Revelações



Cap 4 – Revelações.


 


O dia que seguiu ao casamento se passou lentamente. A casa já estava praticamente vazia, já que Gui e Fleur já tinham ido para a França em lua de mel, Carlinhos partiu para Romênia pela manhã e os gêmeos e o Sr Weasley saíram para trabalhar logo cedo. A única coisa que pareceu animar aos moradores da casa naquele dia foi a chegada de Remo, já no final da noite, mas a animação diminuiu quando ele disse que precisava conversar com Harry.

- Não precisa se preocupar, Molly – respondeu Remo pela terceira vez que a Sra Weasley perguntava se ele estava bem.

- Tudo bem – concordou a Sra Weasley contrariada – Mas você não vai recusar um delicioso jantar, vai?

- Como eu poderia - respondeu Remo sorrindo – mas agora eu realmente tenho que falar com Harry em particular.

Remo saiu da casa seguido por Harry, os dois caminharam em silêncio até ficarem um pouco afastados da casa.

- E então, Harry? – começou Lupin, vendo que o garoto parecia não querer falar nada.

- Remo, o que eu tenho pra te contar, é uma coisa extremamente sigilosa - começou Harry sem encarar Remo – só te peço que não conte a mais ninguém - Remo fez que sim com a cabeça e Harry prosseguiu – isso era um segredo meu e de Dumbledore, mas eu achei melhor contar a você, porque sei que você pode me ajudar.

- É sobre o que vocês faziam fora da escola na noite do ataque? – perguntou ele curioso.

- É – respondeu Harry, respirando fundo – Remo, você se lembra do ataque ao ministério?

- Claro – respondeu Remo – como eu iria esquecer – completou ele tristemente.

- Lúcio estava a mando de Voldemort para a procura de uma profecia – começou Harry sério – uma profecia sobre mim e Voldemort, que tinha sido feita antes mesmo de eu nascer.

- Mas a profecia se quebrou, não? – perguntou Lupin curioso.

- Sim, mas, depois que voltamos à escola, Dumbledore resolveu que iria me contar por que Voldemort me atacou quando eu ainda era bebê – Harry falou isso com uma seriedade que lembrava muito Dumbledore – essa profecia tinha sido feita pela professora Trelawney antes de eu nascer, por isso meus pais resolveram se esconder.

- Então foi por isso - resmungou Remo, mais para ele do que para Harry – Tiago nunca quis me dizer o porquê, parece que só Sirius sabia.

- Sirius sabia? – exclamou Harry surpreso, e sem receber resposta de Remo completou – isso já não importa mesmo.

- Mas o que dizia essa profecia? – perguntou Remo voltando a se concentrar no assunto inicial.

- Aquele com o poder de vencer o Lord das Trevas se aproxima… nascido do que o desafiaram três vezes, nascido no final do sétimo mês … e o lord das Trevas o marcara como o seu igual, mas ele terá um poder que o Lord desconhece… e um dos dois devera morrer na mão do outro, pois nenhum vivera enquanto o outro sobreviver… aquele com o poder de derrotar o lord das trevas nascera quando o sétimo mês terminar… - Harry recitou essa palavras mecanicamente, jamais esqueceria delas, eram as palavras que marcavam o seu destino.

- Ou seja, você – concluiu Remo – mas, espera, Neville, ele também se encaixa na profecia, tirando a parte que o Lord o marcara como seu igual.

- É eu sei - concordou Harry – mas Voldemort nunca ficou sabendo da profecia inteira, o espião, que era Snape só pode ouvir a primeira parte porque foi descoberto, mais depois disso foi direto contar ao seu mestre. Por isso resolveu me atacar quando eu ainda era uma criança. Ele não sabia que isso causaria a ele.

- Ranhoso - sussurrou Remo com o mesmo ódio na voz que Sirius usava para se dirigir ao ex-professor de Poções.

- Depois disso você já sabe o resto - falou Harry tristemente.

- Sim, mas o que isso tem a ver com o que vocês faziam fora da escola? – perguntou Lupin ainda sem entender.

