrando o prato para o lado e tornando-se apático.
- Algum problema com a comida, Malfoy?- a resposta do loiro foi quase que imediata, porém desanimada.
- Não.
- Então por que não comeu?
- Weasley, - iniciou num tom letal- estou a ponto de arrancar a cabeça de um, então trate de não se tornar o alvo perfeito. Certo?
- Tudo bem, não está mais aqui quem falou...
- Ótimo.
A ruiva retirou as louças e começou a lavá-las. Enquanto isso, o loiro estava completamente paralisado, não esboçando sinal algum de vida. Na verdade, ele chegava a fazer uma figura ligeiramente patética, o que não quer dizer que Gina teria coragem de rir de uma cena como essa.
O tempo, ao contrário do restante do dia, passou rápido. A grifinória já havia arrumado quase a cozinha toda, o que, diga-se de passagem, demorou muito mais que o normal. Só restava secar a louça.
O sonserino continuava na mesma posição que há horas atrás. Horas? Malfoy não notara que elas haviam passado. Talvez aquela cena ridícula da qual era protagonista estivesse durando entorno de duas horas. Mas ele não percebia, não sentia, não pensava. Só respirava, isso porque não dependia somente da sua consciência, era algo instantâneo.
Um grande barulho foi ouvido na cozinha fazendo com que Draco saísse o seu transe. Instintivamente o loiro olhou para a ruiva e começou um “diálogo” pela quarta vez num mesmo dia.
- O que aconteceu?
- Nada, só quebrei um prato.- dizendo isso, tirou a varinha do bolso das calças e voltou sua atenção para os cacos no chão – Reparo!
Em milésimos de segundo, a louça estava consertada e parecendo intacta. E pela segunda vez, Malfoy pegou-se observando a Weasley. Ela era boa em feitiços e ele não podia negar. “Em compensação, é um fiasco em poções...”, permitiu-se pensar. Esse pensamento o divertiu, causando assim uma melhora no humor do garoto. Tal mudança repentina não passou despercebida por Gina.
- O que houve?
- Nada, Weasley. Nada de importante.
- Tem doido para tudo! – levantou os braços num movimento de rendição.
- Você que fala sozinha e eu que sou doido? – perguntou com tom de voz diferente de todos que ela já ouvira.
- Hã?
- Sala de Poções? Nas masmorras? Hoje? – continuou no mesmo tom incomum.
- Não! Você não me viu falando sozinha, viu?
- Hum... Vi. E era muito, mas muito, engraçado. Não faz a menor idéia!
- Ah, meu Merlim! Só me faltava essa...
- Essa conversa idiota me fez lembrar de uma coisa muito importante... Tem alguma poção de primeiros-socorros pronta no castelo?- disse num tom mais sério.
- Não. Procurei por toda parte e não achei uma se quer.
O sonserino precipitou-se porta a fora. A ruiva, devido à sua curiosidade excessiva, o seguiu de perto. Qual não foi a sua surpresa ao entrarem na sala de Snape?
- Malfoy? O que deu em você? – indagou espantada.
- Alguém já te disse que és muito curiosa?
- Já. – a resposta do sonserino foi um revirar de olhos.- E...?
- E o quê? – questionou com um leve toque de cinismo. Ele entendera perfeitamente a pergunta, porém implicar com ela era divertido.
- O que você veio fazer aqui? – retorquiu sendo levemente indiscreta.
- Vamos ver se você consegue entender. Perguntei se havia poções de primeiros-socorros, você disse que não e eu vim correndo para essa sala. A que conclusão se chega? – Draco se dirigia a Gina com a uma criança, fazia isso só para irritá-la.
- Que você pretende preparar as malditas poções?
- Exato. Achei que fosse ser mais difícil. Nem precisei desenhar para você entender! Um grande avanço... – disse com escárnio.
- Você é chato.
- Já é a segunda vez que me diz isso em menos de vinte e quatro horas... – soltou um muxoxo – Está se tornando repetitiva.
- Ah! Não enche!
Gina sentou, emburrada, em uma das carteiras e fez questão de manter Draco fora de seu campo de visão. O loiro por sua vez se divertiu com a explosão da ruiva, mas logo desviou toda a sua atenção para sua interessante “tarefa”.
Aquele silêncio já “estava dando nos nervos” de Malfoy. Aquela garota não ia sair de lá, não? Fitou-a pelo canto dos olhos. Ela se mexia freneticamente. Suas bochechas, um pouco rosadas, denunciavam que ainda estava irritada. Então... Por que cargas d’água a Weasley continuava ali? Não dava para entender. Estava começando a concordar com seu pai: mulheres não foram feitas para serem entendidas. Este ditado se aplicava especialmente quando a mulher em questão era uma Weasley grifinória.
Gina, por sua vez, não sabia o que fazia ali. Talvez Rony estivesse certo. Ela era dependente demais dos outros, não sabia ficar sozinha por muito tempo. É... Talvez fosse isso. Afinal, que outra resposta teria? Ela gostava da companhia irritante do loiro sonserino? Não! Nunca! Jamais! Impossível! Sacudiu a cabeça como se aquilo pudesse afastar seus pensamentos.
“Gostar da companhia dele? Gina, você só pode estar louca. De onde veio esta idéia absurda?”, refletia enquanto o observava de forma discreta.
Os olhares se cruzaram por frações de segundo. Foi o suficiente para Gina sentir um calafrio no pescoço.
- Sinceramente, qual é a graça de passar horas sentada nessa cadeira?
- Nenhuma – respondeu simplesmente, mas vendo a expressão de desentendimento do sonserino, completou – A questão é: se não fosse nessa, seria em outra.
- Nossa! Profundo!
-Você não muda mesmo, não é? Sempre com essas respostas sarcásticas... – comentou dando-se por vencida.
- Para que mudar? Eu já sou perfeito. Se melhorar estraga!
- Este surto de narcisismo dá sempre ou só de vez em quando?
- Você quis dizer realismo, Weasley.
- Que seja! Este surto de “realismo” dá sempre?- a ruiva fez questão de frisar a pergunta.
- Sempre.
- Estou ferrada!
- Pode me explicar o porquê?
- Claro. Vou ter que conviver com um chato, egocêntrico e narcisista que se acha por duas semanas.
- Ninguém está obrigando você a conviver com um chato, egocêntrico e narcisista que se acha – alfinetou - Você está aí não se sabe o porquê.
- Porque eu estou cansada demais para sair daqui – “De onde que eu tirei isso?”, indagou-se abismada.
- Há segundo atrás você não parecia estar tão cansada. Não parava de se mexer.
- Malfoy! Você ficou me espionando!
- A recíproca é verdadeira.
- Como você ousa dizer isso?
- A verdade incomoda, não é?
- Que verdade?
- Que você ficou este tempo todo aí me observando tal como fez mais cedo. Eu não me surpreenderia se descobrisse que você aprendeu muito mais sobre poções hoje do que em toda a sua vida. Não pense que eu não havia reparado em como você, furtivamente, me espreitava.
- Que absurdo!- indignou-se.
- Não negue! Sua mãe nunca lhe ensinou que mentir é feio?
- Quem é você para falar sobre isso?
- Eu nunca minto.
- Está mentindo agora!
- Realmente.
- O quê? – não acreditava no que seus ouvidos escutaram.
- Eu disse que você estava certa. Que pessoa normal nunca mentiu? – a garota fez menção de falar algo, mas ele interrompeu – Não! Você não é uma exceção. Alguma vez você já mentiu, não importa quando.
- Eu abomino mentiras.
- Sei – respondeu com descrença.
- É sério! Uma mentira pode estragar uma vida.
- Eu sei. O problema é que quando começamos a dissimular, envolvemo-nos de tal forma que aquilo passa a ser realidade.

