Capitulo 11 * Marcas Antigas.
Capitulo 11 * Marcas Antigas.
Hermione despertou algum tempo depois sentindo sua cabeça doer. Quando olhou em volta se viu deitada em uma cama, muito confortável se levantou rapidamente e viu Bellatrix Lestrange folheando uma revista.
Ao observá-la pode constatar que a atenção dela não estava persa nas paginas que folheava.
- Senhora Lestrange? – Hermione falou reticente, sentindo o clima frio no ar.
Ela a olhou.
- prefiro que me chame de Black somente, ou se preferir Bellatrix, nunca gostei desse sobrenome e nunca o adotei pessoalmente.
Bellatrix estava visivelmente abatida e Hermione imaginou qual seria o motivo do desanimo da comensal da morte. Mas a duvida não durou um segundo, pois sua mente foi invadida pelo motivo que estava ali.
A morte de Narcissa Black.
Hermione se levantou e sentou em frente a mais terrível comensal de Voldemort, raciocinando se haveria uma forma sutil para iniciar a conversa.
- não se preocupe Granger, nunca terá uma forma sutil de falar o que você quer me dizer. – Bellatrix havia largado a revista, mas não olhava diretamente para a “convidada”.
- Bellatrix, você compreende melhor do que ninguém o mal que voldemort causa as pessoas, e vê que nem os próprios aliados ele preserva. – Hermione observava atentamente o rosto de Bellatrix em busca de uma brecha na mascara que ela sempre usava.
- Minha cara Hermione, eu sempre lhe admirei, pois sempre foi inteligente e capaz de se salvar, mas creio que ainda tem dentro de você uma inocência que só lhe trará a ruína, você realmente acredita que as pessoas podem mudar e serem boas, mas, uma vez nas trevas, a luz nunca é uma opção viável.
- não diga isso, Bellatrix, você até pode achar que ainda sou inocente demais e que não conheço a solidão, e os males das trevas, e é verdade até certo ponto, mas eu creio que sempre se pode ter uma segunda chance, se você quiser pode escolher seu caminho, e agora não há mais nada lhe prendendo a escuridão, mas se você notar há pessoas lhe esperando em outros caminhos.
Bellatrix ficou em silencio por alguns minutos, e esse silencio entre elas estava ficando doloroso.
- Hermione, você acha que há outros caminhos para alguém que carrega o sangue de pessoas amadas?
Hermione ponderou sobre a pergunta chegando à conclusão de que era sobre Sirius que ela falava.
- eu acredito que às vezes acontecem fatos que não deveriam acontecer e que somos responsáveis por crimes imperdoáveis aos olhos dos outros, mas sempre haverá o perdão, se houver o arrependimento.
Bellatrix deu um sorriso fraco, pois sabia que a garota não tinha entendido profundamente a pergunta.
- me diga Hermione o que quer aqui, pois não acredito que tenha vindo aqui abrir meus olhos para os erros e crimes de Voldemort e para me comunicar que tenho um outro caminho, agora que minha ultima irmã está morta.
- realmente a outro assunto para tratar, mas você sabe que o que disse é verdade.
- Hermione a outro caminho para mim sim, agora que nada mais me obriga a servir Tom, mas não é o caminho que você me propõe, eu sou uma comensal, passeis anos em azkabam e sinto lhe dizer que as trevas circulam em meu sangue e não há mais volta. Vamos tratar logo do outro assunto. – a frieza de Bellatrix surpreendeu Hermione que enxergou ali o futuro próprio se permitisse que as trevas lhe invadissem.
- sabe que encontramos o corpo do filho de Minerva, e aposto que já sabe o que foi usado para mantê-lo em cativeiro. – Bellatrix permaneceu em silêncio e diante disso Hermione continuou. – e precisamos que você faça o feitiço de encontro de almas.
- já imaginava que seria isso, e estava me perguntando quanto tempo você e Draco levariam para encontrar este feitiço, foram mais rápidos que meus melhores prognósticos. Agora me diga por que Draco não veio me pedir isso? – Bellatrix esperava que o afilhado viesse, pois sabia que com ele poderia ser sincera, sobre sua resposta.
- Draco, não sabe se é o certo pedir que se arrisque por alguém que já lhe fez sofrer.
- certo. Hermione, não sei se poderei realizar o feitiço. E nem sei se o quero realizar, pra ser honesta.
- por quê? – Hermione sentiu um frio percorre-lhe a nuca.
- Quando Bryan me traiu, ele traiu também os votos antigos, os quebrando e jogando tudo o que tínhamos fora. – Bellatrix falava como se fosse sobre outra pessoa, pois sua mente estava atenta a Hermione e notou que a outra já deveria saber sobre tudo já que não havia demonstrado surpresa. – e...
- e outros laços foram feitos... – mas foi hermione que terminou a frase.
- exato, Granger, e isso mostra que talvez eu não seja a pessoa indicada pra fazer o feitiço.
- você poderia saber se existe outra pessoa?
- não há.
Hermione suspirou sentindo o desanimo lhe atingir.