- Depois que Dumbledore me contou isso, resolveu que não esconderia mais nada de mim – continuou Harry ainda mais sério – no ano passado, eu tive varias reuniões particulares com o diretor, nessas reuniões ele me mostrou algumas lembranças de quando Voldemort ainda estava na escola, algumas de quando ele foi trabalhar na Borgin & Brurkes, e quando ele pediu ao antigo diretor de Hogwarts para ocupar o cargo de professor de Defesa Contra A Arte das Trevas. A ultima lembrança que ele me mostrou, e a mais importante, foi uma de Voldemort perguntando a Slughorn sobre Horcruxes.

- Horcruxes – repetiu Remo surpreso – mais isso é muito raro, ninguém sabe muito sobre elas. Eu mesmo só sei o que eu li nos livros, o que não é muito – ele falava tudo muito rápido, parecia até Hermione – mas para que Voldemort queria saber sobre Horcrux?

- Segundo Dumbledore, Voldemort queria, e fez Horcruxes… - afirmou Harry – na verdade sete delas, seis e mais uma que habita o corpo dele. Por isso ele não morreu quando me atacou.

- Então para destruir Voldemort teremos que destruí todas elas? – perguntou Remo confuso, Harry afirmou com a cabeça – mas como faremos isso? Como saberemos quais são elas?

- Dumbledore me disse que Voldemort gostava de colecionar troféus, por isso escolheu coisas que teriam algum valor mágico, coisas que realmente merecessem a “honra” de se tornarem uma de suas Horcruxes - falou Harry.

- Mas mesmo assim - contestou Lupin – ainda é muito difícil achá-las.

- Mais Dumbledore tinha certeza de algum desses objetos - contou Harry, e não pode deixar de sorrir pelo canto dos lábios – um medalhão e um anal de Slytherin, uma Taça de Hufflepuff, o diário que provava que ele era realmente o herdeiro de Slytherin, e Nagine, a cobra que está sempre com ele. Esses ele tinha certeza, mais ainda falta mais um. Dumbledore achava que era algo que pertenceu a Raveclaw ou Gryffindor.

- Mas então teremos que destruir todas elas?- perguntou Remo preocupado.

- Todas não – respondeu Harry – Dumbledore destruiu o anel e eu o diário. E na noite que eu e Dumbledore saímos da escola, nos fomos atrás do medalhão.

- Então vocês destruíram mais uma?

- Não – respondeu Harry amargo – alguém já a tinha achado, o que nos encontramos lá era falsa, e junto com ele tinha um bilhete. – concluiu Harry entregando o bilhete a Remo.

- R.A.B? – exclamou Remo – tenho certeza que já ouvi esse nome em algum lugar - falou ele, Harry olhou para ele esperançoso - só não consigo e lembrar onde. Desculpe, Harry – acrescentou ele ao ver a expressão de decepção do garoto.

- Sem problemas, Remo - falou Harry – tenho certeza de que o encontraremos.

- Eu também, Harry, eu também. Os dois ficaram em silêncio, onde Remo tentava absorver todas as palavras do menino, enquanto Harry ainda olhava para o falso medalhão.

- Remo – falou ele depois de um tempo – eu gostaria de te pedir mais um favor. Você poderia ir comigo até Godric`s Hollow? Gostaria muito de visitar o tumulo dos meus pais e a casa onde agente morava.

- Claro, Harry – falou Remo sorrindo, a muito esperava essa decisão do garoto – vai ser bom voltar lá com você. Quando?

- Você quem sabe, Remo - falou Harry sorrindo. - Que tal depois de amanha? – perguntou ele – é meu dia de folga na Ordem. Passo aqui de manhãzinha.

- Obrigado, Remo.

- E tem uma coisa, Harry, que eu queria te dar – falou Lupin, pegando uma pequena caixinha do seu bolso – sua mãe me entregou isso alguns dias antes dela morrer, e me pediu que se algo acontecesse a ela e Tiago, era para eu entregar a você, quando crescesse - e ele entregou a pequena caixinha a Harry – acho que demorei um pouco mais do que ela esperava.

Harry abriu a pequena caixinha, e pode ver uma fina gargantilha. Ela era toda de ouro, e tinha um delicado pingente em forma de lírio em ouro branco.

- Seu pai deu a ela quando soube que estava grávida - contou Remo sorrindo – nunca vou me esquecer da Lily contando essa historia. Ela disse que assim que ficou sabendo foi correndo contar ao Tiago, e quando ela contou, Tiago simplesmente aparatou, ela achou que seu pai tinha odiado a noticia ou algo assim, mais depois de uma meia hora ele voltou, trazendo esse colar pra ela.

