Capitulo 17 – A guerra de Neve

Capitulo 17 – A guerra de Neve



Capitulo 17 – A guerra de Neve e Um garoto Frio.

Hermione acordou com ótimo humor, e rapidamente deixou tudo pronto para poder encontrar Sirius mais tarde, quando descia as escadas em direção ao salão comunal da grifinória ouviu um barulho de briga vindo do dormitório masculino.
Assim que chegou ao pé da escada pode ver Gina correndo na sua direção.
- Mione você não vai acreditar no que o Rony aprontou? – Ela tinha um sorriso no rosto e Hermione começou a temer pelo o que rony houvesse feito.
- algo me diz que eu não quero saber... – Ela olhou em volta e encontrou Harry vindo na direção delas.
- bom dia mione, chegou bem a tempo, você está no meu time. – Harry estava estalando os dedos e logo depois puxou a amiga em direção ao salão comunal, enquanto Hermione virava o rosto para tentar entender a bagunça que ainda era ouvida do quarto de Rony.
- Rony está brigando com alguém Harry?
- claro que não, ele somente fez a maior burrice que podia ter feito hoje, desafiou eu, Jorge e Fred, para um torneio de guerra de neve. – Hermione ficou parada atônita com o que Harry havia dito.
- perai, deixa ver se eu entendi, vocês apostaram uma guerrinha de bolas de neve e virou essa bagunça? – ela estava segurando a bronca.
- não foi somente uma aposta, Mione, ele disse que faria a lição do grupo inteiro se perdesse porque ele disse que tem uma arma secreta.
- e você me colocou no seu time? Acha que vou querer que ele faça algo pra mim? Eu já terminei todos os deveres. – ela estava rindo naquele momento, quando foi abraçada por outros dois ruivos.
- mas nós não, doce Mione, você é de vital importância para o nosso esquema, - Fred e Jorge falaram juntos. - vamos, Time!
Gina que ainda estava parada no local em que conversara com Hermione sentiu uma raiva imensa dominá-la, Harry havia escolhido Hermione para a ultima vaga do time deles, e ignorado completamente ela.
Foi com essa raiva que ela se virou e deu de cara com o irmão, que vinha acompanhado de Neville e Dino.
- hei maninha, suba e chame a Mione para o meu time, nem vou te chamar, pois aposto – Ele deu um olhar “gelado” para a irmã. – que entrou no time de Harry, o que é uma pena, já que você vai perder.
Gina respondeu desgostosa.
- nem adianta maninho – irônica- Harry já escalou a Hermione pro grupo dele.
- o que? Isso não pode ser verdade. – Rony virou-se triste e com ar derrotado para Neville, que tinha a mesma expressão que ele no rosto.
- estamos fritos, Mione era um ponto vital do nosso plano Neville.
- eu havia lhe dito que antes de fazer a aposta devia ter falado com a Mione.
Gina se zangou e explodiu.
- porque todos ficam bajulando a Mione assim? Ainda podemos ganhar.
- você não entende Gina. – Dino falou pela primeira vez. – iríamos encantar todas as bolas de neve deles para segui-los, e para isso precisamos da Hermione já que foi a única de nossa turma que aprendeu está magia.
- não acredito nisso... – Gina ficou pensativa. – bom não teremos está magia, mas podemos muito bem tentar vencer limpo, não vamos desanimar.
Gina saiu decidida indo ao salão principal para tomar café da manhã, mas os outros três não desceram tão felizes quantos elas, imaginando a pilha de deveres que teriam que fazer.
Quando os quatro chegaram ao salão, viram Jorge e Fred explicando algo a Harry, que tinha um ar de vitória antecipada no jogo.
- entendeu mione? – os gêmeos disseram em coro.
- mas isso não seria roubar? – ela parecia indecisa, porém era evidente o interesse dela no plano dos Gêmeos.
- eles pretendiam fazer à mesma coisa, Mione, só vamos fazer isso com ele para ele aprender a não planejar roubar os irmãos e melhores amigos, então você topa?
- mas é claro que topo, vou adorar ver Rony trabalhando duro nos estudos.
Hermione e Harry riram, e os dois Weasley sorriram vitoriosos.

Por cerca de uma hora, Rony, Gina, Neville e Dino, correram contra milhares de bolas de neves encantadas que os perseguiam e a cada vez que os acertavam se refaziam e voltavam a correr atrás deles.
Todos se reuniram atrás de uma arvore.
- não sabia que podia se encanta-las para se refazerem também. – Neville estava cabisbaixo.
- não acredito que a Hermione esta os ajudando. – Rony parecia inconformado.
- mas ela também não ia nos ajudar se fosse do nosso grupo Rony. – Neville defendeu Hermione.
- nem adianta reclamar já se passou uma hora e como cada vez que somos atingidos eles ganham um ponto, não tem mais como nós recuperarmos, só nos basta ataca-los o quanto pudermos também. – Gina parecia um pouco cansada, mas estava com cara de quem estava se divertindo já que passará a maior parte do tempo, do jogo ao lado de Harry usando a desculpa que assim as bolas o atingiriam também o que não era verdade, já que elas paravam se fosse um dos quatro jogadores do outro time.
O apito que informava o final do jogo tocou e eles saíram do esconderijo para levarem de uma vez só todas as bolas encantadas que estavam esperando eles saírem de lá.
Cobertos por grossa camada de neve, viram os outros quatro morrendo de rir deles.
- bom Rony, não se esqueça que faz parte da aposta fazer direito os deveres.
Fred, Jorge e Hermione viraram para irem de volta ao castelo quando Gina e Rony miraram bolas de neve contra eles, porém Harry foi mais rápido e fez um escudo mágico.
- deixem de serem maus perdedores, Rony, Gina, o jogo acabou. – dizendo isso Harry se juntou a Hermione que já alcançara os degraus da escola.
- droga! É tudo culpa sua Ronald. - gina saiu bufando deixando os meninos para trás.