- mas eu o farei.
Hermione olhou os olhos vazios de Bellatrix e viu aos poucos surgirem sentimentos.
- eu sabia que você não deixaria para trás um amigo sem tentar salva-lo Bellatrix.
- não confunda Hermione, eu farei por mim. Prepare tudo para o feitiço e na próxima lua cheia nos encontraremos. Não venha mais até aqui, pois assim me prejudicara e ajudara o Lord em seus intentos.
Bellatrix entregou uma pequena medalha a Hermione. Que logo percebeu ser uma outra chave de portal.
- mas como poderei entrar em contato com você, agora que Draco está sofrendo não podemos contar com ele para ser nossa ponte.
- Hermione Draco é um Black acima de tudo e logo ele será tomado pela raiva e ódio em busca de vingança, isso não será bom, mas Blaise cuidara para que as trevas não dominem, mas não se preocupe, eu entrarei em contato com você através de uma fonte segura.
Logo depois Hermione foi forçada a ativar a chave do portal.
Viu-se novamente no Hall da mansão Malfoy, ela subiu as escadas certa que a fonte seria Remus.
Tempos Atuais.
Hermione caminhava, por um corredor escuro e úmido, um cheiro desagradável de corpos em decomposição lhe deixava nauseada. Era um lugar frio e ela sabia os caminhos de cor, não precisava forçar sua mente a trabalhar, pois seus pés já sabiam aonde ir. Era o mesmo lugar há anos. Ela chegou a frente a uma imensa porta de carvalho que ao contrario do resto do caminho estava em perfeita condição. Ela abriu sem fazer nenhum barulho e visualizou um vasto descampado, ela sabia que mais a frente ele lhe esperava e foi seguindo o fluxo de sempre, depois de andar algum tempo o descampado deu lugar a um jardim cheio de flores, as suas flores favoritas, ele tinha feito aquilo para ela...
Ouviu não muito longe o barulho da cachoeira e vozes comemorando, seguiu a passos lentos aproveitando toda a beleza que havia ali, uma beleza feita somente para ela, não tinha pressa para chegar ao seu destino, pois ela já sabia... E nunca olhava para trás, para ver que a cada passo que dava tudo morria atrás de si, cada flor e cada ser vivo, caia e morria após ela passar...
Chegou à cachoeira e o viu, seu coração acelerou e ela quis se chamar de estúpida, mas sua mente estava ocupada gravando nela o sorriso que somente ele lhe dava. Ela escutou sua voz, sair sem nem sequer ela ter controle.
- Bryan...
O belo homem que aprenderá a amar, com o sorriso radiante e seus belos e longos cabelos castanhos, sendo tocando pela brisa.
- pensei que não viria mais minha amada...
So now I’ll,
Então, agora eu,
Take my heart back.
Guardo meu coração.
Ela foi à direção a ele, e assim que seus corpos se encontraram uma sensação esquecida de paz lhe tomou e os lábios se encontraram como sempre faziam antes...
Foi um minuto até a dor, chegar...
O local mudou e não era mais nos braços de Bryan que se encontrava, e eram outros olhos que lhe olhavam...
- olá minha amada...
Hermione tentou fugir, e se soltou do abraço, vendo as marcas fortes e escuras aonde ele lhe tocara, sentiu o gosto da morte em seus lábios, frio, o vento antes agradável, se tornou uma ventania cortante, a cachoeira era formada por águas escuras e tinha cheiro de sangue, um sangue apodrecido.
Ela correu, durante muito tempo, sentindo cada risada que ele dava.
- não adianta fugir minha amada, nunca será capaz de viver sem mim, por que não se rende...
Ela parou ofegante e o sentiu a milímetros dela.
- jamais me terá novamente, meu senhor... – era com um tom irônico e magoado que ela falava. – ela queria evitar as lágrimas, de se derramarem, não queria mais chorar por ele.
- sabia que esse tom fica bem em você, querida Mione...
Ela tentou evitar, mas o sentiu puxando-a para um abraço, desfaleceu.
Leave your pictures on the floor
Deixo suas fotos no chão
Steal back me memories
Roubo o passado da lembrança
Acordou e não abriu os olhos, sentia o perfume dele ao redor e sabia onde estava, lagrimas quentes e grossas rolaram pedindo caminho através das pálpebras fechadas.
Ergueu-se, pois se ela não fizesse isso ela sabia que ficaria para sempre presa ali.
Olhou no espelho escuro e sem vida sua imagem, um sorriso fraco e sem vida surgiu em seus lábios. Estava vestida exatamente como no dia mais feliz que tivera ao lado dele, o vestido carmesim bordado com pedrarias em brilhantes, discreto e ao mesmo tempo deslumbrante, parecia ter sido desenhado somente para ela, e assim o foi, era longo, e caia como uma luva no corpo dela, o corpete no estilo medieval lhe trazia um ar sensual, e a saia que caia em varias camadas lhe transportavam a época que era chamada de minha rainha...