- Mais uma vez, muito obrigado Remo - falou o garoto guardando o colar no bolso das vestes.

- Não Harry, eu quem tenho que agradecer– falou Lupin sorrindo – você me ensinou que por mais que a vida seja difícil, há sempre algo bom para se viver. – completou Remo sorrindo ainda mais – agora vamos voltar, antes que a Molly pense que eu era um comensal disfarçado e te seqüestrei.

E sem falar nada, os dois voltaram para a casa. Onde a Sra Weasley estava os esperando com um prato de ensopado pra cada um.

- Ainda bem que vocês voltaram – falou a Sra Weasley – já estava ficando preocupa. Todos já comeram e foram se deitar.

- Obrigada, Molly, mas eu não posso me demorar – falou Remo – Tonks deve estar me esperando – e ao falar isso corou violentamente.

- Vocês dois estão bem? – perguntou Harry rindo quando a Sra Weasley saiu da cozinha.

- Aham – respondeu Lupin olhando para seu próprio prato – Muito – acrescentou ele voltando a corar.
- Quem bom – falou Harry, e um pensamento não muito agradável passou pela sua cabeça “até mesmo Remo e Tonks estão bem, e eu nem ao menos posso tocar na minha ruivinha, sem que a minha consciência fale mais alto”.

- E você e a Gina? – perguntou Remo, como se tivesse lido os pensamentos do garoto.

- Não tem eu e a Gina mais, Remo – cortou Harry – eu acho que agora você me entende, não? Com você acha que eu me sentiria se por minha causa, algo acontecesse a ela?

- Harry, Harry - murmurou Remo – é a segunda vez que vivencio o caso de um Potter com uma ruiva temperamental. Só que desta vez o teimoso é o Potter. Um dia você vai se arrepender do que está fazendo. E espero que quando você se arrepender não seja tarde demais.

- O pior, Remo é que eu sei disso – falou Harry sarcástico.

- Como eu disse a você essa decisão é só sua Harry – falou Remo se levantando e andando até a porta da casa aparatando em seguida.

- Isso é uma conspiração – reclamou Harry voltando sua atenção ao seu ensopado.

- O que foi, Harry? – perguntou a Sra Weasley voltando a cozinha.

- Nada, Sra Weasley, eu só estava pensando alto de mais.

- Ah, claro – falou a Sra Weasley recolhendo os pratos vazios – agora vá se deitar, já está tarde.

Seguindo o conselho da Sra Weasley, ele subiu até o quarto que dividia com Rony, e como imaginava, Hermione e ele estavam acordados esperando ele voltar.

- E então, como foi lá – perguntou Hermione curiosa – você contou tudo pra ele?

- Aham – concordou Harry sentando na sua cama – tudo.

- E o que ele disse? – perguntou Rony.

- Basicamente me ouviu falar - contou Harry – mais o que mais me intrigou foi que ele tem certeza que já ouvir falar de R.A.B. em algum lugar, mais não consegue se lembrar onde.

- Então temos uma pista? – perguntou Rony animado.

- Parece que sim – concordou Harry – e ele vai comigo a Godric´s Hollow, depois de amanha.

- Nós vamos também, não? – perguntou Hermione.

- Se vocês quiserem – concordou Harry deitando-se na cama, de modo a ficar encarando o teto.

- Harry o que é isso? – perguntou Hermione apontando para o colar que tinha caído do bolso do menino.

- Ah, isso? – falou Harry pegando o colar – era da minha mãe, ela deu pro Remo me entregar se algo acontecesse com eles.

- Nossa, Harry é muito linda – falou Hermione olhando com carinho para a jóia.

- Remo disse que meu pai deu pra ela quando soube que ela estava grávida - contou Harry colocando a delicada jóia no próprio pescoço.

- Eu acho que eu já vou indo – falou Hermione, percebendo que o amigo não falaria mais nada agora – Boa noite.

- Boa noite – falaram os dois garotos quase ao mesmo tempo, cada um se arrumando na sua própria cama.


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OiEs...!!! O q acharam do cap??? Muito ruim????? Comentem, plix....!!! Proximo cap vem rapidinho..! Gina_ obrigada pelo comentario.... pra mim é muito importanmte saber que você gostou...continua lendo e comentando, por favor...! BjO BjOoOoOoO

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