Hermione estava sendo abraçada por Jorge, que lhe parabenizava, pelos ataques perfeitos.
- quero morrer de bem com você, Mionezinha.
- é bom mesmo. – mas o olhar de Hermione cruzou com dois flocos de neve em forma de gelo azul, Draco Malfoy olhava direto para ela, e sem nem saber o motivo Hermione compreendeu que ele queria falar com ela a sós.
Ela se despediu dos meninos dizendo que precisava ir dar um recado a Krum.
Depois que eles zoaram com ela um pouco ela conseguiu se afastar, e ir em direção a uma das salas que estavam desertas naquela hora, pouco tempo depois Draco entrou e trancou a porta.

- algum problema, Malfoy? – Hermione tentou manter o tom calmo, porém algo no jeito estranho de Malfoy lhe dava medo.
- o que você sabe sobre o noivado de Cordélia com o Zambini? – a voz de Draco continha uma fúria enorme que fez com que Mione desse um passo para trás.
- eu só sei o que ela me contou, que os pais dela pretendem fazer essa aliança.
- por quê?
Mione ponderou se devia ou não falar sobre o que Cordy havia lhe dito, porém decidiu falar ao ver os olhos de Draco.
- os pais dela, estão falidos e querem o dinheiro e posição dos Zambini.
Draco passou as mãos com força pelos cabelos e Hermione pode sentir a raiva dele saindo do controle.
- então era tudo verdade, ela estava me enganando esse tempo todo, e agora decidiu que Blaise é um partido melhor.
Ele dava círculos na sala e se encaminhou para a porta.
- vou falar com aquela traidora imediatamente.
Porém Hermione jogou outro feitiço de tranca na porta.
Draco se voltou para ela, com um olhar frio e cruel.
- não se atreva ficar contra mim, agora Hermione, não quero perder meu tempo e nem lhe machucar, só existe uma que eu quero fazer mal.
A mente de Hermione começou a trabalhar febrilmente tentando entender o que acontecia ali, quando entrou na mente dela, que ele lhe chamará de Hermione pela primeira vez, e que havia dito que não queria machucá-la, algo mudará Draco, e algo estava muito errado neste exato momento com ele, ela não podia deixá-lo sair daquele jeito da sala.
- não deixarei você sair até que tenha me explicado, o que aconteceu exatamente Draco. – ela falou com a voz firme e Draco olhos nos olhos dela por um momento.
- Pansy, ela me disse que ficara sabendo por Blaise da festa de noivado que ia ter amanhã, e me disse o que você me confirmou que eles estão falidos, e diante do fato de meu pai ser um inimigo declaro do pai dela ela preferiu o Blaise a mim.
Draco falou tudo tão rápido que somente alguém com uma mente aguçada como Hermione para entendê-lo. Havia um tom diferente nos olhos deles, que pareciam um dia de chuva.
- existem verdades e mentiras nestas afirmações Draco.
- quais? – as palavras saíram fracas da boca de Draco.
- primeiro, no dia em que nos viu conversando ela, esteve chorando comigo por causa disso, e me afirmou que esse era um plano do seu pai, mas que não sabia se ele ia esperar ela se formar, ela te ama, Draco, tanto que estava morrendo diante do fato de te contar e você não entendê-la e terminar com ela.
- isso é verdade, Hermione? – o nome dela saiu falho.
- é Draco. Pansy está fazendo de tudo para ter você sozinho, te envenenando para que sofra e precise dela, para se consolar, não acredite nela, primeiro se acalme e vá falar com Cordy, sei que ela viajará hoje à noite, e duvido que ela saiba dessa festa de noivado.
Draco desabou em uma cadeira, e apoiou a cabeça em suas mãos.
- eu não sei, mas quem eu sou Hermione, tudo o que eu sempre fui e o que eu sempre acreditei está sendo posto à prova, até mesmo você que eu odiava, agora é a única pessoa com quem eu posso conversar sem me sentir preso em uma teia de mentiras, eu acho que realmente amo a Cordy ou sinto ao parecido com o amor, mas nem com ela eu posso ser eu, entende?
De uma maneira completamente louca Hermione entendeu.
- é difícil, ter que ser perfeito não é Draco? – ela tinha os olhos marejados de lágrimas. – ter que ser o eleito, o líder, o exemplo, ter que fazer tudo o que esperam de nós, mesmo quando já não sabemos se é isso o que queremos para nós. Não podemos nos dar o luxo de um momento de fraqueza ou de falar sobre o que sentimos, eles não esperam isso de você, não é?
Draco fitou Hermione e deu um sorriso fraco.
- acho que não é só de mim, que está falando...
- não, não é.
Hermione estendeu a mão e tocou a de Draco suavemente.
- mas saiba, que Cordélia te ama, e te amaria de qualquer jeito, de a chance dela se explicar.
Hermione se levantou e deixou Draco sozinho com seus pensamentos.
Draco olhou o lugar em que Hermione o tocará e murmurou:
- obrigado, Sanguinho.
Sem nem pensar duas vezes foi até o corujal mandar um bilhete urgente para Cordélia Hale.

E quando naquela mesma noite deitou a cabeça em seu travesseiro, foi com um bom sentimento no peito que adormeceu.
Afinal, ele era amado, mesmo sendo quem ele era.
Um garoto Frio... Mais um garoto como qualquer outro, um garoto com sentimentos.

Fim do capitulo Dezessete.
Vivian Drecco® - Antes do Véu. © 2006

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