Tomada pela raiva pegou o castiçal a seu lado e bateu repetidas vezes no espelho querendo quebrar a visão dolorosa, mas nem todos os seus esforços foram suficientes.
A imagem ainda lhe olhava intacta, saiu correndo pelos corredores querendo encontrar um modo de despertar e fugir dali, mas a cada porta que abria sua memória era invadida pelos momentos que vivera naquela casa, momentos felizes... Momentos de traições, veladas e lágrimas derrubadas.
Quando parou de correr, vencida pelo cansaço, ele chegou lhe abraçando, falando palavras falsas de amor e consolo e ela queria acreditar...
O abraçou com força...
- Bryan... Por favor, me salve...
A voz saia fraca e ele lhe trazia dor, mas ela queria ficar ali, nos braços dele, queria provar para si mesma, que era capaz de fazê-lo mudar, de trazê-lo para o caminho certo...
Ela mesmo depois de tudo sabia que se ele a amasse, ela poderia lhe salvar...
I can’t take it anymore
Não posso mais suportar
Mas era um sonho vão, e ele fez questão de lhe mostrar isso ao mergulhar a mão em sua alma devastando-a novamente.
- tem algo minha rainha que eu quero lhe dizer...
Ela desapareceu antes de ouvir o que ele queria tanto lhe dizer, o deixando frustrado e com o ódio fervendo em suas veias.
Hermione despertou do pesadelo nos braços de Draco, e antes de cair em um sono restaurador viu lagrimas rolarem dos olhos verdes que mais amava.
Draco ergueu a amiga após dar uma poção de sono sem sonhos e levou até a cama. Após deitá-la trocou uma breve troca de olhares com Harry e eles sorriram.
A primeira vitória tinha sido dada, Draco finalmente conseguira criar o feitiço capaz de entrar nas brumas negras da maldição e traze-la de volta, agora só restava esperar e destruir a maldição.
Draco afastou os longos cachos castanhos de Hermione e viu o selo maldito marcado no pescoço alvo de Hermione.
E com uma certeza absoluta ele disse:
- não se preocupe Mia, eu farei isso desaparecer.
Seis anos atrás.
Hermione passou uma noite difícil e dolorosa ao lado de Draco e Blaise, cuidando para que todos os “amigos” de Narcissa estivessem sendo recebidos como deveriam pelo clã Malfoy.
Ao terminar as cerimônias de honrarias, o corpo da Senhora Narcissa Black Malfoy, foi enterrado para surpresa de todos não no jazigo da família Malfoy, mas sim no antigo mausoléu do Clã Black.
E o epitáfio era simples e claro.
Narcissa Black... Uma flor entre os espinhos, uma flor entre as estrelas... Uma vida entre as sombras, um amor entre a eternidade.
Amada mãe e irmã.
Ela deixou a mansão Malfoy carregando em si uma dor, mas sabia que nada era comparada a dor que Draco estava sentindo.
Quando entrou na sede da ordem viu que quase todos estavam ali reunidos.
- como estão Draco e Blaise? – Gina estava com o rosto pálido.
Hermione pode ver que eles estavam surpresos pela morte de Narcissa.
- estão como era esperado... – a frieza do modo de Hermione surpreendeu Harry.
- o que houve mione, está tão distante. – Harry se aproximou dela.
- Harry, eu acabei de chegar do enterro da mãe de um dos meus melhores amigos, e sei assim como você sabe o que ele esta sentindo, não tem nada que me faça me sentir melhor agora, após ver todos àqueles falsos amigos se despedindo de Narcissa imaginando que muitos deles talvez tenham presenciado a morte dela. Voldemort está com os planos já elaborados Harry, e não tardara a atacar, agora ele nem tem se dado o trabalho de esperar para matar os traidores.
Ela se afastou lentamente, porém parou e voltou sua atenção encontrando o olhar triste de Carlinhos.
Ela quis dizer algo ao “antigo” amor, mas sua voz não saiu.
Porém se voltou para Minerva.
- está tudo preparado para realizar o feitiço que lhe falei antes Minerva, só será necessário obter os materiais para o feitiço antes da próxima lua cheia, eu tratarei pessoalmente disso.
Dizendo isso Hermione foi para seu quarto derramar as lagrimas, reprimidas. Mas as lagrimas não vieram somente à dor, de estar com seu coração congelado pela solidão e dor, de ver as pessoas que amava sofrendo sem poder fazer nada.
I’ve cried my eyes out
Sequei minhas lágrimas
Deixando na sala, uma mãe, com a esperança renovada, e dois homens orgulhosos da mulher que amava.
Fim do capitulo Onze.
Vivian Drecco® - A Antítese do Amor. – 2006 ©
Nt: aiai... passando e postando e esperando comentarios...
e
Hrgranger: you The Best!!!! obrigada por sempre me fazer me sentir tão bem... e sobre o vitor ter conseguido... ah acho que nao lhe direi nada, pelo menos não antes de lhe abusar e lhe mandar os textos para que voce bete, afinal hj a sonserina comanda aqui!!!!
kisses a todos... e façam como a Mari!!!
COMENTEM!!!!
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