Uma onda de tristeza varreu o corpo dela. Seus olhos embaçados por lágrimas mal enxergavam a mulher à sua frente. Relembrar o passado doía. Detalhes que antes estavam esquecidos vieram à tona. Doces lembranças de um passado longínquo voltaram para atormentá-la.
- Parecia que ele previa o meu futuro...
- Gina, não fique assim.
- Impossível – as lágrimas que ela tanto tentava deter caíam aos montes.
Samantha a abraçou. A jovem não sabia exatamente o que fazer para que a outra parasse de chorar copiosamente como fazia. Optou por simplesmente esperar.
Quando a bruxa conseguiu-se recuperar, afastou-se respirando fundo. Seus olhos ainda inchados e vermelhos demonstravam a dor que lhe torturava. Pareciam extremamente vívidos naquele instante e não impassíveis como anteriormente.
- Você o amava muito, não?
- Ainda amo. Chega até a doer.
- Eu nunca senti isso.
- É porque você nunca amou. Pode ter se apaixonado, mas não amou, não da forma que eu amei.
- Seria bonito e não fosse trágico! – ambas riram de tal comentário.
- Nossa! Que exagero!
- Não, mas agora falando sério, quando foi que vocês se apaixonaram?
- Bem... Acho que eu me apaixonei ali, naquela noite, na sala de Poções.
- E ele?
- Eu, sinceramente, não sei. Na realidade, até hoje eu não tenho certeza se ele se apaixonou por mim.
- Como assim?
- Em se tratando de um Malfoy, você nunca tem certeza de coisa alguma.
- E quando vocês começaram a namorar?
- Muito tempo depois. Até aceitarmos que estávamos atraídos um pelo outro, demorou bastante.
- Enrolados, hein?- brincou Samy.
- O que podíamos fazer se o universo não conspirava ao nosso favor?
- Oras! Ir contra tudo e todos!
- É bem mais fácil falar do que fazer.
- Agora chega de embromação! Continue...
- Está bem... – e Gina recomeçou a sua narrativa.

N/a: Espero que publicar mais um capítulo hoje me redima por só ter publicado a snopse semana passada! Bem, comentem!!!! Beijos e até a próxima atualização! Ps: Todos os comentários serão respondidos!

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